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Tomografia Computadorizada Prof. Eng. TR Rodrigo C Souza Fatia Imagem 2 3 4 5 Detectores ROI colimador Tubo de raios -X Raios -x atenuados Transformação analógico -digital computador Algoritmos de reconstrução Imagem Tomógrafo • Composto por um conjunto de sistemas : – Sistema de emissão de raio X; – Sistema de detectores de radiação; – Sistema de reconstrução de imagem; – Sistema de armazenamento e apresentação de imagens (HD/teclado /monitor); – Mesa de exame; – Sistema de documentação (impressora multi- formato ou laser comum ou seca). (Gantry) 6 FINALIDADE: detectar, absorver e converter os fótons de energia em sinais elétricos. TIPOS DE DETECTORES: Cintilação e Ionização à gás. •CINTILADORES: o material usado atualmente nos cintiladores como fotodiodo são: o tungstato de cádmo e um material cerâmico puro, óxido de terras raras. •IONIZAÇÃO À GÁS: Os detectores a gás utilizam o gás xenônio. DETECTORES: 7 Documentação Dose de RX Janelas (osso/fígado/pulmão Cerebro,etc) Contraste necessário (Oral/ev/retal) Ângulo da mesa Extensão do estudo (Primeiro ao último corte) Espessura/Incremento PROTOCOLO 8 Limitação da TC • Mulheres grávidas; • Pessoas obesas (superior a 120 kg* ou mais); • Pessoas alérgicas ao contraste (só se submete a fase sem contraste); • Pessoas que se submeteram a exames contrastados recentemente com a utilização de sulfato de bário; • Distúrbios psiquiátricos / neurológicos (Parkinson ou outras afecções que causam movimentos involuntários); • Crianças ou adultos senil (dificuldade de compreensão quanto a necessidade de imobilização prolongada). 9 Termos utilizados • Supine - decúbito dorsal. • Prone - decúbito ventral. • Head First / Feet First - Relativo ao posicionamento do paciente (Cabeça Primeiro / Pés-Primeiros). • Right/Left – direito/esquerdo (R/L). • Anterior/Posterior - representados pela letra A e P. * Axial - É a plano habitual dos cortes tomográficos. * Coronal - É um plano utilizado nos cortes tomográficos para estudos complementares de algumas regiões. = Call FOV – Campo de visão (diâmetro) = Recon FOV /Vari-área /Zoom – Reconstrução de imagem (FOV). = Mag – magnificação de determinada imagem, com perda de resolução. 10 REVOLUÇÃO: Compreende o giro de 360 graus do conjunto tubo-detectores. O tempo de aquisição dos cortes influencia a velocidade de rotação do conjunto. 11 TC por volume (helicoidal/espiral) 1989. Com esse sistema, o paciente é movido de forma contínua e lenta através da abertura durante o movimento circular de 360º do tubo de raios X e dos detectores, criando um tipo de obtenção de dados helicoidal. Dessa forma, um volume de tecido é examinado, e dados são coletados, em vez de cortes individuais como em outros sistemas. O desenvolvimento de anéis de deslizamento para substituir os cabos de raios X de alta tensão permite rotação contínua do tubo, necessária para varredura do tipo helicoidal. 12 TC helicoidal multicorte (1992) 13 14 4 x 1.5 mm 8x0.75 mm 8x0.75 mm 4 x 1.5 mm Detector Multi-Slice: • Mosáico 2D detectores de estado sólido • 24 segmentos em configuração assimétrica • As Matrizes assimétricas possibilitam melhor resolução espacial da imagem Segmentação dos detectores no Eixo Z 15 Múltiplas projeções para formar uma imagem bidimensional 16 17 A produção de imagens depende totalmente da absorção diferencial ou atenuação entre tecidos adjacentes. Após o computador de TC determinar um coeficiente de atenuação linear relativo para cada pixel na matriz de exibição, os valores são então convertidos em outra escala numérica que envolve números de TC (conhecida por escala de Hounsfield). São então atribuídos tons de cinza aos números de TC. O resultado final é a imagem por tomografia computadorizada, em escala de cinza. Matriz matemática Formação da imagem 18 19 Webb20 Matriz matemática Formação da imagem A radiografia convencional pode mostrar tecidos que tenham uma diferença de pelo menos 10% em densidade, enquanto a TC pode detectar diferenças de densidade entre tecidos de 1 % ou menos. 21 22 Matriz – Conjunto de dados alinhado em linhas e colunas (Pixels) Exemplo: 512 x 512 = 262.144 ou 1024 x 1024 = 1.048.576 (¹) PIXEL – Menor unidade de medida bi-dimensional (mm²), proporcional ao FOV. Exemplo: FOV 10 cm = pixel 0,2mm (¹) VOXEL – Menor unidade de medida volumétrica (mm³), referente a matriz e espessura de corte* (¹) Scanner à Rayons X - Tomodensitométrie; Doyon.D; et al, 2ª Edição, 2000, Ed Masson S/A. Min. Trabalho Lei 331 23 24 25 26 Reconstrução 3D Webb 27 Reconstrução Reconstrução BiplanarBiplanar 28 29 Unidades Hounsfield ( HU ) I = radiação x incidente I0 = radiação x no detector = coeficiente de atenuação linear do tecido (cm-1) x = espessura do meio (cm) A constante K = 1.000 n CT = tecido - h2o . k _________________ h2o N de CT é proporcional ao coeficiente de atenuação linear ( ) do tecido pertencente no corte. I=I0e - x 30 31 32 Janela +10 -10 Tomografia Computadorizada Nível : 0 Abertura: 20 +1000 -1000 0 33 Tomografia Computadorizada +1000 -1000 0 -680 -700 -690 Nível : -690 Abertura: 20 34 A Resolução da Imagem A resolução ou, o grau de definição das imagens, está relacionada com a matriz utilizada. Quanto maior a matriz, melhor será a resolução, pois os pixels se apresentarão com dimensões reduzidas. Campo de Visão - FOV (Field of View) – refere-se à área ou diâmetro axial examinado pela tomografia (definido em milímetros). 35 JANELA (Window) • Numa janela define-se a abertura ou largura da mesma, ou seja, qual será o número máximo de tons de cinza entre o valor numérico em HU do branco e qual será o do preto. • O NÍVEL é definido como o valor da média da janela (em Unidades Hunsfield = A MÉDIA DO TECIDO ESTUDADO). • O olho humano tem a capacidade de diferenciar uma escala de cinzas de 10 a 60 tons (a maioria das pessoas distingue em torno de 20 diferentes tons); • Na tomografia computadorizada há 2.000 tons entre -1.000 e + 1.000; • Entretanto, podem ser obtidos até 65.536 tons – o que seria inútil se tivéssemos que apresentá-los ao mesmo tempo na imagem, já que não poderíamos distingui-los. • A JANELA é na verdade uma forma de mostrar apenas uma faixa de tons de cinza DENTRO DO NÍVEL que nos interessa, de forma a adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pelo tomógrafo. 36 Seqüencial Interpolados Com Buraco (gap) Os cortes tomográficos podem ser de maneira seqüencial, interpolado ou com gap (buraco) 37 SISTEMA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA REVOLUÇÃO: Compreende o giro de 360 graus do conjunto tubo- detectores. O tempo de aquisição dos cortes influencia a velocidade de rotação do conjunto. PITCH (passo) Representa a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura de corte. Nas aquisições das imagens helicoidais com pitch de 1:1, observamos que; a mesa se desloca na mesma proporção da espessura do corte em cada evolução. Assim, se os cortes forem de 10 mm, para cada imagem a mesa se deslocará 10 mm. 38 PITCH Pith ou “Passo” Representa a razão entre o deslocamento da mesa pela espessura de corte. Pitch > 1 – Reduz a dose no paciente, diminui o tempo do scan, pode ser usado em exames de grandes volumes (tórax ou abdômen) Pitch < 1 – Melhora resolução no eixo Z, aumenta a dose no paciente e o tempo do scan. PITCH 1,0 PITCH 2,0 39 • Se alterarmos a relação do Pitch para 2:1 a mesa se deslocará numa distância equivalente ao dobro da espessura do corte por revolução. • Nessas circunstâncias, podemos concluir que o tempo necessário para a aquisição de 20 imagens será de 10 segundos. (Considerando-se um tempo de uma evolução de 1 segundo). • Fator importante a considerar nos casos de trabalho com pitchs de relação maiores que 1:1, é que, a quantidade de radiação por fatia de corte será sensivelmente reduzida,aumentando assim o ruído da imagem provocado pela baixa dose de exposição. PITCH = Deslocamento da mesa / Espessura de corte. D__ distância percorrida 10 cm sw espessura do corte 0,5 cm PITH= 2 40 ROI ROI: Unidade que mede a densidade de um corte, transferindo estes valores para a escala Hounsfield (HU). Podendo ser delimitado com tamanho e forma. Ar - 1000 Pulmão - 500 à - 800 Gordura - 20 à - 80 Água 0 Músculo + 20 Parênquima cerebral + 36 Pâncreas + 50 Fígado + 60 Osso normal + 100 / 200 Osso denso + 300 / 1000 28 970 36 06 -953 -1000 41 PROBLEMAS COMUNS EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 1º O Efeito de Volume Parcial: • Em tomografia, a imagem final representa a densidade correspondente de cada tecido através de uma escala de cinzas. • Particularmente nas imagens com pouca resolução (matrizes baixas ), um voxel poderá ser representando numa tonalidade de cinza não correspondente ao tecido que representa. Isto pode acontecer, por exemplo, quando um voxel representa a imagem de um material de baixa densidade e parcialmente a imagem de um material de alta densidade. • Os cálculos efetuados pelo computador podem atribuir uma tonalidade de cinza correspondente a de um tecido muscular, causando um artefato de imagem conhecido por efeito de Volume Parcial. •SOLUÇÃO: Este efeito tende a ser reduzido nas matrizes de alta resolução 512 1024 42 PROBLEMAS COMUNS EM TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 1º O Efeito de Volume Parcial: 512 1024 43 2º Artefatos de Anéis ( Rings artifacts) • Os artefatos na imagem que se apresentam em forma de anel, está inicialmente relacionado com problemas nos detectores. • Como os detectores necessitam de calibração com o "ar" para reconhecimento dos demais tecidos, ocasionalmente pode ocorrer de perderem os valores de referência, o que, ocasiona artefatos na imagem na forma de anéis. • SOLUÇÃO: O primeiro procedimento do profissional nestas circunstâncias é efetuar uma calibração nos detectores. • A periodicidade com que devemos fazer essas calibrações varia de aparelho para aparelho. • A maior parte dos equipamentos modernos admitem uma única calibração diária. 44 3º Materiais de alta densidade • Objetos metálicos, implantes de materiais de alta densidade, como as obturações dentárias, projéteis de bala, entre outros, produzem artefatos lineares de alta densidade, devido aos altos coeficientes de atenuação linear apresentados por estes materiais. • SOLUÇÃO: A presença desses artefatos pode ser atenuada a partir do uso de feixe de alta energia (120 a 140 kV) e baixa miliamperagem (60 a 80 mA) embora não possam ser evitados. 4º Materiais de alto número atômico • Os materiais de alto número atômico como o Iodo e bário, tendem a ser comportar como os materiais metálicos e, produzir artefatos. • SOLUÇÃO: devem ser evitados sempre que possível, ou, usados com critério 45 5º Ruído da imagem: • O ruído, aspecto que confere granulosidade às imagens, ocorre principalmente em função da utilização de feixes de baixa energia (80 kV) ou, quando o objeto apresenta grandes dimensões, como no caso dos pacientes obesos. Nesses casos orienta-se aumentar a dose de exposição. • Outros artefatos se referem aos movimentos causados pelo paciente. Esses, são de difícil controle e, muitas vezes, exigem o uso de anestesia e/ou sedativos. 46 Ruído 47 ANAMNESE: O exame de tomografia computadorizada se inicia com entrevista ao paciente, buscando saber seu estado clínico e tratamentos anteriores, sintomatologia apresentada e a quanto tempo e os antecedentes alérgicos. Após esta entrevista se buscará o plano de exame mais adequado à hipótese diagnostica do paciente. A explicação sobre o exame é importante pois tranqüiliza o paciente. 48 Dose no paciente 49 50 51 52 As imagens quando manipuladas podem ser reconstruídas para formar imagens em Multiplanar (MPR) ou Tridimensional (3D). 53 Controle de Qualidade 54 Controle de Qualidade 55 Controle de Qualidade 56 57 57 Nóbrega, Almir I.; Tecnologia Radiológica e Diagnóstico por Imagem, Vol.3 Ed. Difusão 2006 Mauricio Goulart - Uninove 58