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01 Conceitos iniciais de Gallahue

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Aprendizagem Motora Profª Daniela Dias Barros 
 
 
1 
 
DESENVOLVIMENTO MOTOR 
 
Preparada por Daniela Dias Barros 
 
Esse roteiro foi baseado em: 
GALLAHUE, D.L.; OZMUN, J. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. 
3ª. ed. São Paulo: Phorte, 2005. 
 
UNIDADE I: FASES OU ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO MOTOR 
A Aprendizagem Motora é um campo de estudo que está relacionado ao Controle Motor e ao 
Desenvolvimento Motor. Cada um possui suas especificidades e juntos formam o campo de estudo chamado 
Comportamento Motor. 
O Controle Motor investiga como os movimentos são produzidos e controlados, ou seja, como o sistema 
nervoso central é organizado de maneira que músculos e articulações tornam-se coordenados em movimentos e 
como informações sensoriais do meio ambiente e do próprio corpo são usadas na coordenação e controle dos 
movimentos. 
O Desenvolvimento Motor estuda as mudanças que ocorrem no movimento do ser humano ao longo de seu 
ciclo de vida. 
A Aprendizagem Motora estuda os processos e mecanismos envolvidos na aquisição de habilidades motoras 
e os fatores que a influenciam, isto é, como a pessoa se torna eficiente para alcançar uma meta desejada, com 
prática e experiência. 
Os três são muito difíceis de serem separados, pois estão intimamente relacionados. Por isso, é importante 
que se tenha uma visão integrada desses três fenômenos. Além, é claro, da visão de que para se compreender o 
complexo processo envolvido na organização, controle e aprendizagem de movimentos, a análise apenas de seus 
efeitos produzidos no meio ambiente é bastante limitada. É necessário investigar a organização e o controle de 
movimentos não só com base na análise dos resultados produzidos no meio ambiente, mas também mediante 
cuidadosa descrição da dinâmica do próprio padrão de movimento e das estruturas neurais responsáveis pela sua 
produção. 
O conhecimento dos processos de desenvolvimento situa-se no âmago da educação. Sem os conhecimentos 
profundos de seus aspectos, os educadores podem apenas supor as técnicas de intervenção apropriadas. O 
desenvolvimento motor é um campo de estudo legítimo que disseca as áreas de fisiologia do exercício, biomecânica, 
aprendizado motor e controle motor, bem como as áreas de psicologia desenvolvimentista e social. 
Desenvolvimento motor é a contínua alteração no comportamento motor ao longo do ciclo da vida, 
proporcionada pela interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do indivíduo e as condições do ambiente. 
Os estudiosos do desenvolvimento motor reconhecem que as exigências físicas e motoras específicas de uma tarefa 
motora interagem com o indivíduo (fatores biológicos) e o ambiente (fatores de experiência ou aprendizagem). Esses 
fatores podem ser modificados um pelo outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INDIVIDUAL 
Hereditariedade 
Biologia 
Natureza 
Fatores Intrínsecos 
AMBIENTE 
Experiência 
Aprendizado 
Encorajamento 
Fatores Extrínsecos 
Extrínsecos 
TAREFA 
Fatores Físicos 
Fatores Mecânicos 
Aprendizagem Motora Profª Daniela Dias Barros 
 
 
2 
 
 
 
 
O desenvolvimento é um processo contínuo que se inicia na concepção e cessa com a morte. O 
desenvolvimento inclui todos os aspectos do comportamento humano; é permanente. 
Além disso, deve-se observar que o desenvolvimento é um processo que envolve emergência, aquisição e 
aperfeiçoamento de funções e habilidades a partir de um script que vai sendo escrito ao longo da experiência. É um 
processo caracterizado por um “determinismo indeterminado.” 
O desenvolvimento motor é altamente específico. O conceito obsoleto de que alguém possui ou não 
habilidades em atividades motoras foi substituído pelo conceito de que cada pessoa tem capacidades específicas em 
cada uma das muitas áreas de desempenho. Vários fatores que envolvem habilidades motoras e desempenho físico 
interagem de maneira complexa com o desenvolvimento cognitivo e afetivo. Cada um desses fatores é afetado por 
uma ampla variedade de exigências biológicas/ambientais e relacionadas a tarefas específicas. 
É preciso lembrar-se da individualidade: cada indivíduo tem um tempo peculiar para a aquisição e para o 
desenvolvimento de habilidades motoras. 
 
Classificações etárias do desenvolvimento 
Há níveis de desenvolvimento que podem ser classificados de várias maneiras. A mais freqüente é a idade 
cronológica ou idade do indivíduo em meses e/ou anos, sendo de uso universal e constante. Embora o 
desenvolvimento esteja relacionado à idade, não depende dela. A idade cronológica meramente fornece a 
estimativa aproximada do nível de desenvolvimento do indivíduo, que pode ser mais precisamente determinado por 
outros meios. 
A idade biológica fornece um registro do índice de seu progresso em direção à maturidade. É uma idade 
variável que corresponde aproximadamente à idade cronológica e pode ser determinada medindo-se as seguintes 
idades: 1) idade morfológica: fornece o tamanho atingido pelo indivíduo (altura e peso); 2) idade óssea: fornece o 
registro da idade biológica do esqueleto em desenvolvimento; pode ser determinada por radiografias dos ossos 
carpais da mão e punho; 3) idade dental: o desenvolvimento dos dentes fornece a mensuração da idade da 
calcificação; 4) idade sexual: a maturação sexual é determinada pelo alcance variável de características sexuais 
primárias e secundárias. 
Há outros métodos de classificação etária: 1) idade emocional: é a medida da socialização e da habilidade 
para funcionar dentro de um meio social/cultural particular; 2) idade mental: medida complexa do potencial mental 
como função do aprendizado e de autopercepção; 3) idade do autoconceito: medida da avaliação pessoal sobre seu 
valor ou dignidade; 4) idade perceptiva: avaliação do índice e da extensão do desenvolvimento perceptivo. 
 
Diferença entre crescimento e desenvolvimento 
Crescimento físico refere-se a um aumento no tamanho do corpo de um indivíduo na maturação. É o 
aumento da estrutura do corpo causado pela multiplicação ou aumento das células. 
Desenvolvimento refere-se a alterações no nível de funcionamento de um indivíduo ao longo do tempo. É 
uma alteração adaptativa em direção à habilidade. É necessário ajustar, compensar ou mudar a fim de obter ou 
manter a habilidade. É um processo permanente. É o estudo do que ocorre e como ocorre no organismo desde sua 
concepção até a morte, incluindo todas as dimensões interrelacionadas de nossa existência. 
Há dois elementos entrelaçados que desempenham papel-chave no processo de desenvolvimento, a saber, 
maturação e experiência. 
A maturação refere-se a alterações qualitativas que capacitam o indivíduo a progredir para níveis mais altos 
de funcionamento. É basicamente inata, no sentido biológico, geneticamente determinada e resistente a influências 
externas e ambientais. É caracterizada por uma ordem fixa de progressão. 
A experiência refere-se a fatores do ambiente que podem alterar o aparecimento de várias características 
desenvolvimentistas no decorrer do processo de aprendizado. 
Há ainda outro termo que deve ser levado em consideração, a saber, adaptação, que é usado para referir-se 
à complexa interação entre as forças do indivíduo e do ambiente. 
 
Áreas do comportamento 
Aprendizagem Motora Profª Daniela Dias Barros 
 
 
3 
 
A classificação das reações humanas em áreas do comportamento pode ser: área cognitiva (comportamento 
intelectual), área afetiva (comportamento sócio-emocional) e área psicomotora (comportamento motor). 
A área psicomotora inclui processos de alteração, estabilização e regressão na estrutura física e na função 
neuromuscular. Inclui todas as alterações físicas e fisiológicas no decorrer da vida, sendo considerada o estudo do 
desempenho motor e das habilidades motoras. 
A área cognitiva envolve a relação funcional entre a mente e o corpo. 
A área afetivaenvolve sentimentos e emoções quando aplicados ao próprio indivíduo e a outros por meio do 
movimento. 
 
Aprendizagem Motora 
A aprendizagem motora é um processo interno que produz alterações consistentes no comportamento 
individual em decorrência da interação da experiência, da educação e do treinamento com processos biológicos. A 
aprendizagem é um fenômeno no qual a experiência é pré-requisito; corresponde apenas a um aspecto no qual o 
movimento desempenha parte principal, significando uma alteração relativamente constante no comportamento 
motor em função da prática ou de experiências passadas. 
O controle motor é um aspecto da aprendizagem e do desenvolvimento que lida com o estudo de tarefas 
isoladas em condições específicas. 
 
Formas de movimento 
Movimento refere-se à alteração real e observável na posição de qualquer parte do corpo. Alguns termos 
são necessários conceituar. 
Habilidade motora é entendida como um padrão de movimento fundamental realizado com precisão, 
exatidão e controle maiores. 
Habilidade esportiva é o refinamento ou a combinação de padrões de movimento fundamentais ou de 
habilidades motoras para desempenhar atividades relacionadas a um esporte. O desempenho de uma habilidade 
esportiva requer que se façam alterações precisas nos padrões básicos do movimento para atingir níveis superiores 
de habilidades. 
 
Classificação das habilidades motoras 
O modelo utilizado por Gallahue (2005) de desenvolvimento motor enfatiza a função da tarefa motora 
expressa nas três categorias de movimento, a saber, estabilidade, locomoção e manipulação, além das fases do 
desenvolvimento motor expressas pela sua complexidade através dos movimentos reflexos, rudimentares, 
fundamentais e especializados. 
 
Fases do Desenvolvimento Motor 
O processo do desenvolvimento motor revela-se basicamente por alterações no comportamento motor. 
Podem-se observar diferenças de desenvolvimento motor provocadas por fatores próprios do indivíduo (biologia), 
do ambiente (experiência) e da tarefa em si (físico/mecânico). 
O movimento observável pode ser agrupado em três categorias: 
 Estabilizadores 
 Locomotores 
 Manipulativos 
O movimento estabilizador é qualquer um que haja algum grau de equilíbrio (é uma atividade motora 
rudimentar), como por exemplo, girar, virar, empurrar e puxar. A estabilidade, necessária neste movimento, refere-
se a qualquer movimento que tenha como objetivo obter e manter o equilíbrio em relação à força da gravidade. 
O movimento locomotor refere-se a movimentos que envolvem mudanças na localização do corpo 
relativamente a um ponto fixo na superfície, por exemplo, caminhar, correr, pular, saltitar ou saltar um obstáculo. 
O movimento manipulativo refere-se tanto a manipulação motora rudimentar quanto à manipulação motora 
refinada, como por exemplo, arremessar, apanhar, chutar e derrubar um objeto. A manipulação refinada envolve o 
uso complexo dos músculos da mão e punho, como costurar, cortar, digitar, escrever. 
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4 
 
Muitos movimentos envolvem a combinação desses três tipos de movimentos, como pular corda, girar 
corda, jogar futebol. 
A seguir, serão descritas fases do desenvolvimento motor e seus estágios correspondentes. 
 
Tabela 1: Classificação do movimento com exemplos 
 
FASES DESENVOLVIMENTO 
MOTOR 
ESTABILIDADE (ênfase no 
equilíbrio do corpo em 
situações de movimento 
estático e dinâmico) 
LOCOMOÇÃO (ênfase no 
transporte do corpo de um 
ponto a outro) 
MANIPULAÇÃO (ênfase em 
colocar ou receber força de 
um objeto) 
Fase motora reflexa Reflexo corretivo labiríntico 
Reflexo corretivo do 
pescoço 
Reflexo corretivo corporal 
Reflexo de rastejar 
Reflexo dos 1º passos 
Reflexo de natação 
Reflexo palmar de agarrar 
Reflexo plantar de agarrar 
Reflexo de levantar 
Fase motora rudimentar Controle da cabeça e 
pescoço 
Controle do tronco 
Sentar sem apoio 
Ficar em pé 
Rastejar 
Engatinhar 
Sentar-se ereto 
Alcançar 
Agarrar 
Soltar 
Fase motora fundamental Equilibrar-se em um pé 
Andar sobre barra elevada 
Movimentos axiais 
Andar 
Correr 
Pular 
Saltar 
Lanças 
Pegar 
Chutar 
Bater 
Fase motora especializada Exercício na barra de 
ginástica 
Defender chute a gol 
Correr 100 metros 
Andar numa rua cheia de 
pessoas 
Dar um chute a gol 
Rebater uma bola 
arremessada 
 
 
Fatores que Afetam o Desenvolvimento Motor 
1. Fatores Intrínsecos ao Indivíduo 
Há uma sequência ordenada e previsível de desenvolvimento físico que acontece da cabeça aos pés e do 
centro do corpo em direção às suas extremidades. Os bebês mostram um controle sequencial sobre a musculatura 
da cabeça, pescoço e tronco antes de ganha controle sobre as pernas e os pés. 
Crianças pequenas são desajeitas e apresentam um controle motor deficiente sobre as extremidades 
inferiores. 
A criança pequena, em termos de aquisição de habilidades, é capaz de controlar os músculos do tronco e da 
cintura escapular antes dos músculos do pulso, mãos e dedos. 
Esses processos de desenvolvimento tendem a mostrar sinais de regressão com a velhice. Entretanto, os 
indivíduos mais velhos podem evitar e reduzir tal regressão permanecendo ativos. 
O índice de crescimento de um indivíduo segue um padrão característico que é universal para todos. Há a 
chamada plasticidade desenvolvimentista, que ocorre quando, por exemplo, quando uma doença grave retarda o 
ganho normal de altura, peso e habilidade motora da criança. Assim, que se recupera, a criança tende a atualizar-se. 
Observa-se também em bebês de baixo peso ao nascer. 
Oportunidades restritas de movimentos e privação de experiências têm mostrado interferir nas habilidades 
das crianças para desempenhar tarefas que são características de suas faixas etárias. 
A extensão até a qual a criança poderá alcançar seus companheiros etários depende da duração e da 
severidade da privação, da idade e do potencial genético de crescimento individual da criança. 
A aptidão é um fator que se estende além da maturação biológica e inclui a consideração de fatores que 
podem ser modificados ou manipulados para encorajar e promover a aprendizagem. 
Os fatores que influenciam a aptidão são: maturação física e mental, interação com a motivação, 
aprendizagem de pré-requisitos e um ambiente enriquecedor. 
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5 
 
No entanto, segundo pesquisas mais atuais, é difícil afirmar quando exatamente alguém está pronto para 
aprender uma nova habilidade motora (experiência motora precoce). Sugere-se que a experiência precoce em uma 
atividade motora, antes que o indivíduo esteja apto, provavelmente trará benefícios mínimos. 
O reconhecimento de estar ‘apto’ é responsabilidade tanto do educador quanto do aluno. A aptidão, que é a 
combinação de desenvolvimento maturacional, propiciação ambiental e sensibilidade do educador, têm inúmeras 
implicações para as oportunidades de aprendizagem por toda a vida. 
Um indivíduo é mais suscetível a certos tipos de estímulos em certas épocas. O desenvolvimento normal em 
períodos posteriores pode ser prejudicado se a criança não recebe o estímulo apropriado no período crítico. Por 
exemplo, nutrição inadequada, pressão prolongada, cuidados maternos inadequados. Em contrapartida, há os 
fatores positivos do período crítico, a saber, a intervenção apropriada em período específico tende a facilitar formas 
mais positivas de desenvolvimento em estágios posteriores, em comparação com a mesma intervenção que ocorre 
em outra época. 
Outro fator são os efeitos do envelhecimento, que podem ser retardados ou reduzidos pelo uso contínuo do 
cérebro e do sistema motor. 
Além do mais, é preciso levar em consideração que cada pessoa possui sua própria escala de tempo para o 
desenvolvimento. É uma combinação da hereditariedade e de influências ambientais. Portanto, a adesão rígida à 
classificação cronológica de desenvolvimentopor idade não tem apoio ou justificativa. 
As médias de idade são apenas aproximações que servem como indicadores convenientes de 
comportamento desenvolvimentista apropriados. É comum observar desvios da média até 6 meses a 1 ano no 
aparecimento de numerosas habilidades. 
A tendência de exibir diferenças individuais está intimamente ligada ao conceito de aptidão e ajuda a 
explicar porque alguns indivíduos estão aptos a aprender novas habilidades e outros não. 
Há, ainda, as habilidades filogenéticas, que tendem a aparecer automaticamente e em sequência previsível 
na criança em maturação; são também resistentes às influências ambientais externas. E as habilidades 
ontogenéticas, que dependem basicamente da aprendizagem e das oportunidades ambientais. 
 
2. Fatores Ambientais 
Muitas pesquisas têm se concentrado nos efeitos da influência do comportamento dos pais no período pré-
natal e no início da infância no funcionamento (motor e cognitivo) subsequente das crianças. 
O vínculo, que é a ligação emocional forte que perdura ao longo do tempo, distância, privações e vontades, 
começa a se desenvolver no nascimento e pode ser estabelecido de modo incompleto com uma separação precoce. 
Esses casos podem ser devidos à prematuridade e ao baixo peso ao nascer. 
A ligação precoce entre os pais e a criança parece influenciar no desenvolvimento. 
O estímulo e a privação têm sido estudados por anos para demonstrar sua influência sobre o aprendizado de 
muitas habilidades. Ambos têm potencial para influenciar o nível de desenvolvimento. 
Em estudos sobre a precocidade de um treinamento específico de algumas habilidades, demonstrou-se a 
inabilidade do treinamento precoce para apressar o desenvolvimento até um grau apreciável. No entanto, pessoas 
treinadas precocemente exibiram autoconfiança e segurança maiores nas atividades em que tinham recebido 
treinamento. 
Assim sendo, treinamento e atenção especial podem não influenciar os aspectos quantitativos das 
habilidades motoras aprendidas tanto quanto os aspectos qualitativos, ainda que haja um interrelacionamento entre 
maturação e experiência. 
A partir da década de 1980 houve uma explosão de programas de estímulos para recém-nascidos, bebês e 
crianças em idade pré-escolar, como natação e ginástica. Mas há alegações, contra e a favor, de tais programas, na 
medida em que existam poucas provas sólidas de que tais programas de fato tragam qualquer benefício a longo 
prazo em habilidades motoras avançadas. 
A Academia Americana de Pediatria em protesto (1994) recomendava que: 
 programas de exercícios estruturados para bebês não devem ser vistos como terapeuticamente benéficos 
para o desenvolvimento de bebês saudáveis; 
 os pais devem ser encorajados a proporcionar um ambiente de brincadeiras seguro e minimamente 
estruturado para seus filhos. 
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6 
 
E ainda há a questão dos efeitos das oportunidades limitadas ou restritas para a prática na aquisição das 
habilidades motoras. 
Estudos feitos em três instituições no Irã relataram que a falta de cuidados, a quietude ambiental e a 
ausência geral de oportunidades motoras ou de experiências foram as causas do retardo motor nas duas primeiras 
instituições, sendo que na terceira o retardo era bem menor. 
Conclui-se, assim, que o desenvolvimento comportamental não pode ser totalmente atribuído à hipótese da 
maturação. Restrições graves e a falta de experiência podem atrasar o desenvolvimento normal. 
Condições extremas de privação ambiental podem romper tanto a sequência como o nível da aquisição de 
habilidades motoras. 
Uma das maiores necessidades das crianças é praticar habilidades em certa época, quando atingiram um 
determinado nível de desenvolvimento que as torna aptas a beneficiar-se do máximo dessas habilidades. A prática 
especial antes da aptidão maturacional é de benefício duvidoso. 
 
3. Fatores de Tarefa Física 
Alguns fatores adicionais afetam o crescimento e desenvolvimento motor, tais como: classe social, gênero, 
bagagem cultural e étnica. Nascimento prematuro, desordens alimentares, níveis de aptidão e fatores biomecânicos, 
bem como alterações fisiológicas associadas ao envelhecimento e à escolha do estilo de vida têm influência no 
processo permanente de desenvolvimento motor de maneira importante. 
A prematuridade – bebês nascidos com 1,5-2,5 kg – é de grande preocupação porque está intimamente 
associada ao retardamento mental e físico, à hiperatividade e à morte de bebês e, frequentemente, prejudica o 
processo de desenvolvimento motor. Quanto menor a idade gestacional, mais alta a incidência de deficiência maior. 
O bebê pré-termo tem ainda possibilidade de ter mais dificuldades 
 no aprendizado, 
 prejuízos na linguagem e na interação social, 
 problemas de coordenação motora. 
Por razões ainda desconhecidas, meninos são mais gravemente afetados que meninas. 
Estudos vêm sendo feitos para saber quais são exatamente os efeitos da prematuridade em bebês a longo 
prazo. O efeito da luz, dos ruídos e da ausência de toque agradável (em UTI’s) no desenvolvimento do sistema 
neurológico também vem sendo estudado. 
As desordens alimentares (obesidade, anorexia nervosa, bulimia, desordem alimentar compulsiva) em 
crianças e adolescentes também podem ser fatores de prejuízos no crescimento e desenvolvimento motor. Crianças 
obesas que não tenham emagrecido até os 14 anos, têm um risco de 70% de permanecerem obesas na idade adulta. 
O nível de aptidão física e as exigências mecânicas de uma tarefa influenciam a habilidade de nos 
movimentarmos com controle, habilidade e segurança. 
A interação entre atividade física, genética e nutrição sugere os limites máximos e mínimos da aptidão física 
esperados para um indivíduo. 
Aptidão física é definida como um conjunto de atributos que uma pessoa possui relacionado à habilidade de 
realizar uma atividade física, combinado com a bagagem genética e a manutenção nutricional adequada. O nível 
pessoal de aptidão relacionada á saúde e ao desempenho influencia de muitas maneiras o desenvolvimento motor. 
A aptidão motora é considerada como o nível de desempenho atual de um indivíduo, influenciado por 
fatores, tais como: movimento, agilidade, equilíbrio, coordenação e força. 
 
 
FASES DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E SEUS ESTÁGIOS CORRESPONDENTES 
1. FASE MOTORA REFLEXA 
Os movimentos reflexos são subcorticalmante controlados; por isso são involuntários. Os primeiros 
movimentos que o feto faz são reflexos. Os reflexos são movimentos involuntários que formam a base para as fases 
do desenvolvimento motor. A partir das atividades reflexas o bebê obtém informações sobre o ambiente imediato. 
Os reflexos primitivos de sobrevivência são agrupadores de informações, ’caçadores’ de alimentos e de 
reações protetoras (reflexos de sugar e procurar pelo olfato). 
User_Ficus
Realce
User_Ficus
Realce
User_Ficus
Realce
User_Ficus
Realce
User_Ficus
Realce
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User_Ficus
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User_Ficus
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User_Ficus
Realce
User_Ficus
Realce
User_Ficus
Realce
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7 
 
Os reflexos primitivos posturais são similares aos posteriores – voluntários – mas são inteiramente 
involuntários, como por exemplo, o reflexo primário de caminhar e o de arrastar-se. 
Desde o 4º mês de vida fetal até o 4º mês da infância os movimentos do bebê são reflexos. É o estágio de 
codificação de informações, que irão se armazenar no córtex em desenvolvimento. Depois o bebê passa para o 
estágio de decodificação de informações, no qual processa as informações recebidas. 
Há hipóteses de que esses movimentos reflexos formam a base para o movimento voluntário posterior. À 
medida que o córtex gradualmente amadurece, ele assume controle sobre os reflexos posturais de caminhar, 
engatinhar, nadar e outros similares. 
Se um reflexo estiver ausente,irregular ou desigual em intensidade, suspeita-se de disfunção neurológica. A 
ausência de movimentos reflexos normais ou a continuação prolongada de vários reflexos além de seus períodos 
normais, também podem fazer com que haja suspeita de dano neurológico. 
A seguir, alguns exemplos de reflexos primitivos de sobrevivência observados em bebês. 
a) Reflexo de Moro e Reflexo de choque 
Coloca-se o bebê em posição supina e bate levemente no abdome ou gera-se um sentimento de insegurança 
quanto ao apoio. Há, então, uma repentina distensão e flexão dos braços e expansão dos dedos. Depois, os 
membros voltam à posição flexionada normal contra o corpo. O reflexo de Moro está presente no nascimento até 
por volta dos 6 meses de idade. 
 
 
 
b) Reflexos de busca e sucção 
A estimulação da área ao redor da boca (reflexo de busca) faz o bebê voltar sua cabeça em direção à fonte 
de estimulação. É mais forte nas três primeiras semanas de vida e é substituído pela reação direcionada de 
posicionamento da cabeça, que se torna bastante refinada. 
O movimento de sucção é a tentativa de ingerir alimento. 
Ambos os reflexos estão presentes em todos os recém-nascidos normais. O reflexo de busca pode persistir 
até o final do primeiro ano de vida. O movimento de sucção normalmente desaparece como reflexo no final do 
terceiro mês, mas persiste como reação voluntária. 
 
c) Reflexo de preensão plantar 
Nos primeiros meses o bebê tem suas mãos bem fechadas. Quando se estimula a palma, a mão vai fechar 
fortemente ao redor do objeto, seu usar o polegar. O aperto é tão forte que ´bebê é capaz de suportar seu próprio 
peso quando suspenso. 
 
d) Reflexo de preensão plantar 
Esse reflexo aparece por volta do 4º mês, podendo persistir até 12º mês. É facilmente observado quando se 
pressiona os polegares contra a parte de trás dos dedos do pé do bebê. 
 
User_Ficus
Realce
User_Ficus
Realce
User_Ficus
Realce
User_Ficus
Realce
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Os reflexos que se seguem são reflexos primitivos posturais. Eles nos fazem lembrar movimentos 
voluntários posteriores. Automaticamente fornecem para o indivíduo a manutenção de uma posição ereta em 
relação ao seu ambiente. São encontrados em todos os bebês normais, podendo persistir no decorrer do primeiro 
ano. 
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a) Reflexos corretivos labirínticos e visuais 
Os impulsos que surgem no labirinto fazem o bebê manter a cabeça em alinhamento apropriado com o 
ambiente, mesmo quando outros canais sensoriais (visão e tato) são excluídos. Aparece no 2º mês e persiste até 
aproximadamente o 6º mês. 
 
 
 
b) Reflexo de levantamento 
O reflexo de levantamento dos braços é uma tentativa involuntária do bebê de manter-se em posição 
ereta. Aparece por volta do 3º ou 4º mês. 
 
 
 
c) Reflexo de nadar 
Em posição inclinada imerso na água o bebê exibe movimentos rítmicos extensores e flexores de natação 
nas pernas e braços. Estudiosos observaram este reflexo no 11º dia após o nascimento. O reflexo de prender a 
respiração é provocado ao imergir o rosto do bebê na água. 
 
 
2. FASE DE MOVIMENTOS RUDIMENTARES 
São as primeiras formas de movimentos voluntários observados nos bebês desde o nascimento até 
aproximadamente 2 anos de idade. São determinados pela maturação e caracterizam-se por uma sequência de 
aparecimento altamente previsível. O ritmo em que essas habilidades aparecem varia de criança para criança e 
depende de fatores biológicos, ambientais e da tarefa. 
O ambiente hereditário e empírico das crianças e as exigências específicas das tarefas motoras têm efeito 
profundo no índice de obtenção das habilidades motoras rudimentares da primeira infância. 
As habilidades motoras rudimentares do bebê representam as formas básicas de movimento voluntário que 
são necessárias para a sobrevivência. 
Os reflexos primitivos e posturais são substituídos por comportamentos motores voluntários. Ao nível da 
inibição de reflexos, o movimento voluntário é precariamente diferenciado e integrado porque o aparato 
neuromotor da criança está ainda em estágio rudimentar de desenvolvimento. Os movimentos são grosseiros e 
descontrolados. 
Existem dois estágios que a criança passa, a saber: 
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 Estágio de inibição de reflexos: estende-se por praticamente todo o 1º ano de vida; progride em 
direção a um movimento rudimentar controlado, com a supressão de reflexos e a integração dos 
sistemas sensorial e motor em movimento objetivo controlado. 
o O período compreendido entre 12/18-24 meses representa um período de prática e de 
domínio das muitas tarefas rudimentares iniciadas no primeiro ano. 
 Estágio de pré-controle: período entre o 1º e 2º ano; a diferenciação e a integração dos processos 
sensorial e motor tornam-se mais desenvolvidas e os limitadores de ritmo do início da infância ficam 
menos pronunciados. 
Com 1 ano a criança já apresenta um pouco mais de precisão e controle dos movimentos. O processo de 
diferenciação entre os sistemas sensorial e motor e a integração de informações motoras e perceptivas acontecem 
de forma mais coerente e significativa. 
As crianças aprendem a obter e a manter seu equilíbrio, a manipular objetos e a locomover-se pelo ambiente 
com notável grau de proficiência e controle. 
As habilidades rudimentares do bebê são os blocos construtores do desenvolvimento mais extenso das 
habilidades motoras fundamentais no início da infância e das habilidades motoras especializadas posteriormente. 
A estabilidade é a mais básica das três categorias de movimento porque todo movimento voluntário envolve 
um elemento de estabilidade. 
 
Sequência de desenvolvimento e idade aproximada das habilidades motoras rudimentares 
Tarefas de estabilidade Habilidades selecionadas Idade de início aproximada 
Controle da cabeça e pescoço Virar para ambos os lados 
Segurar-se com apoio 
Bom controle em decúbito ventral 
Bom controle em decúbito dorsal 
1ª semana 
1º mês 
3º mês 
5º mês 
Controle do tronco Levanta cabeça e peito 
Tenta virar-se de bruços 
Rola com para ficar de bruços 
Rola para ficar em decúbito dorsal 
2º mês 
3º mês 
6º mês 
8º mês 
Sentar Senta com apoio 
Senta com próprio apoio 
Senta sozinho 
Fica em pé com apoio 
3º mês 
6º mês 
8º mês 
6º mês 
Ficar de pé Apoia-se segurando com as mãos 
Fica em pé com apoio 
Fica em pé sozinho 
10º mês 
11º mês 
12º mês 
 
 
Sequência de desenvolvimento e idade aproximada das habilidades motoras rudimentares 
Tarefas locomotoras Habilidades selecionadas Idade de início aproximada 
Movimentos horizontais Movimentos rápidos das pernas 
Arrastar-se 
Engatinhar 
3º mês 
6º mês 
9º mês 
Andar ereto Anda com apoio 
Anda segurando com as mãos 
Anda com orientação 
Anda sozinho (mãos para o alto) 
Anda sozinho (mãos abaixadas) 
6º mês 
10º mês 
11º mês 
12º mês 
13º mês 
 
 
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11 
 
O aparecimento de habilidades manipulativas rudimentares fornece ao bebê em desenvolvimento o 
primeiro contato significativo com os objetos do ambiente imediato. 
 
Sequência de desenvolvimento e idade aproximada das habilidades motoras rudimentares 
Tarefas manipulativas Habilidades selecionadas Idade de início aproximada 
Alcançar Alcance globular ineficaz 
Alcance de procura definido 
Alcance controlado 
1º ao 3º mês 
4º mês 
6º mês 
Pegar Pegadura reflexiva 
Pegadura voluntária 
Pegadura palmar com as duas mãos 
Pegadura palmar com uma mão 
Pegadura e pinça 
Pegadura controlada 
Come sem ajuda 
Nascimento 
3º mês 
3º mês 
5º mês 
9º mês 
14º mês 
18º mês 
Soltar Soltura básica 
Soltura controlada 
12º ao 14º mês 
18º mês 
 
Os programas aquáticos infantis podem ser muito benéficos em termos de fornecimento de estímulos 
adicionais,pois promovem a integração entre os pais e a criança. No entanto, em estudos recentes não foram 
encontradas evidências de que a natação infantil melhore o desempenho posterior. A noção de um período crítico 
definido para aprender a nadar não tem apoio nas pesquisas disponíveis. 
 
 
PERCEPÇÃO 
Percepção refere-se a qualquer processo pelo qual obtemos consciência imediata do que está acontecendo 
ao redor. 
O termo perceptivo-motor refere-se ao processo de organização de novas informações a partir daquelas já 
armazenadas, o que leva a um ato manifesto ou desempenho motor. 
Todo movimento voluntário envolve um elemento de percepção, sendo que há uma ligação importante 
entre os processos perceptivo e motor. 
As oportunidades de aprendizagem oferecidas às crianças e aos adultos aumentam a sofisticação de suas 
modalidades perceptivas. 
As formas de percepção – visual, auditiva, olfativa e tátil-cinestésica – influenciam o processo de 
desenvolvimento motor. 
 
3. FASE DE MOVIMENTOS FUNDAMENTAIS 
Representa um período no qual as crianças pequenas estão ativamente envolvidas na exploração e na 
experimentação das capacidades motoras de seus corpos. Estão aprendendo a reagir com controle motor e 
competência motora a vários estímulos, obtendo crescente controle para desempenhar movimentos discretos, em 
série e contínuos. 
São padrões básicos de comportamento observáveis. As atividades locomotoras, manipulativas e 
estabilizadoras nessa fase devem ser desenvolvidas nos primeiros anos da infância. 
As habilidades motoras rudimentares formaram a base sobre a qual cada criança desenvolve ou refina os 
padrões fundamentais do início da infância e as habilidades motoras especializadas da infância posterior e da 
adolescência. 
Uma das principais concepções erradas sobre o conceito desenvolvimentista da fase de movimentos 
fundamentais é a noção de que essas habilidades são determinadas maturacionalmente e são pouco influenciadas 
pela tarefa e por fatores ambientais. 
Embora a maturação realmente desempenhe papel básico no desenvolvimento de padrões de movimentos 
fundamentais, não deve ser considerada como única influência. As condições do ambiente – oportunidades para a 
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prática, encorajamento, instrução e o cenário do ambiente em si – desempenham papel importante no grau máximo 
de desenvolvimento que os padrões de movimentos fundamentais atingem. 
As crianças pequenas estão envolvidas no processo de desenvolvimento e de refinamento das habilidades 
motoras fundamentais em uma grande variedade de movimentos estabilizadores, locomotores e manipulativos. Elas 
envolvem-se em muitas experiências coordenadas e efetivas em termos de desenvolvimento, projetadas para 
aumentar o conhecimento do corpo e do seu potencial para o movimento. 
Padrão de Movimento relaciona-se ao desenvolvimento de níveis aceitáveis de habilidade e de uma 
mecânica corporal eficiente para uma grande variedade de situações motoras. 
Um Movimento fundamental envolve somente os elementos básicos daquele movimento em particular. Ele 
não inclui fatores como estilo do indivíduo ou peculiaridades pessoais no desempenho e não enfatiza a combinação 
de certos movimentos fundamentais nas habilidades complexas. 
Certos movimentos locomotores (correr, pular) ou manipulativos (arremessar, apanhar, chutar, bloquear) 
são exemplos de habilidades motoras fundamentais dominadas pela criança de início, separadamente. Os traços 
básicos de um movimento fundamental devem ser iguais em todas as crianças. 
O desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais é básico para o desenvolvimento motor das 
crianças. Uma grande variedade de experiências motoras fornece às crianças uma profusão de informações que são 
a base das percepções que elas têm de si mesmas e do mundo que as cerca. 
As primeiras tentativas da criança são orientadas para o objetivo de desempenhar uma habilidade 
fundamental. O movimento é caracterizado por uma sequência imprópria, marcadamente limitado e exagerado uso 
do corpo e fluxo rítmico e coordenação deficientes. 
Com o passar do tempo, a criança desenvolve maior controle motor e melhor coordenação rítmica dos 
movimentos fundamentais. Aprimora-se a sincronização dos elementos temporais e espaciais do movimento, mas os 
padrões de movimentos neste estágio são ainda restritos ou exagerados, embora bem mais coordenados, que 
podem ser observados em crianças de 3 a 4 anos. 
Muitos indivíduos, tanto adultos como crianças, não vão além do estágio elementar em muitos padrões de 
movimento. 
Já crianças de 5 a 6 anos as habilidades manipulativas que requerem acompanhamento e interceptação de 
objetos em movimento desenvolvem-se um pouco mais tarde, em função das exigências visuais e motoras 
sofisticadas dessas tarefas. 
Embora algumas crianças possam atingir um estágio maduro basicamente pela maturação e com um mínimo 
de influência ambiental, a grande maioria precisa de oportunidades para a prática, o encorajamento e a instrução 
em um ambiente que promova a aprendizagem. Sem essas oportunidades, torna-se virtualmente impossível um 
indivíduo atingir o estágio maduro de certa habilidade, o que vai inibira aplicação e o desenvolvimento na fase 
posterior. 
 
Sequência desenvolvimentista de movimentos fundamentais 
O movimento é um processo em desenvolvimento nos anos iniciais da infância. As crianças possuem um 
potencial de desenvolvimento para atingir o estágio maduro da maior parte das habilidades motoras fundamentais 
por volta de 6 anos de idade. A conquista real dependerá de fatores como a tarefa, o indivíduo e o ambiente. 
 
Condições motoras 
A maioria dos estudiosos acredita que essa fase segue uma progressão que pode ser subdividida em 
estágios. A criança cognitiva e fisicamente normal progride de um estágio a outro, de maneira sequencial, 
influenciada tanto pela maturação como pela experiência. 
Condições ambientais, como as oportunidades para a prática, o encorajamento e a instrução, são cruciais 
para o desenvolvimento de padrões maduros de movimentos fundamentais. 
Programas de instrução podem aumentar o desenvolvimento de padrões motores fundamentais, além do 
nível atingido somente devido à maturação. 
As condições naturais do ambiente, como temperatura, iluminação, área de superfície e gravidade podem 
influenciar tantos os aspectos quantitativos como os qualitativos de certas tarefas motoras. Da mesma forma, 
condições artificiais, como tamanho, forma, cor e textura de objetos podem influenciar também. 
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13 
 
O objetivo da tarefa é também fator importante que influencia o grau de desenvolvimento manifesto de 
uma tarefa motora fundamental. A extensão dos ajustes que um indivíduo é capaz de fazer visando certos objetivos 
será influenciada por vários fatores próprios da pessoa, bem como pelo grau de alterações que as exigências da 
tarefa atingiram. 
 
 Condições Objetivo 
Ambientais da Tarefa 
 
   
 
 Indivíduo 
 
  
 
 
Resultado 
 
 (estado de desenvolvimento da tarefa observada) 
 
 
Diferenças Desenvolvimentistas 
Quando as habilidades motoras fundamentais de crianças são observadas e analisadas, tornam-se visíveis os 
vários estágios de desenvolvimento para cada padrão de movimento e também é obvia a existência de habilidades 
entre as crianças, entre os padrões e “dentro” de cada padrão. 
As diferenças entre as crianças fazem lembrar do princípio de individualidade de todo aprendizado. A 
sequência de progressão ao longo dos estágios inicial, elementar e maduro é a mesma para a maioria das crianças. O 
ritmo, entretanto, variará dependendo tanto dos fatores ambientais como dos fatores hereditários. 
O fato de uma criança atingir ou não o estágio maduro depende basicamente do ensino, do encorajamentoe 
das oportunidades para a prática. 
As diferenças entre padrões são observadas em todas as crianças. Uma delas pode estar no estágio inicial em 
algumas tarefas motoras; em outras, no estágio elementar; nas demais, no estágio maduro. Elas não progridem de 
forma igual no desenvolvimento de suas habilidades motoras fundamentais. As brincadeiras e as experiências 
instrutivas vão influenciai grandemente. 
As diferenças intrínsecas aos padrões são um fenômeno interessante. A criança pode exibir uma combinação 
de elementos iniciais, elementares e maduros. 
As diferenças de desenvolvimento intrínsecas aos padrões são comuns e resultam de: 
 Imitação imperfeita dos movimentos de outro; 
 Sucesso inicial com ação inadequada; 
 Fracasso em exibir esforço máximo; 
 Oportunidade de aprendizagem restrita ou não apropriada; 
 Integração sensório-motora incompleta. 
Um ensino criativo e diagnóstico pode auxiliar muito a criança no desenvolvimento equilibrado de suas 
habilidades motoras fundamentais. 
Uma vez que o controle motor tenha sido estabelecido, esses padrões podem ser mais bem refinados, em 
termos de produção de força e de precisão, na fase motora especializada. O fracasso em atingir a eficiência em 
grande variedade de habilidades motoras fundamentais vai inibir o desenvolvimento de habilidades motoras 
eficientes e efetivas que possam ser aplicadas aos jogos, aos esportes e às atividades de dança, característicos da 
cultura da criança. 
 
Movimentos estabilizadores fundamentais 
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A estabilidade é o aspecto mais fundamental do aprendizado de movimentar-se. A estabilidade envolve a 
habilidade de manter em equilíbrio a relação indivíduo/força de gravidade. 
Para que um indivíduo tenha uma estabilidade eficiente, é necessária a habilidade de perceber determinada 
mudança na relação entre as partes do corpo que altera seu equilíbrio. A habilidade de compensar essas mudanças 
de modo rápido e preciso com movimentos apropriados também é essencial. 
Os movimentos axiais e várias posturas de equilíbrio estático e dinâmico são considerados os componentes 
principais da estabilidade. Os movimentos axiais ou não locomotores correspondem a movimentos de orientação do 
tronco ou dos membros, quando em posição estática. 
Os movimentos axiais são movimentos do tronco ou membros que direcionam o corpo, enquanto este 
permanece em posição estacionária. Inclinar, alongar, virar, balançar, alcançar, erguer, empurrar e puxar são 
movimentos axiais, os quais combinam-se com outros movimentos para criar habilidades motoras mais elaboradas. 
 
 
4. FASE DE MOVIMENTOS ESPECIALIZADOS 
O movimento torna-se uma ferramenta que se aplica a muitas atividades motoras complexas presentes na 
vida diária. As habilidades estabilizadoras, locomotoras e manipulativas são progressivamente refinadas, combinadas 
e elaboradas para o uso em situações crescentemente exigentes. 
O tempo de reação e a velocidade do movimento, a coordenação, o tipo de corpo, altura e peso, os hábitos, 
a pressão do grupo social a que se pertence e a estrutura emocional são apenas alguns dos fatores que influenciam 
nesses movimentos. 
Aos 7 ou 8 anos a criança começa a combinar e a aplicar a habilidades motoras fundamentais ao 
desempenho de habilidades especializadas no esporte e em ambientes recreacionais, com forma, precisão e 
controle maiores. 
O desenvolvimento de habilidades motoras especializadas é altamente dependente de oportunidades para a 
prática, encorajamento, ensino de qualidade e o contexto ecológico do ambiente. 
As Habilidades Motoras Especializadas são padrões motores fundamentais maduros que foram refinados e 
combinados para formar habilidades esportivas e outras habilidades específicas complexas. 
A maioria das crianças tem potencial aos 6 anos para executar bons desempenhos no estágio maduro de 
grande parte dos padrões motores fundamentais e para começar a transição à fase motora especializada. Muitos 
adolescentes, porém, têm suas capacidades motoras atrasadas em função das limitadas oportunidades de prática 
regular, do ensino deficiente ou ausente e do pouco ou nenhum encorajamento. 
Crianças mais velhas, adolescentes e adultos devem ser capazes de desempenhar movimentos fundamentais 
no estágio maduro. O fracasso em desenvolver formas maduras de movimentos fundamentais tem consequências 
diretas na habilidade de um indivíduo em desempenhar habilidades específicas de tarefas na fase motora 
especializada. 
Existe uma barreira de competência hipotética entre a fase motora fundamental e a fase motora 
especializada de desenvolvimento. A transição de uma para outra fase depende da aplicação de padrões de 
movimento maduros a uma grande variedade de habilidades motoras. Se os padrões forem menos que maduros, a 
habilidade será prejudicada. 
O desenvolvimento motor fundamental maduro é pré-requisito para a incorporação bem sucedida de 
habilidades motoras especializadas correspondentes ao repertório motor de um indivíduo. 
Mesmo que uma pessoa possa estar cognitiva e afetivamente apta a avançar para essa faze, a progressão 
depende da conclusão bem sucedida de aspectos específicos da fase anterior. O progresso de uma a outra fase não 
tem um caráter de tudo ou nada. Não é necessário estar no estágio maduro em todos os movimentos fundamentais 
antes de avançar para os estágios subsequentes. 
 
Sequência de desenvolvimento de movimentos especializados 
Depois que a criança alcança o estágio maduro de um padrão motor fundamental, poucas alterações 
ocorrem na ‘forma’ daquela habilidade motora na fase motora especializada. 
Quanto mais o adolescente aprimora força, resistência, tempo de reação, velocidade de movimento, 
coordenação e assim por diante, podemos observar níveis de desempenho cada vez melhores. 
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Há ligação entre o movimento habilidoso e os níveis de atividade física. há um declínio estável na atividade 
física vigorosa entre meninos e meninas a partir dos 12 anos. Certamente, uma parte desse declínio é devido à falta 
de programas de educação física, em qualidade e quantidade. 
O início dos estágios, nessa fase do desenvolvimento, depende de fatores neuromusculares, cognitivos e 
afetivos próprios do indivíduo. 
Os padrões motores fundamentais de uma pessoa são pouco alterados depois que atingem o estágio 
maduro. 
As habilidades motoras especializadas são movimentos fundamentais maduros que adaptados às 
necessidades específicas de uma atividade esportiva, recreativa ou do cotidiano. 
A chave para o ensino bem sucedido na fase de habilidades motoras especializadas é reconhecimento das 
condições que possam limitar ou aumentar o desenvolvimento. 
Existem três estágios da fase motora especializada, a saber: de transição, de aplicação e de utilização 
permanente. O progresso através dos estágios pertinentes à fase de habilidades motoras especializadas depende da 
fundamentação de padrões motores previamente estabelecidos durante a fase motora fundamental. 
 
1) Estágio de transição 
É caracterizado pelas primeiras tentativas do indivíduo de refinar e combinar padrões motores maduros. 
Nesse estágio, o indivíduo trabalha para ‘compreender a ideia’ de como desempenhar a habilidade 
esportiva. A habilidade e a competência são limitadas. 
 
2) Estágio de aplicação 
O indivíduo torna-se mais consciente de seus recursos físicos pessoais e de suas limitações e, de acordo com 
isso, concentra-se em certos tipos de esporte. A ênfase está na melhora da competência motora. 
 
3) Estágio de utilização permanente 
Os indivíduos reduzem a área de suas buscas atléticas, escolhendo algumas atividades para participar 
regularmente em situações competitivas, recreativas ou da vida diária. 
Uma maior especialização no refinamento de habilidades ocorre nesse estágio de ‘melhor ajustamento’. 
Atividadespermanentes são escolhidas com base nos interesses pessoais, habilidades, ambições, disponibilidade e 
em experiência passadas. 
A precoce participação em esportes não é prejudicial, mas a especialização prematura pode ter alto custo. 
 
Esporte juvenil 
Em condições ideais, o estágio de habilidades motoras transitórias começa por volta dos 7 ou 8 anos de 
idade. 
A participação esportiva é importante para milhões de crianças e adolescentes que precisam de liderança 
competente e de experiências apropriadas do ponto de vista do desenvolvimento. 
O esporte permite que indivíduos nos estágios de transição e aplicação melhorem suas habilidades e 
obtenham muita atividade física vigorosa em situações competitivas. 
 
Conhecendo o aluno 
É de vital importância que professores e profissionais da área conheçam que seus alunos têm um conjunto 
diferente de capacidades físicas, mentais, emocionais e sociais. 
A seguir, algumas informações importantes a serem observadas: 
 As pessoas aprendem em ritmos diferentes. 
 O potencial de cada pessoa para excelência é único. 
 Habilidades motoras fundamentais devem ser dominadas antes de tentar a habilidade esportiva. 
 As reações de vitória e fracasso variam entre indivíduos, assim como, reações de elogio e crítica. 
 Os níveis de desenvolvimento dos indivíduos variam, resultando em potenciais diferentes para o aprendizado e 
o desempenho. 
 Não há uniformidade no potencial físico de indivíduos, particularmente, nos anos da pré-adolescência e 
adolescência. 
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 Os indivíduos exibem maiores ou menores graus de habilidades motoras rudimentares e refinadas, dependendo 
das experiências passadas e de fatores herdados. 
 A habilidade de analisar, conceituar e resolver problemas varia de pessoa para pessoa. 
O aprendizado de habilidade motora é um processo independente da idade que tem uma sequência 
previsível de estágios que identificam o estado cognitivo e os objetivos de cada indivíduo durante o aprendizado. 
Assim sendo, seguem-se algumas orientações no que tange ao ensino de uma nova habilidade motora. 
 Identificar o tipo de habilidade a ser trabalhada. 
 Estabelecer um ambiente de prática de acordo com a natureza da habilidade. 
 Introduzir atividades externamente ritmadas, primeiro sob o controle de condições internamente 
determinadas, iniciando com ambiente e condições de prática da habilidade controladas. 
 À medida que a habilidade se desenvolve, introduzir situações que exijam reações a fatos inesperados em 
atividades externamente ritmadas. 
 Esforçar-se para obter mais estabilidade, consciência e eliminação de influências ambientais durante atividades 
internamente determinadas. 
 Encorajar o aluno a ‘pensar na atividade’ nos primeiros estágios da aprendizagem. 
 Conhecer e respeitar o estado cognitivo do aluno, bem como seus objetivos de aprendizagem. 
 
Considerações Finais 
Por volta dos 7 anos, a maioria das crianças tem potencial para estar no estágio transitório de habilidades. A 
ênfase na melhora das habilidades resulta do aumento do potencial de desempenho da criança. 
Um fato importante a ser observado é o objetivo que pais e professores precisam ter, a saber, ajudar as 
crianças a aumentar o controle motor e a competência motora em muitas atividades. Deve-se tomar cuidado para 
que a criança não restrinja seu envolvimento em certas atividades, especializando-a em outras. 
Aos 11 a 13 anos a sofisticação cognitiva crescente e certa base ampliada de experiências tornam o indivíduo 
capaz de tomar numerosas decisões de aprendizagem e de participação baseadas em muitos fatores de tarefa, 
individuais e ambientais. 
O indivíduo começa a tomar tais decisões conscientemente a favor ou contra sua participação em certas 
atividades. Essas decisões aumentam ou inibem a probabilidade de obter-se satisfação e sucesso. 
Há ênfase crescente na forma, habilidade, precisão e nos aspectos quantitativos do desempenho motor. É a 
época para refinar e usar habilidades mais complexas em jogos avançados, atividades de liderança e em esportes 
escolhidos. 
Aos 14 anos há o auge do processo de desenvolvimento motor e é caracterizado pelo uso do repertório de 
movimentos adquiridos pelo indivíduo por toda a vida. Fatores como tempo, dinheiro, equipamentos e instalações 
disponíveis e limitações físicas e mentais afetam esse estágio. O nível de participação de um indivíduo em certas 
atividades dependerá de talento, oportunidades, condições físicas e motivação pessoal. 
Esse estágio é uma continuação de um processo permanente. Deve-se parar de considerar as crianças como 
adultos em miniatura que podem ser programados para desempenhar atividades estressantes, fisiológicas e 
psicologicamente. Devem-se estruturar experiências motoras significativas apropriadas aos níveis de 
desenvolvimento particulares. 
Quando se reconhece que a aquisição progressiva de habilidades motoras de forma desenvolvimentista 
apropriada é imperativa para o desenvolvimento motor equilibrado de bebês, crianças, adolescentes e adultos, 
passar-se-á a fazer contribuições reais para seu desenvolvimento total. 
É injusto exigir de crianças que se especializem em uma ou duas áreas de habilidades, em detrimento do 
desenvolvimento e da apreciação de habilidades em muitas outras áreas. 
O nível de aquisição de habilidades motoras é variável desde o período pós-natal até o fim da vida. Seja bebê, 
criança, adolescente ou adulto, quem receber oportunidades adicionais para a prática, o encorajamento e a 
instrução em um ambiente propício ao aprendizado terá a possibilidade de adquiri as habilidades motoras. A 
ausência desses recursos ambientais inibirá sua aquisição. Cada um de nós possui oportunidades por toda a vida 
para o aprendizado.

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