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Luz, cor e caracterização de restaurações 
 
 Ao incidir sobre um corpo, a luz pode interagir e ser modificada por três processos distintos: 
reflexão, absorção e transmissão 
 
 A reflexão, a absorção e a transmissão podem ocorrer de maneira diferente para determinados 
comprimentos de onda 
 
 Assim, uma luz contendo todo o espectro luminoso, caso seja totalmente refletida pelo objeto, 
emprestará a ele a cor branca 
 
 Se apenas os comprimentos de onda interpretados como o verde forem refletidos e os demais 
absorvidos, a cor observada será verde 
 
 Por outro lado, se todos os comprimentos de onda forem absorvidos, a interpretação do cérebro à 
total ausência de luz refletida será o preto 
 
 Além da capacidade de refletir e absorver seletivamente os comprimentos de onda do espectro 
eletromagnético, alguns corpos permitem que a luz seja transmitida de um lado a outro 
 
 Nos dentes naturais, a transparência não é observada, porém, a transmissão parcial da luz através 
dos tecidos dentais é importantíssima 
 
 O fenômeno pelo qual parte da luz é transmitida e parte é absorvida e/ou refletida, é conhecida por 
translucidez, quando toda a luz é refletida e/ou absorvida, diz-se que os corpos são opacos 
 
 Da mesma forma como existem unidades de medida do espaço e da temperatura, a cor também 
apresenta dimensões mensuráveis importantes para permitir sua comunicação e reprodução 
 
 
Matiz 
 
 A matiz é a dimensão que distingue uma família de cor de outra, assim pode-se dizer que a matiz é 
o “nome” da cor 
 
 Nos dentes naturais, as variações de matiz são bastante restritas, além de eventuais detalhes 
azulados e acizentados na região incisal 
 
Croma 
 
 O croma descreve a saturação ou intensidade de um determinador matiz – é a característica que 
diferencia tons de amarelo ou azul, por exemplo, no dentes naturais podem ser observadas 
variações de croma entre dentes de um mesmo indivíduos e até mesmo entre regiões distintas de 
um mesmo dente 
 
Valor 
 
 O valor é a luminosidade da cor, a característica que distingue cores claras de cores escuras 
 
 Uma maneira simples de observar a escala de cinza, nas quais se elimina a influência do matiz e do 
croma, permitindo uma melhor percepção das variações de luminosidade, desde o preto (valor 
baixo) ao branco (valor alto) 
 
 Graças ao maior número de estruturas envolvidas na detectação de variações de luminosidade no 
olho humano, quando comparada às estruturas encarregadas de detectar variações de matiz e 
croma, considera-se que o valor é a dimensão mais importante da cor – duas vezes mais importante 
do que o croma e três vezes mais importante do que a matiz 
 
Luz e cor nos dentes naturais 
 
 Os dentes são estruturas translúcidas, cuja cor é resultado de manifestações simultâneas de 
absoção, reflexão e transmissão de luz 
 
 Para compreender os mecanismos responsáveis pela manifestação cromática do esmalte e da 
dentina e estabelecer as bases para a sua reprodução com materiais restauradores, é essescial 
estudar características ópticas dos dentes naturais 
 
 A sobreposição de diferentes espessuras de esmalte e dentina ao longo da coroa, resulta em um 
aspecto policromático que, se por um lado dificulta e torna altamente desafiadora a emulação dos 
efeitos de cor na restauração, por outro lado confere aos elementos dentais uma beleza ímpar 
 
 Em essência, a dentina é geralmente caracterizada por baixa translucidez e alta saturação, sendo a 
principal responsável pelo matiz e croma básicos do dente 
 
 O esmalte, por sua vez é um tecido altamente translúcido e pouco saturado, que atua como um 
filtro que permite a visualização da cor dentinária – graças a esse comportamento, o esmalte é o 
principal responsável pelo valor dos dentes naturais 
 
 O grau de translucidez dos tecidos dentinários modificam-se ao longo da vida 
 
 A translucidez do esmalte aumente com o passado dos anos, em virtude, da redução de sua 
espessura e da perda de textura superficial, efeitos decorrentes do desgaste fisiológico 
 
 A dentina também sofre modificações cromáticas contínua, que resulta em maior saturação da cor 
– e do aumento da mineralização – que leva ao aumento da translucidez 
 
 Nos jovens, os dentes são mais brancos e luminosos, pois há uma maior espessura do esmalte que 
atenua a percepção da saturação dentinária e a textura aumenta a dispersão e reflexão da luz 
 
 Nos adultos e idosos apresentam-se mais amarelados, o esmalte liso é translúcido e sua menos 
espessura acentua a influência cromática da dentina 
 
Luz, cor e caracterização de restaurações 
 
 A opalescência é a propriedade relacionada à capacidade do esmalte de refletir as ondas curtas e, 
simultaneamente, transmitir as ondas longas do espectro visível 
 
 Uma vez que a opalescência é uma propriedade típica do esmalte, é no terço incisal que esses 
efeitos ópticos são percebidos com maio intensidade, visto que a relação espacial entre os tecidos 
na região incisal favorece a expressão cromática do esmalte 
 
 Graças a opalescência, quando o dente é observado sob luz refletida, as áreas mais translúcidas 
apresentam uma coloração azulada, enquanto sob luz transmitida as mesmas áreas assumem uma 
coloração alaranjada 
 
 Esse comportamento dinâmico da região incisal contraindica a reprodução dos efeitos azulados 
e/ou alaranjados com tintas e pigmentos, uma vez que ao fazer isso os efeitos teriam caráter 
estático e permanente. O ideal, portanto, é utilizar matérias opalescentes, capazes de pintar com 
luz os efeitos desejados, emprestando naturalidade às restaurações 
 
 Ainda no terço incisal, é interessante observar a presença de um halo opaco na região da borda, 
com coloração braca-alanrejada 
 
 A visualização do halo opaco é um fenômeno óptico decorrente da angulação do esmalte na borda, 
que modifica a forma como a luz é refletida e refratada 
 
 Esse fenômeno é bastante complexo e alterável pela presença ou ausência de saliva que modifica 
os índices de refração da luz 
 
 Outro efeito óptico característico é a fluorescência, definida como a capacidade de absorver luz de 
um determinado comprimento de onda e, em resposta, emitir luz com comprimento de onda 
diferente 
 
 Nos dentes naturais, a fluorescência é caracterizada pela absorção de luz ultravioleta – que é 
invisível aos nossos olhos – seguida de emissão de luz visível com curto comprimento de onda, 
interpretada como azulada 
 
 Isso significa que, na presença de luz ultravioleta, contida na luz solar e no espectro emitido por 
lâmpadas especiais como a “luz negra” , os dentes passam a exibir luminosidade adicional, que 
pode levar levar a uma alteração da expressão cromática final 
 
 Deve-se ressaltar que, embora tanto o esmalte quanto a dentina sejam tecidos naturalmente 
fluorescentes, é na dentina que o fenômeno manifesta-se com mais intensidade, devido ao seu 
maior conteúdo orgânico 
 
 De fato a dentina é aproximadamente três vezes mais fluorescente que o esmalte, conferindo a u 
efeito de luminosidade interna, essencial para a aparência dos dentes naturais 
 
 Embora seja difícil identificar a fluorescência sob condições normais de iluminação – a despeito da 
luz solar ser extremamente rica em radiação ultravioleta – é possível evidenciar artificialmente seus 
efeitos, através da simples exposição dos dentes naturais a uma luz artificial rica em radiação 
ultravioleta, como a luz negra 
 
 A ausência de fluorescência em uma restauração pode resultar em um aspecto bastante 
desagradável 
 
 Assim, é importante que os materiais restauradores apresentam comportamento fluorescente 
compatível com os dentes naturais, para que sejam capazes de mimetizar o comportamento óptico 
do esmalte e da dentina nos mais diversas condições de iluminação 
 
 Existem escalas próprias para diversos cromáticas dos dentes com diferentes tipos de escala de cor 
 
 Existem escalas próprias paradiversos sistemas de resinas compostas, porém a maioria segue o 
padrão estabelecido pela tradicional escala Vitapan Classical, produzida pela companhia Vita 
 
 Esta escala é baseada na matiz e no croma: as nuances de matiz segunda Irata são: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Enquanto a croma vai de 1 a 4 no total 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Odontologia restauradora – Fundamentos e técnicas 
 
 Outro método de seleção de cores, muito útil em restaurações diretas , é a aplicação e fotoativação 
de pequenos incrementos de compósito sobre a superfície dental adotada como referência 
 
 Além do simples e prático, este método vale-se do próprio sistema de resina composta para 
selecionar a cor – uma grande vantagem, visto que é comum a mesma cor apresentar diferenças 
entre a escala e o material 
 
 A despeito da praticidade de selecionar os materiais por meio dessa técnica de incrementos 
isolados acreditamos que, especialmente em restaurações diretas mais desafiadoras, o ideal é 
executar um ensaio restaurador 
 
 Para isso, diferentes cores do material são aplicadas ao dente, tal qual em uma restauração 
definitiva 
 
 A restauração diagnóstica permite não só confirmar a escolha dos materiais, mas, especialmente, 
avaliar o resultado da combinação de cores diferentes e definir a espessura em que as massas 
devem ser aplicadas, a fim de atingir os efeitos ópticos planejados 
 
 Os melhores resultados são obtidos pela associação de massas menos translúcidas e mais saturadas 
para a reprodução da dentina e massas mais translúcidas e menos saturadas para a reprodução do 
esmalte 
 
 Uma rápida e incompleta fotopolimerização pode levar erros no processo de seleção da cor 
 
 A experiencia necessária para combinar diferentes massas de resinas composta de forma correta, 
produzindo restaurações com aspecto natural requer muito treinamento 
 
 Nas restaurações indiretas é ainda mais difícil (pois é necessário um técnico de prótese dentaria)