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BIOFÍSICA RENAL

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SEMINÁRIO DE BIOFÍSICA 
 
 
 
BIOFÍSICA RENAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POUSO ALEGRE – MG 
ABRIL DE 2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO DE BIOFÍSICA RENAL 
Volume 1 
 
 
 
 
Trabalho de Biofísica Renal da Disciplina Biofísica 
UNIVÁS - Universidade do Vale do Sapucaí 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pouso Alegre – MG 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO DE BIOFÍSICA RENAL 
 
 
 
Trabalho da disciplina de Biofísica, 
da Universidade do Vale do Sapucaí, 
como atividade proposta no plano de ensino para a 
Turma P1 de Fisioterapia da Univás no ano de 2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor Avaliador 
 
______________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho aos pesquisadores, 
cientistas, estudantes e curiosos, 
que ao fazerem uso das pesquisas interdisciplinares, 
permitem que a química, a física e a matemática 
façam interação com a biologia. 
Tal interação produz 
informações completas e precisas 
e transforma os experimentos, em práticas. 
A compreensão dos fenômenos físicos e biológicos 
trazem consigo inúmeros avanços na precisão 
dos diagnósticos e na qualidade de vida das pessoas. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À Deus nossa gratidão pelo dom da vida. 
 
À faculdade somos gratas por impulsionar-nos a fazer pesquisas 
e a divulgar o aprendizado. 
 
Ao professor Eliéser por ceder o seu espaço da sala de aula para que invertêssemos 
os papéis em alguns instantes, estimulando-nos a expor conteúdo, 
treinar a apresentação de ideias de forma clara e concisa 
e a nos preparar para o enfrentamento do mercado de trabalho. 
 
A toda equipe gratidão pela dedicação, união 
e a primazia pela qualidade do conteúdo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho busca de maneira simples e embasada, mostrar a função renal. 
Trata-se de um sistema que compõe o corpo humano, cujos fenômenos internos de 
absorção, reabsorção, eventos hidroeletrolíticos, homeostase, regulação da pressão, seleção do 
que é essencial e a eliminação de produtos terminais, são parte da vida que neste momento 
desfrutamos. 
A compreensão da biofísica renal através do estudo permite melhorar a vida das pessoas 
que por genética ou mal funcionamento, sofrem. Esta compreensão também permite ao 
profissional da saúde diagnosticar, intervir, curar ou amenizar as consequências de uma 
anomalia instalada. 
Palavras chave: função renal. Diagnóstico. Compreensão. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
This work seeks, in a simple and grounded way, to show renal function. 
It is a system that makes up the human body, whose internal pehnomena of absorption, 
reabsorption, hydroelectrolytic events, homeostasis, pressure regulation, selection of what is 
essential and the elimination of terminal products, are part of the life that we enjoy right now. 
The understanding of renal biophysics through study allows to improve the lives of 
people who suffer from genetics or malfunction. This understanding also allows the helath 
professional to diagnose, intervene, cure or mitigate the consequences of na installed anomaly. 
Keywords: Renal function. Diagnosis. Understanding. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
ADH........................ Hormônio antidiurético 
AVD.........................Atividade de vida diária 
CCR.........................Carcinoma de células renais 
DDAVP:..................Desmopressina (fármaco sintético análogo da vasopressina) 
DI.............................Diabetes insípidus 
HCO3.......................Bicarbonato 
IU.............................Incontinência urinária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO: 
 
1 – INTRODUÇÃO.........................................................................................................11 
2 - SISTEMA EXCRETOR ...........................................................................................11 
2.1 – COMPOSIÇÃO..........................................................................................11 
2.2 – DESCRIÇÃO..............................................................................................12 
2.3 - SISTEMA URINÁRIO FEMININO.........................................................12 
2.4 - SISTEMA URINÁRIO MASCULINO.....................................................12 
3 - ANATOMIA E MORFOLOGIA DOS RINS..........................................................13 
4 – NEFRON....................................................................................................................15 
4.1 – DEFINIÇÃO...............................................................................................15 
4.2 – CORPÚSCULO RENAL...........................................................................15 
4.2.1 – CÁPSULA DE BOWMAN.........................................................16 
4.2.2 – GLOMÉRULO............................................................................16 
 
4.2.3 – BARREIRAS DE FILTRAÇÃO...............................................16 
 
4.2.4 - ARTERÍOLAS AFERENTE E EFERENTE...........................16 
 
4.2.5 – CÉLULAS JUSTAGLOMERULARES...................................17 
 
4.2.6 – MÁCUA DENSA........................................................................17 
 
4.2.7- CONTROLE NERVOSO DOS RINS........................................17 
 
4.2.8 – TÚBULO PROXIMAL..............................................................17 
4.2.9 – ALÇA DE HENLE.....................................................................17 
 
4.3 – TÚBULO DISTAL....................................................................................17 
 
4.3.1 – DUCTO COLETOR...................................................................17 
 
5 – DIURESE..................................................................................................................18 
5.1 – DEFINIÇÃO..............................................................................................18 
5.1.1- TIPOS DE DIURESE..............................................................................18 
5.2 DIURÉTICOS..............................................................................................19 
5.2.1- CLASSES DE DIURÉTICOS....................................................19 
5.2.1-1 - INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA....................19 
 
 
5.2.1.2 - DIURÉTICOS DE ALÇA..........................................................20 
5.2.1.3 – TIAZÍDICOS..............................................................................20 
5.2.1-4 – OSMÓTICO...............................................................................21 
5.2.1.5 - ANTAGONISTA DE VASOPRESSINA..................................21 
6 - DOENÇAS RENAIS...................................................................................................22 
6.1 – DIABETES INSIPIDUS..............................................................................22 
6.1.1 - DIABETES INSIPIDUS CENTRAL.......................................................22 
6.1.2 – DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO............................................23 
6.1.3 – DIABETES INSIPIDUS GESTACIONAL.............................................23 
6.1.4 - SINTOMAS DE DIABETES INSIPIDUS...............................................25 
6.1.5 – TRATAMENTO.......................................................................................25 
6.1.6 - DIABETES MELITUS.............................................................................25 
6.1.6.1 – SINTOMAS................................................................................26 
6.1.6.2 - FATORES DE RISCO...............................................................26 
6.1.6.3 – TRATAMENTO.........................................................................27 
6.2 - CÁLCULOS RENAIS..............................................................................................276.2.1 – SINTOMAS...............................................................................................28 
6.2.2 – TRATAMENTO.......................................................................................28 
6.3 – INFECÇÃO URINÁRIA.............................................................................29 
6.3.1 – SINTOMAS................................................................................................29 
6.3.2 – TRATAMENTO........................................................................................30 
6.4 – INCONTINÊNCIA URINÁRIA.............................................................................30 
6.4.1 – TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA...........................................30 
6.4.2 – CAUSAS.....................................................................................................30 
6.4.3 - FISIOTERAPIA E A INCONTINÊNCIA URINÁRIA..........................31 
6.4.4 – TREINAMENTO MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO.............32 
6.5 – GOTA.........................................................................................................................32 
6.5.1 – O QUE É A GOTA..........................................................................................32 
 
 
6.5.2 – CAUSAS.......................................................................................................32 
6.5.3 – SINTOMAS.................................................................................................33 
6.5.4 – DIAGNÓSTICO..........................................................................................33 
6.5.5 – TRATAMENTO..........................................................................................33 
6.5.6 – RECOMENDAÇÕES.................................................................................34 
6.6 – CÂNCER DE RINS OU CCR...................................................................................34 
6.6.1 – O QUE É O CÂNCER RENAL.................................................................34 
6.6.2 – FREQUENCIA E FATORES DE RISCO................................................34 
6.6.3 – DIAGNÓSTICO..........................................................................................35 
 
6.6.4 – TRATAMENTO..........................................................................................36 
6.7 – CISTO RENAL..........................................................................................................37 
6.7.1 – DEFINIÇÃO................................................................................................37 
6.7.2 – CISTOS RENAIS ADQUIRIDOS.............................................................37 
6.7.3 – CISTOS RENAIS SIMPLES.....................................................................38 
6.7.4 – TRATAMENTO.........................................................................................38 
6.7.5 – CISTOS RENAIS HEREDITÁRIOS.......................................................39 
6.7.6 – RIM ESPONJA MEDULAR.....................................................................39 
6.7.7 – DOENÇA CÍSTICA MEDULAR..............................................................39 
6.7.8 – RIM CONGÊNITO MULTICÍSTICO.....................................................39 
7 – FISIOTERAPIA NA HEMODIÁLISE.......................................................................40 
CONCLUSÃO.....................................................................................................................41 
FONTES DE PESQUISA...................................................................................................42 
FICHA TÉCNICA..............................................................................................................43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1 - INTRODUÇÃO 
A Biofísica Renal é uma área da biofísica que estuda o sistema renal e sua importância 
está diretamente relacionada à compreensão da fisiologia, potencializando a relação entre os 
conteúdos da disciplina com o maquinário médico hospitalar e as atividades desenvolvidas pela 
fisioterapia. 
A função renal é a excreção de substâncias tóxicas. Sua biofísica é formada por um 
conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam a urina que é o principal líquido 
eliminado pelo organismo. O rim é a unidade funcional e suas principais funções são: 
- Eliminar substâncias tóxicas oriundas do metabolismo, como por exemplo, a uréia e a 
creatinina; 
- Manter o equilíbrio de eletrólitos no corpo humano, tais como: sódio, potássio, cálcio, 
magnésio, fósforo, bicarbonato, hidrogênio, cloro e outras; 
- Regular a osmolaridade e volume de líquido corporal eliminando o excesso de água 
do organismo; 
- Excreção de substâncias exógenas como medicações e antibióticos; 
- Produção de hormônios: eritropoetina (que estimula a produção de hemácias), renina 
(que eleva a pressão arterial), vitamina D (que atua no metabolismo ósseo e regula a 
concentração de cálcio e fósforo no organismo), cininas e prostaglandinas; 
- Produção de urina para exercer suas funções exócrinas. 
 
 2 - SISTEMA EXCRETOR 
O que é? O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e 
eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que circula no 
organismo. 
 
2.1 – COMPOSIÇÃO 
 
Fonte: imagem extraída da internet 
 
O sistema excretor é composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. 
12 
 
2.2 - DESCRIÇÃO 
Rins: Os rins são órgãos que se situam na parte posterior da cavidade abdominal, 
localizados um em cada lado da coluna vertebral. São de cor vermelho - escuro e têm o formato 
semelhante ao de um grão de feijão e do tamanho aproximado de uma mão fechada. 
Bexiga Urinária: Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na 
parte inferior do abdome com a função de acumular a urina que chega dos ureteres. 
Ureteres: São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz 
a urina dos rins para a bexiga. 
Uretra: Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra 
feminina mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina 
mede cerca de 20 cm e transporta a urina para fora do corpo e também o esperma. 
 
2.3 - SISTEMA URINÁRIO FEMININO 
 
 Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-urinario/ 
 
2.4 - SISTEMA URINÁRIO MASCULINO 
 
Fonte: https://www.todamateria.com.br/sistema-urinario/ 
 
13 
 
3 - ANATOMIA E MORFOLOGIA DOS RINS 
 
 
 Fonte: https://edisciplinas.usp.br/mod/book/view.php?id=2434148&chapterid=19951 Fonte: imagem coletada na internet 
 
 
Os rins são dois órgãos que pertencem ao sistema urinário, localizam-se em ambos os 
lados da coluna vertebral, junto à parede posterior do abdômen abaixo do diafragma, atrás do 
peritônio, sendo por isso chamados de órgão retroperitoniais. 
O rim direito é um pouco mais baixo, devido à presença do fígado. Acima dos rins localizam-
se as glândulas suprarrenais, apresentam formato de feijão e coloração marrom-avermelhada. 
Cada rim é revestido por três camadas de tecido: a fáscia renal, a cápsula adiposa e a 
cápsula fibrosa. Existem dois tipos de gordura que podem ser encontradas na periferia dos rins. 
Elas são conhecidas como gordura pararrenal e gordura perirrenal. 
- A gordura pararrenal é o tecido adiposo mais lateral que envolve a gordura perirrenal 
e a fáscia renal. Ela é vista mais frequentemente no aspecto posterior do rim, e atua 
como uma almofada para o órgão, mantendo-o ainda em sua posição. 
- A gordura perirrenal está ligada com a gordura que existe no seio renal, e é conectada 
à mesma no hilo. Ela envolve o rim e a glândula suprarrenal completamente, possuindo 
basicamente a mesma função da gordura pararrenal. 
- A fáscia renal é a divisão entre o tecido renal e a gordura perirrenal, e envolve ambos 
os rins e asglândulas suprarrenais, antes de continuar com a fáscia do diafragma. Da 
mesma forma que o tecido adiposo adjacente aos rins, ela mantém os órgãos em suas 
posições. 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://coggle.it/diagram/WYJsbs46WAABVrsE/t/anatomia-do-rim 
 
Fonte: imagem coletada na internet 
 
 
A anatomia interna dos rins é dividida em duas zonas, o córtex e a medula renal. O 
córtex renal corresponde à camada mais externa, logo após a cápsula fibrosa do rim. O córtex 
apresenta coloração avermelhada e textura lisa. No córtex renal são encontrados os néfrons. 
- A medula renal apresenta coloração marrom-avermelhada. Basicamente, a medula 
consiste em 8 a 18 estruturas cuneiformes, as pirâmides renais. 
- As pirâmides renais são agrupamentos de ductos que coletam a urina formada nos 
néfrons. A base das pirâmides é voltada para o córtex e o ápice para a medula. No vértice 
de cada pirâmide localiza-se a papila renal. 
- Cada papila é envolvida pelo cálice menor que se reúnem e formam os cálices maiores. 
Do cálice renal maior, a urina é drenada para a pelve renal, onde é lançada toda a urina 
produzida no rim. Da pelve renal, a urina atinge o ureter até chegar à bexiga urinária. 
Quanto à anatomia externa, na região superior encontra-se a glândula suprarrenal. Na 
região mediana encontra-se o hilo, uma fenda vertical. Do hilo partem a artéria renal, a veia 
renal e o ureter. 
Sua principal função é a de eliminar do organismo o excesso de fluidos, sais e subprodutos 
do metabolismo proteico. 
 
 
 
15 
 
4 – NÉFRON 
4.1 – DEFINIÇÃO 
 
Fonte: https://www.centermedical.com.br/rim-nefron-anatomic/p 
 
 
O néfron é a unidade funcional dos rins, responsável por filtrar o sangue e produzir a 
urina no ser humano, um único rim é composto por aproximadamente 1 milhão de néfrons em 
funcionamento individual. 
 
 
4.2 – CORPÚSCULO RENAL 
 
Estrutura formada pelo glomérulo e pela Cápsula de Bowman. 
 
 
 
Fonte: imagem da internet 
 
16 
 
 
4.2.1 – CÁPSULA DE BOWMAN 
 
A cápsula de Bowman é uma parte do néfron que forma um saco em forma de xícara ao 
redor do glomérulo; 
 
Envolve as alças capilares glomerulares e participa da filtração do sangue dos capilares 
glomerulares. A cápsula de Bowman também tem uma função estrutural e cria um espaço 
urinário através do qual o filtrado pode entrar no néfron e passar para o túbulo contorcido 
proximal. 
 
4.2.2 - GLOMÉRULO 
A primeira etapa de filtração do sangue (plasma) ocorre no glomérulo, um leito de 
capilares 
envolvidos na cápsula de Bowman. 
O filtro glomerular é uma barreira de carga e tamanho quanto as moléculas. 
 
 
4.2.3 – BARREIRAS DE FILTRAÇÃO 
 
 
 
 
Fonte: imagem da internet 
 
 
- Padócito é um conjunto de células epiteliais glomerulares, que formam o componente 
distal do filtro glomerular. 
- Membrana basal separa a camada epitelial em todo o glomérulo e restringe a passagem 
de grandes moléculas para o filtrado. 
- Endotélio é a primeira etapa da filtração. Reveste o capilar. 
 
 
4.2.4 - ARTERÍOLAS AFERENTE E EFERENTE 
 
As arteríolas aferentes entregam sangue ao glomérulo, enquanto as arteríolas eferentes 
o levam embora. As duas arteríolas mudam de tamanho para aumentar ou diminuir a pressão 
sanguínea no glomérulo. Vale ressaltar que o sistema nervoso simpático pode estimular a 
arteríola eferente a se contrair durante o exercício quando o fluxo sanguíneo para o rim é 
reduzido. 
17 
 
4.2.5 – CÉLULAS JUSTAGLOMERULARES 
 
As células justaglomerulares apresentam-se na parede da arteríola aferente. Elas 
produzem, estocam e liberam renina. 
 
4.2.6 – MÁCUA DENSA 
 
São células especializadas da Alça de Henle, que se conectam com o glomérulo. Elas 
são sensíveis às alterações de osmolaridade, excepcionalmente à concentração de NaCl. houver 
baixa no volume de água corporal, essas células produzem sinais moleculares 
que promovem a secreção de renina por outras regiões do aparelho justaglomerular. 
 
4.2.7- CONTROLE NERVOSO DOS RINS 
 
Responsável pela vasoconstrição, aumento da reabsorção de Na+ no túbulo contorcido 
proximal e aumento da secreção de renina. 
 
4.2.8 – TÚBULO PROXIMAL 
Suas células possuem lisossomos, vacúolos endocíticos, retículo endoplasmático bem 
desenvolvidos e grande quantidade de aparelhos de Golgi. 
É responsável pela maior parte de reabsorção de NaCl, água, bicarbonato, glicose e 
aminoácidos, ureia, ácido úrico, potássio e magnésio. 
 
4.2.9 – ALÇA DE HENLE 
 
Contém partes descendente, ascendente delgada e ascendente espessa. 
Desempenha importante papel no controle osmótico (na alça descendente, ocorre 
transporte passivo de água). Porém, o ramo ascendente espesso é impermeável à água. 
 
4.3 – TÚBULO DISTAL 
 
Começa na mácula densa e acaba na transição com o túbulo conector. O túbulo 
contorcido distal é permeável à água na presença de ADH. 
 
4.3.1 – DUCTO COLETOR 
 
A última divisão do néfron e onde existe ação do ADH e a aldosterona. Podendo haver 
reabsorção de NaCl, água, ureia. Do ducto coletor, a urina é conduzida à pelve renal. 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
5 - DIURESE 
 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Diurese 
 
5.1 – DEFINIÇÃO 
Diurese é a Produção de urina pelos rins: 
- Os hormônios ADH e Aldosterona participam de sua regulação 
- A urina é composta por: água, íons, compostos orgânicos 
Um fluxo urinário normal compreende entre 800 ml e 1500 ml por dia, dependendo da 
quantidade de fluido que é absorvida. 
 
5.1.1 - TIPOS DE DIURESE 
- Poliúria: Corresponde à eliminação de volume de urina superior ao normal, ou seja, 
superior aos 2 500 ml/dia. 
- Oligúria: Corresponde à eliminação de volume de urina inferior ao normal, ou seja, 
menos de 400 ml/dia. 
- Anúria: Corresponde à ausência de eliminação de urina, embora se considere como 
tal a eliminação de um volume inferior a 100 ml/dia. 
- Polaquiúria: Corresponde a um aumento da frequência das micções, mas sem que 
exista um aumento do volume total de urina eliminada durante o dia. É sempre 
provocada por uma doença das vias urinárias. 
- Nictúria. Corresponde à necessidade de urinar durante a noite. 
 
19 
 
5.2 - DIURÉTICOS 
São utilizados nos tratamentos de: 
- Hipertensão arterial; 
- Patologias associadas a edema (edema pulmonar agudo); 
- Insuficiência cardíaca; 
- Cirrose hepática; 
- Insuficiência renal. 
 
5.2.1- CLASSES DE DIURÉTICOS 
- Inibidores da anidrase carbônica; 
- De alça 
- Tiazídicos; . 
- Poupadores de potássio; 
- Osmóticos; 
- Antagonista da vasopressina. 
 
5.2.1-1 - INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA 
 
 
Fonte: imagem coletada na internet 
 
Mecanismo de ação: 
- Inibir a enzima Anidrase Carbônica; 
- Reduz a reabsorção HC03 e ácido no tubo proximal; 
- Baixa reabsorção de sódio e água, reduzindo o volume sanguíneo; 
Pouco utilizado como diurético atualmente e usado no tratamento do Glaucoma. 
20 
 
5.2.1.2 - DIURÉTICOS DE ALÇA 
 
Fonte: imagem coletada na internet 
 
Mecanismo de ação: 
- Diuréticos de alta eficiência; 
- Inibem a reabsorção do simporte de sódio, potássio e cloreto na alça de Henle; 
- O seu efeito anti-hipertensivo se deve a redução na resistência periférica ao fluxo 
sanguíneo; 
Atuam na porção ascendente da alça de Henle. 
 
 
 
5.2.1.3 - TIAZÍDICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: imagens coletadas na internet Fonte: imagens coletadas na internet 
 
Mecanismo de ação: 
- Inibem a reabsorção de sódio, cloreto e água; 
- Aumenta a excreção urinária de potássio, magnésio e em pequena escala íons e 
bicarbonato; 
- Atua nos túbulos contorcidos distais. 
21 
 
5.2.1-4 - OSMÓTICO 
 
Fonte: imagem coletada na internet 
 
Mecanismo de ação: 
- Aumentam a osmolaridade da urina e a diurese; 
- Atua no túbulo proximal. 
OBS:Deve ser administrado via parental 
 
 
5.2.1.5 - ANTAGONISTA DE VASOPRESSINA 
 
Fonte: imagem coletada na internet 
 
Mecanismo de ação: 
- Aumenta a permeabilidade das células dos túbulos renais; 
- Permite que o organismo conserve água, aumentando a concentração de urina. 
OBS: Proibido o uso no Brasil 
 
22 
 
6 - DOENÇAS RENAIS 
 
6.1 – DIABETES INSIPIDUS 
Diabetes insípidus consiste em um distúrbio de controle da água no organismo, no qual 
os rins não conseguem reter adequadamente a água que é filtrada. Como consequência, o 
paciente passa a apresentar um aumento no volume de urina (poliúria), que ultrapassa 
facilmente os 3 litros por dia, podendo chegar a mais de 10 litros de urina. 
O nome insípidus vem do fato da urina ser bastante diluída e por isso “sem gosto”, ao 
contrário do diabetes melitus, no qual o paciente perde muita água e açúcar pela urina (quando 
o diabetes está descompensado), podendo ficar “doce”. 
O diabetes insípidus pode ser subdividido de acordo com a origem do problema em: 
 
6.1.1 - DIABETES INSIPIDUS CENTRAL 
 
Fonte: http://holisticocromocaio.blogspot.com/2017/10/saude-e-equilibrio-o-que-e-diabetes.html 
O diabetes insípidus central tem origem no sistema nervoso central. O hipotálamo e a 
hipófise (glândulas localizadas na base do cérebro) são responsáveis pela produção do 
hormônio antidiurético, abreviado por ADH e é também chamado de vasopressina. Este 
hormônio age nos rins estimulando a reabsorção de água e impedindo que percamos este item 
pela urina. Quando acontece alguma lesão nestas estruturas, de modo a comprometer a 
produção e/ou liberação do ADH, ocorre a queda das concentrações deste hormônio no sangue 
23 
 
e assim os rins perdem a capacidade de reter a água filtrada, que escapa através da urina em 
grandes quantidades 
As principais causas de diabetes insípidus central são tumores que acometem a região 
hipotalâmica hipofisária, como por exemplo: germinomas, craniofaringioma, metástases de 
outros tumores fora do sistema nervoso (pulmão e mama). 
Diabetes insípidus central também pode ser causado por doenças inflamatórias do 
sistema nervoso central, como sarcoidose, histiocitose e por doenças autoimunes como as 
hipofisites. O trauma do sistema nervoso central após acidentes também pode causar DI. Outras 
causas menos comuns são: infecções, toxoplasmose, meningite, encefalite, doenças autoimune 
(infundibulite, lúpus), toxinas (veneno de cobra, tetrodotoxina), alterações vasculares 
(síndrome de Sheehan, encefalopatia hipóxica), doenças genéticas (como por exemplo: 
Síndrome de Wolfram, mutações no gene do ADH, displasia septo-ótica, etc); idiopática (causa 
desconhecida). 
 
6.1.2 – DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO 
 
Fonte: https://getfitdiets.com/central-diabetes-insipidus/ 
No caso do diabetes insípidus nefrogênico, o hipotálamo e a hipófise funcionam 
corretamente e produzem quantidades adequadas do ADH. No entanto, este hormônio não 
funciona bem devido a um problema originado nos próprios rins. 
O diabetes insípidus nefrogênico pode ser causado principalmente por uso de 
medicamentos tóxicos aos rins, como por exemplo em pacientes que usam lítio, anfotericina B, 
demeclociclina dentre outros medicamentos. Também pode ocorrer em crianças, devido a 
24 
 
mutações genéticas que alteram o receptor do ADH ou proteínas relacionadas a sua função. 
Causas menos comuns de ADH estão listadas abaixo: 
Causas genéticas: Mutação recessivo ligado ao X (receptor V2); mutação no gene da 
aquaporina 2 (Autossômica recessiva); mutação no gene da aquaporina 2 (autossômica 
dominante). 
Causas adquiridas (doenças): metabólicas (hipocalcemia, hipopotassemia); obstrução 
crônica renal; doenças vasculares renais (anemia falciforme, isquemia renal); doenças 
granulomatosas (sarcoidose); neoplasia (sarcoma); infiltração renal (amiloidose); idiopática 
(causa desconhecida). 
Os fatores de risco conhecidos são: a presença de alguma destas doenças, listadas 
anteriormente no paciente ou o uso de medicamentos que possam danificar o rim. Em pacientes 
com histórico de doenças genéticas na família, pode haver risco aumentado de diabetes 
insípidus. 
 
6.1.3 – DIABETES INSIPIDUS GESTACIONAL 
 
 
 Fonte: https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/diabetes-insipidus 
O diabetes insípidos gestacional é uma forma fisiológica de diabetes insípidus que 
ocorre na gravidez, devido a produção de uma enzima produzida pela placenta, chamada 
vasopressinase, que degrada o hormônio ADH levando ao aumento da urina. Em geral é 
autolimitada, normalizando ao término da gravidez. 
25 
 
6.1.4 - SINTOMAS DE DIABETES INSIPIDUS 
Os pacientes com diabetes insípidus vão apresentar um volume de urina muito grande, 
acima de 3 litros por dia (mais que 50 ml/kg/dia). Associado, o paciente apresenta sede intensa, 
com preferência por líquidos gelados. A urina se apresenta bastante clara e diluída. Como a 
doença é constante, os pacientes também acordam bastante para urinar a noite (noctúria). 
 
6.1.5 - TRATAMENTO 
Quando possível trata-se a situação que esteja causando o diabetes insípidus, como por 
exemplo, trocando o Lítio por outro medicamento, quando este é a causa da doença. Quando a 
doença que está causando o diabetes insípidus não pode ser diretamente tratada, existe a 
possibilidade de controlar do diabetes insípidus usando um medicamento chamando 
desmopressina (também conhecido por DDAVP), que é uma molécula semelhante ao ADH 
humano. Este medicamento ajuda a controlar muito bem o volume urinário, em especial no 
diabetes insípidus central. 
Em geral, a maior parte das causas de diabetes insípidus não são preveníeis. 
A cura da diabetes insípidus depende da causa. Porém, mesmo naqueles casos onde a 
cura não é possível, o controle da doença pode ser bem adequado com o uso de medicamentos. 
 
6.1.6 DIABETES MELITUS 
 
Fonte: https://alvaroapoio.com.br/inovacao/atualizacao-no-diagnostico-do-diabetes-mellitus 
Diabetes mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má 
absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas 
de glicose para transformá-las em energia, a fim de que seja aproveitada por todas as células. 
A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua 
transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura). 
26 
 
 Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um conjunto de doenças com uma 
característica em comum: aumento da concentração de glicose no sangue provocado por 
algumas diferentes situações: 
- Diabetes tipo 1: O pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença 
ocorre mais na infância e adolescência e é insulinodependente, isto é, exige a aplicação de 
injeções diárias de insulina. 
- Diabetes tipo 2 – As células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença 
que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade; 
- Diabetes gestacional – Ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é 
provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe; 
- Diabetes associados a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos 
medicamentos etc. 
6.1.6.1 – SINTOMAS 
- Poliúria – a pessoa urina demais e, como isso a desidrata, sente muita sede (polidpsia); 
- Aumento do apetite; 
- Alterações visuais; 
- Impotência sexual; 
- Infecções fúngicas na pele e nas unhas; 
- Feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar; 
- Neuropatias diabéticas provocada pelo comprometimento das terminações nervosas; 
- Distúrbios cardíacos e renais. 
6.1.6.2 - FATORES DE RISCO 
- Obesidade (inclusive a obesidade infantil); 
- Hereditariedade; 
- Falta de atividade física regular; 
- Hipertensão; 
- Níveis altos de colesterol e triglicérides; 
- Medicamentos, como os à base de cortisona; 
- Idadeacima dos 40 anos (para o diabetes tipo 2) e estresse emocional. 
27 
 
6.1.6.3 - TRATAMENTO 
O tipo 1 é também chamado de insulinodependente, porque exige o uso de insulina por 
via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo 
pâncreas. A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio 
metabólico que pode colocar a vida em risco. 
O tipo 2 não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos 
ministrados por via oral. A doença descompensada pode levar ao coma hiperosmolar, uma 
complicação grave que pode ser fatal. 
Dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle do diabetes. A orientação de 
um nutricionista e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras podem ajudar muito a reduzir 
o peso e, como consequência, cria a possibilidade de usar doses menores de remédios. 
Atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose nos dois tipos 
de diabetes. 
 
6.2 CÁLCULOS RENAIS 
 
Fonte: http://inebbrasilia.com.br/site/2019/07/05/os-quatro-tipos-de-calculos-renais/ 
 
Popularmente chamados de “pedras nos rins”, eles são formados pelo acúmulo de cálcio, 
ácido úrico, oxalato (um sal) ou cistina (um aminoácido) dentro dos rins ou nos canais urinários. 
Os sais precipitados na urina tendem a se aglomerar, formando com o passar do tempo, 
as pedras. Podem ocorrer por falta de água para diluir ou excesso de sais para serem diluídos. 
Nesse sentido, quando a quantidade de água na urina não é suficiente para dissolver todos os 
sais presentes na mesma, estes retornam na forma sólida e precipitam nas vias urinárias. 
28 
 
Os cálculos renais, enquanto estão localizados nos rins, costumam passar despercebidos 
(assintomáticos) e podem permanecer assim por meses ou anos. A principal manifestação é a 
dor nas costas até o baixo ventre. 
Quando a pedra se desloca para outras partes do corpo, como a bexiga, o canal da uretra, 
o ureter ou até a região dos testículos, alguns sinais podem indicar a presença de cálculo renal. 
6.2.1 – SINTOMAS 
Os sinais de alerta são: 
 - Sangue na urina; 
 - Aumento de idas ao banheiro; 
- Dores insuportáveis além de calafrios, náuseas, vômitos. 
Em alguns casos pode evoluir para uma infecção ou tumor. A cólica renal, se não tratada, 
pode acarretar até a perda da função de um rim. 
 
6.2.2 – TRATAMENTO 
Ao contrário do que se recomendava no passado, durante as crises deve ser evitada a 
ingestão exagerada de líquidos. Líquido em excesso pode aumentar a pressão da urina no rim 
e, consequentemente, aumentar as dores. Os tratamentos podem ser de vários tipos: 
- Medicamentos podem ser indicados apenas pelo médico levando em conta a causa da 
formação dos cálculos. Durante as crises, é indicado o uso de analgésicos e anti-
inflamatórios potentes para aliviar a dor, que é extremamente forte, quase insuportável; 
- Litotripsia, ou seja, bombardeamento das pedras por ondas de choque visando à 
fragmentação do cálculo o que torna sua eliminação pela urina mais fácil; 
- Cirurgia percutânea ou endoscópica: por meio do endoscópio e através de pequenos 
orifícios, o cálculo pode ser retirado dos rins após sua fragmentação; 
- Ureteroscopia: por via endoscópica, permite retirar os cálculos localizados no ureter. 
 
 
29 
 
6.3 INFECÇÃO URINÁRIA 
 
Fonte: https://www.tuasaude.com/sintomas-de-infeccao-urinaria/ 
A Infecção urinária é um problema frequente em mulheres, causado por bactérias que 
normalmente habitam nosso trato intestinal. Embora vários micro-organismos possam causar o 
problema, geralmente a responsável é a bactéria escherichia coli, presente naturalmente no 
intestino e importante para a digestão, mas patogênica para o aparelho urinário. 
Existem três tipos de infecções urinárias e são em conformidade com a região que 
ocorrem: uretrite (quando ocorre na uretra), cistite (quando ocorre na bexiga), pielonefrite 
(quando ocorre nos rins). 
Pessoas com diabetes descontrolado também têm risco aumentado, devido às alterações 
causadas pelas altas taxas de açúcar no organismo que caracterizam a doença. Nos homens, 
depois dos 50 anos, o crescimento da próstata e consequente retenção de urina na bexiga podem 
causar o problema. 
É mais comum também na menopausa quando diminuem as taxas de estrógeno, 
hormônio que protege o trato urinário. 
Uma simples infecção urinária pode levar a uma infecção generalizada (septicemia), 
caso não seja diagnosticada e tratada adequadamente. 
 
6.3.1 – SINTOMAS 
- Necessidade urgente de urinar com frequência; 
- Escassa eliminação de urina em cada micção; 
- Ardor ao urinar; 
- Dores na bexiga, nas costas e no baixo ventre; 
- Febre e sangue na urina nos casos mais graves. 
30 
 
6.3.2 – TRATAMENTO 
Às vezes, o próprio organismo dá conta de eliminar as bactérias. Em certos casos, o 
tratamento requer o uso de antibióticos que serão escolhidos de acordo com o tipo de bactéria 
encontrada no exame laboratorial de urina. 
 
6.4 – INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
A incontinência urinária é uma condição que afeta dramaticamente a qualidade de vida, 
comprometendo o bem-estar físico, emocional, psicológico e social. A incontinência urinária 
pode acometer indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todos os níveis sociais e 
econômicos. 
Normalmente existe uma perfeita coordenação entre a bexiga e o esfíncter (músculo que 
funciona como uma válvula que fecha a uretra, impedindo a saída da urina). A maioria das 
pessoas possui completo controle sobre esse processo, permitindo o enchimento da bexiga entre 
400 ml e 500 ml, sem que ocorram perdas urinárias. Na fase de enchimento, a bexiga está 
relaxada e o esfíncter contraído. Na fase de esvaziamento da bexiga, é necessária uma perfeita 
coordenação entre a contração do músculo da bexiga e o relaxamento do esfíncter. Esta 
coordenação é chamada de sinergismo vesicoesfincteriano. 
 
6.4.1 – TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
- Incontinência urinária de esforço: O sintoma inicial é a perda de urina quando a pessoa 
tosse, ri, faz exercício, movimenta-se; 
- Incontinência urinaria de urgência. Mais grave do que a de esforço, caracteriza-se pela 
vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a pessoa perde urina 
antes de chegar ao banheiro; 
- Incontinência mista: Associa os dois tipos de incontinência acima citados e o sintoma 
mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela uretra. 
 
6.4.2 - CAUSAS 
 
- Bexiga interativa: este termo é utilizado para pessoas que têm desejo súbito de urinar 
e dificuldade para controlar o xixi. São mais propensas a ter a incontinência urinária de 
urgência. 
- Consequência de cirurgias: um dos tratamentos de tumores na próstata é a 
prostatectomia radical (remoção total da próstata). Tal cirurgia pode acarretar sequelas, como 
impotência sexual e incontinência urinária. 
- Constipação constante: a constipação pode influenciar de maneira negativa o 
funcionamento da bexiga. Isso porque o intestino e a bexiga compartilham as mesmas conexões 
na medula espinhal. 
31 
 
- Diabetes melitus: a doença pode prejudicar o funcionamento dos nervos da bexiga 
devido ao acúmulo de sorbitol (que deriva do metabolismo da glicose). 
- Doenças do sistema nervoso: o sistema nervoso controla o funcionamento de diversos 
órgãos, entre eles a bexiga. Quando há lesão na medula, a pessoa pode perder a capacidade de 
sentir a bexiga cheia. 
- Idade: a probabilidade de ter incontinência aumenta com a idade. Em cada 10 homens 
mais velhos, de 1 a 3 relatam ter incontinência urinária. 
- Infecção urinária: também conhecida como cistite, é possível que agrave a perda 
involuntária de urina. O tratamento pode melhorar ou curar a incontinência urinária. 
- Insuficiência cardíaca: gera retenção de líquidos durante o dia, causando inchaços nas 
extremidades do corpo. Ao deitar esses líquidos são reabsorvidos e filtrados pelos rins, o que 
aumenta a necessidade delevantar à noite para urinar. 
- Fraqueza de músculos da região pélvica e idade avançada: os músculos da região 
pélvica ajudam a manter a continência urinária. Geralmente, os idosos sofrem o 
enfraquecimento dessa região, o que pode causar perda urinária e urgência miccional. 
- Medicamentos: alguns medicamentos podem dificultar o esvaziamento da bexiga. 
Sendo assim, há retenção urinária crônica, podendo ocorrer a IU por transbordamento, causando 
gotejamento contínuo. Esse tipo de incontinência é mais comum em homens que sofrem de 
aumento da próstata e sentem dificuldade para esvaziar a bexiga. 
- Obesidade: pessoas obesas geralmente têm o aumento da pressão intra-abdominal, 
podendo comprimir a bexiga e outros órgãos pélvicos. A perda de 5% do peso melhora a IU. 
- Tabagismo: o uso de tabaco pode causar doença pulmonar obstrutiva crônica, 
ocasionando tosses fortes. Esse sintoma pode piorar a incontinência urinária. 
 
6.4.3 - FISIOTERAPIA PARA TRATAR A INCONTINÊNCIA URINÁRIA 
 
Fonte: https://blogpilates.com.br/fortalecimento-assoalho-pelvico/ 
A fisioterapia tem uma importante atuação na prevenção e tratamento da incontinência 
urinária, promovendo uma melhor conscientização corporal e perineal, propriocepção perineal, 
reeducação vesical e da musculatura do assoalho pélvico, bem como melhora do tônus muscular 
perineal. As principais estratégias fisioterapêuticas utilizadas para a prevenção e tratamento da 
incontinência urinaria incluem, a uroterapia, treinamento muscular do assoalho pélvico 
eletroestimulação e biofeedbak, além de outros recursos que serão adicionados de acordo com 
o tipo de incontinência e sintomas do paciente. 
 
Diante de qualquer tipo de incontinência a uroterapia auxilia no tratamento, porém 
depende da participação ativa do paciente. A intervenção comportamental inclui estratégias 
para diminuir sintomas da incontinência urinária. É utilizado orientações sobre micções de 
horário; aumentar os intervalos entre as micções gradualmente, ensinar o paciente a suprimir 
o desejo miccional até chegar ao banheiro com sucesso; orientar sobre consumo de líquido; 
ingestão de fibras adequadas; reduzir alimentos que irritem a bexiga e provoque urgência como 
por exemplo, cafeína. 
32 
 
6.4.4 – TREINAMENTO MUSCULAR DO ASSOALHO PÉLVICO 
 
O treinamento muscular do assoalho pélvico, mais conhecido como exercícios de Kegel 
é considerado como tratamento de primeira escolha para incontinência urinária e é definido 
como um programa de contrações voluntárias seletivas e repetitivas. O programa de 
treinamento muscular do assoalho pélvico é prescrito individualmente, baseado na avaliação 
funcional do assoalho pélvico e será elaborado de acordo com o grau de força, propriocepção e 
tolerância do paciente. Durante o processo de treinamento é necessário realizar a progressão 
dos exercícios, iniciando posições a favor da gravidade, antigravidade e por fim com base 
instável. 
 
 
6.5 – GOTA 
 
Fonte: https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/Gota 
 
6.5.1 – DEFINIÇÃO 
A gota é uma doença inflamatória que acomete sobretudo as articulações e ocorre 
quando a taxa de ácido úrico no sangue está em níveis acima do normal (hiperuricemia). 
 
6.5.2 – CAUSAS 
O aumento nas taxas de ácido úrico no sangue pode ocorrer tanto pela produção 
excessiva quando pela eliminação deficiente da substância. É importante saber que nem todas 
as pessoas que estiverem com a taxa de ácido úrico elevada (hiperuricemia) desenvolverão a 
gota. A maioria dos portadores de gota é composta por homens adultos com maior incidência 
entre 40 e 50 anos e, principalmente em indivíduos com sobrepeso ou obesos, com vida 
sedentária e usuários de bebidas alcoólicas com frequência. As mulheres raramente 
desenvolvem gota antes da menopausa e geralmente tem mais de 60 anos de idade quando a 
desenvolvem. 
Alguns fatores podem desencadear uma crise de gota em pessoas com hiperuricemia 
como ingestão de álcool, principalmente vinho tinto e cerveja, dieta rica em determinados tipos 
de alimentos (ricos em purina), trauma físico, cirurgias, quimioterapia e uso de diurético. 
 
 
33 
 
6.5.3 - SINTOMAS 
Com o aumento da concentração de ácido úrico no sangue, ocorre a deposição de cristais 
nos tecidos, principalmente nas articulações, causando inflamação e consequentemente dor e 
inchaço acometendo principalmente as articulações do dedão, tornozelos e joelhos. A gota é 
caracterizada, inicialmente, por ataques recorrentes de artrite aguda, provocados pela 
precipitação, nos espaços articulares, de cristais de ácido úrico. O quadro clássico consiste em 
dor que frequentemente começa durante a madrugada e é intensa o suficiente para despertar o 
paciente. Embora qualquer articulação possa ser afetada, sobretudo as dos membros inferiores, 
o hálux (dedão) é a articulação mais frequentemente envolvida na primeira crise. Além da dor 
a articulação comumente apresenta-se inflamada com presença de calor, rubor (vermelhidão) e 
inchaço. Também pode haver formação de cálculos, produzindo cólicas renais e depósitos de 
cristais de ácido úrico debaixo da pele, formando protuberâncias localizadas nos dedos, 
cotovelos, joelhos, pés e orelhas. 
 
6.5.4 - DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da gota é feito sobretudo após uma história clínica bem feita e associada 
aos exames mostrando níveis elevados de ácido úrico no sangue. Outros exames podem ser 
solicitados como radiografias e dosagem de ácido úrico na urina. 
 
6.5.5 - TRATAMENTO 
Não há cura definitiva para a gota. O tratamento visa diminuir a dor e inflamação nas 
crises agudas e a correção da hiperuricemia subjacente com o objetivo de prevenir episódios 
futuros e evitar lesões nas articulações. É necessário evitar os fatores desencadeantes ou que 
propiciam a formação de ácido úrico, além de um aumento na ingestão de líquidos para otimizar 
a taxa de fluxo urinário. A crise aguda de gota pode ser controlada com o uso de colchicina, 
anti-inflamatórios ou a associação de ambos com alívio em geral após 2 horas da dose inicial. 
Essas medicações devem ser usadas sempre sob prescrição médica e com cautela em pacientes 
com insuficiência renal, hipertensão, ulceração péptica ou gastrite. Medicações com objetivo 
específico de diminuir os níveis de ácido úrico também devem ser iniciadas e mantidas a longo 
prazo, com o cuidado de se aguardar a resolução completa da crise aguda para o seu início. 
Quando a presença de tofos prejudica a função articular a retirada cirúrgica também pode ser 
indicada. É importante frisar que a gota não é uma doença incapacitante e quando tratada 
adequadamente não interfere na qualidade de vida. 
Sem tratamento as crises leves geralmente desaparecem depois de um ou dois dias, 
enquanto as crises mais graves evoluem rapidamente para uma dor crescente em algumas horas 
e podem permanecer nesse nível durante uma semana ou mais. O desaparecimento completo 
dos sintomas pode levar várias semanas. Após a primeira crise em geral o paciente volta a levar 
uma vida normal, o que geralmente faz com que ele não procure ajuda médica imediata. Uma 
nova crise pode surgir em meses ou anos e a mesma ou outras articulações. Sem tratamento, o 
intervalo entre as crises tende a diminuir e a intensidade a aumentar. O paciente que não se trata 
pode ter suas articulações deformadas e ainda apresentar depósitos de cristais de monourato de 
sódio em cartilagens, tendões, articulações e bursas. 
 
 
34 
 
6.5.6 - RECOMENDAÇÕES 
- Evitar o consumo de frutos do mar, sardinha, miúdos (rim e fígado), excesso de carne 
vermelha e pele de aves quando os níveis de ácido úrico estiverem altos porque você pode 
desencadear uma crise. Sob tratamento, esses alimentos podem ser ingeridos sem exagero. 
 - O consumo de bebidas alcoólicas também pode ser feito sem exageros quando os níveis 
de ácido úrico estiverem controlados 
- Evitar uma dieta hipercalórica, pois leva à obesidade que é um fator de risco para os 
portadores de gota além do excesso de pesosobrecarregar as articulações inflamadas 
- Aumentar a ingesta hídrica 
- Procure o tratamento e acompanhamento médico adequado caso haja doenças associadas 
como hipertensão arterial, diabetes e etc. 
 
 
6.6 – CÂNCER DE RINS OU CARCINOMA DE CELULAS RENAIS (CCR) 
 
Fonte: https://www.dicavida.com.br/cancer-de-rim/ 
 
6.6.1 – O QUE É O CÂNCER RENAL 
O câncer de rim, ou Carcinoma de Células Renais (CCR), ocorre a partir da 
transformação das células dos túbulos que formam os néfrons - estruturas microscópicas 
responsáveis pela filtração e formação da urina dentro dos rins -, que passam a se multiplicar 
de forma anormal, dando origem ao tumor 
 
6.6.2 – FREQUENCIA E FATORES DE RISCO 
O câncer de rim é o terceiro mais frequente do aparelho genitourinário e representa 
aproximadamente 3% das doenças malignas do adulto. Estatísticas americanas estimam uma 
incidência anual em torno de 51 mil novos casos, sendo responsável por aproximadamente 13 
mil mortes/ano em 2007. O câncer de rim é também conhecido como hipernefroma ou 
adenocarcinoma renal. O mais frequente é o câncer renal de células claras, sendo responsável 
por 85% dos tumores diagnosticados. 
O câncer de rim geralmente acomete indivíduos entre os 50 e 70 anos de idade, sendo 
duas vezes mais frequente nos homens que nas mulheres. 
35 
 
Aproximadamente 54% dos tumores renais diagnosticados hoje estão confinados ao rim, 
20% são localmente avançados (acometendo gânglios regionais próximos ao rim) e 25% já 
apresentam metástases da doença, principalmente para os pulmões, fígado e ossos. 
São conhecidos alguns fatores de risco para o câncer renal, dentre eles: 
- Tabagismo; 
 - Obesidade; 
 - Hipertensão; 
 - História familiar da doença; 
 - Doença de Von Hippel-Lindau e diálise. 
 
 
 
6.6.3 – DIAGNÓSTICO 
 
De 6% a 10% dos pacientes apresentam dor no flanco, sangue na urina e massa 
abdominal palpável. No entanto, as formas mais frequentes de diagnóstico são os achados 
incidentais em exames de rotina como a ultrassonografia do abdômen. O diagnóstico definitivo 
da doença é feito por meio da ultrassonografia e da tomografia computadorizada do abdômen. 
A tomografia, além de fazer o diagnóstico da doença, é bastante útil no seu estadiamento 
(verificação da extensão para outros órgãos) e no planejamento da terapêutica mais adequada. 
A radiografia de tórax serve para avaliar o acometimento dos pulmões, sendo que em 
alguns casos ela pode ser utilizada para uma avaliação mais minuciosa. 
A ressonância nuclear magnética é raramente utilizada na avaliação destes tumores, e 
só é realizada em situações muito específicas. 
A biópsia renal pré-operatória normalmente não é realizada, e só é necessária em 
situações excepcionais, a fim de se diferenciar lesões malignas de benignas, as quais não 
necessitariam de tratamento. 
Os fatores prognósticos mais importantes em câncer de rim, que auxiliam no 
planejamento terapêutico e no seguimento da doença, são: 
- Estágio clínico; 
- Obesidade; 
- Graduação histológica (grau de Fuhrman); 
- Tipo histológico; 
- Estado clínico do paciente ("performance status"). 
 
Para que se possa fazer um adequado planejamento terapêutico, o “performance” status 
é fundamental para o tipo de procedimento bem como poderá determinar a resposta ao 
tratamento. Os demais fatores prognósticos referem-se todos ao volume de tumor existente no 
momento do diagnóstico e à agressividade que certos tumores exibem. 
 
 
 
 
36 
 
6.6.4 – TRATAMENTO 
 
A cirurgia é o único tratamento curativo definitivo para o câncer de rim. A nefrectomia 
radical, ou seja, a retirada em bloco do rim com seus revestimentos (fáscia de gerota), glândula 
adrenal (somente em grandes tumores ou no polo superior do rim) e linfonodos regionais é o 
tratamento tradicional para os tumores do rim. 
No entanto, com a evolução dos meios diagnósticos e os achados cada vez mais precoces 
de pequenas massas renais, a nefrectomia radical, em boa parte dos casos, não é mais indicada, 
devendo-se optar pela nefrectomia parcial. Este tipo de tratamento consiste na retirada do tumor 
com pequena margem de segurança, preservando-se desta forma o restante do parênquima 
renal. 
Os resultados oncológicos da cirurgia parcial são semelhantes ao da nefrectomia radical 
para casos selecionados de tumores menores que 4 centímetros, menos agressivos, podendo 
inclusive ser aplicada para tumores maiores desde que em situação anatômica favorável. 
A nefrectomia radical laparoscópica é um método novo que pode ser aplicado no 
tratamento do câncer renal oferecendo os mesmos índices de cura da cirurgia aberta. Entre as 
vantagens está o fato de ser um método menos invasivo, com menor morbidade e menor tempo 
de internação, além da vantagem estética (pequenos furos ao invés da grande cicatriz da cirurgia 
aberta). 
É possível utilizar a cirurgia laparoscópica para a realização da nefrectomia parcial, 
porém em casos bastante selecionados, e com índices de complicação ainda superiores aos da 
cirurgia aberta. 
Vale ainda mencionar os métodos de tratamento para o câncer de rim que levam à 
destruição tumoral por meio do congelamento (crioterapia) ou do calor (radiofrequência) e os 
métodos minimamente invasivos a partir da utilização de agulhas, indicados em situações 
especiais. 
Nos pacientes que apresentam doença avançada, com metástases à distância, existem 
formas de tratamento sistêmico com imunoterapia (interferon ou interleucina) ou com o uso de 
drogas inibidoras da angiogênese. Esses medicamentos, associados ou não ao tratamento 
cirúrgico, podem levar ao controle e à regressão da doença. 
O tumor de rim responde de forma muito ruim aos tratamentos quimioterápicos e à 
radioterapia. As únicas modalidades que apresentam respostas objetivas comprovadas são a 
imunoterapia com interferon ou interleucina com respostas modestas e alta toxicidade. Mais 
recentemente surgiram as drogas inibidoras da angiogênese, que têm demonstrado índices de 
resposta muito promissores, sendo a principal opção terapêutica nos pacientes com doença 
metastática. 
 
 
 
 
 
 
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6.7 – CISTO RENAL 
 
Fonte: https://www.tuasaude.com/rins-policisticos/ 
6.7.1 DEFINIÇÃO 
Os cistos renais são dilatações de alguma parte do néfron. O néfron é a unidade funcional 
do rim constituído de um filtro, o glomérulo e de túbulos que levam a urina até a pelve renal, 
de onde, através do ureter, a urina chega até a bexiga. 
Os cistos se desenvolvem em razão desses fatores: 
- Aumento da pressão dentro do rim; 
- Aumento do gradiente das soluções salinas que banham o néfron; 
- Obstruções de graus variados, que ocorrem em qualquer lugar do néfron. 
Estas condições favorecem a passagem dos líquidos para os locais frágeis do néfron, 
possibilitando a formação de cistos. Durante a formação dos cistos, há sempre crescimento de 
células, forrando todas as suas paredes. Também há aumento do intercâmbio de líquidos, 
semelhantes ao plasma, que acabam preenchendo o cisto. Dessa maneira, os cistos têm paredes 
celulares finas e estão cheios de um líquido semelhante ao plasma que pode conter algumas 
substâncias semi sólidas. 
Os cistos podem ocorrer em um ou nos dois rins e são, quase sempre, de tamanho 
inferior a 3 cm. Dependendo do número de cistos, pode ser definido se o paciente é portador de 
cistos renais isolados ou de uma doença chamada rins policísticos. Os fatores responsáveis pela 
formação dos cistos podem ser hereditários ou adquiridos. 
 
6.7.2 - CISTOS RENAIS ADQUIRIDOS 
São cistos renais não herdados. Eles surgem, normalmente, após os 50 anos, aumentam 
de frequência com o avançar da idade e estão presentes em mais de 50% das pessoas, após os 
60 anos. Podem ser solitários, múltiplos, uni ou bilaterais e, eventualmente, podem apresentar 
sintomas clínicos de dor lombar, sangue na urina, infecção urinária e hipertensão arterial. 
Dificilmente os cistos se infectam e formam abscessos. Pode ocorrer, eventualmente, ruptura esurgir sangramento interno ou aparecer no exame de urina. 
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Uma das causas dos cistos adquiridos é a insuficiência renal crônica. A incidência em 
pacientes renais aumenta com o número de anos de insuficiência. Na insuficiência renal, quando 
a creatinina é de 3 mg%, 20% dos pacientes têm cistos renais. Quando é superior a 3mg%, 30% 
dos pacientes estão atingidos. 
O mesmo ocorre na hemodiálise, na qual a incidência da doença acontece da seguinte 
forma: 
- Em pacientes com até 2 anos de diálise- incidência de 35%; 
- Pacientes entre 2 a 4 anos de diálise - incidência de 50%; 
- Pacientes entre 4 a 8 anos de diálise - incidência de 70%; 
- Pacientes com mais de 8 anos de diálise- incidência de 85%; 
- Os responsáveis pela maioria dos cistos adquiridos são os cistos simples. 
 
6.7.3 – CISTOS RENAIS SIMPLES 
O cisto simples é a forma mais comum de cisto de rim. Embora suas causas não estejam 
ainda comprovadas, sabe-se que o cisto simples não é uma condição herdada. 
Frequentemente, a doença não causa sintomas ou prejudica o rim. Em alguns casos, 
porém, o paciente pode sentir dor se os cistos aumentarem e apertarem outros órgãos. Outras 
vezes, os cistos tornam-se infecciosos e começam a sangrar. Cistos simples também podem 
causar pressão alta. Entretanto, apenas muito raramente os cistos prejudicam função de rim. 
Esses cistos, poucas vezes, são palpáveis no exame físico, porque dificilmente crescem 
muito e quase sempre são descobertos de maneira ocasional nos exames de rotina. Nos exames 
laboratoriais, podem ser encontrados sinais de infecção urinária, hematúria e dificuldades para 
concentrar a urina. 
A maneira mais eficiente de diagnóstico é a ecografia abdominal e renal, na qual eles se 
apresentam arredondados, nitidamente marcados por uma parede fina e contêm, no seu interior, 
um líquido homogêneo, mais ou menos denso, sem massas (ou nódulos) e com uma superfície 
regular. Estas características os diferenciam dos tumores ou nódulos sólidos, de superfície 
irregular que são sugestivos de tumores benignos ou malignos. 
6.7.4 – TRATAMENTO 
Não existe tratamento específico, depende dos sinais e sintomas que o paciente 
apresenta. O portador de cisto deve ser acompanhado anualmente para prevenir eventuais 
complicações, como cálculos ou infecções, e evitar que alguns cistos com crescimento 
exagerado possam provocar obstrução e sofrimento ao paciente. A maioria dos cistos simples 
acompanha a pessoa por toda a vida sem causar nenhum problema médico. 
 
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6.7.5 – CISTOS RENAIS HEREDITÁRIOS 
São cistos desenvolvidos em razão da herança genética, transmitida de pais para filhos. 
Entre as principais doenças císticas renais hereditárias encontramos: 
- Rim esponja medular; 
- Doença cística medular; 
- Rim multicístico congênito; 
- Rim policístico autossômico dominante e rim policístico autossômico recessivo, mais 
conhecidos como Doença Renal Policística. 
6.7.6 – RIM ESPONJA MEDULAR 
O rim esponja medular caracteriza-se pela dilatação dos túbulos coletores renais, que 
dão o aspecto de uma esponja quando o rim é examinado anatomicamente. É considerada uma 
doença congênita esporádica que pode ocorrer tanto no homem como na mulher. 
Nos pacientes portadores de rim esponja medular, pode ocorrer com freqüência litíase 
renal, pela perda exagerada de cálcio, facilitando a formação de cálculos de cálcio. Hematúria 
e litíase são as duas manifestações clínicas dessa nefropatia. O diagnóstico é feito pela urografia 
excretora, que mostra a dilatação dos túbulos coletores da medula renal, muitas vezes cheios de 
pequenos cálculos renais. 
6.7.7 – DOENÇA CÍSTICA MEDULAR 
Essa doença hereditária apresenta cistos na zona medular renal e não na zona cortical, 
como de costume. Dois exemplos são a nefroptiasis juvenil familial e a doença cística medular. 
Geralmente, a doença surge em pacientes entre 20 e 30 anos, causando vários defeitos 
físicos como anormalidades esqueléticas, fibrose hepática e lesões do sistema nervoso central. 
Clinicamente, 80% dos pacientes queixam-se de ingesta abundante de água (polidipsia), diurese 
abundante (poliúria), anemia, fraqueza, retardo de crescimento corporal e mental, hipertensão 
e insuficiência renal crônica de grau variado. 
A doença pode ser diagnosticada ecograficamente por pequenos cistos, a maioria de 2 a 
3 mm na zona medular e com uma zona cortical renal muito fina e esclerosada. 
6.7.8 – RIM CONGÊNITO MULTICÍSTICO 
O rim congênito multicístico é uma forma de alteração cística do rim quase sempre 
unilateral, ao contrário do policístico que é sempre bilateral. Apresenta-se clinicamente com 
grandes massas abdominais pelo enorme crescimento dos cistos renais. 
 
 
 
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7 – FISIOTERAPIA NA HEMODIÁLISE 
Fisioterapia na hemodiálise visa ajudar a reduzir efeitos físicos colaterais que o paciente 
possa vir a ter com o tratamento, mas, infelizmente no Brasil ela ainda não é obrigatória. Uma 
sanção realizada pelo fisioterapeuta José Carlos Moleiro Junior pedia a obrigatoriedade de um 
profissional de fisioterapia nesse campo de atuação, mas infelizmente, não obteve o número de 
pessoas (cerca de 20 mil assinaturas) para mandar essa sanção para o plenário. 
Fisioterapia para pacientes renais atua nas complicações do 
tratamento dialítico através das condutas da cinesioterapia e 
massoterapia. Além do papel preventivo e educativo através da 
realização de orientações aos pacientes para minimizar as complicações 
secundárias. 
A fisioterapia pode contribuir para a redução da incidência de 
cãibras, pois os alongamentos devolvem aos músculos seu 
comprimento e elasticidade normal; a massoterapia promove 
relaxamento muscular e diminui a síndrome das pernas inquietas, além 
de promover uma melhor hidratação da pele, diminuindo as sensações 
de pruridos e as calcificações metastáticas na epiderme; a drenagem 
linfática favorece a diminuição de edemas e os exercícios de 
fortalecimento ajudam a devolver a tensão normal do músculo e 
auxiliam no retorno venoso, além de promover o aumento da força 
muscular necessária para a realização de suas Atividades de Vida Diária 
(AVD’s). (cienciasmedicas.com.br, 10 de Agosto de 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCLUSAO 
Pesquisar sobre a Biofísica Renal trouxe-nos aprendizagem sobre a anatomia dos rins, 
suas funções, localização, estruturas e nomes. 
Sensibilizou-nos sobre o papel dos rins na reabsorção e eliminação de substâncias 
tóxicas, bem como a produção de hormônios reguladores e que, embora seja um produtor, 
também depende do fornecimento do ADH para o seu bom funcionamento. 
Evidenciou-nos a importância da prática da fisioterapia na hemodiálise e o quanto ela 
gera autonomia e fortalecimento para a recuperação de um organismo debilitado. Evidenciou o 
quanto ainda temos que lutar para que o tratamento chegue a quem precisa através da aprovação 
de leis de obrigatoriedade. 
 Mostrou-nos que entender os problemas e as suas causas traz soluções e embasa novas 
tecnologias. 
Portanto, participar e realizar o Seminário de Biofísica Renal despertou em nós um senso 
de localização, interação e cooperação do sistema renal com o meio. Evidenciou também a 
relação de interdependência da função renal com o organismo e o quanto o funcionamento 
equilibrado está correlacionado a uma boa qualidade de vida. Evidenciou o quanto e como, 
enquanto profissionais, podemos atuar na prevenção de doenças e distúrbios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FONTES DE PESQUISA 
 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-11172009000200018 
https://www.einstein.br/estrutura/centro-incontinencia-doencas-assoalho-
pelvico/tratamentos/fisioterapia-incontinencia-urinaria-feminina 
https://www.reumatologia.org.br/doencas-reumaticas/gota/ 
https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado-
urologia/Paginas/cancer-rim.aspx 
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/diabetes/https://www.pro-renal.org.br/renal_034.php 
https://www.sciencedirect.com/topics/medicine-and-dentistry/diabetes-insipidus 
http://holisticocromocaio.blogspot.com/2017/10/saude-e-equilibrio-o-que-e-diabetes.html 
https://getfitdiets.com/central-diabetes-insipidus/ 
http://www.ined.com.br/dicas-e-noticias/2015/08/a-importancia-da-fisioterapia-na-
emodialise/ 
https://www.youtube.com/watch?v=4mZOrA_r9Q4 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK554474/ 
http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_197_desc_Nefrologia_pagina__subtopico_31_busca 
https://www.khanacademy.org/test-prep/mcat/organ-systems/the-renal-system/a/renal-
physiology-glomerular-filtration 
https://cjasn.asnjournals.org/content/9/8/1461 
https://www.todamateria.com.br/sistema-urinario/ 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-excretor.htm