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AULA 3 (híbrida) 11 03 - PARTES DO PROCESSO (2)

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Prévia do material em texto

1 
 
SUJEITOS DO PROCESSO – PARTES E SEUS PROCURADORES 
 
São considerados sujeitos do processo todos aqueles que participam do 
processo, sendo as partes, seus procuradores, o juiz e os auxiliares da justiça. 
 
1. Partes e Procuradores 
 
Partes são todos aqueles que participam do processo buscando um provimento 
jurisdicional ou que são alvos do provimento jurisdicional, ou seja, Autor e Réu. 
 
Toda pessoa que possua direitos tem capacidade para ser parte, todavia 
quando a pessoa não puder exercer seu direito de forma autônoma – relativamente 
ou absolutamente incapaz – essa será representada em juízo por curador especial, 
como também no caso de réu preso. 
 
Todas as partes, via de regra, deverão ser assistidas por profissional técnico 
(advogado), pois apenas esse tem capacidade postulatória (capacidade para dizer 
algo no processo), ressalvada as exceções do Juizado Especial e da Jurisdição 
Trabalhista. 
 
Caso o juiz, a qualquer momento, verifica a incapacidade ou defeito de 
representação no processo, determinará que a parte sane a questão. 
 
2. Outorga Uxória 
Alguns negócios jurídicos, como aqueles envolvendo compra e venda de bem 
imóvel, possuem a necessidade de participação do cônjuge, salvo nos casos de 
casamento com separação total de bens. 
 
O mesmo ocorre para o exercício de direito de ação, de modo que um cônjuge 
necessitará do consentimento do outro para exercer o direito de ação relativo a direito 
real (sobre coisas) imobiliário (bens imóveis). 
 
 
 
 
2 
Quando o Réu for casado, há necessidade de citação do cônjuge nos casos do 
artigo 73, §1º do Código de Processo Civil: 
 
I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de 
separação absoluta de bens; 
II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por 
eles; 
III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; 
IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus 
sobre imóvel de um ou de ambos os cônjuges. 
 
Tal consentimento pode ser suprimido judicialmente, caso o cônjuge que se 
nega a conceder não tenha justo motivo ou quando for impossível a realização do 
consentimento. 
 
3. Deveres das partes e procuradores 
 
 O Processo é regido pelo princípio da colaboração entre as partes, de modo 
que todos aqueles que atuam em meio ao processo devem cooperar entre si e com o 
juízo para que a verdade seja alcançada e a jurisdição seja aplicada de forma correta. 
 
 O Código de Processo Civil entre os artigos 77 e 78 prevê os deveres das 
partes e daqueles que intervirem no processo, podendo serem resumidos em dizer a 
verdade e colaborar com o juízo para o desenvolvimento rápido e correto do processo: 
 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas 
de fundamento; 
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à 
defesa do direito; 
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não 
criar embaraços à sua efetivação; 
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou 
profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer 
qualquer modificação temporária ou definitiva; 
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. 
 
 
 
 
3 
É importante destacar que o dever de dizer a verdade em juízo é mitigado 
quando relacionado com fatos impostos à própria parte, parentes próximos ou quando 
se relacionarem com o dever de sigilo profissional. 
 
Assim, por exemplo, o médico não é obrigado a prestar informações pessoais 
de seus pacientes, como também o advogado. O esposo não é obrigado a dizer a 
verdade sobre acusações realizadas a questões pessoais entre ele e sua esposa, etc. 
 
Destaca-se, também, o ultimo dever o de não praticar inovação ilegal no estado 
de fato ou bem litigioso, que, além de ser um dever processual, também pode 
caracterizar crime de fraude processual previsto no artigo 347 do Código Penal: 
 
 Fraude processual 
 Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o 
estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito: 
 Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. 
 Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda 
que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro. 
 
Os incisos IV e VI do art. 77 do Código de Processo Civil, além de deveres das 
partes, também são fatos que caracterizam atos atentatórios à dignidade da justiça, 
sendo apenados com multa de até 20% do valor da causa, desde que antes as partes 
sejam advertidas. 
 
Tal multa é revertida ao Estado, gerando inscrição em dívida ativa, no caso de 
inadimplemento. 
 
Além dos deverem previstos no artigo 77 do Código de Processo Civil, as partes 
também não podem se valer de expressões ofensivas nos escritos apresentados no 
processo. 
 
Quanto ao caso, temos um exemplo notório de atuação exacerbado quando um 
advogado ao apresentar recurso da decisão da magistrada, entendeu por utilizar 
diversas expressões ofensivas para demonstrar sua indignação. Vejamos o texto: 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
O texto acima, revela incabível atuação exacerbado do advogado ao expressar 
o seu descontentamento com a sentença, o que não deve ser reproduzido, mas é um 
exemplo didático de como não deve ser a atuação no curso do processo. 
 
A máxima que prevalece sempre, principalmente entre os advogados, é de que 
o processo é um ambiente de litígio de ideias, e não entre os representantes em si, 
cada um defendendo o seu cliente, seu ponto de vista, sem perder de vista que todos 
são colegas e que merecem o devido respeito. 
 
4. Responsabilidade das partes por dano processual 
 
Além dos deveres das partes relacionados no artigo 77 do Código de Processo 
Civil, o artigo 79 e 80 do mesmo diploma legal ainda estabelecem outras condutam 
que podem ser consideradas como litigância de má-fé, e serem apenas com multa e 
responsabilidade civil, sendo: 
 
 
 
 
 
7 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; 
II - alterar a verdade dos fatos; 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
VI - provocar incidente manifestamente infundado; 
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. 
 
Tais hipóteses, quando praticadas, podem acarretar em litigância de má-fé e 
multa de 1 a 20% do valor da causa, além de indenização por prejuízos causados em 
decorrência do ato. 
 
Normalmente, salvo casos excepcionais, a multa por litigância de má-fé é 
aplicada no caso de recursos interpostos de forma protelatória, ou seja, sem qualquer 
embasamento jurídico, apenas com o intuito de tardar o processo. 
 
A multa por litigância de má-fé é revertida em favor da parte prejudicada e, 
quando a causa tiver valor irrisório, poderá ser fixada em até 10 salários mínimos. 
 
5. Das despesas, honorários advocatícios e multa 
 
Incumbe às partes adiantar o pagamento de custas dos atos que pretendem 
que sejam praticados no processo, assim, por exemplo o autor da ação, pagará as 
custas para a expedição de citação do réu, ou taxa para distribuição da ação. 
 
O valor das custas varia de estado para estado, como também entre as diversas 
modalidades da justiça, porquanto as questões procedimentais podem ser 
determinadas internamente por cada tribunal. O Tribunal de Justiça do Estado de São 
Paulo, possui taxa de 1% do valor da causa para distribuiçãode ações, enquanto que 
a Justiça Federal tal valor é de 0,5% do valor da causa, etc. 
 
Cada parte pagará pelas custas dos atos que pretende praticar, sendo que, ao 
término do processo, a parte que for vencida deverá reembolsar a outra das despesas 
que essa adiantou. 
 
 
 
8 
Quanto o Juízo determinar a produção de prova pericial e ofício (sem que 
qualquer das partes tenha requerido), o valor será repartido igualmente entre as 
partes, nos demais casos, as determinações de ofício do juízo que gerarem custas 
serão adiantadas pelo autor da ação. 
 
O mesmo serve quanto aos honorários advocatícios sucumbenciais. Isso 
porque, a parte que restar vencida no processo, pagará ao advogado da parte 
contrária um valor (podendo ser fixado por equidade pelo juiz ou de acordo com o 
valor da causa). 
 
Tais honorários não se confundem com os honorários estipulados 
contratualmente com o advogado, e também não podem ser revertidos para as partes. 
Os honorários sucumbenciais beneficiam apenas o advogado que restar vencedor no 
processo, e apenas esse tem direito ao valor. Caso, por exemplo, a parte vencedora 
não possua advogado (como é permitido na justiça do trabalho e no Juizado Especial 
Civil, a depender do valor da causa), não haverá condenação de honorários 
sucumbenciais, porquanto esse apenas beneficia o advogado vencedor. 
 
Os honorários, via de regra, serão fixados entre 10 e 20% do valor econômico 
obtido pelo advogado, ou sobre o valor da causa, se não houve valor econômico 
obtido, devendo o juízo arbitrar conforme grau de zelo, lugar da prestação do serviço, 
importância da causa, e trabalho desenvolvido pelo advogado. 
 
Quanto a parte vencida for a fazenda pública, os critérios para a fixação de 
honorários estão previstos no artigo 85, §3º do Código de Processo Civil e variam de 
1 a 20% do valor da causa ou do proveito econômico: 
 
I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do 
proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos; 
II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do 
proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois 
mil) salários-mínimos; 
III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do 
proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 
(vinte mil) salários-mínimos; 
 
 
 
9 
IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do 
proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 
(cem mil) salários-mínimos; 
V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do 
proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos. 
 
Tal modificação dos critérios de fixação dos honorários advocatícios, em 
condenação contra a fazenda pública, se dá pelo caráter público do valor que será 
dispendido e, ainda, devido aos autos custos que envolvem, geralmente, as ações 
contra a fazenda, como aquelas de cunho tributário. 
 
6. Da gratuidade da Justiça 
Apenas de toda causa, via de regra, envolver custas, a parte que comprovar a 
ausência, mesmo que momentânea, de condições financeiras poderá requerer o 
benefício da gratuidade da justiça. 
 
Tal benefício não impõe, como o nome induz a crer, a prática de atos de forma 
gratuita, mas posterga o pagamento das custas para o momento em que a parte que 
beneficiada tenha condições de arcar. 
 
Caso à parte, após 5 (cinco) anos do término do processo, não tenha alterações 
financeiras, o valor não poderá mais ser cobrado. 
 
A gratuidade da justiça pode envolver custas totais do processo, ou para 
práticas de atos específicos, e também sobre os honorários sucumbenciais e 
condenações que a parte for condenada. 
 
Quanto às pessoas físicas, existe presunção de que, ao fazer o requerimento, 
essa realmente não tem condições financeiras, de modo que incumbe à parte 
contrária impugnar tal pedido. 
 
Quanto às pessoas jurídicas existe necessidade de comprovação antecipada 
de que a ausência de condições financeiras é verídica, sob pena de indeferimento. 
 
 
 
10 
A lei não determina valor exato de renda para que uma pessoa física ou jurídica 
possa obter os benefícios da gratuidade da justiça, incumbindo ao juízo verificar a 
questão caso a caso. 
 
O benefício pode ser revogado a qualquer momento, desde que seja 
comprovada a alteração patrimonial.

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