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Dor lombar

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 É uma doença bastante 
prevalente: 80% das 
pessoas terão um episódio 
durante a vida. 
 Em 50% das pessoas, se 
resolve em 1 semana sem 
tratamento e 90% resolve 
em 6-12 semanas sem 
tratamento. De 7-10% 
persiste após 6 meses (dor 
lombar crônica). 
 É uma causa frequente de ida aos prontos-socorros. 
 É a primeira causa de incapacidade em < 45 anos, 
sem causa definida (inespecífica) na sua grande 
maioria e multifatorial (psicológicos, sociais e 
biofísicos). 
A dor lombar é um sintoma e não uma doença, 
definida como uma dor localizada entre a margem 
inferior das últimas costelas e a borda superior das 
nádegas. Pode vir acompanhada ou não de dor nos 
membros inferiores. 
 Lomablgia: é a dor lombar isolada. 
 Lombociatalgia: é a dor lombar associada com a dor 
radicular. 
 Estão presentes 5 vértebras lombares separadas 
pelos discos intervertebrais, a articulação 
interfacetária na parte posterior, os forames 
intervertebrais e o canal vertebral. 
 Disco intervertebral 
 Formado por anéis anulofibrosos e núcleo 
pulposo, gerando mais elasticidade e resistência. 
 Com o processo de envelhecimento, os anéis 
podem ser fissurados e o núcleo pulposo se 
extravasar, que é a chamada hérnia de disco. 
 Flexão lombar: gera compressão do disco anterior, 
que vai correr para a parte posterior, estreitando a 
luz do forame vertebral e podendo comprimir 
alguma raiz. Por exemplo: na hérnia, a dor piora e 
na artrose a dor melhora (pois neste caso, o forame 
vai se expandir e não estreito). 
 Extensão lombar: compressão na parte posterior 
do disco, e o disco corre para a região anterior. Por 
exemplo: na hérnia, a dor melhora e na artrose a 
dor piora. 
 
Pressão intervertebral 
Deitado de barriga para cima: 25 
Barriga para baixo: 75 
Em pé: 100 
Inclinado para frente: 150 
Abaixar sem fletir o joelho: 270 
Sentado: 140 
Deitado de qualquer jeito: 210 
Deitado com as pernas em 90°: 35 
 
 Várias estruturas são inervadas na coluna lombar. 
Além disso, muitos achados nos exames de imagem 
também ocorrem em pessoas assintomáticas. 
 História 
 Aguda: < 6 semanas. 
 Subaguda: 7-12 semanas. 
 Crônica: > 12 semanas. 
 Diferenciar se é mais inflamatória ou mecânica: 
 Inflamatória Mecânica 
Idade de início < 40 anos Qualquer 
idade 
Início Insidioso Agudo 
Duração dos 
sintomas 
> 3 meses < 4 semanas 
Rigidez matinal > 60 minutos > 30 minutos 
Dor/despertar 
noturno 
Frequente Ausente 
Influência do 
exercício 
Mlehora Piora 
Dor na região 
glútea 
Frequente Ausente 
Mobilidade 
lombar 
Diminuída Diminuída 
Expansibilidade 
do tórax 
Diminuída Normal 
Déficits 
neurológicos 
Incomuns Possíveis 
 
Causas mais 
comuns 
Espondioartrites, 
infecções 
Mecânico-
postural, 
osteoartrite, 
discopatia 
 
 Procurar os sinais e sintomas de maior morbidade: 
Red Flags 
 Extremos de idade (> 50 ou < 20); 
 História ou suspeita de câncer; 
 Sintomas como febre, calafrios, perda de peso, 
sem outra explicação convincente; 
 Dor a noite e ao deitar; 
 Trauma maior/grave ou trauma menor em 
idosos ou com osteoporose; 
 Anestesia em sela; 
 Déficit neurológico progressivo ou grave em 
membros inferior (ciatalgia bilateral, fraqueza 
nas pernas, retenção urinária ou incontinência 
fecal); 
 Imunossupressão ou uso crônico de corticoide; 
 Uso de fármacos ou drogas endovenosas; 
 Falha terapêutica após 6 semanas de tratamento 
(manutenção ou piora do quadro). 
 Procurar sinais e sintomas que sugerem 
recorrência/cronificação, faltas ao trabalho e 
déficit funcional: Yellow Flag 
 Humor deprimido ou negativo; 
 Crença que a dor e a manutenção de atividade 
são lesivas, isolamento social; 
 Comportamento doentio (insistência em ficar de 
repouso por longo período); 
 Tratamento prévio que não se adequa as 
melhores práticas; 
 Indícios de exagero na queixa e esperança de 
recompensa, história de abuso de atestados 
médicos; 
 Problemas no trabalho, insatisfação com o 
emprego, trabalho pesado com poucas horas de 
lazer; 
 Superproteção familiar ou pouco suporte 
familiar. 
 Exame físico 
 Inspeção estática da coluna vertebral: 
▪ Pele e fâneros: cicatrizes, vesículas, manchas, 
lesões eritemato-descamativas ou 
tumefação. 
▪ Trofismo muscular: contraturas, hipotrofias 
ou atrofias. 
▪ Deformidades: assimetria dos ombros, 
escoliose, cifose e lordose. 
 Inspeção dinâmica: flexão, extensão, inclinação 
lateral e rotação. 
 Palpação: pontos dolorosos (tender), pontos de 
contratura e pontos de gatilho (trigger). Palpar 
todos os processor espinhosos (região indolor, 
com dor apenas se fratura ou dor crônica com 
alodinea). Palpar também a região 
paraverterbal, que é um local bastante doloroso. 
 Testes específicos: 
▪ Teste de Schober: com o paciente em posição 
ereta, mede 10 centímetros da crista ilíaca 
posterior. Após isso, em flexão de coluna 
lombar, faz o mesmo processo. Se houver 
diminuição da medição em 5 cm, há redução 
da mobilidade lombar. Se houver um 
aumento da medição em > 5cm, é normal. 
 
▪ Teste de Lasègue: elevação do membro 
inferior em extensão. É positivo se em torno 
de 25° o paciente começar a referir dor na 
coluna lombar, podendo até irradiar para o 
membro. 
 
▪ Manobra de Valsava: em expiração forçada 
contrarresistência sem deixar o ar sair, o 
paciente pode referir dor na região lombar. 
▪ Sinal das pontas: paciente fica sob as pontas 
dos dedos (raiz posterior, S1) e sob o 
calcanhar (raiz entre L4-L5). 
 
▪ Reflexos 
L4 Face medial da 
perna e pé 
Patelar Quadríceps 
femoral 
L5 Face lateral da 
perna e dorso do pé 
- Fibular 3º e 
fibular longo 
S1 Planta do pé Aquileu Tríceps sural 
 
 
 Classificação da dor 
 Dor lombar inespecífica (93%): mecano-postural 
sem causa definida. 
 Dor lombar com radiculopatia ou estenose (4%) 
 Dor lombar específica/inflamatória (1%) 
 Dor lombar referida (2%): pielonefrite, cólica 
renal, alteração do trato genitourinária. 
 Causas de dor lombar 
 Mecânicas: espondilose (10%), hérnia discal 
(4%), espondilolistese (2%), estenose de canal 
medular (3%), DISH, fraturas + osteoporose (4%), 
idiopática (musculo-ligamentar) (70%). 
 Neoplasia: primária, metastática. 
 Inflamatória: espondiloartrites. 
 Infecciosa: osteomielite vertebral, abcesso 
epidural, discite séptica, herpes zoster. 
 Metabólica: paget, osteoporose (fratura). 
 Dor referida: vísceras, retroperitôneo, aorta e 
quadril. 
 Espondilose lombar: degeneração discal, protusão 
discal, osteófitos, calcificações, diminuição do 
espaço articular (faceta), estreitamento do forame 
intervertebral. 
 Hérnia discal: protusão discal, protusão discal focal, 
extrusão discal, sequestração discal. 
 
 Espondodilolistese: deslizamento parcial ou total 
de uma vértebra sobre a outra. 
 Estenose do canal medular: 20-30% dos pacientes 
possuem > 60 anos e são assintomáticos. 
 Causas: hérnia discal, hipertrofia facetaria, 
hipertrofia do ligamento amarelo. 
 A claudicação neurogênica também pode ser 
vista, piorando com ortostase, atividade física e 
extensão lombar, melhorando com a flexão 
lombar. 
 Possui maior gravidade quando causa 
priaprismo, alteração esfincteriana, alteração de 
sensibilidade e dos reflexos tendinosos. 
 Síndrome de DISH: calcificações antero-laterais 
vertebrais contíguas na ausência de degeneração 
discal significativa. 
 Idiopática: ocorre uma contratura muscular sem 
seu devido relaxamento. 
 Fraturas: as de baixo impacto são as mais comuns e 
aumentam de 2-8x a mortalidade. 
 Neoplasia 
 Em 97% dos casos são metástases. 
 Tumores sólidos: principalmente os 
adenocarcinomas. Exemplo: mama, pulmão, 
próstata, tireoide e TGI. 
 Tumores não sólidos: mieloma múltiplo. 
 Infecção 
 Risco: imunossuprimidos, comorbidades e uso 
de drogas EV. 
 Podem ser piogênitas ou granulomatosas. 
São raras, mas com mortalidade razoável. 
 Inclui: espondilodiscite, osteomielite. 
 Espondiloartrite 
 Grupo de doenças com características comuns: 
lombalgia inflamatória, dactilite (inflamação dos 
dedos – dedo em salsicha), entesite (infecção do 
ponto de interseção entre o tendão e o osso), 
uveíte (inflamação da úvea ocular) e presença de 
HLA-B27. 
 Doenças: espondilite anquilosante, artrite 
psoriática, artrite reativa (geralmente ocorrem 
30 dias depois de uma infecção prévia) e 
secundária a doença inflamatória intestinal. 
 Fabere: paciente faz flexão, abdução e rotação 
externa do quadril. O examinador coloca uma 
mão no joelho do paciente e a outra na crista 
ilíaca anterior do outro lado. Então, aperta o 
joelho para baixo. O paciente refere dor na 
região posterior. 
 Dor lombar referida 
 Prostatite, endometriose, doença renal, TGI ou 
aneurisma de aorta. 
 História clínica + exame físico: suficiente na maioria 
dos casos. 
 Exames de imagem: rx simples e em casos 
específicos, TC, RM, cintilografia. 
 Exames de laboratório: para doenças específicas, 
como VHS, PCR, hemograma, cálcio. 
 Aguda/subaguda 
 Analgesia: analgésico simples, AINEs, opiódes 
fracos e relaxantes musculares. 
 Repouso: menor tempo possível. 
 Tratar causa específica: corticoide, antibiótico, 
cirurgia, quimioterapia/radioterapia. 
 Crônica 
 Analgesia: relaxantes musculares, tricíclicos, 
ISRS, reabilitação. 
 Reabilitação: fisioterapia e atividade física. 
 Outras terapias: acupuntura, psicoterapia. 
 Indicação de cirurgia: 
 Para hérnia discal, estenose do canal medular e 
eespondiloslistese: síndrome da causa equina, 
déficit neurológico importante (motor) déficit 
motor progressivo. 
 Como levantar da cama? 
1. Lateralização do corpo apenas com as pernas 
(sem flexão do tronco). 
2. Ainda sem utilizar o tronco, coloca as pernas 
para fora da cama e utiliza as mãos para fazer a 
força de levantar. 
 
 Como dormir? 
 Travesseiro preenche região do ombro, pois a 
cabeça não pode ficar nem muito alta e nem 
muito baixa. 
 Em decúbito dorsal o travesseiro precisa ser mais 
baixo, enquanto em decúbito lateral o 
travesseiro é mais cheio. 
 Atividades diárias 
 Tentar não ficar fletindo a coluna. 
 O ideal é pegar algo no chão fletindo o joelho e 
não a coluna. 
 Colocar um “tijolo” apoiando uma das pernas 
enquanto lava a louça e troca com o tempo. 
 Evitar cintas abdominais, pois enfraquece a 
musculatura. 


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