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Afecções genitais em fêmeas - Clínica de Grandes III

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Aula 11/11/20
Afecções genitais em Fêmeas
Anatomia do trato genitourinario
- Estrutura do trato genital é tubular
- Vulva na porção mais externa
- Região vestibular: espaço entre a vulva e a vagina/corpo tubular (porção interna)
- Cervix: no fim da vagina → fecha a passagem até chegarmos no útero
- A depender das especies tratadas, tem caracteristicas diferentes:
- Ruminantes: cartilaginosa
- Éguas: muscular
- Utero dos ruminantes: bicornual
- Ao final dos cornos uterinos, encontramos as trompas e os ovarios
- Se urina ficar presa na região vaginal, podemos ter um caso de urovagina
- No cio temos aumento de estrógeno → o estrógeno vai queratinizar a vagina protegendo-a contra
impactos, além de promover o relaxamento da cérvix preparando o animal para o coito. Outro função do
estrógeno é a de imunomodulação, ele eleva as células do sistema imune já que o animal está sujeito a
uma infecção.
- OBS: Quando nós mulheres estamos perto de menstruar que a progesterona aumenta e o estrógeno
diminui, nossa imunomodulação cai e devido a isso muitas vezes adoecemos próximo ao período.
Parto - alterações
- Principal fator de complicação no órgão genital devido a partos distócicos, feto grande, traumas por
manipulações erradas.
- Algumas alterações serão respostas fisiológicas, como:
- Cortisol fetal → ocitocina + PGF2alfa → que vão promover contração do útero e expulsão do feto
- Relaxina → promove relaxamento dos ligamentos e músculos permitindo uma maior abertura do
canal pélvico.
- Alterações pré parto - alterações na glândula mamária
- Fêmeas primíparas possuem uma maior casuística
Aula 11/11/20
Fases do parto
Lesões perineais
- Ruptura vulva e períneo
- Períneo: parte de tecido que separa o reto da vagina
- Esse tecido vai ser rompido na hora do parto
- Acontece em qualquer idade
- Acomete primíparas
- Causa: Distocia fetal
- Profundidade e grau de lesão tecidual → 1º, 2º e 3º grau
- Iatrogenia
- Fístula retovaginal → geralmente sao causados por iatrogenia e pode causar lesão perineal
- Fistula: orificio
- Cirurgicamente é mais difícil de suturar
Classificação da laceração
1º grau: leve laceração da mucosa vestibular vaginal e comissura dorsal da vulva → super comum devido ao
parto difícil
- É auto limitante, o controle pode ser apenas com medicamento tópico e se preferir, nem se faz uso de
medicamentos → Não há necessidade de cirurgia, MAS pode-se fazer.
2º grau: lesões na mucosa e submucosa do vestíbulo da vagina, a pele da comissura dorsal da vulva e os
músculos perineais, incluindo o músculo constritor vulvar.
- Maior envolvimento da mucosa e musculatura
3º grau:
- Todas as estruturas atingidas em segundo grau, assoalho ventral do reto, septo perineal, músculo e o
esfíncter anal.
- Ruptura total da regiao perineal
Aula 11/11/20
- No momento da laceração não dá pra fazer a resolução cirúrgica, devido a fragilidade dos tecidos. Então
deve-se esperar cicatrizar para poder fazer o procedimento de plástica.
Tratamento
- Lesões de 1º grau → Antissépticos locais, Pomadas cicatrizantes (alantol, furanil)
- Lesões de 2º e 3º grau → Uso de antibiótico sistêmico com ênfase na região genital (gentamicina,
enrofloxacina)
- Depois da cicatrização → Correção cirúrgica
- Dieta para fezes pastosas - volumosos tenros (capim novo, que contém mais água), sulfato de
magnésia, semente de linhaça.
- Equídeos → dieta para mudar o formato das fezes (cíbala), deixar mais pastosas.
Técnica de Caslick ou Vulvoplastia
- Técnica de correção simples e super corriqueira
-
- Anestesia local nos bordos dos lábios vaginais ou epidural
- Ressecção de 3mm de cada lábio vulvar
- Aproximação dos bordos da ferida cirúrgica → Da metade até ⅔ da vulva superior
- Após isso, se faz a síntese cirurgica
Aula 11/11/20
- Nylon ou polipropileno - 2,0
- Sutura de Wolf ou Contínua simples
- Aposição de bordas
- Ponto padreador → Ponto de reforço com um material mais grosso no fim da sutura (é opcional).
- Em casos de ainda utilizar o animal com finalidade reprodutiva ter cuidado: se
orifício ficar muito pequeno e o penis do garanhão foi muito calibroso pode haver laceração novamente e
inclusive pode ocorrer laceração no penis do animal.
Correção de lacerações
- Grau II → Perineoplastia
- Pré operatório →fazer exame citológico (observar a resposta das células do tecido vaginal a infecção),
microbiológico e histológico uterino, jejum, contenção do animal em tronco, enfaixamento da cauda,
remoção das fezes, lavagem da região com água e sabão neutro e antissepsia com álcool iodado.
- Sedação e anestesia epidural e contenção do animal
- 3 pontos de sustentação laterais → melhor visibilização do campo cirúrgico
- Extirpação da porção triangular da mucosa → para ajudar a diminuir o vestibulo vaginal
- Sutura interna é feita com pontos simples e fio absorvível → no teto vaginal → catgut (por ser
monofilamentar).
- Sutura externa é feita com pontos em U profundos na região perineal externa seguida de pontos simples
isolados em região mais superficial com fio não absorvível.
- OBS: SUTURAS SEMPRE DE FORMA CRANIO CAUDAL
Episioplastia
3 pontos de sustentação
Aula 11/11/20
- Grau III
- Técnica de AANES
- Liberação de “flaps” - facilitar sutura sem tensão
- Reconstrução do teto vaginal e do assoalho do reto
- Sutura dos assoalhos - catgut cromado 1-0
- Abolição do espaço morto - Poligalactina 910 - 2-0 - bolsa de fumo - Wolf contínua
- Comissura vulvar - nylon 2-0 - isolado simples
Pós operatório
- Dieta - volumosos tenros
- Antibióticos - 5 dias
- Retirada de pontos externos em 14 dias
Episiotomia
- Prevenção de lacerações perineais
- Procedimento simples e comum
- Incisão diagonal na porção mais dorsal - para facilitar no momento do parto
- Aumentar a passagem para o feto
- Ajudar em partos distócitos
- Tesoura romba
Aula 11/11/20
- Botão anestésico
- Sutura simples isolada - catgut 2-0
- Nylon para pele
- Pneumovagina - abertura grande acumula gás
-
Pneumovagina
- Acomete mais éguas
- Acumulo de ar na vagina - ocorre sons de flatulencia
- Anomalia da conformação vulvar
- Multíparas → mais frequente → por que uma fêmea mais velha com mais partos, apresenta uma maior
flacidez vulvar.
- Lesões de parto
- Pode levar a um quadro de Urovagina → conformação equivocada faz com que acumule urina no local
- Todas essas lesões podem atrapalhar nos niveis de fertilidade
- Associada com ocorrência de vaginites também
- Vulvoplastias → Correção do problema
Tecnica de Caslick
- youtube.com/watch?v=TzSmN1ukf2U
Tecnica de Pouret
- Técnica que é feita para melhorar a má conformação vulvar
- Anestesia epidural e assepsia
- Dissecar o tecido entre os dois órgãos (8 a 12 cm)
- Entre o anus e a vulva
- Cuidado com perfuração
https://www.youtube.com/watch?v=TzSmN1ukf2U
Aula 11/11/20
- A incisão é suturada transformando-a numa vertical 14 → faz com que a conformação da vulva mude
(estica a vulva para não entrar ar).
- Vulva → posição mais vertical
- OBS: numa conformação vulvar “errada”, vemos o períneo muito horizontal e isso faz com que a vulva
fique na posição que permite a entrada de ar e até entrada de fezes, por isso se traciona e sutura o
períneo mais na vertical.
Pós operatório
- Antibiótico sistémico por 3 dias
- 10 a 12 dias para retirada dos pontos
- Evitar cópula por 4 semanas, ate 8 semanas.
- Fazer cobertura assistida - auxiliar na monta
- Ou destina o animal para IA
Prolapso vaginal
- Muito frequente acontecer
- Aparecimento da vagina (mais simples que o prolapso uterino)
- Muito comum em vacas, porcas e ovelhas (Dorper) → também acontece em éguas, mas é menos
frequente.
- Dorper → o corte da cauda deixa a região do animal muito exposta
- Recorrentes → comum acontecer recidivas, que se dá a pressão intra abdominal (ex: rúmen cheio);
- Ocorre também devido ao excesso de trabalho de parto
- Pode ser classificado em graus: I, II, III
- I: animal deitado, quando se levanta volta ao normal
- II: exposição maior e mais frequente → ao se levantar continua exposto
- III: prolapso sempre acontecendo →porção maior sempre exposta e com bastante resistência →
da pra ver e cervix
- Prognostico reservado
Tratamento
- Anestesia epidural - espera-se que as contrações parem
- Assepsia da mucosa
- Compressas frias - promove vasoconstrição
- Lubrificação
Aula 11/11/20
- Involução
- Manejo da dor
Sutura de Buhner
(Bolsa de fumo)
-
- Como pode acontecer prolapso vaginal antes da parição, pode-se fazer a técnica de buhner → deve-se
ficar atento pois antes da parição deve-se soltar os pontos.
- youtube.com/watch?v=MIciaim2Zu8
Outras tecnicas
- Vaginectomia parcial
- Vaginopexia dorsal
https://www.youtube.com/watch?v=MIciaim2Zu8

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