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100975324-Anatomia-Radiografica

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ANATOMIA RADIOGRÁFICA
SISTEMA DIGESTIVO
o sistema digestivo inclui todo o tubo digestivo e vários órgãos acessórios.
tubo digestivo
O tubo digestivo começa na (1) cavidade oral (boca); continua como (2) faringe,(3) 
esôfago, (4) estômago e (5) intestino delgado, e termina como o intestino grosso (6), que, 
por sua vez, termina como o (7) ânus.
A anatomia e o posicionamento das partes (1) cavidade oral, até (5) duodeno, são 
descritos neste capítulo. O restante do intestino delgado, e (6) o intestino grosso e o (7) 
ânus, estão descritos no próximo capitulo.
órgãos acessórios
OS órgãos acessórios do sistema digestivo incluem as glândulas salivares, o pâncreas, o 
fígado e a vesícula biliar.
funções
O sistema digestivo realiza as três funções primárias a seguir:
1. A primeira função é a de ingestão e/ou digestão de alimento, água, vitaminas e 
minerais. O alimento é ingerido na forma de carboidratos, lipídios e proteínas. 
Esses grupos complexos de alimentos devem ser quebrados, ou digeridos, para que haja a 
absorção.
2. A segunda função primária do sistema digestivo é a de absorver as partículas 
alimentares digeridas, juntamente com a água, as vitaminas e os elementos essenciais do 
tubo digestivo para o sangue ou os capilares linfáticos.
3. A terceira função é eliminar todos os resíduos alimentares na forma de produtos semi-
sólidos nas fezes.
PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS BÁSICOS
Dois procedimentos comuns envolvendo o trato gastrointestinal alto são apresentados 
neste capítulo. 
Esses exames radiográficos envolvem a administração de um contraste.
Esofagografia com Bário (Estudo da Faringe e do Esôfago)
O exame específico da faringe e do esôfago é chamado de esofagografia baritada. Esse 
exame avalia a forma e a função da faringe e do esôfago através do bário deglutido.
Seriografia Esôfago-Estômago-Duodeno - (SEED)
O procedimento utilizado para se estudar a porção distal do esôfago, estômago e duodeno 
em um só exame é chamado de serigrafia esôfago-estômago-duodeno (SEED). 
Designações alternativas para a seriografia esôfago-estômago-duodeno incluem 
seriografia do TGI alto. Uma radiografia PA de uma SEED é mostrada na Fig. 14.2.
O sulfato de bário misturado com água é o contraste preferido para todo o tubo digestivo. 
A área de densidade negativa (de aspecto branco) na radiografia indica o estômago e o 
duodeno preenchidos pelo sulfato de bário, que é o contraste.
DEGLUTIÇÃO E PERISTALSE
O esôfago contém camadas bem desenvolvidas de músculo esquelético (circular e 
longitudinal) no seu terço superior, músculo liso e esquelético no seu terço médio e 
apenas músculo liso no seu terço inferior. Diferentemente da traquéia, o esôfago é um 
tubo normalmente colabado que se abre somente quando ocorre a deglutição. O processo 
de deglutição se continua no esôfago após ter sido iniciado na boca e na faringe. Os 
líquidos tendem a atravessar da boca e da faringe até o estômago apenas pela gravidade. 
O bolo alimentar de material sólido atravessa o esôfago por gravidade e com a ajuda dos 
movimentos peristálticos.
A peristalse é uma série de ondas de contrações musculares involuntárias que 
impulsionam o material sólido e semi-sólido através do tubo digestivo. 
Um bolo sólido de sulfato de bário preenchendo todo o esôfago é visto na Fig. 14.10, 
ganhando o estômago tanto por gravidade como por peristalse. 
O acúmulo de bário no estômago é visto nessa radiografia em PA. .
Um foco em maior aumento de uma radiografia na posição OAD visto na Fig. 14.11 
demonstra o esôfago parcialmente preenchido com bário, com as constrições peristálticas 
normais mais evidentes nas porções média e superior do esôfago.
A relação do esôfago com o coração é vista nessas radiografias. O esôfago é 
imediatamente adjacente às bordas direita e posterior do coração.
SUMÁRIO
Em geral, três funções básicas do sistema digestivo são realizadas no interior do tubo 
digestivo. Primeira, a ingestão e/ou digestão toma lugar na cavidade oral, faringe, 
esôfago, estômago e intestino delgado. Segunda, os produtos finais da digestão, 
juntamente com água, vitaminas e minerais, são absorvidos principalmente pelo intestino 
delgado e, em pequena monta, pelo estômago, sendo, então, transportados para o 
sistema circulatório,Terceira, o material desprezado e não-absorvido é eliminado pelo 
intestino 
grosso. 
Biotipo
O biotipo tem um grande efeito na localização do TGI no interior da cavidade abdominal. 
Para posicionar o paciente adequadamente e com precisão para a realização de 
procedimentos radiográficos do TGI, deve-se 
conhecer e entender as características de cada uma das classes de biotipo. 
As quatro classes gerais de biotipo estão na Fig. 14.23.
HIPERESTÊNICOS VERSUS HIPOSTÊNICOS/ASTÊNICOS (Fig. 14.25)
Hiperestênicos O tipo hiperestênico refere-se aos 5% da população com a constituição 
corporal atarracada, com o tórax e o abdome muito largos e profundos ântero-
posteriormente. Os pulmões são curtos, e o diafragma é alto. O cólon transverso é 
elevado, e todo o intestino grosso tende a se alojar na periferia da cavidade abdominal. 
Esse tipo geralmente requer duas radiografias a partir da linha média para incluir todo o 
intestino grosso.
A vesícula biliar tende a se localizar em relação com a região pilórica e o bulbo duodenal. 
No paciente hiperestênico, a vesícula biliar está elevada e quase transversa, localizando-
se bem à direita da linha média. O estômago também está muito elevado e assume uma 
posição transversa, estendendo-se
 aproximadamente de T9 a T13, com o seu centro cerca de 2,5 cm distalmente ao 
processo xifóide. O bulbo duodenal se encontra no nível de T11 ou T12, à direita da linha 
média.
Hipostênicos/ Astênicos Esses indivíduos, que representam o tipo corporal oposto, são 
mais magros e têm pulmões mais estreitos e compridos, com o diafragma baixo. Essa 
disposição faz com que o intestino grosso esteja muito rebaixado no abdome e tenha a 
sua maior capacidade na região pélvica.
O estômago tem a forma de J e situa-se mais baixo no abdome, estendendo-se de T11 até 
abaixo das cristas ilíacas, aproximadamente até L5 ou até mesmo mais baixo. A porção 
vertical do estômago está à esquerda da linha média, com o bulbo duodenal próximo à 
linha média, no nível de L3 ou L4.
A vesícula biliar está próxima à linha média ou ligeiramente à direita e verticalmente no 
nível da crista ilíaca, aproximadamente em L3 a L4.
Estênicos (Fig. 14.25) A compleição corporal média é o tipo estênico, que é uma versão 
mais magra do hiperestênico. O estômago também lembra um J, está localizado mais 
inferiormente que o tipo atarracado, e geralmente se estende de T10 ou T11 até L2, 
aproximadamente. O bulbo duodenal se encontra entre L1 e L2, à direita da linha média. A 
vesícula biliar é menos transversa e se localiza a meio caminho entre a parede abdominal 
lateral e a linha média. A flexura cólica esquerda (esplênica) do intestino grosso é 
freqüentemente muito elevada, localizando-se logo abaixo do diafragma esquerdo.
RADIOGRAFIAS DE TGI ALTO DEMONSTRANDO OS TIPOS CORPORAIS
A maior parte dos pacientes não se enquadra claramente em nenhum dos três tipos 
corporais, mas são uma combinação desses tipos, sendo necessário avaliar cada paciente 
para a localização provável do estômago e vesícula biliar. Os três exemplos radiográficos 
e fotográficos dos tipos corporais demonstram a posição e a localização do estômago dos 
tipos corporais mais comuns. A localização do estômago e do bulbo duodenal em relação 
às vértebras específicas deve ser notada, além das relações com a crista ilíaca e a 
margem costal inferior.
Estômago - elevado e transverso, entre T9 e T12. 
Porção pilórica - nível de T11 a T12, na linha média. 
Bulbo duodenal - nível de T11 a T12, à direita da linha média.
Geralmente tem altura menor,com ombros e quadris largos e tórax curto (menor 
distância entre o rebordo costal e a crista ilíaca). A cavidade abdominal é mais larga nas 
regiões superiores.
Estômago - nível de Tl0 a L2.
Porção pilórica - nível de L2, próximo à linha média. 
Bulbo duodenal - nível de L2, próximo à linha média.
Próximo da média em peso, altura e distância entre o rebordo costal e a crista ilíaca (pode 
ser mais corpulento que a média, com algumas características do hiperestênico ).
Estômago - rebaixado e vertical, nível de T11 a L4.
Porção pilórica - nível de L3 a L4, à esquerda da
linha média.
Bulbo duodenal - nível de L3, na linha média.
Geralmente magro e alto, com grande distância entre a reborda costa I e a crista ilíaca. 
(Esse exemplo está entre o hipostênico e o astênico.) A cavidade abdominal é mais larga 
nas regiões inferiores no tipo astênico verdadeiro.
ASPECTOS EM COMUM
Os procedimentos ou exames radiográficos do tubo digestivo como um todo são similares 
em três aspectos gerais.
Primeiro, como muitas partes do TGI são comparáveis em densidade aos tecidos 
adjacentes, algum tipo de contraste deve ser adicionado para visualizar as várias partes 
do TGI. As únicas regiões do tubo digestivo que podem ser vistas em radiografias comuns 
são o fundo gástrico (com o paciente em pé), graças à 
bolha gástrica, e partes do intestino grosso, graças ao ar e ao material fecal que se 
acumula.
A maior parte do tubo digestivo se mistura com as estruturas adjacentes e não pode ser 
visualizada sem o uso de contraste. Esse fato é ilustrado pela comparação de uma 
radiografia comum de abdome (Fig. 14.32) com uma radiografia contrastada com sulfato 
de bário (Fig. 14.33).
O segundo aspecto em comum é que o estágio inicial de cada exame radiográfico do 
tubo digestivo é realizado com fluoroscopia. A fluoroscopia permite ao radiologista (1) 
observar o TGI em movimento, (2) produzir imagens radiográficas durante o exame e (3) 
determinar as ações mais apropriadas para um exame radiográfico completo. Visualizar 
órgãos em movimento e isolar estruturas anatômicas é absolutamente essencial no 
exame radiográfico do TGI alto. As estruturas nessa área assumem uma 
grande variedade de formas e tamanhos, dependendo do biotipo, da idade e de outras 
influências individuais.
Além disso, a atividade funcional do tubo digestivo exibe uma ampla faixa de diferenças 
que são consideradas dentro dos limites da normalidade. 
Além dessas variações, existe um grande número de alterações ou condições anormais, 
tornando importante que esses órgãos sejam visualizados diretamente pela fluoroscopia.
Um terceiro ponto em comum é que as imagens radiográficas são registradas durante, e 
freqüentemente após, o exame fluoroscópico, a fim de fornecer um registro dos achados 
normais ou anormais. Uma radiografia com raios emitidos de cima para baixo pós-
fluoroscopia está sendo preparada pelo radiologista 
para a exposição, após a realização da fluoroscopia em uma SEED – Fig. 14.35. A seção 
sobre posicionamento, adiante neste capítulo, descreve as incidências rotineiras mais 
comuns pós-fluoroscopia para a esofagografia e a SEED.
Com o uso crescente da fluoroscopia digital, o número de radiografias pós-fluoroscopia 
diminuiu muito. Alguns centros confiam estritamente na imagem por fluoroscopia digital, 
em vez de qualquer outra imagem 
adicional pós-fluoroscopia. A fluoroscopia digital é descrita em mais detalhes mais adiante 
neste capítulo.
CONTRASTES
Contrastes radiotransparentes e radiopacos são utilizados para tornar o TGI visível 
radiologicamente.
Meios de contraste radiotransparentes ou negativos incluem o ar deglutido, cristais de 
CO2 e a bolha gástrica normalmente presente no estômago. Cristais de citrato de cálcio e 
magnésio carbonatado são substâncias mais comumente usadas para produzir o gás 
CO2.
sulfato de bário (bário)
O contraste positivo ou radiopaco mais comumente usado é o sulfato de bário (BaS04), 
geralmente referido apenas como bário. Como ilustrado na Fig. 14.36, o sulfato de bário é 
um pó, lembrando o gesso. O pó é misturado à água antes da ingestão pelo paciente.
Esse composto, que é um sal de bário, é relativamente inerte, graças à sua extrema 
insolubilidade em água e em outras soluções aquosas, como os ácidos. Todos os outros 
sais de bário tendem a ser tóxicos ou venenosos para o homem. Dessa forma, o sulfato de 
bário usado em centros radiográficos deve ser quimicamente puro.
Uma mistura de água e sulfato de bário forma uma suspensão coloidal, não uma solução. 
Para uma solução as moléculas da substância adicionada à água deveriam na verdade se 
dissolver na água. O sulfato de bário nunca se dissolve na água. Em uma suspensão 
coloidal, entretanto (como o sulfato de bário e a água), as partículas suspensas na água 
tendem a se precipitar quando se deixa a mistura repousar por um período de tempo.
A radiografia da Fig. 14.37 exibe recipientes de quatro marcas diferentes de bário que 
foram misturadas na proporção de uma parte de sulfato de bário para uma parte de água, 
e deixados repousar por 24 horas. Como foram usadas diferentes marcas de bário, alguns 
recipientes exibem maior separação ou deposição que outros. Essa deposição demonstra 
que, quando sulfato de bário e água são misturados muito antes da utilização, cada 
recipiente deve ser totalmente homogeneizado.
Várias preparações especiais de sulfato de bário estão disponíveis comercialmente. A 
maior parte dessas preparações contém o sulfato de bário apropriadamente associado em 
uma suspensão, para que resista por um longo período antes do uso sem precipitar. 
Mesmo assim, toda suspensão deve ser bem misturada antes do uso. Algumas marcas 
têm diferentes aromas e sabores, como chocolate, baunilha, limão, lima e morango.
BÁRIO RALO
O sulfato de bário pode ser preparado ou comprado numa mistura relativamente rala ou 
relativamente densa. A mistura bário-água do copo da Fig. 14.38 contém uma parte de 
baso4 para uma parte de água. O bário ralo assume a consistência de um milk shoke ralo, 
sendo usado no estudo de todo o TGI.
A velocidade com que o bário atravessa o TGI depende da suspensão e dos aditivos, da 
temperatura e da consistência da preparação, assim como da condição geral do paciente 
e do TGI. O mais importante é estabelecer as preferências e protocolos de acordo com o 
serviço de radiologia, garantindo um bom resultado. Quando a preparação é oferecida 
gelada, o gosto de gesso é muito menos incômodo ao paciente.
BÁRIO DENSO
O bário denso contém três ou quatro partes de BaS04 para uma parte de água e tem a 
consistência de um cereal cozido. O bário denso é mais difícil de engolir, porém é mais 
adequado para o estudo do esôfago porque desce lentamente e tende a aderir à mucosa 
esofagiana.
CONTRA-INDICAÇÕES AO SULFATO DE BÁRIO
A mistura baritada é contra-indicada se há alguma chance de que a mistura possa 
escapar para a cavidade peritoneal. Esse escape pode ocorrer em virtude de uma 
víscera perfurada, ou durante uma cirurgia realizada após o procedimento radiográfico. 
Em qualquer uma dessas condições, deve-se usar um contraste iodado solúvel em 
água. Um exemplo desse tipo de contraste é o Gastroview, mostrado na Fig. 14.40, em 
um frasco de 240 ml. Outros exemplos são o Gastrografinou ou o Hypaque Oral, ambos 
facilmente removidos por aspiração antes ou durante a cirurgia. Se houver escape desses 
tipos de contraste para a cavidade peritoneal, o organismo é capaz de reabsorvê-lo 
prontamente. O sulfato de bário, por outro lado, não é absorvível.
Uma desvantagem dos contrastes solúveis em água é o gosto amargo. Embora possam 
ser misturados a bebidas carbonatadas para disfarçar o gosto amargo, geralmente são 
usados puros ou diluídos em água. O paciente deve ser alertado quanto ao gosto do 
material a ser usado no procedimento.
Advertência O contraste iodado não deve ser usado se o paciente é sensível ao iodo.
Deve tambémser dito que um pequeno número de pacientes é hipersensível ao sulfato de 
bário e seus aditivos. Embora essa seja uma ocorrência rara, o paciente deve ser 
observado quanto a quaisquer sinais de reação alérgica.
DUPLO CONTRASTE
A técnica de duplo contraste é amplamente empregada na busca diagnóstica de certas 
condições e doenças durante a SEED. Alguns centros também realizam esofagografia com 
duplo contraste. O uso de procedimentos com duplo contraste empregando meios 
radiopacos e radiotransparentes foi desenvolvido 
no Japão, onde há alta incidência de câncer gástrico.
O contraste radiopaco é o sulfato de bário. É usado o bário de alta densidade, 
oferecendo uma boa cobertura da mucosa gástrica. Há um recipiente comercializado, pré-
medido, em que uma quantidade determinada de sulfato de bário é fornecida para que o 
técnico possa adicionar água e misturar completamente 
o contraste.
O contraste radiotransparente é o ar ambiente ou o dióxido de carbono. Para fazer 
o ar ganhar o TGI alto, pequenos furos são feitos com agulha no canudo usado para o 
paciente ingerir o bário. Assim, o ar será deglutido junto com o bário.
O dióxido de carbono é criado quando o paciente ingere cristais produtores de gás. 
Duas formas comuns desses cristais são o citrato de cálcio e o citrato de magnésio. 
Ao alcançarem o estômago, esses cristais formam uma grande bolha de gás. O gás se 
mistura com o bário e força-o contra a mucosa gástrica, fornecendo melhores coberturas e 
visibilidade da mucosa e de seus padrões (Fig. 14.4 1). As pregas da mucosa longitudinal 
e do estômago são vistas na Fig. 14.42 (setas). Potenciais pólipos, divertículos e úlceras 
são demonstrados melhor com a técnica do duplo contraste.
ELIMINAÇÃO INTESTINAL DO BÁRIO APÓS O EXAME (DEFECAÇÃO)
Urna das funções normais do intestino grosso é a absorção de água. 
Qualquer mistura de sulfato de bário existente no intestino grosso após o procedimento 
seriográfico ou o enema de bário pode se tornar endurecida ou solidificada e, 
conseqüentemente, dificultar a evacuação. Alguns pacientes podem requerer um laxante 
após o exame para ajudar a remover o bário. 
Se os laxantes estiverem contra-indicados, deve-se aumentar a ingestão de líquidos ou de 
mais óleo mineral até que as fezes fiquem livres de todos os traços do sulfato de bário.
EQUIPAMENTO DE RADIOGRAFIA - FLUOROSCOPIA (R/F)
unidade de fluoroscopia convencional/
não-digital (com intensificador de imagem, televisor e câmera para imagem em 
spot)
A combinação de uma unidade de radiografia - fluoroscopia convencional não-digital é 
mostrada na Fig. 14.43. A válvula produtora dos raios X está localizada sob a mesa. Essa 
sala de fluoroscopia para procedimentos gerais está equipada com uma variedade de 
equipamentos eletrônicos. Estes incluem um intensificador de imagem, equipamento para 
a produção de imagem em spot com câmera que se movimenta verticalmente e um 
televisor. A imagem amplificada eletronicamente pode ser visualizada através de um 
monitor de televisão.
o Compartimento Porta-filmes A unidade fluoroscópica convencinal não-digital é equipada 
com um compartimento porta-filmes de modo a permitir o registro de imagens sempre 
que necessário. Chassis de vários tamanhos podem ser selecionados para permitir uma 
exposição convencional. Quando a fluoroscopia está sendo realizada, o porta filmes fica 
protegido pelo chumbo em determinada posição dentro do equipamento, estando pronto 
para uso quando o radiologista deseja registrar em filme uma imagem fluoroscópica 
específica.
A Televisão Fluoroscópica O monitor de televisão é mostrado, com a câmera localizada na 
torre da unidade fluoroscópica, em combinação com o intensificador de imagem. Como 
esses sistemas de imagem são um circuito fechado, os monitores também podem ser 
colocados na parte externa da sala de exames, para visualização simultânea durante o 
procedimento.
Imagens Fotográficas Alguns sistemas fluoroscópicos não-digitais utilizam, também, uma 
câmera fotográfica, registrando imagens num filme de 105 mm.
Essas imagens são registradas pela câmera acoplada à saída de imagens do intensificador 
de imagem, enquanto os filmes convencionais de 18 x 24 em (8 x 10 polegadas), ou 
similares, são imagens diretas tomadas antes da passagem pelo intensificador de imagem 
(Fig. 14.43). Os filmes convencionais não usam, portanto, o intensifica dor de imagens, e a 
imagem acaba perdendo o brilho próprio das imagens obtidas pela câmera.
Cinefluoroscopia As câmeras da cinefluoroscopia são similares às câmeras de cinema. Elas 
fornecem imagens que capturam processos ou funções fisiológicas dinâmicas. Essa 
técnica é ideal para o registro de imagens durante a cateterização cardíaca, por exemplo. 
Em geral, usam se filmes de 16 ou 35 mm, porém atualmente já se dispõe de equipa-
mentos digitais que dispensam a utilização de filmes.
Intensificador de Imagem No início dos anos 1950, a invenção do intensificador de 
imagem revolucionou a fluoroscopia. O intensificador de imagem utiliza a radiação que 
atravessa o paciente e torna a imagem
1.0 a 6.000 vezes mais brilhante, comparada com a imagem das máquinas mais antigas, 
através de processos eletrônicos. A imagem produzida pelo intensificador tem brilho 
suficiente para ser vista em visão direta na luz do dia.
As luzes da sala de exame são suaves, e o exame fluoroscópico é realizado num ambiente 
confortavelmente iluminado.
O intensificador de imagem fica localizado na torre de fluoroscopia, acima da mesa de 
exames, enquanto a válvula produtora dos raios X fica localizada abaixo da mesa de 
exames (Figs. 14.43 e 14.44).
Uma placa protetora de chumbo é mostrada em posição na Fig. 14.44,funcionando como 
um escudo protetor para o operador.
PROTEÇÃO PROFISSIONAL DURANTE A FLUOROSCOPIA 
Padrões de Exposição Os padrões de exposição e as doses relacionadas aos 
procedimentos fluoroscópicos estão também mostrados no Capo 1, indicando onde o 
técnico, ou o radiologista, deve ou não ficar dentro da sala. 
A Fig. 14.45 demonstra esses padrões de exposição, que chamam a atenção do técnico 
assistente para que não fique próximo à mesa em nenhum dos lados do radiologista, mas 
que fique atrás do campo de maior radiação a maior parte do tempo possível durante o 
procedimento fluoroscópico.
o Escudo Protetor de Chumbo Um escudo (placa) protetor de chumbo flexível. preso à 
frente do equipamento fluoroscópico, é muito importante e deve ser inspecionado 
regularmente, para garantir que não esteja danificado ou mal posicionado (ver Fig. 14.44 
na página anterior).
o Protetor da Abertura Bucky O técnico deverá garantir que o Bucky esteja na 
extremidade distal da mesa, que então prepara o protetor da abertura Bucky para cobrir o 
espaço de cerca de 5 cm embaixo das laterais da mesa (Fig. 14.46). Essa proteção reduz 
bastante a dispersão de radiação da válvula de raios X localizada sob a mesa. 
A radiação poderá escapar através da abertura Bucky se o protetor de abertura não 
estiver acoplado ao sistema em funcionamento.
Esse requisito da abertura Bucky na extremidade da mesa durante a fluoroscopia é 
importante não somente para proteção do profissional, mas é também necessário para 
manter o mecanismo Bucky na direção 
do tubo de fluoroscopia que se situa sob a mesa.
Avental de Chumbo Aventais de proteção com o equivalente a 0,5 mm de chumbo 
devem sempre ser usados durante a fluoroscopia. Alguns radiologistas também usam 
lentes que equivalem ao chumbo e escudos tireoidianos de chumbo. .
Antes que o técnico ou radiologista dirija a mão para o feixe fluoroscópico, uma luva de 
chumbo deve sempre ser calçada e o feixe deve ser sempre atenuado pelo corpo do 
paciente em exame. O uso de um compressor é a melhor alternativa para colocar as 
mãos, mesmo que com luvas, diretamente sobre o feixe primário do fluoroscópio quando 
se necessita comprimir partes abdominais dopaciente durante o exame.
 PROTEÇÃO DO FUNCIONÁRIO E SUMÁRIO DE BENEFICIOS
EQUIPAMENTO DE PTOTEÇÃO
INDIVIDUAL (EPI) E COLETIVA (EPC)
BENEFICIO
Campo de fluoroscopia com chumbo Reduz bastante a exposição da 
equipe de fluoroscopia
Avental de chumbo (0,5 mm Pb) Reduz a exposição do tronco
Luvas de chumbo Reduz a exposição dos punhos e das 
mãos
Escudo de Bucky Reduz a exposição da região gonadal
Óculos de proteção com chumbo Reduz a exposição do cristalino
Escudo tireoidiano Reduz a exposição da tireóide
Compressor Reduz a exposição do braço e da mão 
do profissional que faz a fluoroscopia
FLUOROSCOPIA DIGITAL (FD)
Com o uso crescente de computadores e de imagem digital, a utilização da fluoroscopia 
digital está se tornando mais comum. Uma unidade de fluoroscopia digital com braço 
C é mostrada na Fig. 14.48. Nessa posição, a válvula de raios X se encontra na porção 
inferior do braço C, e o intensificador de imagem está na porção superior. Esse tipo de 
unidade digital é bastante flexível e pode girar em torno do paciente em qualquer posição 
para vários tipos de procedimentos especiais, incluído estudos angiográficos evasivos. 
Radiografia-fluoroscopia Digital (RjF) Um sistema de R/F é mostrado na Fig. 14.49. 
Esse tipo de combinação radiografia-fluoroscopia é usado comumente para procedimentos 
do TGI. O sistema incorpora as vantagens da fluoroscopia digital com o raios-X de mesa 
convencional, tendo a válvula sob a mesa. 
O sistema também inclui uma válvula adicional que pode ser acoplada sobre o paciente, 
como na radiografia convencional.
A fluoroscopia digital é similar ao sistema de fluoroscopia por televisão descrito na página 
anterior, com a adição do conversor digital e de um computador para manipulação 
e/ou armazenamento da imagem. Um 
conversor analógico-digital é incorporado na torre de fluoroscopia, captando a imagem 
que sai do intensificador. Daí a informação da imagem é transmitida ao computador 
para manipulação e/ou armazenamento. O disco rígido do computador armazena as 
imagens produzidas durante o estudo. 
Devido ao limitado espaço em disco, as imagens são mantidas gravadas por um período 
de tempo limitado antes de serem transferidas para disco ou magnético ou óptico para 
armazenamento em longo prazo.
Uma estação de trabalho de computador fornece um teclado e também um mouse, ou 
outro dispositivo, para manipulação da imagem. As imagens podem ser exibidas em 
monitores de alta resolução na sala de exame, bem como em monitores em outros locais 
do centro radiográfico.
O uso de fluoroscopia digital permite que estudos do TGI permaneçam em formato digital 
e possam ser mandados para vários lugares dentro do hospital e fora dele. A técnica levou 
ao uso crescente dos PACS - (Sistema de Arquivamento e Comunicação de Dados do 
Paciente), que é uma rede de imagens digitais em que é possível armazenar, recuperar, 
manipular e imprimir exames específicos em vários lugares. 
Como descrito em mais detalhes, os PACS conectam todas as modalidades de imagem 
digital, como ultra-som, medicina nuclear, ressonância magnética e radiografia 
computadorizada, em uma unidade digital que permite a radiologistas, médicos 
solicitantes e outros a visualização dessas imagens. O conceito de "sala de filmes" com 
negatoscópio está se tornando obsoleto com os PACS, já que, com a imagem digital, o 
manuseio e a armazenagem das radiografias não são mais necessários.
VANTAGENS DA FLUOROSCOPIA DIGITAL SOBRE A FLUOROSCOPIA 
CONVENCIONAL
Não Necessita de Porta-filmes As imagens radiológicas podem ser registradas durante 
a fluoroscopia similarmente aos spot filmes, sem precisar de porta-filmes. As imagens são 
capturadas sob a forma digital e exibidas em monitores de alta resolução, ou para 
armazenamento e manipulação, conforme a necessidade, sendo transformado em filme se 
desejado. Desse modo, essas imagens digitais substituem os filmes convencionais e a 
captura de imagens nos porta-filmes antes da passagem dessa imagem pelo 
intensificador. As imagens digitais também substituem as imagens em spot e os filmes 
dinâmicos obtidos durante um estudo do TGI. Isso economiza tempo e dose de radiação 
ao paciente.
Imagens Opcionais Convencionais Pós-fluoroscopia O uso dessas imagens é 
determinado pelo radiologista ou pelos protocolos do departamento. 
Quase sempre são registradas imagens suficientes de todo o TGI em várias posições 
durante a fluoroscopia, fazendo com que imagens convencionais não sejam necessárias. 
Isso resulta em significativa economia de filme e de tempo durante os estudos do TGI alto 
e baixo.
Formatação com Múltiplas Imagens em um Filme Múltiplas imagens podem ser 
formatadas e transformadas em um único filme. O formato pode ser quatro em um (Fig. 
14.50), seis em um, nove em um ou mesmo 1/2 em um. Uma cópia do filme pode ser 
obtida a qualquer hora, sempre que for necessário. Assim, se uma radiografia se perder ou 
estiver em lugar de difícil acesso, ou mesmo se desejam duplicatas, as imagens originais 
podem ser novamente transformadas em filme.
Geração de Imagens Dinâmicas As imagens individuais podem ser registra das em 
rápida sucessão e, então, exibidas como imagens dinâmicas, uma após a outra. Isso é 
benéfico em certos estudos, como a esofagografia, na pesquisa de um possível refluxo 
esofágico ou de mecanismos anormais de deglutição. Isso acaba com a necessidade de 
câmeras de vídeo e registro de imagens. Uma vez o estudo estando completo, o técnico 
pode exibir as imagens registradas, demonstrando o fluxo dinâmico do bário através do 
esôfago ou estômago. O radiologista pode ainda interpretar o estudo através de um 
monitor localizado na sala de interpretação de exames.
Manipulação e Melhoria das Imagens As imagens por fluoroscopia digital podem ser 
trabalhadas e/ou manipuladas com o uso de filtros de equalização (Figs. 14.51 e 14.52). 
Essas melhorias incluem acentuação de bordas, controle geral de brilho e contraste, 
máscaras e subtração digital. Outras opções incluem a geração de uma imagem positiva 
ou negativa, controle de artefato de movimento e acentuação das bordas da imagem. 
Com o estudo gravado em disco rígido, o radiologista ou o técnico tem a capacidade de 
alterar vários padrões de imagem, conforme desejar.
Exposição Reduzida do Paciente A técnica fluoroscópica digital pode reduzir a 
exposição do paciente em 30 a 50%, comparada com a fluoroscopia convencional, graças 
à grande sensibilidade dos receptores de imagem, resultando num processo pulsado 
progressivo de aquisição de imagens.* Essa é uma consideração importante em 
aplicações pediátricas.
O "mapeamento" é também possível com a fluoroscopia digital, meio pelo qual uma 
imagem fluoroscópica específica pode ser colocada num monitor em combinação com 
uma imagem contínua em um segundo monitor ou em diferentes partes do mesmo 
monitor. Essa característica é uma vantagem em certos procedimentos intervencionistas 
que requerem a colocação de cateteres e fios-guia. Esse tipo de mapeamento intermitente 
ou fixação de imagem também diminui a exposição do paciente, reduzindo a necessidade 
de exposição contínua ao raios-X durante o procedimento.*
ESOFAGOGRAFIA
Dois procedimentos radiográficos comuns do TGI alto envolvendo a administração de 
contraste são a esofagografia, ou deglutição de bário, como às vezes é chamada, e a 
seriografia do TGI Alto. Cada um desses procedimentos é descrito em detalhes, 
começando pela esofagografia.
Definições e objetivos
A esofagografia é o procedimento radiográfico comum para o exame da faringe e do 
esôfago, utilizando um contraste radiopaco. Ocasionalmente, um contraste negativo ou 
radiotransparente pode ser usado.
O objetivo da esofagografia é estudar radiograficamente a forma e a função da deglutição 
na faringe e no esôfago.
Contra-indicações
Nãohá grandes contra-indicações para a esofagografia, exceto uma possível 
hipersensibilidade ao contraste usado. O radiologista deve determinar se o paciente tem 
uma história de sensibilidade ao bário ou ao contraste solúvel em água, caso este seja 
usado.
Indicações para a Esofagografia
As indicações mais comuns para a esofagografia incluem:
ESOFAGOGRAFIA - SUMÁRIO DAS INDICAÇÕES
 
PREPARO DO PACIENTE E DA SALA PARA A ESOFAGOGRAFIA
Como o esôfago está vazio a maior parte do tempo, não é necessário preparo para a 
esofagografia, a menos que se planeje a realização de uma SEED. Quando 
Condição ou 
Doença
Exame Radiográfico Mais 
comum
Possível Aparência 
Radiológica
Ajuste Manual 
do fator de 
Exposição
Acalásia
Esofagografia com vídeo 
ou fluoroscopia digital
Estreitamento do 
esôfago
Nenhum
Anomalias 
anatômicas 
(incluindo corpo 
estranho)
Esofagografia com vídeo 
ou fluoroscopia digital 
(endoscopia no caso de 
corpo estranho)
Padrões peristálticos 
anormais
Uma variedade de 
corpos estranhos -
radiopacos e 
radiotransparentes.
Nenhum
Esôfago de 
Barrett
Esofagografia e/ou 
medicina nuclear 
Estreitamento do 
esôfago distal.
Nenhum
Carcinoma Esofagografia e TC
Região de 
estreitamento, 
mudanças atróficas da 
mucosa
Nenhum
Disfagia
Esofagografia com vídeo 
ou fluoroscopia digital 
(estudo funcional)
Estreitamento ou 
alargamento do 
esôfago,dependendo 
da etiologia
Nenhum
Varizes de 
esôfago
Esofagografia, endoscopia
Estreitamento e 
aspecto vermiforme 
do esôfago
Nenhum
Divertículo de 
Zenker
Esofagografia e 
endoscopia
Cavidade ou recesso 
no esôfago proximal
Nenhum
combinada com a seriografia do TGI alto, ou se o interesse primário é o esôfago distal, o 
preparo para a seriografia ganha prioridade.
Para a realização da esofagografia apenas, todas as roupas e objetos metálicos localizados 
entre a boca e a cintura deve ser removida, e o paciente deve vestir um avental 
hospitalar. Antes do procedimento fluoroscópico, a história clínica do paciente deve ser 
tomada, e o exame deve ser inteiramente explicado ao paciente.
A primeira parte da esofagografia envolve a fluoroscopia com um contraste positivo. A 
sala de exame deve ser limpa, arrumada e apropriadamente preparada para receber o 
paciente. O tipo e a quantidade do contraste devem estar ajustados na hora do exame. A 
esofagografia usa o bário ralo e o denso. Itens adicionais úteis na detecção de um corpo 
estranho radiotransparente são: (1) pedaços de algodão embebidos em bário ralo, (2) 
pílulas de bário ou cápsulas de gelatina com BaSO 4 e (3) morshmo//ows. Após a 
deglutição de qualquer uma dessas três substâncias, o paciente é solicitado a engolir uma 
mistura adicional de bário ralo.
Como a esofagografia começa com a mesa na posição vertical, devese checar o estrado 
onde o paciente sobe, garantindo a sua segurança. Avental e luvas de chumbo devem ser 
usados pelo radiologista, assim como pelas outraspessoas da sala. Métodos apropriados 
de proteção contra a radiação devem ser observados durante todo o tempo de realização 
da fluoroscopia.
PROCEDIMENTO GERAL
Fluoroscopia Com a sala e o paciente preparados, o paciente e o radiologista são 
apresentados e a história do paciente e a razão do exame são discutidos. 
O exame fluoroscópico geralmente começa com uma pesquisa geral do tórax do paciente, 
incluindo coração, pulmões, o diafragma e o abdome.
Durante a fluoroscopia, as tarefas do técnico, em geral, são seguir as instruções do 
radiologista, auxiliar o paciente e agilizar o procedimento da melhor forma possível. Como 
o exame é iniciado na posição ortostática, um copo de bário ralo é colocado na mão 
esquerda do paciente, próximo ao ombro esquerdo. 
O paciente é, então, instruído a seguir as instruções do radiologista sobre quanto e 
quando beber o contraste. O radiologista observa o fluxo de bário com o fluoroscópio.
A deglutição de bário ralo é observada com o paciente em várias posições. 
Posições similares podem ser usadas enquanto o paciente engole o bário denso. O uso do 
bário denso permite uma melhor visualização dos padrões da mucosa e qualquer lesão no 
interior do esôfago. O tipo de mistura de bário a ser usado deve ser determinado pelo 
radiologista.
Após os estudos em posição ortostática, seguem-se as posições horizontal e de 
Trendelenburg com bário ralo e denso. Um paciente é mostrado em posição para uma 
incidência OAD com um copo de bário ralo 
(Fig. 14.57). A faringe e o esôfago cervical são em geral estudados fluoroscopicamente 
com spots filmes, enquanto a porção principal do esôfago até o estômago é estudada 
tanto com fluoroscopia e com radiografias convencionais pós-fluoroscopia.
SEED
Além da esofagografia, o segundo procedimento radiográfico comum do TGI alto 
envolvendo estudo contrastado é a SEED.
Definição e objetivo
O exame radiográfico do esôfago distal, estômago e duodeno é a seriografia digestiva alta 
(ou SEED).
O objetivo do estudo radiográfico do TGI alto é avaliar a forma e a função do esôfago 
distal, estômago e duodeno, assim como detectar condições anatômicas e funcionais 
anormais.
Contra-indicações
As contra-indicações para os procedimentos do TGI alto se aplicam primeiramente ao tipo 
de contraste usado. Se o paciente tem uma história de perfuração intestinal, laceração ou 
ruptura de vísceras, o uso do sulfato de bário pode estar contra-indicado. 
Um contraste solúvel em água, por via oral, como o contraste iodado pode ser usado no 
lugar do sulfato de bário.
Indicações de SEED
As indicações mais comuns de SEED incluem as seguintes: 
 SERIOGRAFIA ESÔFAGO- ESTÔMAGO- DUODENO- SUMÁRIO DAS INDICAÇÕES
Condições ou 
Doenças
Exame 
Radiográfico 
Mais Comum
Possível Aparência Rdaiológica Ajuste Manual 
do fator de 
exposição
Bezoar
Tricobezoar - 
Fitobezoar
SEED e/ou 
endoscopia
Falha de enchimento ou massa bem-
definida no interior do estômago
Nenhum
Divertículos SEED com duplo 
contraste
Imagem sacular a partir da mucosa Nenhum
Gastrite SEED com duplo 
contraste
Ausência de pregas, parede gástrica 
fina, mucosa mal-definida.
Nenhum
Carcinoma 
gástrico
SEED com duplo 
contraste
Falha de enchimento no interior do 
estômago
Nenhum
Hérnia de hiato
(por 
deslizamento)
SEED com 
contraste 
simples ou 
duplo
Bolha gástrica acima do diafragma 
ou anel de Schatzke
Nenhum
Úlceras SEED com duplo 
contraste
Coleção de bário e o sinal do "halo" Nenhum
PREPARO DO PACIENTE PARA A SEED
O objetivo do preparo do paciente para o estudo radiográfico do TGI alto é fazer com que 
ele chegue ao centro radiográfico com o estômago completamente vazio. Para um exame 
marcado para o período da manhã, o paciente deve estar em jejum da meia-noite até a 
hora do exame. Alimentos e líquidos não devem ser ingeridos por no mínimo 8 horas antes 
do exame. O paciente é instruído para que não fume nem masque chicletes durante o 
período de jejum. Essas atividades aumentam as secreções gástricas e a salivação, 
impedindo a cobertura apropriada da mucosa gástrica pelo bário.
A seriografia é um procedimento demorado, de forma que o doente deve ser avisado 
quanto à duração do exame. Esse tempo é ainda maior se a SEED for seguida de estudo 
do intestino delgado (trânsito de delgado). A importância do estômago vazio deve ser 
enfatizada quando o exame é marcado para que o paciente chegue preparado física e 
psicologicamente.
PRECAUÇÕES DURANTE A GRAVIDEZ
Em se tratando de mulheres, a história menstrual deverá ser obtida. A irradiação de uma 
gravidez inicial é uma das condições mais arriscadas em radiologia.
Exames radiográficos como a SEED que incluem a pelve e o útero no feixe primário e 
incluem a fluoroscopia só devem ser realizados em gestantes quando absolutamente 
necessário.
Em geral, as radiografias abdominais de uma grávida devem ser retardadas no mínimo 
até o terceiro trimestre, ou, se acondição da paciente permitir, sendo determinado a 
critério médico, até após o parto. Esse período de retardo do exame é especialmente 
importante na fluoroscopia, que aumenta muito a exposição à radiação.
PREPARO DA SALA NA FLUOROSCOPIA
O preparo da sala para a seriografia do TGI alto é muito similar ao da esofagografia. A 
mistura rala de sulfato de bário é o contraste usual necessário para a seriografia. Caso 
necessário, o bário denso pode ser usado em associação com alguma solução formada de 
gás. Em raras ocasiões, contrastes hidrossolúveis são usados no lugar da mistura baritada.
A mesa de fluoroscopia fica na posição vertical, embora em alguns pacientes muito 
doentes o exame deva ser iniciado com a mesa em posição horizontal. Assim sendo, o 
apoio para os pés deve ser colocado no fim da mesa. A sala deve ser limpa e arrumada, e 
o painel de controle ajustado para a fluoroscopia. O mecanismo do spot filme e a câmera 
em spot devem ser apropriadamente colocados em condições de operação. Preparam-se 
os chassis para todo o exame. Aventais e luvas de chumbo e o compressor devem estar 
preparados para o radiologista, assim como aventais de chumbo para todos que estiverem 
na sala.
Antes da apresentação do paciente ao radiologista, o procedimento deve ser 
cuidadosamente explicado ao paciente, e a sua história deve ser colhida.
As tarefas em geral realizadas durante a fluoroscopia para a SEED são similares às da 
esofagografia. O técnico deverá seguir as instruções do radiologista, auxiliar o paciente 
conforme o necessário e agilizar o procedimento da melhor forma possível.
A rotina fluoroscópica seguida pelos radiologistas varia grandemente, mas em geral se 
inicia com o paciente em pé. Uma grande variedade de movimentos da mesa e do 
paciente e manobras especiais se dão até que a fluoroscopia esteja completa.
Instruções ao paciente
 - COLANGIOGRAFIA E OU PIELOGRAFIA INTRA VENOSA 1. Kit de Preparo Caseiro de 
Fleet - 24 horas antes. Todas as instruções estão contidas no kit.
- ENEMA BARITADO
1. Kit de Preparo Caseiro de Fleet - 24 horas antes. Todas as instruções estão contidas no 
kit. Líquidos sem resíduos estão liberados no café da manhã.
- COLECISTOGRAMA ORAL
1. Jantar sem gordura na noite anterior ao exame.
2. Ingerir um tablete de Colebrina a cada 1/2 hora, começan
do às 14:00 horas do dia anterior ao exame.
3. Jejum após a meia-noite.
- SERIOGRAFIA DIGESTIVA ALTA OU BAIXA
1 Jejum absoluto após a meia-noite. Qualquer medicação anti espasmódica deve ser 
descontinuada pelo menos 24 horas antes do exame. O kit de preparo caseiro de Fleet 
pode ser encontrado nas drogarias.
MOVIMENTOS DA MESA E DO PACIENTE
Uma série de posições do paciente combinadas com o movimento da mesa são 
articuladas durante a fluoroscopia. O radiologista deverá auxiliar o paciente com o copo 
de bário, fornecer um travesseiro quando o doente está deitado e manter o paciente 
adequadamente coberto durante todo o tempo. O copo de bário deve ser segurado pelo 
paciente com a mão esquerda próxima ao ombro esquerdo sempre que o paciente estiver 
em pé. O copo deve ser segurado pelo radiologista, ou assistente, quando a mesa for 
movimentada.
Parte da responsabilidade do técnico é vigiar as mãos do paciente durante os movimentos 
da mesa. Às vezes o paciente pode prender os dedos numa das extremidades da mesa. O 
radiologista estará ocupado com a tela da fluoroscopia, ou o monitor, durante os 
movimentos e não prestará atenção às mãos do paciente.
A posição oblíqua anterior direita, ilustrada na Fig. 14.69, permite a migração do bário até 
a porção pilórica ou estômago distal, enquanto o ar no interior do estômago se desloca 
para o fundo.
ROTINA PÓS-FLUOROSCOPIA
Após a fluoroscopia, certas posições ou incidências de rotina podem ser repetidas na 
tentativa de documentar um diagnóstico já sugerido fluoroscopicamente. São radiografias 
convencionais, tais como a posição OAD mostrada na Fig. 14.69, e devem ser realizadas 
imediatamente após a fluoroscopia, antes que boa parte do bário já tenha alcançado o 
JeJuno.
Com a fluoroscopia digital essas radiografias já não são mais solicitadas pelo radiologista, 
como descrito anteriormente neste capítulo.
APLICAÇÕES PEDIÁTRICAS 
Preparo de uma Criança para a SEED 
As diretrizes a seguir são sugeridas, mas o protocolo de cada centro deve ser seguido:
Crianças menores de 1 ano de idade: jejum por 4 horas
Crianças maiores de 1 ano de idade: jejum por 6 horas
Preparo do Bário Se a criança é alimentada por mamadeira, deverá ser realizada a 
diluição do bário. Será necessário um orifício largo no bico da mamadeira, capaz de 
garantir o fluxo do bário. A seguir são descritas as recomendações dos volumes de bário 
de acordo com a faixa etária: 
Até 1 ano de idade: 60 a 120 g
De 1 a 3 anos de idade: 120 a 180 g
De 3 a 10 anos de idade: 180 a 360 g .
Maior de 10 anos de idade: 360 a 480 g
Preparo da Sala A maioria das SEED em crianças é realizada com a mesa na posição 
horizontal. Devem-se prover os aventais de proteção para todos na sala. As pessoas 
envolvidas em oferecer o contraste e conter a criança durante a fluoroscopia devem 
calçar luvas protetoras e ser instruídas para não se posicionarem junto à cabeceira ou pé 
da mesa, pois ali está a região de maior radiação.
APLICAÇÕES GERIÁTRICAS
O risco de desidratação é uma preocupação em pacientes idosos, o que exige atenção e 
monitoramento adicionais, em virtude do próprio preparo do paciente, com suspensão de 
líquidos e a ingestão do bário requerido para o exame.
Pacientes idosos podem exigir mais tempo e atenção durante as mudanças de posição da 
mesa, porque são mais propensos a ficarem ansiosos ou nervosos e temem cair da mesa 
de exame.
Pode ser necessário um decréscimo no fator de exposição de radiação pela menor 
densidade tecidual do idoso como naqueles com biotipo astênico.
RESUMO COM DICAS DE POSICIONAMENTO PARA EXAMES DO TGI ALTO
História Clínica
A coleta da história clínica, ou sua recuperação a partir do prontuário, é importante para 
se determinar as indicações clínicas do exame e determinar a ocorrência de cirurgias 
antigas ou recentes envolvendo o TGI. A cirurgia ou a ressecção de segmentos gástricos e 
intestinais alteram suas posições originais. É importante estar atento ao monitor durante a 
fluoroscopia, podendo-se surpreender essas diferenças, " que pode afetar o 
posicionamento e a centralização na obtenção das imagens pós-fluoroscopla.
A revisão do prontuário do paciente garante que o procedimento correto seja realizado, de 
acordo com a indicação clínica. Alergias específicas e outras alterações pertinentes 
também deverão ser avaliadas com base nos dados clínicos.
Biotipo
Deve-se considerar o biotipo do paciente. Deve-se lembrar que o estômago é elevado e 
transverso no paciente hiperestênico e rebaixado e vertical no paciente hipostênico. O 
paciente médio ou estênico apresenta o bulbo duodenal no nível de L2. Normalmente, L2 
está localizado 2,5 a 5 em acima do rebordo costal lateralmente. A centralização de 
pontos neste texto está designada pelas referências médias de pacientes estênicos.
Fluoroscopia Durante a fluoroscopia, deve-se identificar o estômago no monitor 
fluoroscópico. Atentar para estruturas adjacentes para obter pistas quanto à localização 
do estômago e do duodeno. Por exemplo, se o corpo gástrico é adjacente à asa ilíaca, 
centralizar um pouco abaixo em relação à média ou ao paciente estênico.
Alto Pico de Quilovoltagem (kVp) e Tempo de Exposição Curto Um kVp alto de 100 
a 125 é necessário para uma boa penetração de raios, conseguindo-se um bom contraste 
das estruturas preenchidas pelo bário. Um tempo de exposição curto é necessário para 
evitar artefatos produzidos pelos movimentos peristálticos. Em estudos do TGI com duplo 
contraste, uma redução do kVp para uma faixa entre 80 e 90 é comum, garantindo 
imagens com maior contraste (dependendoda preferência de kVp de cada centro 
radiográfico).
POSIÇÃO OAD: ESOFAGOGRAFIA
Patologia Demonstrada
Estreitamentos, corpos estranhos, anomalias anatômicas e neoplasias do esôfago.
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 35 x 43 cm, em sentido longitudinal
Posição do Paciente
Posicionar o paciente em pé ou deitado. A posição deitada é preferida, pois permite um 
enchimento mais completo do esôfago (devido ao fator gravidade na posição ortostática).
Posição da Parte 
Rodar 35° a 40° a partir da posição deitada, com a porção anterior direita do corpo 
apoiada sobre a mesa ou sobre o filme.
Deixar o braço direito ao lado do corpo e flexionar o braço esquerdo no cotovelo, com a 
mão próxima à boca, segurando o copo com bário e o canudo à boca. Fletir o joelho 
esquerdo para apoiar o corpo. 
Alinhar a linha média do tórax na posição oblíqua em relação à linha da mesa e/ou do 
filme.
Posicionar a parte superior do filme a cerca de 5 cm acima dos ombros, para coincidir o RC 
com o centro do filme.
Raio Central
RC perpendicular ao centro do filme
RC no centro do chassis, ao nível de L5 ou L6 cerca de 5 a 7,5 cm abaixo da incisura 
jugular)
DFoFi mínima de 100 cm ou 180 cm se o paciente estiver em pé
Respiração 
Prender a respiração e expor durante a expiração (veja Observações).
Observações 
Bário denso: Duas ou três colheres de sopa cheias de bário denso devem ser ingeri das, 
e a exposição é feita imediatamente após o último bário ser engolido. (O paciente 
geralmente não respira imediatamente após a deglutição.)
Bário ralo: Para o completo enchimento do esôfago com o bário ralo, o paciente terá que 
beber pelo canudo, com deglutição contínua, e a exposição é feita após três ou quatro 
deglutições, sem parada da respiração (usando o menor tempo de exposição possível).
POSIÇÃO LATERAL: ESOFAGOGRAFIA
Patologia Demonstrada
Estreitamentos, corpos estranhos, anomalias anatômicas e neoplasias do esôfago.
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 35 x 43 cm, em sentido longitudinal 
Posição do Paciente 
Posicionar o paciente deitado ou em pé (preferencialmente deitado).
Posição da Parte
Colocar os braços do paciente acima da cabeça, com os cotovelos fletidos e superpostos.
Alinhar o plano médio-coronal à linha média do filme e/ou da mesa. 
Colocar ombros e quadril em posição lateral verdadeira.
Posicionar a parte superior do filme cerca de 5 cm acima do nível dos ombros, para 
coincidir o RC com o centro do filme.
Raio Central
RC perpendicular ao centro do filme
RC no nível de T5 - T6 cerca de 5 a 7,5 cm abaixo da incisura jugular
DFoFi mínima de 100 cm ou 180 cm se o paciente estiver em pé
Respiração 
Prender a respiração e expor à expiração.
Observação: 
Posição opcional lateral do nadador (Fig. 14.75) permite melhor visualização do esôfago 
superior sem a superposição dos braços e ombros.
Posicionar ombros e quadris na posição lateral verdadeira e separar 0s ombros da região 
esofágica, colocando o ombro superior para trás e para baixo, com o braço por trás do 
corpo. Posicionar o ombro e o braço inferiores à frente do corpo, om a mão próxima à 
boca, segurando o copo de bário.
INCIDÊNCIA AP (PA): ESOFAGOGRAFIA
Patologia Demonstrada
Estreitamentos, corpos estranhos, anomalias anatômicas e neoplasias do esôfago são 
demonstradas nessa incidência.
Essa incidência pode não ser tão esclarecedora, do ponto de vista diagnóstico, quanto as 
incidências OAD e lateral.
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 35 x 43 cm , em sentido longitudinal
Posição do Paciente: 
Posicionar o paciente em pé ou deitado (preferencialmente deitado).
Posição da Parte
Alinhar o plano mediossagital à linha média do filme e/ou da mesa.
Garantir que os ombros e os quadris não estejam rodados.
Posicionar o braço direito superiormente, a fim de segurar o copo de bário.
Posicionar a parte superior do filme cerca de 5 cm acima do ombro, para coincidir o RC 
com o centro do filme.
Raio Central
RC perpendicular ao centro do filme
RC no plano mediossagital, 2,5 cm abaixo do ângulo esternal(T5-T6), ou aproximadamente 
7,5 cm abaixo da incisura jugular .
DFoFi mínima de 100 cm ou 180 cm se o paciente estiver em pé
Respiração 
Parar a respiração e expor durante a expiração.
Alternativa em PA: Essa imagem também pode ser conseguida como uma incidência em 
PA, com posicionamento, centralização e localização do RC similares.
Observações:
Duas ou três colheradas de bário denso devem ser ingeridas, e a exposição é feita 
imediatamente após o último bário ser deglutido. (O paciente geralmente não respira 
imediatamente após a deglutição.)
Para o enchimento completo do esôfago com bário ralo, o paciente terá que beber pelo 
canudo, com deglutição contínua, e a exposição é feita após três ou quatro deglutições, 
sem parada da respiração.
POSIÇÃO OEA: ESOFAGOGRAFIA
Patologia Demonstrada
Estreitamentos, corpos estranhos, anomalias anatômicas e neoplasias do esôfago
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 35 x 43 cm, em sentido longitudinal
Posição do Paciente 
Posicionar o paciente deitado ou em pé (preferencialmente deitado).
Posição da Parte 
Rodar 35° a 40° a partir da posição deitada, com a porção anterior esquerda do corpo 
apoiada sobre a mesa, ou sobre o filme.
Deixar o braço esquerdo ao lado do corpo e flexionar o direito no cotovelo, com a mão 
próxima à boca, segurando o copo com bário e o canudo à boca. Flexionar o joelho direito 
para apoiar o corpo. 
Posicionar a parte superior do filme com cerca de 5 cm acima dos ombros, para coincidir o 
RC com o centro do filme.
Raio Central
RC perpendicular ao centro do filme.
RC no centro do chassis, ao nível de T5 ou T6 cerca de 5 a 7,5 cm abaixo da incisura 
jugular
DFoFi mínima de 100 cm ou 180 cm se o paciente estiver em pé
Respiração 
Parar a respiração e expor durante a expiração.
Observações: 
Bário denso: Duas ou três colheres de sopa cheias de bário denso devem ser ingeri das, 
e a exposição é feita imediatamente após o último bário ser deglutido. (O paciente 
geralmente não respira imediatamente 
após a deglutição.)
Bário ralo: Para o completo enchimento do esôfago com bário ralo, o paciente terá que 
beber pelo canudo, com deglutição contínua, e a exposição é feita após três ou quatro 
deglutições, sem parada da respiração (usando o menor tempo de exposição possível).
POSIÇÃO OAD: SERIOGRAFIA ESOFAGO – ESTÔMAGO – DUODENO
Patologia Demonstrada
Posição ideal para visualizar pólipos e úlceras do piloro, bulbo duodenal e alça duodenal 
em C.
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 24 x 30 cm em sentido longitudinal ou 35 x 35 cm 
Posição do Paciente 
Posicionar o paciente deitado, com o corpo parcialmente rodado na posição OAD; fornecer 
um travesseiro para a cabeça.
Posição da Parte
Rodar 40° a 70° a partir da posição deitada, com a porção anterior direita do corpo 
apoiada sobre a mesa ou sobre o filme (uma rotação maior às vezes é necessária para 
pacientes pesados do tipo hiperestênico; uma rotação menor pode ser necessária para 
pacientes magros, do tipo astênico).
Deixar o braço direito ao lado do corpo e flexionar o esquerdo no cotovelo, com a mão 
próxima à boca,segurando o copo com bário e o canudo à boca.
Fletir o joelho esquerdo para apoiar o corpo.
Raio Central
Dirigir o RC perpendicular ao centro do filme.
Tipo estênico: Centralizar o RC e o centro do filme no bulbo duodenal ao nível de L2 cerca 
de 2,5 a 5 cm acima do rebordo costaI lateral, a meio caminho entre a coluna vertebral e 
borda lateral superior do abdome.
Astênico: Centralizar a cerca de 5 cm abaixo do nível de L2. 
Hiperestênico: Centralizar a cerca de 5 cm acima do nível de L2 e mais próximo à linha 
média.
Centralizar o chassi em relação ao RC.
DFoFi mínima de 100 cm.
Respiração 
Parar a respiração e radiografar durante a expiração.
POSIÇÃO PA: SERIOGRAFIA ESOFAGO – ESTÔMAGO – DUODENO
Patologia Demonstrada
Pólipos, divertículos, bezoares e sinais de gastrite no corpo e no piloro do estômago.
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 24 x 30 cm, no sentido longitudinalou35x35 cm ou 35 x 43 cm se o 
intestino delgado tiver que ser incluído
Posição do Paciente 
Posicionar o paciente em decúbito ventral, com os braços para cima, no nível da cabeça; 
fornecer um travesseiro.
Posição da Parte 
Alinhar o plano rnediossagital em relação ao RC e à mesa. Garantir que o corpo não esteja 
rodado.
Raio Central
Dirigir o RC perpendicular ao centro do filme.
Tipo estênico: Centralizar o RC e o filme ao nível do piloro e do bulbo duodenal, no nível 
de L2 cerca de 2,5 a 5 cm acima do rebordo costaI lateral e cerca de 2,5 cm à esquerda 
da coluna vertebral. 
Astênico: Centralizar a cerca de 5 cm abaixo do nível de L2. 
Hiperestênico: Centralizar a cerca de 5 cm acima do nível de L2 e mais próximo à linha 
média.
Centralizar o chassi em relação ao RC
DFoFi mínima de 100 cm.
Respiração Parar a respiração e expor durante a expiração.
PA axial alternativo:
A posição transversa alta do estômago em um paciente hiperestênico promove muita 
sobreposição da região pilórica do estômago com o bulbo duodenal, numa incidência em 
AP a 90°. 
Assim, um ângulo cefálico de 35° a 45° do RC vai separar essas áreas de sobreposição, 
permitindo melhor visualização. A grande e a pequena curvatura do estômago também 
são mais bem visualizadas em perfil.
Em bebês, um ângulo cefálico de 20° a 25° do RC é recomendado para se evitar a 
sobreposição do corpo gástrico com o piloro.
POSIÇÃO LATERAL DIREITA: SERIOGRAFIA ESOFAGO - DUODENO
Patologia Demonstrada
Processos patológicos do espaço retrogástrico (espaço por trás do estômago) são 
visualizados. Divertículos, tumores, úlceras gástricas e traumas no estômago podem ser 
demonstrados ao longo da face posterior do estômago.
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 24 x 30 cm, no sentido longitudinal ou 35 X 35 cm
Posição do Paciente 
Posicionar o paciente em decúbito lateral direito. 
Fornecer um travesseiro para apoiar a cabeça. Posicionar os braços na altura da cabeça 
do paciente e manter os joelhos fletidos.
Posição da Parte 
Garantir que os ombros e o quadril estejam numa posição lateral verdadeira.
Centralizar o filme em relação ao RC (com a região inferior do porta filmes no nível da 
crista ilíaca).
Raio Central
Dirigir o RC perpendicular ao centro do filme.
Tipo estênico: Centralizar o RC e o filme em relação ao bulbo duodenaI, no nível de L1 
(nível do rebordo costaI lateral) e 2,5 a 4 cm anterior ao plano médio caronal (quase a 
meio caminho entre a borda anterior da vértebra e o abdome anterior).
Hiperestênico: Centralizar cerca de 5 cm acima de L 1 . 
Astênico: Centralizar cerca de 5 cm abaixo de L 1
DFoFi mínima de 100 cm.
Respiração Parar a respiração e radiografar durante a expiração.
Observação: 
O estômago geralmente está localizado cerca de uma vértebra mais alto nessa posição 
que em PA ou em posições oblíquas.
POSIÇÃO OPE: SERIOGRAFIA ESOFAGO – ESTÔMAGO – DUODENO
Patologia Demonstrada
Quando se usa a técnica do duplo contraste, o piloro e o bulbo duodenal cheios de ar 
podem exibir melhor os sinais de gastrite e úlceras.
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 24 x 30 cm, no sentido longitudinal ou 35 x 35 cm parcialmente 
rodado para a posição OPE; fornecer travesseiro para apoio da cabeça.
Posição da Parte 
Rodar 30° a 60° a partir do decúbito dorsal, com a região posterior esquerda apoiada 
sobre a mesa ou sobre o filme (uma rotação maior será necessária para pacientes 
corpulentos hiperestênicos; uma rotação menor pode ser útil para pacientes do tipo 
astênico.
Flexionar o joelho direito para apoio.
Estender o braço esquerdo para longe do corpo e elevar o braço direito cruzando o tórax, 
segurando com esse braço a lateral da mesa como apoio. (Cuidar para não prender os 
dedos das mãos durante o movimento do Bucky.)
Centralizar o filme em relação ao RC (com a parte inferior do porta-filmes no nível da 
crista ilíaca).
Raio Central
Dirigir o RC perpendicular ao filme.
Tipo estético: Centralizar o RC e o filme no nível de L1 (a meio caminho entre a ponta do 
processo xifóide e o rebordo costaI lateral) e a meio caminho entre a linha média do corpo 
e a margem lateral esquerda do abdome. 
Hiperestênico: Centralizar cerca de 5 cm acima de L1. 
Astênico: Centralizar cerca de 5 cm abaixo de L 1 e mais próximo à linha média.
DFoFi mínima de 100 crn.
Respiração 
Parar a respiração e radiografar durante a expiração.
Observação:
O estômago geralmente está mais elevado nessa posição que na lateral; desse modo, 
deve-se centralizar uma vértebra acima em relação às posições em PA ou OAD.
INCIDENCIA AP: SERIOGRAFIA ESÔFAGO – ESTÔMAGO - DUODENO
Patologia Demonstrada
Uma possível hérnia hiatal pode ser demonstrada na posição de Trendelenburg.
Fatores Técnicos
Tamanho do filme - 30 x 35 cm, no sentido longitudinal ou 35 x 43 cm 
Posição do Paciente: 
Posicionar o paciente em decúbito dorsal, com os braços ao longo do corpo; fornecer 
travesseiro para apoiar a cabeça.
Posição da Parte 
Alinhar o plano mediossagital à linha média da mesa.
Garantir que o corpo não esteja rodado.
Centralizar o filme em relação ao RC. (A parte inferior do filme de 35 x 35 cm deve estar 
no nível da crista ilíaca.)
Raio Central
Dirigir o RC perpendicular ao centro do filme.
Tipo estênico: Centralizar o RC e o filme ao nível de L 1 (quase a meio caminho entre a 
ponta do processo xifóide e a borda inferior das costeIas), a meio caminho entre a linha 
média e a margem lateral esquerda do abdome.
Hiperestênico: Centralizar cerca de 2,5 cm acima de L 1. 
Astênico: Posicionar o RC cerca de 5 cm abaixo e mais próximo da linha média.
DFoFi mínima de 100 cm.
Respiração 
Parar a respiração e radiografar durante a expiração.
AP alternativa em Trendelenburg: Uma posição de Trendelenburg parcial (ligeira 
inclinação da mesa com a cabeça mais baixa que o corpo) pode ser necessária para 
preencher com contraste o fundo gástrico de um paciente astênico. Uma posição de 
Trendelenburg completa facilita a visualização de uma hérnia hiatal. (Durante essa 
posição, deve-se usar um suporte apoiando os ombros, para evitar que o paciente deslize 
sobre a mesa e caia.)
SISTEMA GASTROINTESTINAL BAIXO
ANATOMIA RADIOGRÁFICA
Sistema Digestivo
As primeiras cinco partes do trato gastrintestinal (passando pelo estômago e a primeira 
porção do intestino delgado, o duodeno) foram descritas no capítulo anterior.
Este capítulo estuda o sistema digestivo além do estômago, começando com o intestino 
delgado. Se todo o intestino delgado fosse retirado do corpo à necropsia, separado de 
suas ligações mesentéricas, desenrolado e esticado, teria em média 7 metros (ou 23 pés) 
de comprimento. Durante a vida, na vigência de umbom tônus muscular, o comprimento 
real do intestino delgado é menor, medindo entre 4,5 e 5,5 metros ou de 15 a 18 pés de 
comprimento. Entretanto, existem grandes variações individuais. Em um estudo de 100 
necropsias, o comprimento do intestino delgado variou de 4,5 a cerca de 10 metros (15 a 
31 pés). Seu diâmetro varia de 1,5 polegada (3,8 cm) na face proximal até em torno de 1 
polegada (2,5 cm) na extremidade dista!.
O intestino grosso começa na altura do quadrante inferior direito próximo à sua conexão 
ao intestino delgado. O intestino grosso estende-se ao longo de toda a periferia da 
cavidade abdominal e termina no ânus. O intestino grosso tem cerca de 1,5 m ou 5 pés de 
comprimento e aproximadamente 
6 cm ou 2,5 polegadas de diâmetro.
PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS COMUNS
Dois procedimentos radiográficos comuns envolvendo o sistema gastrintestinal inferior 
são apresentados neste capítulo. Ambos utilizam contraste.
Seriografia do Intestino Delgado - Trânsito de Delgado - Estudo do Intestino 
Delgado O exame radiográfico específico do intestino delgado é denominado seriografia 
do intestino delgado, ou trânsito de delgado. Esse exame é freqüentemente combinado ao 
trânsito GI superior e sob tais condições pode ser chamado de seriografia do intestino 
delgado. Demonstra-se uma radiografia baritada do intestinodelgado na Fig. 15.2.
Enema Baritado (Clister Opaco) - Estudo do Intestino Grosso 
O procedimento radiográfico destinado ao estudo do intestino grosso é mais comumente 
designado como enema baritado. Uma denominação alternativa é clister opaco. A Fig. 
15.3 demonstra o intestino grosso ou cólon preenchido com uma combinação de ar e 
bário, num procedimento referido como enema bordado de duplo contraste.
Intestino Delgado
Iniciando-se na válvula pilórica do estômago, as três partes constituintes do intestino 
delgado são, em ordem, duodeno, jejuno e íleo.
Demonstra-se a localização das três partes do intestino delgado em relação aos quatro 
quadrantes da cavidade abdominal.
A. DUODENO (QSD E QSE)
O duodeno é a primeira parte do intestino delgado, como estudado em detalhes no Capo 
14, e é a menor, mais larga e mais fixa porção do intestino delgado. É primariamente 
localizada no quadrante superior direito (QSD). 
Estende-se também ao quadrante superior esquerdo (QSE), onde se articula ao jejuno 
num ponto denominado flexuro duodenojejunal.
B. JEJUNO (QSE E QIE)
O jejuno é localizado primariamente à esquerda da linha mediana nos quadrantes superior 
esquerdo e inferior esquerdo (QSE e QIE), perfazendo em torno de dois quintos do 
intestino delgado.
O jejuno inicia-se na junção duodenojejunal ligeiramente à esquerda da linha média no 
quadrante superior esquerdo (embaixo do cólon transverso, como demonstrado no 
desenho da Fig. 15.4). Essa localização relativamente fixa do intestino delgado é um ponto 
de referência em alguns estudos radiográficos.
C. ílEO (QID E QIE)
O íleo está localizado principalmente nos quadrantes superior direito e inferior direito e 
esquerdo (QSD, QID e QIE). O íleo perfaz aproximadamente três quintos do intestino 
delgado, sendo, por conseguinte, sua porção mais longa. 
O íleo terminal conecta-se ao intestino grosso na válvula ileocecal, localizada no 
quadrante inferior direito, como demonstrado na Fig. 15.4.
D. FERENÇAS SECCIONAIS
As várias seções do intestino delgado podem ser demonstradas radiograficamente tanto 
por sua localização quanto por sua aparência. 
A forma em C do duodeno é razoavelmente fixada na porção imediatamente distal ao 
estômago e reconhecida com facilidade nas radiografias. A mucosa da segunda e terceira 
porções (descendente e horizontal) do duodeno é formada por pregas circulares contendo 
numerosas formações digitiformes 
denominadas vilosidades, que resultam numa aparência "emplumada" quando 
preenchidas com bário.
Jejuno As pregas circulares do duodeno distal são igualmente encontradas no jejuno. 
Embora as pregas circulares emplumadas não terminem abruptamente, o íleo tende a não 
exibir esse aspecto. Essa diferença na aparência entre ojejuno e o íleo pode ser vista na 
radiografia baritada do intestino delgado demonstrada na Fig. 15.5.
ÍLEO A mucosa do íleo aparece na radiografia com um aspecto liso, com poucas 
indentações, e, por isso, menos emplumada.Outra diferença entre as três porções do 
intestino delgado é que o diâmetro interno se torna progressivamente menor a partir do 
duodeno até o íleo.
TC Axial Uma tomografia computadorizada (Te) axial através da segunda porção do 
duodeno é demonstrada na Fig. 15.6. Essa imagem mostra as posições relativas do 
estômago e duodeno com a cabeça do pâncreas. 
Um segmento do jejuno é observado no corte axial à esquerda do paciente, ao longo de 
uma alça do cólon.
Intestino Grosso
o intestino grosso começa no quadrante inferior direito imediatamente lateral à válvula 
ileocecal, e é constituído de quatro grandes partes: ceco, cólon, reto e canal anal (ver Fig. 
15.7).
O segmento terminal do intestino grosso é o reto, cuja porção distal contém o canal anal, 
que termina no ânus.
CÓLON VERSUS INTESTINO GROSSO
Intestino grosso e cólon NÃO são sinônimos. O cólon consiste em quatro partes e duas 
flexuras e não incluí o ceco e o reto. As quatro partes do cólon são: (1) cólon ascendente, 
(2) cólon transverso, (3) cólon descendente e (4) cólon sigmóide. As flexuras cólicas 
direita (hepática) e esquerda (esplênica) são, dessa forma, incluídas como parte do cólon.
O cólon transverso tem uma ampla faixa de movimentação e normalmente suas alças são 
mais baixas do que se vê na ilustração.
CECO
Na extremidade proximal do intestino grosso existe o ceco, um grande fundo cego 
localizado inferiormente à válvula ileocecal. O apêndice (apêndice vermiforme encontra-se 
ligado ao ceco. O aspecto interno do ceco e íleo terminal é mostrado na Fig. 1 5.8. A 
porção mais distal do intestino delgado,o íleo, articula-se ao ceco na válvula ileocecal, que 
consiste em dois lábios que se estendem para dentro do intestino grosso.
A válvula ileocecal atua como um esfíncter que previne o conteúdo ileal de progredir 
rapidamente para dentro do ceco. Uma função secundária dessa válvula seria a prevenção 
do refluxo, ou um fluxo retrógrado de conteúdos do intestino grosso de volta ao 
compartimento ileal. Essa válvula desempenha um papel apenas satisfatório de prevenir o 
refluxo, visto que algum bário sempre consegue refluir para o íleo terminal quando se 
realiza um enema baritado. O ceco é a porção mais larga do intestino grosso e é 
razoavelmente livre para mover-se no quadrante inferior direito.
Apêndice O apêndice, ou apêndice vermiforme, é um tubo longo (2 a 20 cm), estreito, 
que se estende a partir do ceco. O termo vermiforme, de fato, reflete sua aparência. O 
apêndice está, em geral, ligado à face póstero-medial do ceco e comumente estende-se 
em direção à pelve. Todavia, pode localizar-se posteriormente ao ceco. Em razão de 
apresentar um fundo cego, os agentes infecciosos podem penetrar no apêndice, que é 
incapaz de esvaziar-se, o que resulta em apendicite. O apêndice inflamado pode exigir 
remoção cirúrgica (apendicectomia) antes que a estrutura acometida se rompa e cause 
peritonite. A apendicite aguda é responsável por aproximadamente 50% das cirurgias ab-
dominais de emergência e é de 1 a 1,5 vez mais comum em homens do que em mulheres.
Ocasionalmente, material fecal ou sulfato de bário de um estudo radiológico do trato GI 
pode preencher o apêndice e nele permanecer indefinidamente.
O INTESTINO GROSSO BARITADO
Um enema baritado é mostrado na Fig. 15.9, que exibe um apêndice preenchido por bário; 
as quatro partes do cólon - ascendente, transverso, descendente e sigmóide; as flexuras - 
cólica direita (hepática) e cólica esquerda (esplênica). 
As três partes remanescentes do intestino grosso são igualmente demonstradas – o ceco, 
o reto e o canal anal. Como se vê na radiografia, essas diversas partes não estão 
nitidamente dispostas ao longo da periferia do abdome como demonstrado nas 
ilustrações. Ao contrário, elas exibem ampla variação de localização de estruturas 
específicas e tamanhos relativos das diversas porções do intestino grosso, dependendo do 
biotipo e do conteúdo intestinal.
RETO E CANAL ANAL
O reto estende-se a partir do cólon sigmóide até o ânus. O reto inicia-se ao nível de S3 
(terceiro segmento sacral) e tem aproximadamente 12 cm de comprimento. A porção 
distal do intestino grosso (últimos 2,5 a 4,0 cm) é uma constrição que forma o canal anal. 
Esse canal termina numa abertura para o exterior denominada ânus. O reto segue 
intimamente a curva sacrococcígea, como demonstrado na visão lateral da Fig. 15.10.
A ampola retaI é uma porção dilatada do reto localizada anteriormente ao cóccix. A 
direção inicial do reto, ao longo do sacro, é descendente e posterior; todavia, na região da 
ampola retal, a direção modifica-se para descendente e anterior. A segunda modificação 
abrupta ocorre na região do canal anal, que se torna descendente e posterior. Por essa 
razão, o reto apresenta-se com duas curvas ântero-posteriores. Esse fato precisa ser 
lembrado quando um tuboretaI para enema é inserido no trato GI inferior pelo 
radiologista para o procedimento de clister opaco. Lesões graves podem ocorrer se o tubo 
para enema for incorretamente forçado para dentro do ânus e canal anal num ângulo 
imperfeito.
INTESTINO GROSSO VERSUS DELGADO
Três características prontamente diferenciam o intestino grosso do delgado.
Primeiro, o diâmetro interno do intestino grosso é normalmente maior que o do intestino 
delgado.
Segundo, a porção muscular da parede intestinal contém três bandas externas de fibras 
musculares longitudinais do intestino grosso para formar as três bandas musculares 
denominadas tênias do cólon, que tendem a puxar o intestino para a formação de bolsas. 
Cada uma dessas bolsas, ou saculações, é denominada haustro. Por isso, uma segunda 
identificação primária característica do intestino grosso é a prese
nça de múltiplos haustros. Essa característica é demonstrada pelo alargamento no 
desenho ampliado do intestino grosso na Fig. 15.11.
A terceira diferenciação é a posição relativa dessas duas estruturas. O intestino grosso 
estende-se em torno da periferia da cavidade abdominal, enquanto o intestino delgado é 
mais centralmente localizado.
LOCALIZAÇÕES RELATIVAS DO AR E DO BÁRIO NO INTESTINO GROSSO
OS desenhos simplificados na Fig. 15.12 representam o intestino grosso nos decúbitos 
dorsal e ventral. Se o intestino grosso contém tanto ar quanto sulfato de bário, o ar tende 
a ascender e o bário a descer, em razão da gravidade. O deslocamento e a localização 
final do ar são mostrados em preto e do bário, em branco.Quando a pessoa está em 
decúbito dorsal, o ar ascende e preenche todas as estruturas mais anteriores que são o 
cólon transverso e as alças do sigmóide. 
O bário desce para preencher primariamente as porções ascendente e descendente do 
cólon sigmóide.
Quando o paciente está em decúbito ventral, o ar e o bário trocam de posição. 
O desenho da direita ilustra o decúbito ventral; conseqüentemente, o ar subiu para 
preencher o reto, cólon ascendente e descendente.
O reconhecimento dessas relações espaciais é importante durante a fluoroscopia e 
durante a radiografia quando é realizado o enema baritado.
FUNÇÕES DIGESTIVAS
Funções digestivas dos intestinos
As quatro funções digestivas primárias que são executadas amplamente pelos intestinos 
delgado e grosso são listadas a seguir:
1. Digestão (química e mecânica)
2. Absorção
3. Reabsorção de água, sais inorgânicos, vitamina K e aminoácidos 
4. Eliminação (defecação)
A maior parte da digestão e da absorção ocorre no intestino delgado. Também a maioria 
dos sais e aproximadamente 95% da água são absorvidos no intestino delgado. Uma 
absorção mínima desses componentes também ocorre no intestino grosso, juntamente 
com a eliminação de material residual desnecessário.A função primária do intestino 
grosso, entretanto, é a eliminação de fezes (defecação). As fezes consistem em 
aproximadamente 40% de água e 60% de matéria sólida, tais como resíduos, secreções 
digestivas e bactérias. Outras funções específicas do intestino grosso são absorção de 
água, absorção de sais inorgânicos e absorção de vitamina K, além de certos aminoácidos. 
Essas vitaminas e aminoácidos são produzidos por uma larga coleção de microrganismos 
de ocorrência natural (bactérias) encontrados no intestino grosso.Por isso, o último estágio 
da digestão ocorre no intestino grosso pela ação bacteriana, que converte as proteínas 
remanescentes em aminoácidos. Algumas vitaminas, tais como B e K, são igualmente 
sintetizadas por essas bactérias e absorvidas nessa porção do intestino. Um subproduto 
dessa ação bacteriana consiste na liberação de hidrogênio, dióxido de carbono 
egásmetano. Tais gases são denominados fia tos e auxiliam na degradação de proteínas 
remanescentes em aminoácidos.
MOVIMENTOS DO TRATO DIGESTIVO
Das diversas funções digestivas do intestino, os movimentos digestivos, algumas vezes 
referidos como digestão mecânico, são mais bem demonstrados e evidenciados em 
estudos radiográficos.
Intestino Delgado Os movimentos digestivos ao longo do intestino delgado consistem 
em (1) peristalse e (2) segmentação rítmica. A peristalse descreve as contrações 
ondulatórias propulsoras do alimento pelo estômago, através do intestino delgado e 
grosso, e eventualmente o expelem do organismo. O sulfato de bário que chega ao 
estômago alcança a válvula ileocecal no período de 2 a 3 horas depois.As segmentações 
rítmicas descrevem as contrações localizadas nas áreas ou regiões que contêm alimento. 
Por exemplo, o alimento dentro de uma porção 
específica do intestino delgado é contraído para produzir segmentos de uma determinada 
coluna alimentar. Pela segmentação rítmica, a digestão e a reabsorção de nutrientes 
selecionados são mais efetivas.
Intestino Grosso No intestino grosso, os movimentos digestivos prosseguem com (1) 
peristalse, (2) agitação dos haustros, (3) peristalse de massa e (4) defecação. A agitação 
dos haustros produz movimentos do material dentro do intestino grosso. Durante o 
processo, um grupo específico de haustros (bandas musculares) permanece relaxado e 
distendido enquanto as bandas estão sendo preenchidas por material. Quando a distensão 
atinge um certo nível, a parede intestinal se contrai e espreme o seu conteúdo para 
dentro do próximo grupo de haustros. A peristalse de massa tende a mover todo o 
conteúdo intestinal para o cólon sigmóide e reto, geralmente uma vez a cada 24 horas. A 
defecação é um movimento intestinal, ou seja, um esvaziamento do reto.
PROCEDIMENTOS RADIOGRÁFICOS
Trânsito de Delgado
A radiografia simples abdominal mostrada na Fig. 15.19 pertence a um adulto hígido em 
atendimento ambulatorial. Os vários metros do intestino delgado não são geralmente 
vistos na porção central do abdome. Na média dos pacientes adultos de ambulatório, uma 
grande quantidade de gás no intestino delgado é considerada anormal. A ausência de gás 
no intestino delgado simplesmente representa a superposição com outras estruturas de 
tecidos moles. Por isso, o exame radiográfico do canal alimentar necessita de introdução 
de contraste para sua visualização.
DEFINIÇÃO
Um estudo radiográfico específico do intestino delgado é denominado seriografia do 
intestino delgado. As seriografias de esôfago-estômago-duodeno (SEED) e do intestino 
delgado são freqüentemente com- . binadas. Nessas condições, a porção do intestino 
delgado envolvida no exame pode ser chamada de trânsito de delgado. Necessita-se de 
contraste radiopaco para esse estudo.
OBJETIVO
O objetivo de trânsito de delgado é estudar a forma e a função dos três componentes 
desse intestino, assim como detectar quaisquer condições anormais.
Como esse estudo também examina a função do intestino delgado, o procedimento 
precisa ser cronometrado. Deve-se começar a contar o tempo a partir do momento em 
que o paciente ingeriu uma dose substancial (pelo menos 3/4 de xícara) de contraste 
radiográfico.
CONTRA-INDICAÇÕES
Existem duas contra-indicações absolutas à realização de estudos contrastados do trato 
intestinal.
Primeira, pacientes pré-cirúrgicos e suspeitos de apresentar perfuração de víscera oca 
não devem receber sulfato de bário. Em vez disso, deve-se administrar contraste iodado 
hidrossolúvel. Em pacientes jovens e desidratados, é preciso cuidado com o uso de 
contrastes hidrossolúveis. Devido à natureza hipertônica desses contrastes, eles tendem a 
"puxar" água para o intestino, levando a agravamento da desidratação.
Segunda, o sulfato de bário via oral é contra-indicado para pacientes com uma possível 
obstrução de intestino grosso. Deve-se primeiro descartar a possibilidade de obstrução de 
intestino grosso realizando uma rotina de abdome agudo e um enema baritado.
INDICAÇÕES ClÍNICAS
As indicações clínicas mais comuns para o trânsito de delgado incluem

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