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1) Diferenciar radiação ionizante de não ionizante: Fonte: Radiação – Efeitos e Fontes – UNEP – 2016; Radiação não ionizante estudo de causas e efeitos direto e indiretos no ser humano – 2011; Fisiopatologia- Porth; Cecil- 24° ed; Radiação: • São ondas eletromagnéticas ou partículas, que se propagam com uma determinada velocidade emitindo energia. • Contem energia, carga elétrica e magnética. • Qualquer tipo de radiação interage com os corpos, inclusive o humano, depositando neles energia. • Podem ser geradas por fontes naturais ou por dispositivos construídos pelo homem. • Possuem energia variável desde valores pequenos até muito elevados. • Átomo: possuem um núcleo carregado positivamente com prótons, cercado por uma nuvem de elétrons carregados negativamente. O núcleo é normalmente um conjunto de partículas, prótons e nêutrons. • Nêutrons: não possuem carga. • Alguns átomos são naturalmente estáveis e outros instáveis. • Átomos com núcleo instável – se transformam espontaneamente e liberam energia na forma de radiação – radionuclídeos. • Essa energia liberada pode interagir com outros átomos e ionizá-los, pela transferência desse excesso de energia de um átomo instável para outro menos energizado. • Ionização: processo pelo qual os átomos tornam-se positivamente ou negativamente carregados pelo ganho ou perda de elétrons. • A forma de interação depende do tipo e da energia da radiação e do meio absorvedor. • Radiação eletromagnética: compreende um amplo espectro de energia propagada por ondas, que varia de raios gama ionizantes até ondas de radiofrequência. Ex.: luz, micro-ondas, ondas de rádio, radar, laser, raios X e radiação gama. • Radiações sob forma de partículas (com massa, carga elétrica, carga magnética) mais comuns são: os feixes de elétrons, feixes de prótons, radiação beta e radiação alfa. • Um fóton – partícula de energia de radiação. • Radiação ionizante: é a energia de radiação acima da faixa ultravioleta (UV), porque os fótons tem energia suficiente para derrubar os elétrons de átomos e moléculas. • Radiação não ionizante: refere à energia de radiação em frequências abaixo daquela da luz visível. Estão sempre a nossa volta. • Radiação UV – parte do espectro de radiação eletromagnética pouco acima da faixa visível. Contém raios com energia crescente que são poderosos o suficiente para interromper vínculos intracelulares causando queimaduras solares. RADIAÇÃO IONIZANTE: • É aquela que transfere energia suficiente para liberar elétrons (perda de elétrons) de um átomo deixando, assim, o átomo eletricamente carregado. (processo de ionização). • Essa radiação ionizante impacta as células extraindo elétrons das moléculas e átomos (causando ionização). Isso ocorre pela libertação de radicais livres que destroem as células e por atingir diretamente moléculas-alvo. • Processo: Um átomo pode se tornar ionizado quando a radiação colide com um de seus elétrons se essa colisão ocorrer com muita violência, o elétron pode ser arrancado do átomo após a perda do elétron, o átomo deixa de ser neutro, pois com um elétron a menos, o número de prótons é maior átomo torna-se um “íon positivo”. • Energia e partículas emitidas de núcleos instáveis – causam ionização. • Quando um núcleo instável emite partículas, essa são tipicamente, na forma de partículas alfa, beta ou nêutrons. • Essa radiação possui energia > 10 eV. • Ocorrem na forma de ondas eletromagnéticas de comprimento de onda extremamente curto e de partículas aceleradas (elétrons, prótons, nêutrons, partículas alfa). • Em relação a frequência, possuem frequência (Hz) maior que as radiações não ionizantes. • No caso de emissão de energia, se faz por uma forma de onda eletromagnética muito semelhante aos raios-X que são os raios gama. • Raios X: também são radiações eletromagnéticas, como os raios gama, porém, com energia de fótons de menor intensidade. • De todo espectro das ondas eletromagnéticas somente os raios X e gama são radiação ionizante, isto é, têm energia suficiente para ionizar átomos. • Lesões causada por este tipo, incluem: efeitos mutagênicos, carcinógenos e teratogênicos, além de diversas reações teciduais agudas e crônicas (eritema, catarata do cristalina, esterilidade e inibição da hematopoese). • Apresenta algumas propriedades físicas – ações lesivas ao organismo humano - podendo matar imediatamente as células - interrompendo a replicação celular ou - causando uma variedade de mutações genéticas que podem ou não ser fatais. Também pode causar alterações no número e na estrutura dos cromossomos. • Com a morte de um número elevado de células, provoca colapso do tecido, que deixa de exercer suas funções no organismo. • Efeitos negativos desse tipo variam de acordo com: dose, taxa de dosagem (dose única – pode causar maior prejuízo do que as fracionadas) e a sensibilidade diferente de cada tipo de tecido exposto à radiação. • A maior parte das lesões por radiação é causada pela irradiação localizada, empregada no tratamento de câncer. • Com exceção de circunstâncias incomuns, como o uso de dose elevada que antecede um transplante de medula óssea, é rara a exposição do corpo inteiro à radiação. • Epidemiologia: acidentes com fontes médicas e industriais de raios gama (mais numerosos – menos catastróficos); ataques terroristas (uso de armas nucleares, explosivos convencionais ou outros – dispersam mat. Radioativo). • Fisiopatologia: efeitos biológicos decorrem dos danos infligidos ao DNA e a outras moléculas vitais por meio da energia depositada localmente. • Patogênese: a colisão aleatória dessa radiação com átomos e moléculas durante sua trajetória dá origem a íons e radicais livres – rompem ligações químicas – provocam outras alterações molecular – são capazes de danificar a célula que recebe a radiação e também as suas vizinhas. • Qualquer molécula pode ser alterada, mas o DNA é o alvo biológico critico, devido a redundância limitada de sua informação genética. • Uma dose de radiação grande o suficiente para destruir uma célula média em processo de divisão – provoca 100tenas de lesões em suas moléculas de DNA. • Maioria delas é corrigida, mas as lesões produzidas por uma radiação densamente ionizada (prótons e partículas alfas) – são menos passíveis de reparação do que as produzidas por uma radiação esparsamente ionizante (raios X ou gama). • Danos no DNA que não são reparados ou que são mal reparados – podem ser expressos na forma de mutações. • Maior a dose -> maior a taxa de mutação: logo, infere-se que 1 única partícula ionizante que atravesse um alvo genético pode ser suficiente para provocar mutação. • O dano a genes, cromossomos e outras organelas vitais induzido pela radiação pode matar as células, especialmente as que estão em processo de divisão, que compõem um grupo muito sensível à radiação. • Com exceção dos linfócitos e ovócitos que tendem a morrer na intérfase, a maioria das células exterminadas pela irradiação morre durante a mitose. • Processo estocástico (aleatório): morte das células. O extermínio das células progenitoras em divisão, quando suficientemente extenso, pode interferir na reposição ordenada das células senescentes, principalmente em tecidos como a epiderme, medula óssea e o epitélio intestinal, que normalmente se caracterizam por apresentar taxas elevadas de renovação celular. Poder de penetração dos diferentes tipos de radiação ionizante: • Pode ter forma de partículas (incluindo partículas alfa, beta e nêutron) ou de ondas eletromagnéticas (raios gama e raios X), todas com diferentes quantidades de energia. • As diferentes energias de emissão e tipos de partículas apresentam diferente poder de penetração – e assim diferentes efeitosna matéria viva. • Partículas alfa: compostas de 2 prótons carregados positivamente e 2 nêutrons – assim, carrega a maior carga dentre todos os tipos de radiação. Essa carga acentuada significa que as partículas interagem em maior escala com os átomos ao redor. • Essa interação reduz rapidamente a energia da partícula – consequência reduz o poder de penetração. • Carga Interação com os átomos Energia da partícula Poder de penetração. • Partículas beta: compostas de elétrons carregados negativamente – assim, carregam menos carga – mais penetrantes que as alfa. Podem atravessar 1 ou 2 cm de tecido vivo. • Raios X e gama: são extremamente penetrantes e podem atravessar qualquer material denso do que uma chapa de aço. • Nêutrons: produzidos artificialmente são emitidos de um núcleo instável como resultado de uma fissão atômica ou uma fusão nuclear. Também podem ocorrer naturalmente como componente da radiação cósmica. • Por serem partículas eletricamente neutras – tem alto poder de penetração quando interagem com um material ou tecido. Fontes: Classificação conforme o modo que a radiação nos irradia: • Externamente: substâncias radioativas e radiação presentes no ambiente que irradiam o nosso corpo de fora. • Internamente: inalar de substâncias presentes no ar, ingerir na comida ou água, absorver através da pele ou por ferimentos, sendo irradiados por dentro. Classificação conforme a fonte da radiação: • Fontes de radiações ionizantes naturais: exposição à radiação proveniente tanto do espaço quanto de materiais radioativos presentes na crosta terrestre e no núcleo. Ex.: raios cósmicos; rádio e outros elementos radioativos provenientes da crosta terrestre; potássio-40, carbono-14 e outros radionuclídeos normalmente presentes em tecidos humanos; radônio inalado e produtos de sua degradação. Não há maneira de evitar esse tipo de exposição. ❖ Fontes cósmicas: raios cósmicos são a maior fonte natural de exposição externa à radiação. A maioria desses tem origem no mais profundo espaço interestelar; alguns são liberados pelo sol durante as erupções solares. Esses irradiam a Terra diretamente e interagem com a atmosfera, produzindo diferentes tipos de radiação e de materiais radioativos. Como a radiação cósmica é defletida pelo campo magnético para os polos Norte e Sul, essas regiões recebem mais radiação que as regiões equatoriais. O nível de exposição aumenta com a altitude porque existe menor massa de ar nas regiões mais elevadas para agir como escudo protetor, ou blindagem, logo, as pessoas que vivem ao nível do mar recebem quantidade muitas vezes menor em relação as que vivem acima de 2000 metros de altitude. Altitude Nível de exposição a raios cósmicos. Passageiros e tripulantes de aviões – expostos a doses elevadas – exposição à radiação de fontes cósmicas depende não somente da altitude, mas também do tempo do voo. ❖ Fontes terrestre: tudo sobre a Terra e no seu interior contém radionuclídeos primitivos. Esses são de vida extremamente longa e podem ser encontrados no solo – como o Potássio-40, Urânio-238 e o Tório-232 – junto com os radionuclídeos produzidos por seus decaimentos – como o Rádio-226 e o Radônio-222 (gás) – e têm emitido radiação desde antes que a Terra tivesse sua forma atual. A exposição externa varia consideravelmente de um lugar para o outro. O Radônio está presente em todo lugar da atmosfera, e pode infiltrar-se diretamente nos edifícios, através de cavidades e do piso. Principalmente quando as casas são aquecidas, o ar quente se eleva e escapa da casa por cima, através de janelas ou saídas de ar, o que gera uma baixa pressão no solo e no subsolo. Isso, por sua vez, causa a sucção do Radônio do subsolo através de rachaduras e fendas (ex.: ao redor de entradas de tubulação) na parte inferior da casa. Alguns dos fatores que causam essa variação são a geologia do local, a permeabilidade do solo, os materiais utilizados nas construções e a ventilação dos edifícios. O nível de Radônio na água é geralmente muito baixo, mas em algumas fontes de abastecimento possuem concentrações muito elevadas. Radônio na água pode contribuir para o aumento de concentração de Radônio no ar – particularmente no banheiro, durante o banho ❖ Fontes em alimentos e bebidas: podem conter radionuclídeos primitivos e de outros tipos, principalmente os provenientes de fontes naturais. Os radionuclídeos podem ser transferidos das rochas e minerais presentes no solo e na água para as plantas e depois para os animais. Peixes e crustáceos possuem relativamente elevados níveis de Chumbo-210 e de Polônio-210 – pessoas que comem grande quantidade de frutos do mar – recebem doses mais elevadas do que a população em geral • Fontes de radiações ionizantes não naturais: encontradas na área de saúde – radiografia (raios X), tomografia, mamografia, radioterapia, medicina nuclear, braquiterapia – na indústria nuclear (geração de energia) e nas armas nucleares. • Quantidades menores de radiação são emitidas por minerais radioativos presentes em materiais de construção, fertilizantes à base de fosfato e rochas trituradas; por componentes de aparelhos de TV que emitem radiação, detectores de fumaça e outros produtos de consumo, por precipitação radioativa na atmosfera resultante do uso de armas atômica; e pela energia nuclear. • Mais de 80% de nossa exposição provém de fontes naturais e apenas 20% de fontes artificiais feitas pelo homem – principalmente de aplicações da radiação na medicina. Determinação da nocividade da radiação não ionizante: • A interação com o meio biológico é complexa e dependente de inúmeros parâmetros: intensidade, frequência e polarização dos campos; tamanho físico, forma geométrica, propriedades dielétricas e permissividade elétrica dos tecidos, além de configuração da fonte, distância e presença de objetos reflexivos. • Por tantos fatores torna-se muito difícil avaliar a taxa de absorção no tecido. RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE: • Radiação que não possui energia (eV) suficiente para provocar a ionização do meio (arrancar elétrons de átomos ou moléculas). • Ao contrário da radiação ionizante, que pode quebrar diretamente as ligações químicas, a radiação não ionizante exerce seus efeitos causando vibração e rotação de átomos e moléculas. • Toda essa energia vibracional é então convertida em energia térmica. • Mas podem possuir energia suficiente para quebrar moléculas e ligações químicas e produzir radicais livres. • Os tipos de frequências caracterizadas como não ionizantes são: ultravioleta, luz infravermelha, radiofrequência, energia laser, micro-ondas, luz visível, ultrassom. • Possuem baixa frequência, assim como também ondas de rádio, micro-ondas (telefone celular, forno doméstico) e luz. E essas são amplamente utilizadas em sistema de radar, TV, operações industriais (aquecimento, soldagem, fundição de metais, processamento de madeira e plástico), eletrodomésticos (forno de micro-ondas) e aplicações medidas (diatermia). • Existem relatos de casos isolados de queimaduras na pele e lesões térmicas aos tecidos mais profundos ocorridas em ambientes industriais e resultantes do manuseio impróprio de fornos de micro-ondas de uso doméstico. • A lesão por essas fontes é principalmente térmica e, devido à profundidade de penetração dos raios infravermelhos ou das micro-ondas, o dano tende a envolver a derme e o tecido subcutâneo. • A exposição à radiação eletromagnética e a ocorrência de câncer nos seres humanos, que tal exposição quando de forma intensa, pode causar alguns efeitos biológicos danosos como: cataratas, queimaduras na pele, queimaduras profundas, exaustão e insolação causada pelo calor excessivo. • No Brasil não há uma legislação específicasobre o assunto e os estudos existentes são considerados inconclusivos, mas sugerem que exista um efeito maléfico oriundo da exposição à radiação não ionizante de baixa frequência. Fontes: • A fonte dessa radiação pode ser natural (sol) e artificial (aparelhos que emitem ultrassom, laser, lâmpadas). A presença de campos elétricos e magnéticos de baixa intensidade faz parte de nosso cotidiano e sua origem pode ser classificada em duas categorias: naturais e artificiais. • Radiações naturais: provenientes diretamente da natureza, subdividem-se em – explosões solares e ruídos solares, descargas atmosféricas e eletrostáticas. • Radiações artificiais: são aquelas criadas pelo homem e subdividem-se em: 1. Intencionais: são as fontes fixas, como rádios (AM e FM) e TV; e as fontes móveis, como telefones celulares, walkie-talkies e outros. 2. Não intencionais: energia elétrica, como as linhas de transmissão de alta tensão, transformadores, geradores, subestações rebaixadoras e elevadoras de tensão; e equipamentos industriais, médicos e de consumo, como as máquinas industriais, eletrodomésticos, máquina de solda, equipamentos de informática, equipamentos médicos e lâmpadas. Radiação ultravioleta: • O espectro da radiação ultravioleta (UV) está subdivido em 3 faixas: UVA ou “luz negra”, de 315 a 400 nm (mais longa); UVB, de 280 a 315 nm; e UVC, que é germicida, de 200 a 280 nm, de acordo com a frequência das ondas. • Essa radiação UV não penetra profundamente nos tecidos humanos, por isso as lesões causadas por ela restringem-se basicamente à pele e aos olhos. • Frequência entre 1015-1016 Hz. • Responsável pela camada superior da atmosfera – ionosfera, com exceção do UVC que não atravessa a ionosfera. • Maior fonte de RUV é o sol. • As fontes importantes produzidas pelo homem são, as lâmpadas que emitem luz no espectro solar e para bronzeamento, arcos de soldagem, tochas-plasma, lâmpadas de luz negra e as germicidas (UVC), os fornos de arco elétrico, operações de fundição pesada, lâmpadas a vapor de mercúrio e alguns lasers. • Fontes de baixa intensidade são as lâmpadas fluorescentes e determinados equipamentos de laboratório. • UVA e UVB passam pela camada de ozônio, enquanto UVC é filtrado. • Apenas UVA e UVB atingem a pele humana, provocando alterações benéficas e maléficas. • Importância: fase clara da fotossíntese, produção de vitamina D na pele. • Uso de protetores solares só protege contra UVB. • Apesar de não ser ionizante, pode acelerar várias reações químicas em nível celular por ocasionar saltos de elétrons entre camadas na eletrosfera. • Provoca queimadura solar e aumenta o risco de CA de pele. • O grau de risco depende do tipo de raios UV, da intensidade da exposição e da quantidade de melanina (responsável pela proteção da pele). • A intensidade da radiação UV é dado pela região geográfica, ou seja, está na dependência da latitude; pela exposição de áreas do corpo, de acordo com os hábitos culturais e de vestimenta; e pela profissão (marinheiros, lavradores). • Países com latitude ↑ (Suécia, Dinamarca), as médias de incidência de câncer cutâneo são ↓ (< 5 a 19 por 100.000). • Em locais de latitude ↓ (Austrália, África do Sul), a incidência de câncer cutâneo é ↑↑ (> 800 por 100.000). • Cor da pele (melanina): A pele mais vulnerável é aquela que nunca se pigmenta, isto é, que apenas se torna eritematosa após exposição solar, fototipo I. No negro, a incidência de ceratose actínica, carcinomas e melanomas é baixíssima (muito menor que nos indivíduos de pele branca, nas localizações de áreas expostas). • Considera-se que os danos na pele produzidos por radiação UV são causados por espécies reativas de oxigênio (ROS) e por danos aos processos de produção de melanina na pele. • Também danifica o DNA – resultando na formação de dímeros de pirimidina (inserção de duas bases de pirimidina idênticas na replicação do DNA, em vez de uma). • Outras formas de danos ao DNA incluem a produção de quebras de cadeia simples e formação de ligações cruzadas em proteínas do DNA. • Normalmente, os erros durante a replicação do DNA são reparados por enzimas que removem a seção defeituosa e consertam o dano. • A importância desse reparo do DNA na proteção contra danos causados pela radiação UV é evidenciada pela vulnerabilidade apresentada por indivíduos que não têm as enzimas necessárias para reparar danos ao DNA induzidos por UV. • Em um distúrbio genético denominado xeroderma pigmentoso, falta uma enzima necessária para reparar o dano ao DNA induzido por luz solar. Essa doença autossômica recessiva é caracterizada por extrema fotossensibilidade e aumento no risco de câncer para a pele exposta ao sol. – (Fisiopatologia, Porth). • RUV é o principal carcinógeno para a pele e age de 2 maneiras: ❖ Gerando dímeros de timina (iniciação). ❖ Imunodepressão que causa ao depletar células de Langerhans da epiderme e estimular o aparecimento de clones de linfócitos supressores (promoção), facilitando o crescimento tumoral. DANO AO DNA PELA RADIAÇÕES: • Direto: principalmente UVB; quando absorvidas pelos ácidos nucleicos, determinam alterações estruturais no DNA, formações de dímeros, quebra de fitas de DNA e ligações cruzadas entre fitas de DNA. • Indireto: principalmente UVA; quando agentes fotossensibilizantes absorvem a energia da radiação e moléculas tornam-se energicamente excitáveis, que ao voltarem ao repouso determinam a formação de radicais livres e EROs. • Há danos também ao DNA mitocondrial, cujo mecanismos de reparação são menos eficientes, logo, acumulam mutações de modo mais intenso. • Reações cutâneas à RUV, comuns entre pessoas de pele clara, são: queimaduras solares, câncer de pele (carcinoma basocelular e espinocelular e, em menor grau, melanoma), envelhecimento da pele, elastose e ceratose solares. Lesões oculares são fotoceratite, que pode resultar da breve exposição a uma fonte de RUV de alta intensidade (“clarão do soldador”) ou de exposição prolongada á luz solar intensa (“cegueiras das neves”); catarata cortical, e pterígio. UVA: • Constante ao longo do ano (incidência igual no verão ou inverno) e ao longo do dia. • Penetra mais profundamente na pele, sendo o principal responsável pelo foto-envelhecimento– altera as fibras elásticas e colágenas, provocando rugas, perda da elasticidade e manchas. E a grande produtora de bronzeamento e, quando há exposição prolongada – queimaduras. • Participação em foto-alergias e pode predispor CA de pele. • Presente em câmaras de bronzeamento artificial. • É a parte UV que mais atinge a biosfera. UVB: • Incidência aumenta drasticamente durante o verão, principalmente entre 10 e 16 horas. • Penetram superficialmente e causam as queimaduras solares – vasodilatação dos vasos sanguíneos. • Principal responsável por alterações celulares que predispõe ao CA de pele. • Pode interferir com o sistema imunológico humano através da pele – a supressão da capacidade imunológica enfraquece o sistema de defesa contra o câncer de pele e debilita a defesa contra doenças infecciosas. UVC: • São os mais perigosos, porém, são filtrados pela camada de ozônio antes de chegarem à superfície terrestre. Sensibilidade ao sol: • Depende do tipo de pele. • Fototipos de pele: grau de pigmentação da pele e sua resposta à irradiação UV. • Escala de Fitzpatrick: • As variações na cor da pele se devem a diferenças na quantidade e distribuição de melanina dentro dos melanócitos e queratinócitos epidérmicos e não ao número de melanócitos propriamente dito. • Além disso, a proporção de eumelanina (castanho-escuro) para feomelanina (amarelo avermelhado) influencia a sua cor, com feomelanina sendo o pigmento predominantemente naqueles com sardas ecabelo vermelho. • A exposição à RUV também impacta significativamente a produção de melanina (bronzeamento). Efeitos no ambiente • Nas plantas, tanto o aumento da intensidade como o do tempo de exposição à radiação UVB diminuem a atividade fotossintética, e logo a produção. • UVB faz com as plantas alterem a composição química de seus tecidos, por exemplo, aumentando seu conteúdo foliar de pigmentos protetores. • Na comunidade marinha, a intensidade de UV diminui com a profundidade. • A radiação UVB acarreta danos a juvenis de peixes, larvas de camarão, larvas de caranguejos, invertebrados e à plantas essenciais à teia alimentar marinha → redução da fecundidade, do crescimento, da sobrevivência e de outras funções vitais. • A maior exposição à radiação UVB também diminui a produtividade de geração de carbono orgânico. 2) Descrever os efeitos das radiações (ionizantes e não ionizantes) no organismo humano (sistemas), a curto e a longo prazo: Fonte: Radiação – Efeitos e Fontes – UNEP – 2016; Radiação não ionizante estudo de causas e efeitos direto e indiretos no ser humano – 2011; Fisiopatologia- Porth; Cecil- 24° ed RADIAÇÃO IONIZANTE: Efeitos em humanos: • Efeitos em nível celular -> causando a morte ou modificação da célula -> devido aos danos causados nas fitas do ácido desoxirribonucleico (DNA) em um cromossomo. • Se o número de células danificada ou mortas for grande o suficiente -> terá como resultado a disfunção do órgão, ou até mesmo a morte do mesmo. • Além disso, outro dano ao DNA também pode ocorre sem que haja morte celular -> esse é geralmente reparado completamente, mas se não o for, a modificação resultante – mutação celular – causará reflexo nas divisões células subsequentes e poderá levar ao câncer. • Se as células modificadas forem aquelas que transmitem a informação hereditária aos descendentes, desordens genéticas podem surgir. • Efeitos na saúde advindo na exposição à radiação são: efeitos imediatos (curto prazo) e tardios à saúde (longo prazo). • Geralmente, os efeitos imediatos à saúde: evidentes através do diagnóstico de síndromes clinicamente verificadas nos indivíduos. • Efeitos tardios: como, câncer, são evidenciados através de estudos epidemiológicos feitos pela observação do aumento da ocorrência da patologia em uma população. • Além disso, uma atenção especial é dada aqui aos efeitos nas crianças e nos embriões/fetos, além dos efeitos hereditários. Efeitos a curto prazo: • Estes efeitos são caracterizados por um limiar relativamente alto – que deve ser excedido por um curto período antes que os efeitos ocorram. • A severidade do efeito aumenta com o aumento da dose após o limiar ser excedido. • Muitas das manifestações clínicas de lesões por radiação resultam de lesão celular aguda, alterações dose- dependentes nos vasos sanguíneos que alimentam os tecidos irradiados e substituição por tecido fibrótico. • Causados pela morte/dano extensivos sobre a célula, como: ❖ Queimaduras na pele. ❖ Perda de cabelo. ❖ Diminuição da fertilidade • Geralmente, doses agudas maiores que 50 Gy – danificam o SNC –causa a morte em poucos dias. • Mesmo para doses inferiores a 8 Gy – as pessoas apresentam sintomas de doença causada por radiação – síndrome aguda da radiação, que pode incluir: ❖ Náusea, vômitos. ❖ Diarreia, cólicas intestinais. ❖ Salivação. ❖ Desidratação. ❖ Fadiga. ❖ Apatia. ❖ Letargia. ❖ Sudorese. ❖ Febre, dor de cabeça. ❖ Pressão baixa. ❖ As vítimas podem sobreviver no início, morrendo por um problema gastrointestinal, algumas semanas depois. • Doses menores podem não causar danos gastrointestinais, mas ainda causam a morte após alguns meses, principalmente devido a danos na medula óssea. • Mesmo doses menores irão retardar o início de doenças e produzirão menos sintomas severos. • Cerca de metade daquelas que recebem doses de 2 Gy sofrem com vômitos cerca de 3h após a exposição – mas isso é raro com doses abaixo de 1 Gy. • Se a medula óssea e o resto do sistema de produção do sangue - receber uma dose inferior a 1 Gy – estes possuem uma extraordinária capacidade de regeneração, podendo se recuperar completamente – porém existirá um alto risco de desenvolvimento de leucemia alguns anos depois. • Se apenas uma parte do corpo for irradiada, suficiente medula óssea normalmente sobreviverá intacta para repor a parte danificada. • O fato de que a radiação pode danificar diretamente o DNA da célula é aplicado para deliberadamente matar células malignas com radiação, no tratamento do câncer conhecido como radioterapia. • Doses típicas para o tratamento de tumores sólidos variam de 20 a 80 Gy no tumor, o que poderia pôr em perigo o paciente se transmitida como dose única. Então, a fim de controlar o tratamento, as doses de radiação são aplicadas em frações repetidas de no máximo 2 Gy. • Esse fracionamento permite que as células do tecido sadio se recuperem, enquanto as células tumorais são mortas porque são geralmente menos eficientes na recuperação após a exposição à radiação. 3° FONTE (FISIOPATOLOGIA – PORTH): • Resposta inicial da célula aos danos causados pela radiação, são: edema, rompimento das mitocôndrias e outras organelas, alterações na membrana celular e alterações significativas no núcleo. • Células endoteliais dos vasos sanguíneos são particularmente sensíveis à radiação. • Durante o período imediato após a exposição, evidencia-se apenas a dilatação dos vasos (p. ex., eritema inicial da pele após radioterapia). • Posteriormente, ou com níveis mais elevados de radiação, ocorrem alterações destrutivas em vasos sanguíneos de menor calibre, como capilares e vênulas. • A necrose aguda reversível é representada por distúrbios, como cistite, dermatite e diarreia resultante de enterite. • Danos mais persistentes podem ser atribuídos à necrose aguda das células do tecido incapacitadas para regeneração e isquemia crônica. Efeitos a longo prazo: • Ocorrem um longo tempo após a exposição. • A maioria dos efeitos tardios à saúde são também efeitos estatísticos – para os quais a probabilidade de ocorrência depende da dose de radiação recebida. • Causados por modificações no material genético da célula após a exposição, exemplos de efeitos tardios são: ❖ Tumores sólidos; ❖ Leucemia. ❖ Desordens genéticas ocorrendo nos descendentes de pessoas expostas. • A frequência com que tais efeitos ocorrem em uma população – mas não a severidade – parecem aumentar com altas doses. • Estudos epidemiológicos são de grande importância na compreensão dos efeitos tardios após exposição à radiação. • A avaliação de longo prazo mais importante sobre as populações expostas à radiação: é o estudo epidemiológico dos sobreviventes das bombas atômicas. ❖ É o estudo mais abrangente já conduzido devido ao grande número de pessoas que receberam uma ampla variação de doses de formas relativamente homogênea sobre o corpo. ❖ O estudo revelou algumas centenas de casos de câncer a mais do que seria esperado para esse grupo, se este não tivesse sido exposto à radiação. • Câncer: • Responsável por cerca de 20% de todas as fatalidades – sendo a causa mais comum de morte nos países industrializados, depois das doenças cardiovasculares. Cerca de quatro em cada dez pessoas da população em geral poderá desenvolver câncer durante a vida, mesmo na ausência de exposição à radiação. • Os tipos de câncer mais comuns entre os homens são: pulmão, próstata, colorretal, estômago e fígado. Nas mulheres: o de mama, colorretal, pulmão, colo do útero e estômago. • Um fenômeno inicial, provavelmente afetando uma única célula, parece iniciar o processo, mas uma série de outros eventos parece ser necessária antes que a célula se torne maligna e desenvolva o tumor. • O câncerse torna evidente somente muito após o primeiro dano é feito, seguindo o período de latência. • Probabilidade de ocorrência de câncer após a exposição à radiação é a principal preocupação. • A contribuição real da radiação como causa do câncer permanece desconhecida. • Leucemia, câncer de tireoide e câncer ósseo aparecem apenas alguns anos após exposição à radiação, enquanto que a maior parte dos outros tipos da doença não se manifesta até, no mínimo, 10 anos, e frequentemente várias décadas após a exposição. • Nenhum tipo de câncer é unicamente causado por exposição à radiação – logo, é impossível distinguir os tumores induzidos por radiação daqueles originados por outras causas. • Existe pouca informação sobre os efeitos do recebimento de baixas doses por um longo período. 3° FONTE (FISIOPATOLOGIA – PORTH): • Efeitos crônicos dos danos causados por radiação se caracterizam por fibrose e cicatrização em tecidos e órgãos da região afetada (p. ex., fibrose intersticial do coração e dos pulmões após a irradiação do tórax). • Como a radiação administrada na radioterapia inevitavelmente atravessa a pele, é comum a ocorrência de dermatite de radiação. • Pode haver necrose da pele, comprometimento do processo de cicatrização de feridas e dermatite crônica por radiação. Outros efeitos à saúde: • Doses elevadas de radiação no coração – aumentam a probabilidade de doenças cardiovasculares (ex. ataque cardíaco). Este tipo pode ocorrer durante a radioterapia, apesar das técnicas de e tratamento hoje em dia resultarem em baixas doses no coração. • Aumento da incidência de catarata – associada à elevadas doses de radiação. • Doses elevadas de radiação – suprimem o sistema imunológico – principalmente devido a danos nos linfócitos. Efeitos na descendência: • Se os danos da radiação ocorrerem nas células reprodutivas – esperma ou óvulo – isso pode levar a efeitos hereditários nos descendentes. • Aparentemente não afetam o individuo que sofre a exposição, mas apenas seus descendentes. • Pode prejudicar diretamente o embrião ou o feto em desenvolvimento no útero. Efeitos nas crianças: • Devido às diferenças anatômicas e fisiológicas, os impactos da exposição à radiação em crianças e em adultos são diferentes. • Devido às crianças terem corpos menores e serem menos protegidas pelos tecidos – as doses em seus órgãos internos serão maiores do que para adultos, para um mesmo nível de exposição externa – maior probabilidade de desenvolver câncer. • Também são mais baixas que os adultos – podendo receber doses mais elevadas dos radionuclídeos depositados no solo. • Considerando a exposição interna, devido ao menor tamanho das crianças e porque os órgãos delas são mais próximos, radionuclídeos concentrados em um órgão irradiam para outros com mais facilidade do que em adultos. • Existem também variados fatores relacionados à idade, envolvendo o metabolismo e a fisiologia, os quais fazem uma diferença substancial na dose para diferentes grupos etários. • Diversos radionuclídeos são de particular preocupação no que se refere à exposição interna em crianças. • Acidentes envolvendo desprendimento de Iodo-131 radioativo podem ser fontes significantes de exposição para a tireoide – para dada quantidade captada pela glândula – a dose na tireoide das crianças é cerca de 9x maior que para os adultos. • Estudos epidemiológicos mostraram que pessoas jovens, abaixo dos 20 anos, parecem ter duas vezes mais probabilidade que os adultos de desenvolver leucemia, para a mesma taxa de exposição à radiação. • Crianças abaixo de 10 anos são particularmente suscetíveis; alguns outros estudos sugerem que elas têm três ou quatro vezes mais probabilidade de morrer de leucemia do que os adultos. • Crianças são mais suscetíveis que os adultos a desenvolverem câncer após exposição à radiação, mas a doença pode não aparecer até que as crianças alcancem uma idade na qual está se torna evidente. • Cânceres que as crianças são mais sensíveis: tireoide, cérebro, pele, mama e leucemia. • Cânceres que as crianças são mais resistentes: pulmões e ovários. • Alguns efeitos são mais evidentes para exposição na infância do que na maioridade: defeitos cerebrais, catarata e nódulos na tireoide. • Pessoas jovens – maior probabilidade de desenvolver leucemia e câncer de mama que adultos. Efeitos em crianças não nascidas: • Um embrião ou feto pode ser exposto através do material radioativo transferido através da mãe via alimentação ou bebida (exposição interna), ou diretamente através de exposição externa. • Dose de radiação ao feto tende a ser menor que a da mãe – devido a proteção do útero. • Porém, o embrião e o feto são particularmente mais sensíveis à radiação – e as consequências na saúde devido à exposição podem ser severas, mesmo em doses de radiação mais baixas que aquelas que afetam a mãe imediatamente. • Principais consequências: retardo no crescimento, má formação, função cerebral comprometida e câncer. • O desenvolvimento dos mamíferos no útero pode ser reduzido grosseiramente a três estágios: • 2 primeiras semanas de gestação (1° estágio) – a radiação pode matar o embrião no útero – (estágio esse que vai desde a concepção até a fixação do embrião na parede do útero). • 2ª a 8ª semana de gestação (2° estágio) – o principal perigo é que a radiação pode levar à má formação dos órgãos (olhos, cérebro, esqueleto) em crescimento e, talvez, causar a morte na época do parto. • Após a 8ª semana (3° estágio e último estágio se inicia) – maior dano no SNC. Efeitos hereditários: • Pode modificar as células transmitindo informações hereditárias aos descendentes – podendo causar desordens genéticas. • Muitos dos embriões e fetos severamente afetados não sobrevivem. Estima- -se que cerca da metade de todos os abortos espontâneos ocorre com bebês que possuem uma constituição genética anormal. • Mesmo que esses sobrevivam ao nascimento, os recém- nascidos com desordens genéticas possuem cerca de cinco vezes mais probabilidade de morrer antes do quinto mês de vida do que os normais. • Os efeitos hereditários podem ser divididos em duas categorias principais: ❖ Aberrações cromossômicas: envolvendo mudanças no número ou estrutura dos cromossomos; ❖ Mutações dos genes. • Os efeitos podem aparecer nas gerações subsequentes, mas não necessariamente. RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE: Efeitos em humanos: • A exposição a radiações não ionizantes acima dos limites de tolerância acarreta os seguintes danos à saúde. • A radiação UV interage com a molécula de DNA, portadora da informação genética na célula. • O DNA absorve principalmente os menores comprimentos de UV (C e parte da B), absorção que pode provocar quebra de suas cadeias, implicando em alterações. • Para campos elétricos e magnéticos de baixa frequência (até 100 kHz) podemos ter correntes elétricas induzidas que podem ocasionar fibrilação ventricular, pois as correntes induzidas podem estar na faixa de 0,1 A/m² ou 100 mA/m². Sabe-se que acima de 30 mA ocorre a fibrilação ventricular, desde que a corrente passe pelo ou próxima ao coração. ❖ Fibrilação ventricular – corrente passe pelo ou próximo o coração. • Para campos eletromagnéticos de frequências entre 100 kHz e 300 GHz podemos ter absorção de energia com aumento de temperatura, podendo ocasionar: ❖ Queimaduras de pele e internas. • Exposições a radiações não ionizante acima do limite de 4,35 W/m² comprovadamente produzem dependendo da potência e da frequência do campo, assim como do tempo de exposição: ❖ Cataratas, queimaduras, alterações em válvulas cardíacas e marca-passos, derrame, parada cardíaca, má formação fetal. • Bronzeamento. ❖ Reação mais comum da pele à radiação UV. ❖ Sol atinge nosso corpo desprotegido→ estímulo para a produção de melanina (melanogênese) – pigmento de função fotoprotetora que o organismo possui → é liberada na tentativa de remediar as lesões causadas no DNA → por ser um pigmento escuro, a pele escurece, ou seja, bronzeia. • Os olhos também são afetados → cataratas – pode levar a cegueira. • Benefícios: ❖ Interação com o UVB e UVA – síntese de vitamina D – absorção do cálcio e do fosfato pelo aparelho digestivo – contribui para o crescimento normal e desenvolvimento do esqueleto. ❖ Áreas do mundo onde há níveis inadequados de vitamina D disponível na alimentação, a radiação UVB é a sua única fonte. 3 ° FONTE (FISIOPATOLOGIA – PORTH): • Existem relatos de casos isolados de queimaduras na pele e lesões térmicas aos tecidos mais profundos ocorridas em ambientes industriais e resultantes do manuseio impróprio de fornos de micro-ondas de uso doméstico. • A lesão por essas fontes é principalmente térmica e, devido à profundidade de penetração dos raios infravermelhos ou das micro-ondas, o dano tende a envolver a derme e o tecido subcutâneo. 3) Identificar as lesões de pele benignas mais comuns e suas diferenças com o câncer de pele: Fonte: Bases patológicas – Robbins; Cecil 24°ed.; Patologia – Bogliolo 9°ed.; Artigo- Síndrome do nevo de Becker (relato de caso) – Scielo. • Neoplasias epiteliais cutâneas benignas são tumores comuns que são derivados da queratinização do epitélio escamoso estratificado da epiderme e dos folículos pilosos e do epitélio dos ductos de glândulas cutâneas. • Muitas vezes mimetizam suas estruturas de origem. • São algumas vezes confundidos clinicamente com neoplasias malignas (quando são pigmentados ou estão inflamados), e o exame histopatológico frequentemente é necessário para estabelecer um diagnóstico definitivo. • Em casos raros, podem estar relacionados às síndromes que cursam com neoplasias malignas de outros órgãos com ameaça potencial à vida, tais como triquilemomas múltiplos na síndrome de Cowden ou neoplasias sebáceas na síndrome de Muir-Torre. CERATOSES SEBORREICAS: • Também chamadas de verrugas seborreicas. • Ocorrem com mais frequência em indivíduos de meia- idade ou mais velhos (adultos ou idosos). • Acomete igualmente homens e mulheres. • Inicia-se com pápula amarelada, com relevo aveludado. Na evolução tornam-se hiperqueratótica com prurido, com aspecto graxento. • Pápulas verrucosas ou stuck-on epidérmicas de várias cores são comuns, geralmente observadas com o avanço da idade, mas podem ocorrer subitamente. • Sua superfície pode ser friável (fácil de quebrar) e as lesões podem ser removidas. • Surgem espontaneamente e são particularmente numerosos no tronco, embora as extremidades, cabeça e pescoço também possam estar envolvidos, e poupam as palmas, plantas e as superfícies mucosas. • Em pessoas da raça negra, múltiplas lesões pequenas na face são chamadas de dermatose papulosa nigra. • Morfologia: aparecem como placas ceratóticas, esféricas, planas, em forma de moeda, cujo diâmetro varia de milímetros a vários centímetros. • São uniformemente castanhas ou marrom-escuras e geralmente apresentam superfície aveludada a granulosa. • O exame com uma lupa geralmente revela a presença de pequenos orifícios, arredondados, em forma de poros e ocupados por queratina, uma característica que ajuda na diferenciação entre essas lesões pigmentadas e os melanomas. • Exame histológico: são neoplasias exofiticas e claramente bem delimitadas da epiderme adjacente. • Compostas de células pequenas que lembram muito as células basais da epiderme normal. • Pigmentação melânica variável está presente nessas células basaloides – explicando a coloração marrom. • A produção abundante de queratina (hiperceratose) ocorre na superfície, e os pequenos cistos preenchidos de queratina (cistos córneos) e as invaginações da queratina na massa principal (cistos de invaginação) são aspectos característicos. • Curiosamente, quando as ceratoses seborreicas se tornam irritadas e inflamadas, desenvolvem focos de diferenciação escamosa “em redemoinho” semelhantes às correntezas de um rio. • Patogenia: mutações de ativação no receptor-3 do fator de crescimento de fibroblastos (FGFR3), um receptor de tirosina-cinase, são encontradas em muitas ceratose seborreicas esporádicas e acredita-se que conduzam com o crescimento do tumor. • Ceratose seborreicas podem aparecer subitamente em grande número, como parte de uma síndrome paraneoplásicas (sinal de Leser-Trélat), possivelmente devido à estimulação dos queratinócitos por fator transformante do crescimento-α produzido pelas células tumorais, mais comumente em carcinomas do trato gastrointestinal. Paciente relata que da noite para o dia apareceu um monte de lesão, como se fosse um início agudo de várias ceratoses seborreicas que, geralmente, aparecem em face e tronco. • É diferente da verruga, que também é hiperqueratose. O que diferencia é o aspecto graxento. A Lesão é homogênea, delimitada, com aspecto mais simétrica, tem uma cor só. • Dermatose papulosa nigrans: • É um tipo de ceratose seborreica. • Mais comuns em mulheres. • Acomete principalmente os afrodescendentes. • Mais frequente na face, pescoço e eventualmente no tórax. • Clínica: pápulas planas hipercrômicas, que coalescem e aumentam em número e tamanho com a idade. Paciente pode relatar que tem a muito tempo ou de surgimento abrupto com a idade. Obs. Esses queratinócitos de proliferam devido a exposição solar, ou seja, a radiação ultravioleta induz a proliferação das células. Por isso a importância de usar o filtro solar. CERATOSE ACTÍNICAS: • Senil ou solar, caracteriza-se por placas cobertas de escamas secas, aderentes e pardacentas, medindo até 1,0 cm, que surgem em pessoas idosas. • É senil não pela idade em si, mas por sinal uma manifestação de irradiação solar cumulativa, progressiva, persistente e duradoura. • Geralmente ocorrem na pele danificada pelo sol e exibem hiperceratose. • Como esperado, ocorrem com maior incidência em indivíduos levemente pigmentados. • A exposição à radiação ionizante, a hidrocarbonetos industriais e arsênicos pode induzir lesões semelhantes. • Essas lesões podem apresentar alterações displásicas progressivamente piores, que culminam no carcinoma de células escamosas, e são análogas a esse respeito a lesões precursoras que dão origem aos carcinomas escamosos do colo uterino. • Morfologia: são tumores pequenos, geralmente menores do que 1 cm de diâmetro. • São tipicamente marrom-escuros, vermelhos ou da cor da pele e têm uma consistência semelhante a uma lixa áspera. • Algumas lesões produzem tanta queratina que um “corno cutâneo” se desenvolve e, em casos extremos, podem se tornar tão proeminentes que se assemelham a cornos reais de animais. • Os locais expostos ao sol (rosto, braços, dorso das mãos) são frequentemente os mais afetados. • Os lábios também podem desenvolver lesões semelhantes (chamadas queilites actínicas). • Atipia citológica: observada nas camadas mais inferiores da epiderme e pode estar associada à hiperplasia das células basais ou, alternativamente, à atrofia que resulta em adelgaçamento da epiderme. • As células basais atípicas geralmente possuem citoplasma róseo ou avermelhado devido à disceratose. • As pontes intercelulares estão presentes, em contraste com o carcinoma basocelular, no qual não são visualizadas. • A derme superficial contém fibras elásticas espessas, azul- acinzentadas (elastose), um provável resultado da síntese de fibras elásticas anormais por fibroblastos lesados pelo sol. • O estrato córneo é espesso e, ao contrário da pele normal, as células nessa camada frequentemente mantêm seus núcleos (paraceratose). • É incerto se, após um determinado tempo, todas asceratoses actínicas inexoravelmente resultam em um câncer de pele (geralmente o carcinoma de células escamosas). • As lesões podem regredir ou permanecer estáveis durante um período de vida normal, mas algumas malignizam, o que garante a erradicação local. • Em geral, isso pode ser realizado pela simples curetagem, crioterapia ou aplicação tópica de agentes quimioterápicos. A administração tópica de imiquimod, um medicamento que ativa os receptores Toll-like (TLRs), erradica até 50% das lesões, uma taxa consideravelmente mais elevada do que a taxa de regressão espontânea de aproximadamente 5%. • Ao estimular a sinalização TLR, o imiquimod ativa as células imunológicas cutâneas inatas, que podem reconhecer e erradicar lesões pré-cancerosas. Efeitos pró- apoptóticos diretos do imiquimod em queratinócitos lesionados também foram propostos, mas são pouco compreendidos no momento. • São precursoras do carcinoma espinocelular superficial (doença de Bowen) ou carcinomas espinocelulares invasivos. • As lesões com maior risco de transformação são as hiperceratóticas, no dorso das mãos, nos punhos e nos antebraços. • Alguns casos mostram espessamento dos cones epiteliais com atipias acentuadas (ceratose solar bowenoide). A derme mostra elastose solar e capilares dilatados. Infiltrado de mononucleares pode ser evidente e, quando associado a degeneração de liquefação da camada basal e apoptose, tem-se a ceratose solar liquenoide. Nas formas pigmentadas, há aumento de melanina em queratinócitos, melanócitos e macrófagos dérmicos. DOENÇA DE BOWEN: • Consiste em neoplasia intraepitelial de células escamosas na pele, sem invasão (carcinoma in situ). • Predomina em indivíduos de pele clara e idosos. • É mais frequente na cabeça, tronco, extremidades e na região genital. • Manifesta-se por placa vermelho-fosca, de contorno irregular e coberta de escamas ou crostas, com discreta infiltração. • A etiologia é provavelmente multifatorial, incluindo radiação UV e agentes químicos (arsênio). • Principal característica microscópica: células disceratóticas isoladas na epiderme, com núcleo grande, hipercromáticos, único ou múltiplo, as vezes vacuolizadas, figuras de mitose são vistas em vários níveis da epiderme. • Alterações histológicas semelhantes ocorrem em mucosas, constituindo a eritroplasia de Queyrat, a qual se caracteriza por pala vermelha, brilhante, bem delimitada, aveludada, na glande ou, mais raramente, no prepúcio, na vulva ou na mucosa bucal. ACANTOSE NIGRICANS: • Pode ser um sinal cutâneo importante de várias doenças benignas e malignas subjacentes. • É uma condição marcada pela presença de pele hiperpigmentada e espessa com textura do “tipo aveludada” que frequentemente aparece nas áreas flexoras (axilas, dobras da pele nas regiões do pescoço, virilha e anogenital). • Está dividida em dois tipos com base na doença subjacente: • Em 80% dos casos, a acantose nigricans está associada a doenças benignas e se desenvolve gradualmente, em geral durante a infância ou a puberdade. Pode ocorrer (1) como um traço autossômico dominante com penetrância variável, (2) em associação a obesidade ou anormalidades endócrinas (particularmente com tumores da hipófise ou pineal e diabetes), e (3) como parte de várias síndromes congênitas raras. As mais comuns são as associações à obesidade e ao diabetes. • No restante dos casos, a acantose nigricans surge em associação com neoplasias malignas, mais comumente adenocarcinomas gastrointestinais, geralmente em indivíduos de meia-idade e mais velhos. Nesse cenário, a acantose nigricans é considerada mais um processo paraneoplástico que provavelmente é estimulado por fatores de crescimento liberados a partir das células tumorais. • Patogenia: A característica comum em todos os tipos de acantose nigricans é uma alteração que leva ao aumento na sinalização do receptor do fator de crescimento na pele. • A forma familiar está associada a mutações germinativas de ativação no receptor de tirosina-cinase FGFR3, o mesmo receptor que é frequentemente mutado em ceratoses seborreicas. • Dependendo da mutação, a acantose pode ser um achado isolado ou estar associada a anormalidades esqueléticas, incluindo a acondroplasia e a displasia tanatofórica. • O motivo pelo qual, em alguns casos, a mutação do FGFR3 origina a ceratose seborreica e a outras acantoses nigricans não é conhecido. • Em pacientes com diabetes tipo 2, acredita-se que a hiperinsulinemia provoque um aumento da estimulação de receptor do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGFR1), outro receptor de tirosina-cinase que ativa as mesmas vias de sinalização como o FGFR3. • Os fatores responsáveis pela acantose nigricans paraneoplásica são questionáveis; alguns casos mostram associação com níveis elevados de fator transformante do crescimento-α (TGF-α), o que pode resultar em ativação excessiva do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), outro receptor de tirosina-cinase, na pele. PÓLIPO FIBROEPITELIAL: • Tem muitas denominações (acrocórdone, papiloma escamoso, pólipo cutâneo) e é uma das lesões cutâneas mais comuns. • Geralmente chama a atenção em indivíduos de meia-idade e mais velhos em áreas do pescoço, do tronco, da face e partes intertriginosas. • Raramente, pólipos fibroepiteliais e tumores mesenquimais perifoliculares (fibroblastos especializados associados ao bulbo piloso) estão associados na síndrome de Birt-Hogg-Dubé, mas a vasta maioria dos pólipos é esporádica. • Morfologia: são tumores macios, em forma de bolsas, da cor da pele, muitas vezes ligados à pele ao redor por um delgado pedículo. • Exame histológico: esses tumores são constituídos por eixos fibrovasculares recobertos por epitélio escamoso benigno. Os pólipos comumente sofrem necrose isquêmica devido à torção, que pode causar dor e precipitar sua remoção. • Em geral, os pólipos fibroepiteliais não apresentam grandes consequências, mas podem, ocasionalmente, estar associados a diabetes, obesidade e polipose intestinal. • É interessante que, como os nevos melanocíticos e os hemangiomas, os pólipos com frequência se tornam mais numerosos ou evidentes durante a gravidez, presumivelmente relacionados com a estimulação hormonal. CISTO DE INCLUSÃO FOLICULAR OU EPITELIAL: • São lesões comuns formadas pela invaginação e expansão cística da epiderme ou de um folículo piloso. • O termo popular é “cisto” (em inglês, wen, derivado do anglo-saxão wenn, que significa inchaço ou tumor). • Quando grandes, podem estar sujeitos a ruptura traumática, que pode extravasar queratina na derme, estimulando uma resposta inflamatória granulomatosa extensa e muitas vezes dolorosa. NEVOS MELANOCÍTICOS: • (Coloquialmente conhecidos como sinais) são neoplasias benignas comuns, na maioria das vezes causadas por mutações de ativação adquiridas em componentes da via de sinalização Ras. • A maioria de nós á teve pelo menos alguns nevos e provavelmente os considerou sem importância. • Na realidade, porém, os nevos são variados, dinâmicos e biologicamente intrigantes. • Os nevos melanocíticos adquiridos são o tipo mais comum e são encontrados em praticamente todos os indivíduos. Nevo Variante Características Diagnósticas de Arquitetura Características Citológicas Importância Clínica Nevo congênito Crescimento dérmico profundo e, às vezes, subcutâneo ao redor de anexos, feixes neurovasculares e paredes des vasos sanguíneos Idêntico ao nevos comuns adquiridos Presente no nascimento; variantes grandes têm maior risco de melanoma Nevo azul Infiltração dérmica sem formação de ninhos, muitas vezes com fibrose associada Células névicas bem dendríticas* e muito pigmentadas Nódulo azul escurecido; muitas vezes confundido clinicamentecom melanoma Nevo de células fusiformes e epitelioides (nevo de Spitz) Crescimento fascicular Células grandes, abauladas, com citoplasma rosa- azulado; células fusiformes Comum em crianças; nódulo vermelho- rosado; muitas vezes confundido clinicamente com hemangioma Nevo halo Infiltração linfocítica que envolve as células névicas Idêntico aos nevos comuns adquiridos Resposta imunológica do hospedeiro contra células névicas, envolvendo melanócitos normais Nevo displásico Ninhos coalescentes intraepidérmicos Atipia citológica Marcador potencial ou precursor de melanoma • Patogenia: a prova de que os nevos são neoplasias vem de estudos que mostram que muitos adquiriram mutações que culminam com a ativação constitutiva do NRAS ou da cinase serina/treonina BRAF, que é um mediador positivo dos sinais da RAS. • Dado que os sinais de RAS possuem potentes atividades transformadoras, acredita-se que tenham papéis importantes em muitos tipos de neoplasias, sendo razoável perguntar por que os nevos raramente dão origem a melanomas. • A resposta parece estar no fenômeno denominado de senescência induzida por oncogene. A expressão tanto de RAS quanto de BRAF ativada em melanócitos humanos normais promove apenas um período limitado de proliferação que é seguido por uma interrupção permanente do crescimento mediada pelo acúmulo de p16/ INK4a, que é um potente inibidor de várias cinases dependentes de ciclina, incluindo CDK4 e CDK6. • Essa resposta protetora é perdida no melanoma e em algumas lesões precursoras que dão origem ao melanoma. • Morfologia: nevos melanocíticos comuns adquiridos são máculas relativamente achatadas a pápulas elevadas com bordas arredondadas, bem definidas, com colorações variando de castanho a marrom, uniformemente pigmentadas, e pequenas (geralmente < 6 mm de largura). • Podem se tornar mais proeminentes durante a gravidez, indicando um grau de sensibilidade hormonal. • Acredita-se que sua evolução aconteça através de uma série de alterações morfológicas ao longo do tempo. • Nevos juncionais: são as lesões em estágio inicial, que consistem em agregados ou ninhos de células esféricas que crescem ao longo da junção dermoepidérmica. Os núcleos das células névicas possuem contornos uniformes e arredondados, contêm nucléolos imperceptíveis e apresentam pouca ou nenhuma atividade mitótica. https://jigsaw.minhabiblioteca.com.br/books/9788595150966/epub/OEBPS/Text/B9788535281637000258.xhtml?favre=brett#tbl1fn1 • Nevos compostos: formados eventualmente quando a maioria dos nevos juncionais crescem na derme subjacente como ninhos ou cordões de células. • Em lesões mais antigas, os ninhos epidérmicos podem ser totalmente substituídos por nevos intradérmicos puros. • Clinicamente, os nevos compostos e intradérmicos são frequentemente mais elevados do que os nevos juncionais. • O crescimento progressivo das células névicas da junção dermoepidérmica para o interior da derme subjacente é acompanhado por alterações morfológicas que podem refletir o fenômeno da senescência induzida por oncogene. • Enquanto as células névicas superficiais são grandes, tendem a produzir melanina e crescem em ninhos, as células mais profundas são menores, produzem pouco ou nenhum pigmento e aparecem como células únicas ou em cordões. • Na porção mais profunda dessas lesões, essas células muitas vezes adquirem aspecto fusiforme e crescem em fascículos que lembram o tecido neural. • Essa notável metamorfose está relacionada a alterações enzimáticas (perda progressiva da atividade da tirosinase e a aquisição da atividade da colinesterase) nas células névicas mais profundas e não pigmentadas, semelhantes aos neurônios. • Essas alterações são úteis para distinguir os nevos de melanomas, que não apresentam tais características. • Embora os nevos melanocíticos sejam comuns, devido à sua diversidade clínica e histológica é necessário um minucioso conhecimento dos seus aspectos morfológicos e da sua evolução natural para que não sejam confundidos com outras doenças cutâneas, principalmente com os melanomas. A importância biológica de alguns nevos, no entanto, reside na sua eventual transformação para melanoma ou como marcadores de alto risco para o melanoma. Resumo: • NEVO MELANOCÍTICO: ninhos de células névicas (acumulo de melanócitos anômalos). • São derivados do neuroectoderma, através de uma célula melanoblástica anômala da crista neural. • Exposição solar durante a infância e adolescência aumenta o número de nevos melanocíticos. • Podem ser congênitos ou adquiridos. • Aumentam em número e tamanho até a idade adulta. • Mácula ou pápula acastanhada, de pigmentação uniforme ou mosqueada, bem delimitada, de superfície homogênea, frequentemente mamilonada (tem superfície mais mole) e com hipertricose. • CONGÊNITO: Nevo melanocítico gigante, geralmente sofre transformação maligna na primeira década de vida. Caracteriza o nevo M. congênito de acordo com o tamanho. Quanto maior o nevo, maior a chance de sofrer uma ação maligna. Geralmente, sofrem transformação maligna na primeira década de vida, sendo necessário acompanhamento dermatológico. • ADQUIRIDO: histológico – presença de melanócitos anômalos, podem estar na epiderme (juncional), na derme (intradérmico) ou em ambas (composto). • Juncional: adolescente e adultos – Mácula ou pápula menor que 5mm, com bordas bem definidas, castanho a preto. • Intradérmico: pápula elevada, cupuliforme, pigmentada ou normocrômica, com ou sem pelos. Mais comum em adultos. • Composto: pápula elevada, maior que o nevo juncional. Mais comum em adultos. NEVO EPIDÉRMICO OU VERRUCOSO: • Hiperplasia ou alteração no arranjo dos componentes da epiderme. Geralmente os queratinócitos. • Consiste em neoformação verruciforme e pardacenta com distribuição linear, formando às vezes grandes excrescências córneas. • As lesões podem estar presentes ao nascimento ou surgir na adolescência (mais tardiamente). • Consistem em pápulas e placas com hiperqueratose (aumento da camada córnea), que se tornam verrucosas amarelo-acastanhadas com margens irregulares, principalmente no tronco e nos membros. • A maioria se apresenta como lesões únicas e pequenas. • A lesão pode associar-se a grande número de doenças ou síndromes, entre elas a síndrome CHILD. • Histologicamente, encontram-se hiperceratose, papilomatose, acantose e alongamento dos cones epiteliais, simulando acantose nigricante ou ceratose seborreica. • Diagnóstico diferencial: Semelhante a verruga vulgar (HPV), ceratose seborreica e acantose nigricans. • Histologia: hiperqueratose, papilomatose (aumento das papilas dérmicas) e acantose da epiderme (camada espinhosa está aumentada). CORNO CUTÂNEO: • Expressão essencialmente clínica empregada para descrever uma grande massa de ceratina que faz protuberância na pele. • Na base do corno, podem existir várias lesões ou doenças, sobretudo ceratose solar, verruga viral, carcinoma escamoso, carcinoma basocelular, ceratoacantoma, ceratose seborreica ou ceratose liquenoide. • Para o paciente, o mais importante é o diagnóstico de cada uma dessas lesões, pois diz respeito ao comportamento clínico. CISTO SEBÁCEO: • Tumor cutâneo benigno muito comum. • Pode surgir nos adolescentes ou jovens adultos, provavelmente devido a fatores hereditários. • Costuma ser constituído por uma fina membrana de tecido conjuntivo revestida interiormente por células epiteliais que, ao desunirem-se, se transformam numa massa mole e branca, semelhante ao sebo (conteúdo do cisto). • O tumor desenvolve-se na espessura da pele e evidencia-se como um nódulo redondo e liso com uma consistência firme e de tamanho variável, por vezes com vários centímetros de diâmetro. • Ocorre principalmenteem áreas seborreicas –couro cabeludo, face, ouvidos, genitais ou costas. • Pode ser simples ou múltiplo. • Não costuma gerar dor, nem provocar grandes problemas, mas pode infectar e inflamar (edema e dor) – extração cirúrgica. • O “cisto sebáceo” é muito usado entre nós, mas é um termo incorreto, pois o conteúdo não é sebo, mas ceratina. Usa- se adenoma sebáceo. • O adenoma sebáceo exibe uma proliferação lobular de células sebáceas com aumento do número de células basaloides periféricas e células sebáceas mais maduras na porção central, caracterizadas por citoplasma espumoso ou bolhoso devido ao conteúdo vesicular lipídico. NEVO DE BECKER: • Se apresenta como mácula hipocrômica localizada, de limites bem definidos e bordas irregulares, coberta em grande parte das vezes por pelos terminais. • Placa hiperpigmentada geralmente única e unilateral • Geralmente localizada na região peitoral ou nos ombros, por vezes coberta de pelos. Predominantemente o tronco anterior ou a região escapular, mas pode se instalar em outras áreas do corpo. • Manifesta-se principalmente em adultos jovens, após exposição solar. • Corresponde a nevo epitelial (epidérmico e folicular) tardio, com hipermelanose epidérmica secundária. ACATOMA DE CÉLULAS CLARAS: • Pequeno tumor, geralmente isolado, arredondado, em cúpula, firme, de cor rosada e superfície úmida, na maioria dos casos. • Diagnóstico histopatológico. CERATOACANTOMA: • Nódulo muito bem delimitado, encimado por rolhão córneo central. • Crescimento rápido. • Ocorre devido a exposição solar. • Regressão espontânea na maioria dos casos. ACANTOMA FISSURADO: • Pápulo-nódulo retro-auricular, com um ou dois centímetros de diâmetro, bem circunscrito, ligeiramente rosado rodeado de halo inflamatório. • A lesão é separada em duas partes por um sulco (prega). • Costuma ocorrer devido ao uso de algumas armações de óculos. CISTO TRIQUILEMAL OU PILAR: • Geralmente localizado no couro cabeludo. • Apresenta-se sob a forma de nódulo subcutâneo, coberto por pele rosada e glabra, não aderente. • São, muitas vezes, múltiplos. • Tem dimensões variadas. QUELOIDE: • Tumor fibroso, com superfície lise, vermelha e tensa, um pouco bocelada. • Pode apresentar expansões laterais. • Com frequência é pruriginoso ou doloroso. • O acúmulo excessivo de colágeno pode produzir uma cicatriz saliente conhecida como cicatriz hipertrófica; se a cicatriz cresce além das margens da ferida original, sem regredir, é chamada de queloide. • A formação de queloide parece ser uma predisposição individual e, por motivos desconhecidos, essa anormalidade é um pouco mais comum em negros. • Em geral, as cicatrizes hipertróficas se desenvolvem após lesões traumáticas ou térmicas que envolvem as camadas mais profundas da derme. XANTELASMAS: • Placas amareladas ou alaranjadas, achatadas e bem delimitadas, circundando o olho. LIPOMAS: • Tumores benignos da cor da pele normal, simples ou múltiplos. • Desenvolvem a partir de tecido adiposo subcutâneo. • Consistência mole. • Pode atingir dimensões significativas. • Um tumor benigno da gordura, é o tumor de partes moles mais comum da vida adulta. • O lipoma convencional, o subtipo mais comum, é uma massa bem encapsulada de adipócitos maduros. Geralmente surge no tecido subcutâneo das extremidades proximais e tronco, mais frequentemente durante a idade adulta média. Raramente os lipomas são grandes, intramusculares e mal circunscritos. • Os lipomas são moles, móveis e indolores (exceto o angiolipoma) e em geral são curados com uma excisão simples. MELASMA: • São observadas placas simétricas de hiperpigmentação na região lateral da fronte, região superior das bochechas e na área da mandíbula. • Pelo menos 90% dos pacientes com melasma são mulheres. • As lesões são exacerbadas pela luz UV e pelo estrogênio (anticoncepcionais orais, gravidez). SIRINGOMA: • Neoplasia sudorípara écrinas. • Lesão frequente. • Mais comum em mulheres. • Geralmente múltipla. • Locais mais comuns: pálpebra inferior e região peri orbitária. Também pode ocorrer em vulva, pênis e axilas. • Pequenas pápulas, firmes, normocrômicas ou hipocrômica. • Diagnóstico diferencial: Milium (cisto epidérmico bem pequeno, cisto forma uma cavidade que tem conteúdo de queratina) e Hiperplasia sebácea. 4) Caracterizar os tipos de cânceres de pele (melanoma e não melanoma) quanto à: epidemiologia, fatores de risco, fisiopatologia, aspectos clínicos, prognóstico, estadiamento e prevenção: Fonte: Bases patológicas – Robbins e Cotran; Cecil, 24°ed.; • Câncer de pele responde por 333% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que INCA registra, a cada ano, cerca de 180 mil novos casos. • Tipo mais comum – câncer de pele não melanoma – tem letalidade baixa, mas, seus números são muito altos. • Mais comuns: carcinomas basocelulares e espinocelulares. • Mais raro e mais letal: melanoma. MELANOMA: • Epidemiologia: • As estimativas atuais são de que um em cada 39 homens e uma em 58 mulheres serão diagnosticados com melanoma durante sua vida – ou seja, acometem mais homens do que mulheres. • A cada ano, nos Estados Unidos, existe uma estimativa de 62.000 novos casos de melanoma invasivo e 8.400 mortes causadas por este tumor. • É a neoplasias maligna da pele com maior mortalidade e está fortemente ligado a mutações adquiridas, causadas pela exposição à radiação UV da luz solar. • Acredita-se que o aumento da incidência está relacionado com a maior exposição ao sol, especialmente no início da vida. • O melanoma é a principal causa de morte pelos tumores cutâneos e corresponde a 1% a 2% de todas as mortes por câncer nos Estados Unidos. • Idade mais acometida: 50 anos. • Doença quase restrita à etnia branca – incidência baixa nos afro-americanos, asiáticos e hispânicos. • É uma neoplasia relativamente comum que pode ser curada se for detectada e tratada em seus estágios iniciais. • Atualmente, como resultado da conscientização pública dos sinais clínicos do melanoma cutâneo, a maioria dos casos é curada cirurgicamente. • No entanto, a incidência de melanoma está aumentando; mais de 76 mil casos e mais de 9.700 mortes eram esperados nos Estados Unidos em 2014. • Fisiopatologia: • Cerca de 10% a 15% dos melanomas são herdados como um traço autossômico dominante com penetrância variável. • Alguns desses casos familiares estão associados com mutações de linha germinativa que afetam os genes que regulam a progressão do ciclo celular e da Telomerase. • Maioria é esporádica e está relacionada a um único fator ambiental predisponente: danos causados pela radiação ultravioleta (RUV), por exposição ao sol. • A RUV está fortemente associada aos danos no DNA. • Consistente com um papel patogênico nessa doença, o sequenciamento genômico dos melanomas demonstrou uma taxa muito elevada de mutações pontuais, que levam a confirmação dos efeitos nocivos da radiação UV sobre o DNA. • Originam-se com maior frequência nas superfícies expostas ao sol, particularmente na parte superior do dorso em homens e dorso e pernas em mulheres, e indivíduos de pele clara correm um risco maior do que as pessoas mais pigmentadas. • Outras variantes genéticas hereditárias ligadas a um risco moderadamente aumentado de melanoma em populações de pele clara agem diminuindo a produção de melanina na pele, assim, presumivelmente, aumentando os danos que a exposição ao sol provoca nos melanócitos. • Os tumores têm origem nos melanócitos (camada de células basais da epiderme) – utilizam a enzima tirosinase para sintetizar o pigmento melanina, cuja função é proteger contra a lesão UV. • Como os melanomas podem acometer indivíduos de pele escura em tecidos que não são expostos ao sol,a luz solar claramente não é o único fator predisponente e outros fatores ambientais podem, também, contribuir para o risco. Mutações genéticas • As mutações “motorista” mais frequentes envolvidas com o melanoma afetam o controle do ciclo celular, as vias estimuladoras do crescimento, e a telomerase. • Mutações que alteram genes de controle do ciclo celular. ❖ Principal gene: CDKN2A (mutado em aprox. 40% das linhagens no melanoma familiar autossômico dominante). ❖ CDKN2A: é um locus complexo que codifica 3 genes supressores tumorais diferentes, p15/INK4b, p16/INK4a e p14/ARF. ❖ P16/INK4a inibe a cinase dependente da ciclina 4 (CDK4) e a cinase dependente de ciclina 6 (CDK6), reforçando, assim, a capacidade do gene supressor tumoral RB de bloquear as células na fase G1 do ciclo celular. Gene localizado no cromossomo 9p21. ❖ P14/ARF aumenta a atividade supressora tumoral do p53 por inibição de MDM2, uma oncoproteína que estimula a degradação da proteína p53. ❖ CDKN2A é mutado em aproximadamente 10% dos melanomas esporádicos, e essas mutações anulam uniformemente a produção de p16/INK4a e afetam variavelmente o p14/ARF. ❖ Perda dos genes supressores de tumor p16/INK4a e p14/ARF. ❖ O efeito global de todas essas alterações é: a proliferação melanocítica aumentada e escape da senescência celular induzida pelo oncogene. • Mutações que ativam as vias de sinalização estimuladoras do crescimento. ❖ Aumento da sinalização de RAS e PI3K/AKT, vias que promovem o crescimento e sobrevida celular. ❖ Mutações ativadoras no gene BRAF, que codifica uma cinase serina/treonina, que regula positivamente o RAS, são observadas em 40 a 50% dos melanomas. ❖ Mutações ativadoras no gene NRAS, que regula positivamente BRAF, ocorrem em 15 a 20%. ❖ Melanomas com mutações no gene BRAF também mostram muitas vezes perda do gene supressor tumoral PTEN, que conduz à ativação aumentada da via PI3K/AKT. ❖ Por razões desconhecidas, os melanomas que surgem em locais da pele que não foram expostos ao sol – raramente tem mutações nos genes BRAF ou NRAS – são mais propenso a ter mutações ativadoras no receptor da tirosina-cinase KIT, que fica a montante tanto do gene RAS quanto do P12K/AKT. ❖ Silenciamento da PTEN em 20% dos melanomas que surgem em locais não expostos ao sol. ❖ Outros melanomas têm mutações que levam à perda de função no gene supressor tumoral neurofibromina 1 (NF1), um regulador negativo do gene RAS, que representa também um mecanismo desencadeador da sinalização RAS. • Mutações que ativam a telomerase. ❖ A reativação da telomerase, enzima que preserva os telômeros e protege as células da senescência, há muito tempo é conhecida por ser importante em casos de câncer, mas como isso ocorre ainda é desconhecido. ❖ Recentemente, o sequenciamento genômico de melanomas esporádicos revelou mutações esporádicas no gene promotor TERT. ❖ Gene esse que codifica a subunidade catalítica da telomerase, em aprox. 70% dos tumores, tornando TERT o gene mais frequentemente mutado que já foi identificado nessa neoplasia. ❖ Mutações aumentam a expressão do gene TERT - sugerindo que elas ajam como um antídoto (combate) à senescência. ❖ As mutações do promotor de TERT criam novos sítios de ligação para fatores de transcrição da família de Ets, que são conhecidas por serem super-reguladas por sinalização BRAF, proporcionando uma ligação mecânica entre esses dois eventos oncogênicos. ❖ Esses resultados sugerem fortemente que as mutações que ativam a telomerase têm um papel essencial no desenvolvimento da maioria dos melanomas. • Fatores de risco: • Alguns estudos sugerem que o mais importante são as queimaduras solares periódicas graves no início da vida. • Histórico familiar de melanoma – 10% dos pacientes. (Cerca de 10% a 15% dos melanomas são herdados como um traço autossômico dominante com penetrância variável). • Melanoma prévio ou câncer de pele não melanoma. • Pessoas de pele clara, cabelos loiros ou ruivos e sardas – tendência a se queimar em vez de se bronzear, quando expostas à luz solar – apresentam taxam maiores de melanoma. (Indivíduos de pele clara correm um risco maior do que as pessoas mais pigmentadas). • Maior frequência nas superfícies expostas ao sol – parte superior do dorso em homens e dorso e pernas em mulheres. • Queimaduras solares periódicas graves no início da vida. • Exposição intermitente intensa - maior risco de melanoma em comparação com a exposição crônica. • Pessoas com um número aumentado de pintas benignas ou atípicas ou nevos displásicos (lesões precursoras do melanoma) – maior risco (elevado). Aspectos genéticos: • Suscetibilidade ao melanoma – determinada por diversos locus cromossômicos – principal: p16/CDKN2A um gene localizado no cromossomo 9p21, importante para regulação do ciclo celular. • O risco de desenvolver melanoma cutâneo em um indivíduo que é portador de CDKN2A é entre 30% e 90% aos 80 anos de idade e varia segundo a localização geográfica. • A variabilidade genética no receptor melancortina-1 (MC1R) desempenha um papel fundamental na pigmentação da pele e do cabelo e recentemente tem sido implicada na predisposição ao melanoma. • Algumas mutações somáticas em melanoma primário e metastático envolvem primariamente a via das proteínas quinase ativadas por mitógenos. • Mutações ativadoras em B-RAF podem ser encontradas em 30% a 60% dos melanomas, e 10% a 15% dos melanomas estão associados a uma mutação em N-RAS. • Estudos recentes descobriram que o melanoma nas membranas mucosas, pele acral (solas, palmas das mãos) e pele com dano solar crônico (melanoma maligno) apresentam mutações frequentes em CKIT. • Aspectos clínicos: • Sinais do melanoma inicial: lesão pigmentada e modificação no formato, cor ou superfície de um nevo previamente existente. • A maioria dos pacientes descreve um nevo preexistente no local onde incide o melanoma. • Presença de prurido, ardência ou dor numa lesão pigmentada – aumentar o grau de suspeita, apesar de alguns melanomas frequentemente não estarem associados a desconforto local. • Presença de sangramento e ulceração – sinal de um melanoma mais avançado. • A maioria dos melanomas apresenta diversas tonalidades de marrom, mas é possível encontrá-los nas cores preta, azul-escuro, cinza, rosa ou vermelho. • Bordas irregulares e frequentemente com chanfraduras, ao contrário das bordas lisas, esféricas e uniformes dos nevos melanocíticos. • Morfologia: individualmente, as células do melanoma em geral são consideravelmente maiores que os melanócitos normais ou as células névicas. • Exibem grandes núcleos com contornos irregulares, cromatina caracteristicamente densa na periferia da membrana nuclear e nucléolos avermelhados (eosinofílicos) e proeminentes. • O aspecto das células tumorais é semelhante ao encontrado nas fases de crescimento radial e vertical. • Enquanto a maioria dos nevos e melanomas é facilmente diferenciada com base na morfologia, uma minoria de lesões “atípicas” ocupa uma zona histológica cinzenta e elas denominam-se tumores melanocíticos de potencial maligno indefinido; tais lesões requerem a excisão completa e necessitam de acompanhamento clínico. Sinais de alerta mais importantes: • ABCDE para identificação do melanoma: assimetria, bordas irregulares, variação de cor, diâmetro superior a 6 mm e evolução ou uma mudança na lesão cutânea. • Como os melanomas avançados localmente, muitas vezes, causam metástase, o reconhecimento precoce e a excisão completa são importantes. • Melanoma cutâneo geralmente é assintomático, embora prurido ou dor possam ser manifestações precoces. • Maioria das lesões apresenta mais que 10 mm de diâmetro ao diagnóstico. • Os sinais clínicos mais consistentes são alterações
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