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Estudo dirigido - desenvolvimento do sistema reprodutor

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Bases Biológicas da Prática Médica V – BBPM V 
Estudo dirigido 
Aula: Desenvolvimento do Sistema Reprodutor 
Profa. Dra. Marina Trevizan Guerra 
1) Como ocorre o desenvolvimento inicial das gônadas indiferenciadas e como ela é 
composta? 
 
R: Inicialmente, ocorre um espessamento do mesoderma intermediário, formando duas estruturas: 
a crista gonadal, que formará as gônadas, e o cordão nefrogênico, que formará os ductos 
nefrogênicos. As células germinativas primordiais (CGP) migram para a região adjacente ao epitélio 
celômico, se proliferando e formando a região de crista genital e dando origem as células somáticas 
de sustentação, que envolvem as CGPs. Na 6ª semana, formam-se os ductos paramesonéfricos 
paralelamente aos ductos mesonéfricos (que já existem desde a 4ª semana). 
 
2) Qual a importância das células somáticas de sustentação? 
R: Nas gônadas masculinas, as células somáticas de sustentação ao serem expostas ao fator 
determinante testicular (FDT), se diferenciam em células de Sertoli, envolvem as CGPs e se 
organizam em padrões de cordões seminíferos, sendo responsáveis pela formação futura da 
espermatogônia. Já nas gônadas femininas, as células somáticas de sustentação não se 
diferenciam em células de Sertoli devido à ausência de FDT, porém envolvem as CGPs mesmo 
assim, evitando sua morte. 
3) Como as células de sustentação dirigem a diferenciação gonadal em testículo? 
R: O gene SRY codifica a proteína FDT, que é a responsável pela diferenciação das células 
somáticas de sustentação em células de Sertoli, as responsáveis pelo envolvimento das CGPs e 
sua organização em cordões seminíferos. 
4) E como o processo de diferenciação ocorre no caso de indivíduos XX? 
R: Devido à falta de FDT, as CGPs envolvidas pelas células somáticas de sustentação, se 
diferenciam em ovogônias e depois em ovócitos primários 
5) Qual a composição de ductos genitais na fase indiferenciada do sistema reprodutor? 
R: Os ductos paramesonéfricos são originários do epitélio celômico e os ductos mesonéfricos são 
originários de mesoderma intermediário 
6) Quais os eventos necessários para o desenvolvimento do ducto mesonéfrico e regressão 
do ducto paramesonéfrico? 
R: Entre a 8ª e a 10ª semana do desenvolvimento dos ductos genitais masculinos, as células de 
Sertoli secretam o hormônio anti-mulleriano, que involui o ducto paramesonéfrico. Ao mesmo 
tempo, essas mesmas células de Sertoli recrutam células de Leydig que vão produzir testosterona 
e assegurar o pleno desenvolvimento dos ductos mesonéfricos. 
7) Quais estruturas o ducto mesonéfrico e paramesonéfrico irão dar origem em organismos 
XY? E XX? 
R: Em organismos XY, os ductos paramesonéfricos involuem e os mesonéfricos formarão os 
ductos eferentes, epidídimo, ductos deferentes e glândula seminal. Já nos organismos XX, os 
mesonéfricos involuem e os paramesonéfricos se desenvolvem em tubas uterinas, parte do útero 
e da vagina. 
8) Por que é muito difícil determinar o sexo do feto, por ultrassonografia, antes da 12º 
semana de desenvolvimento? 
R: Assim como nas gônadas, o desenvolvimento inicial da genitália externa é comum a ambos os 
sexos, até a 12ª semana de desenvolvimento 
9) Quais são as estruturas presentes na genitália externa, na fase indiferenciada sexual? E 
como estas estruturas evoluem em organismos XX e XY? 
R: A cloaca, região inicialmente comum ao sistema urinário e digestório, é dividido pelo septo 
urorretal em duas estruturas: seio urogenital e reto. O mesoderma ao redor da porção fálica do seio 
urogenital, se expande e forma o tubérculo genital, que cresce e forma o falo primordial. Além disso, 
existem duas saliências, a prega urogenital e a saliência labioescrotal. 
Em XY, a superfície ventral da placa uretral se invagina e forma o sulco lateral, o falo primordial se 
alonga e forma o corpo e a glande do pênis, as pregas urogenitais formam a uretra peniana e o 
corpo do pênis, enquanto as saliências labioescrotais se fundem e formam o escroto. 
Em XX, o falo não se alonga e forma o clitóris, a região da placa uretral forma o vestíbulo da vagina, 
as saliências labioescrotais não se fundem e formam os grandes lábios, enquanto as pregas 
urogenitais também não se fundem e formam os pequenos lábios. 
10) Qual a importância da di-hidrotestosterona do desenvolvimento reprodutor? 
R: O hormônio DHT determina a ocorrência de muitas etapas do desenvolvimento gonadal 
masculino, desde sistema reprodutor interno até genitália externa. Na ausência do DHT, ocorre o 
desenvolvimento das gônadas femininas. 
11) A seguinte frase: “O sexo genotípico, gonadal e fenotípico podem ser discordantes” está 
correta? Justifique. Exemplifique uma situação onde esta frase pode ser aplicada. 
R: Está correta, pois devido a mutações nos cromossomos sexuais e/ou nos autossomos, podem 
ocorrer casos em que a gônada e os cromossomos sexuais não são compatíveis com as 
características sexuais secundárias. Por exemplo, em casos como na síndrome da insensibilidade 
ao andrógeno (46, XY, fenótipo feminino) ou na síndrome de Swyer (disgenesia gonadal, 46, XY)

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