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Síndrome Dolorosa Miofascial

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Síndrome Dolorosa Miofascial
Introdução 
• Síndrome dolorosa regional associado ao ponto-
gatilho (trigger points) 
• Prejuízo na qualidade de vida 
Epidemiologia 
• 80% dos pacientes com dor crônica – pode coexistir 
na fibromialgia 
• 93% dor de origem musculoesquelético 
Ponto gatilho 
• Ponto hipersensível em uma banda tensa palpável 
• Composto microscopicamente por nós de 
contração 
• Resposta contrátil local à digitopressão ou estímulo 
com agulha (Twich response) e desencadeamento 
da dor 
• Provoca dor local ou referida 
• Restrição de movimento 
• Fraqueza muscular 
Classificação do ponto gatilho 
Quanto sua atividade 
Ativos – sintomático, desencadeia sintomas, como dor 
local, irradiada ou referida ou parestesia 
Latentes – assintomático, porém no exame físico com a 
compressão digital é referida a dor 
Quanto a localização 
Central – no meio da fibra muscular 
Inserção – na área de inserção tendínea 
Quanto a presença de outros pontos 
Primário – ele é responsável pela dor, some após o 
agulhamento 
Secundário- na musculatura sinérgica ao primário ou 
em musculatura antagonista 
Satélite – ponto gatilho em local de dor referida, porém 
não é responsável pela dor naquele local 
Fisiopatologia 
• Em local de trauma a banda muscular fica tensa. 
Nessa banda é gerado um ponto gatilho latente, 
que pode recuperar espontaneamente, persistir 
sem progressão ou por um estresse ele vire em 
ponto gatilho ativo. 
• Se os fatores perpetuadores persistirem, o ponto 
gatilho se cronifica podendo gerar outros pontos 
Fatores perpetuadores: 
• Fatores ergonômico – mais comuns 
▪ Hipermobilidade frontal da postura do 
pescoço 
▪ Postura anteriorizada 
▪ Atividades relacionadas ao trabalho 
Fatores estruturais: 
▪ Escoliose 
▪ Assimetria pélvica 
▪ Disfunção da articulação sacro ilíaca 
▪ Osteoartrite da coluna ou quadril 
Fatores hormonais: 
▪ Hipotireoidismo 
▪ Deficiência de testosterona 
▪ Deficiência de estrógeno 
Nutricional: 
▪ Deficiência de vitamina D 
▪ Deficiência de ferro 
Doença infecciosas: 
▪ Doença de Lyme 
▪ Babesiose 
Quadro clínico: 
• Dor regional, referida ou irradiada para áreas 
distantes 
• Dor é reproduzida com a compressão do ponto 
gatilho 
• Sinais sensoriais referidas (como dor, 
formigamento e lacrimejamento) – testar reflexos 
• Sensação de fraqueza 
• Restrição de amplitude de movimento articular 
Exame físico 
• Sinais: dermografismo e paniculose local 
• Teste de pinçamento-rolamento: sensibilização 
periférica segmentar – palpação muscular até 
encontrar a área do ponto gatilho 
Diagnóstico 
• Clínico!!! 
▪ História de dor referida com padrão miofascial 
▪ Identificação de pontos de gatilhos e aplicação 
dos critérios diagnósticos (5 maiores e 1 
menor) 
▪ Diagnóstico dos fatores perpetuantes e 
amplificadores 
Exames complementares 
• Não existe exame laboratorial especifico 
• Elastrografia RM – diferencia as densidades dos 
tecidos 
• Sonoelastografia com imagens pelo US – bandas 
musculares tensas que pondem ser os pontos 
gatilhos 
• Não são solicitados esses exames na pratica clínica 
Tratamento 
• Inativação dos pontos gatilho 
• Restaurar comprimento muscular 
• Eliminar fatores perpetuadores/desencadeantes 
 
Tratamento não farmacológico: 
• Modificação postural mecânica e ergonômica 
• Atividade física (alongamento primeiro e depois 
fortalecimento) 
• Cinesioterapia – Melhora da flexibilidade, 
funcionalidade, redução e dor. Alongamento, 
fortalecimento, propriocepção e resistência 
• Redução do estresse (Meditação e TCC) 
Farmacológico: 
• Antidepressivos Tricíclicos ou Duais 
• Relaxante muscular 
• Opioide fraco 
• Gabapentinóides 
• AINES 
• Analgésico simples 
• Benzodiazepínicos – para pacientes com estresse 
emocional como fator perpetuador 
Tratamento invasivo 
• Acupuntura 
• Agulhamento com anestésico local 
• Toxina botulínica 
• Agulhamento a seco 
▪ + exercícios – mais eficientes 
▪ Dor local no início

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