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Sinapses: Tipos e Funcionamento

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Mariana Marques – T29 
Aula 4 
INTRODUÇÃO
▪ As sinapses são os meios pelos quais os 
neurônios realizam a transferência de 
informações 
▪ É uma junção especializada para que o 
neurônio faça contato e se comunicação 
com outro neurônio ou tipo celular 
▪ A informação geralmente flui em uma 
única direção (neurônio → célula alvo) 
▪ O primeiro neurônio é denominado pré-
sináptico, e a célula-alvo é denominada pós-
sináptica 
▪ O processo de transferência de 
informações na sinapse é denominado 
transmissão sináptica 
 
TIPOS DE SINAPSES 
▪ SINAPSES ELÉTRICAS: 
• Permitem a transferência direta da 
corrente iônica de uma célula para outra, 
normalmente essas sinapses são 
axoaxônicas, sendo assim, unem dois 
axônios 
• Ocorrem em sítios especializados chamados 
de junções comunicantes (são formadas 
pela junção de diversos canais 
intracelulares, que são formados por dois 
conéxons, que possui em sua estrutura 6 
subunidades de conexinas que por sua vez 
são um conjunto de proteínas relacionadas 
a aderência entre os axônios e as bainhas 
de mielina) 
• Esse canal permite que íons passem 
diretamente do citoplasma de uma célula 
para o citoplasma de outra (transmissão 
rápida e sem processamento) 
• Essas junções ocorrem em diversas áreas 
corporais (células epiteliais, células 
musculares lisas e células cardíacas, células 
hepáticas e algumas células glandulares e 
da glia), no entanto, as junções 
comunicantes só agem como sinapses 
elétricas quando interconectam neurônios 
• A transmissão sináptica pode ser 
bidirecional, ou seja, permite que a corrente 
iônica passe em ambos os sentidos 
• Funções: variam dependendo da região 
encefálica, mas, são frequentemente 
encontradas em regiões onde a atividade 
normal exige muita sincronia com os 
neurônios vizinhos 
• Esse tipo de sinapse pode ser alterada pela 
queda do pH e pela elevação do cálcio 
 
• Junções comunicantes entre neurônios são 
comuns no início do desenvolvimento 
nervoso (pré e pós natal), pois permitem 
que células vizinhas compartilhem sinais 
elétricos e químicos que contribuem para 
que o crescimento seja coordenado e a 
maturação das células seja efetivada 
• Alterações nessas junções podem causar 
doenças 
 
 
Mariana Marques – T29 
Aula 4 
Importante: Doença de Charcot-Marie – 
causada por alterações na junções 
comunicantes: é uma neuropatia sensitiva e 
motora. Isto é, afeta os nervos motores (que 
controla o movimento muscular) e os nervos 
sensitivos (que transmitem as informações 
sensoriais ao cérebro) 
Causas: desmielinização - dano na bainha de 
mielina (os axônios existem, mas, a bainha de 
mielina que os rodeia é lesionada ou destruída 
- desmielinizada) ou danos no axônio (são 
altamente afetados, podendo ficar 
afuncionais) 
 
▪ SINAPSES QUÍMICAS: 
• Ocorre na maioria das transmissões 
sinápticas do sistema nervoso humano 
• Permite maior complexidade de circuitos 
funcionais do sistema nervoso 
• Observadas em contiguidade (proximidade), 
mas sem continuidade (contato) 
• As membranas pré e pós-sinápticas são 
separadas por uma fenda chamada fenda 
sináptica (é muito maior do que a fenda 
encontrada nas junções comunicantes) 
preenchida com matriz extracelular de 
proteínas fibrosas (mantém a adesão entre 
as membranas) 
• Lado pré-sináptico um terminal axonal 
→ Contém vesículas sinápticas que são 
responsáveis por fazer o armazenamento 
dos neurotransmissores, substâncias 
químicas que realizam a comunicação com 
os neurônios pós-sinápticos 
→ Também pode conter vesículas maiores 
chamadas de grânulos secretores 
(armazenam um conteúdo proteico solúvel) 
• Lado pós-sináptico possui proteínas que se 
projetam para o citoplasma ao longo da 
face intracelular da membrana (sítio de 
liberação dos neurotransmissores – zonas 
ativas) 
→ As vesículas sinápticas são agrupadas no 
citoplasma, adjacente às zonas ativas 
→ Quando o potencial passa pela zona ativa 
os canais de cálcio se abrem fazendo com 
que o neurotransmissor seja jogado na 
fenda sináptica, gerando a ativação do 
complexo SNARE (responsável por realizar 
a ancoragem do neurônio pré-sináptico com 
o neurônio pós-sináptico e realizar a 
exocitose e a liberação conteúdo vesicular 
para a fenda sináptica.) 
→ O acúmulo denso de proteínas dentro e 
abaixo da membrana pós-sináptica é 
chamado de densidade pós-sináptica (DPS), 
contém receptores, que realizam a 
conversão de sinais químicos intercelulares 
(neurotransmissores) em intracelulares 
(mudança no potencial de membrana) 
 
→ Receptores pós-sinápticos: são canais 
iônicos dependentes de ligantes, 
geralmente, esses canais encontram-se 
fechados, abrindo-se apenas após a ligação 
dos neurotransmissores, promovendo assim, 
a entrada de sódio e a despolarização para 
que ocorra o potencial de ação 
➢ Receptor ionotrópico: canais iônicos que 
se abrem quando se ligam a um 
neurotransmissor permitindo a 
passagem de íons para dentro ou fora 
do neurônio pós-sináptico (rápido) 
➢ Receptores metabotrópicos: sua ligação 
com neurotransmissores não provoca 
abertura de canais iônicos de forma 
direta, mas de forma indireta pois não 
formam canais iônicos (lento) – 
dependem da proteína G 
 
• A transmissão sináptica é unidirecional, ou 
seja, permite que a corrente iônica passe 
em apenas um sentido 
 
Mariana Marques – T29 
Aula 4 
Sinapses Químicas do SNC: 
• Se a membrana pós-sináptica está em um 
dendrito, a sinapse é chamada de 
axodendrítica 
• Se a membrana pós-sináptica está no corpo 
celular, a sinapse é chamada de 
axossomática 
• Se a membrana pós-sináptica está em 
outro axônio, e essa sinapse é chamada de 
axoaxônica 
• Se a membrana pós-sináptica está em um 
espinho dendrítico, é chamada de 
axôespinhosa 
• Quando os dendritos fazem contato com 
outros dendritos, é chamada de 
dendrodendrítica 
 
• As sinapses do SNC podem ser classificadas 
em duas categorias gerais, com base na 
aparência das diferenciações de membrana 
pré e pós-sinápticas: 
→ Sinapses assimétricas ou do tipo I de Gray: 
quando a diferenciação de membrana no lado 
pós-sináptico é mais espessa que no lado pré-
sináptico (normalmente excitatórias) 
→ Sinapses simétricas ou do tipo II de Gray: 
quando as diferenciações de membrana são 
similares na espessura (normalmente 
inibitórias) 
 
Observação: geralmente as diferenças 
estruturais são relacionadas com diferenças 
funcionais 
 
Sinapses Químicas entre medula espinal e 
músculo esquelético: 
• Sinapses químicas que ocorrem entre 
axônios de neurônios motores da medula 
espinhal e músculo esquelético são 
chamados de junções neuromusculares 
• A transmissão acorre de forma rápida 
• Um potencial de ação no axônio motor 
sempre causa um potencial de ação na 
fibra muscular que ele inerva 
• A membrana pós-sináptica ou placa motora 
terminal, contém várias dobras na 
superfície (possui alta densidade de 
receptores para neurotransmissores, que 
permitem muitas moléculas de 
neurotransmissores sejam liberadas de 
forma focalizada sobre uma grande 
superfície quimicamente sensível da 
membrana) 
• O terminal pré-sináptico contém muitas 
zonas ativas alinhadas com as dobras nas 
junções 
 
 
 
 
Mariana Marques – T29 
Aula 4 
PRINCÍPIOS DA INTEGRAÇÃO 
SINÁPTICA 
▪ Processo pelo qual múltiplos potenciais 
sinápticos se combinam em um neurônio 
pós-sináptico 
▪ Quando um neurotransmissor se liga ao seu 
receptor em uma célula receptora, ele faz 
com que canais iônicos se abram ou se 
fechem, podendo produzir uma mudança 
localizada no potencial da membrana— a 
tensão através da membrana — da célula 
receptora 
▪ PEPSs (potencial excitatório pós-sináptico): 
ocorre quando a alteração torna a célula 
alvo mais propensa a disparar seu próprio 
potencial de ação 
• É despolarizante: torna o interior da célula 
mais positivo, trazendo o potencial de 
membrana mais perto de seu limite para 
disparar um potencial de ação (estimula o 
potencial de ação) 
▪ PIPSs (potencial inibitóriopós-sináptico): 
ocorre quando a alteração torna a célula 
alvo menos propensa a disparar um 
potencial de ação 
• É hiperpolarizante: tendem a manter o 
potencial de membrana do neurônio pós-
sináptico abaixo do limiar de disparo de um 
potencial de ação (inibe o potencial de 
ação)

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