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Farmacologia (07-10) FARMACOLOGIA DOS ANTIINFLAMATÓRIOS ESTEROIDAIS (GLICOCORTICOIDES) HISTÓRICO 1563-Primeira referência sobre as adrenais- Bartolomeu Eustacchio descreveu anatomicamente as glândulas sobre os rins. 1855- Tomas Addison- descreveu uma síndrome decorrente da desnutrição das supra-renais- animais morriam em poucos dias. 1930-separação de cortina e adrenalina 1930- Cushin descreveu um quadro de hipercortisonismo e observou a existência de uma relação entre a hipófise e a adrenal. 1945- Hench observou que paciente com artrite reumatoide que se tornaram ictéricos ou que quando engravidaram, melhoraram dos sintomas- hipersecreção adrenocortical 1948- Hench tratou com sucesso pacientes com artrite reumatoide, usando cortisona- inicio da corticoterapia . ANATOMIA DA ADRENAL Temos aqui a glândula adrenal que está sobre o rim, e essa glândula adrenal, ela tem uma capsula fibrosa, na parte interna temos a medula e da parte externa temos o córtex, a maioria das substancias que temos aqui são secreta 90% pelo córtex adrenal. CORTE HISTOLÓGICO DA ADRENAL A gente tem o córtex e a medula, a gente percebe os diferentes tipos de células que existe nesse córtex, então ela secreta 90% por conta dos diferentes tipos de célula eu existe. No córtex a gente tem uma região glomerulosa que vai secretar os mineralocorticoides principalmente a aldosterona, temos também a região fasciculada onde vai secretar os glicocorticoides e a parte reticulada que secreta os hormônios sexuais, os hormônios andrógenos, testosterona, estrógeno. E temos a medula que vai secretar as catecolaminas, adrenalina, noradrenalina. Aqui vamos perceber como ocorre a cascata desses processos, a gente vê a formação da aldosterona, do cortisol, da testosterona, do estradiol, aqui é só para mostrar como o colesterol e o hormônio ACTH como está envolvido no processo, a gente vai vê que nessa Farmacologia (07-10) via vamos formar o cortisol, e se a gente continuar nessa via vamos formar a aldosterona, nessa outra via vamos formar a testosterona e essa via a gente produz o estradiol. Agora vamos entrar no processo dos glicocorticoides REVISÃO TERAPÊUTICA • Principal glicocorticoide endógeno: cortisol • Necessário para a manutenção da vida • Síntese (produção) e secreção estritamente reguladas, por um processo de feedback negativo. Na formação desse cortisol como ele está interligado no processo de manutenção da vida e como esse processo está amarrado a síntese e secreção. E pra que serve esse cortisol, porque eu preciso produzir: Na regulação do nosso processo metabólico eu preciso do cortisol. E através disso que vamos perceber porque a administração continua, por muito tempo desse cortisol, dos glicocorticoides fármacos vai afetar o processo fisiológico do corpo, a respeito do desmame desse corticoide, eles precisam ser retirados aos poucos. EIXO HIPOTÁLAMO- PITUITÁRIA-ADRENAL Vamos vê como ocorre a regulação do cortisol, a gente está vendo aqui os rins e aqui a glândula suprarrenal, as adrenais, se vocês perceberem existe uma regulação nesse processo e uma liberação. Eu tenho o hipotálamo, eu tenho a hipófise e eu tenho a adrenal, esses glicocorticoides e as catecolaminas eles são importantes, atua no sistema imune, no musculo- perda de aminoácidos, no fígado-desaminação de aminoácidos, principalmente os cetogênico, nos adipócitos e na frequência cardíaca aumentada, no coração. Perceba que se eu tenho um estresse, ou algum problema eu posso ativar o hipotálamo e esse hipotálamo estimula a hipófise pelo hormônio CRH a liberar ACTH que vai estimular a glândula suprarrenal a liberar cortisol. Se eu tenho uma produção exacerbada de cortisol todas as outras funções que ele atinge vai ficar exacerbado, então vai ter uma alteração nos músculos, uma queda do sistema imune, vai ter alteração no fígado, nos adipócitos, na frequência cardíaca. HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE ANTERIOR • Cada hormônio da hipófise anterior é regulado por um fator de liberação específico do hipotálamo- • O controle de liberação desses fatores é realizado por mecanismos de retroalimentação. • Fator de liberação da corticotropina (ACTH) • ACTH- secretado pela hipófise anterior regula a liberação de glicocorticoides pelo córtex da supra renal. CORTICOTROPINA E ESTERÓIDES SUPRA-RENAIS • A corticotropina (ACTH) estimula a síntese e a liberação de glicocorticoides (p. ex hidrocortisona) do córtex suprarrenal (alguns androgênios) • Fator de liberação da corticotropina (CRF) do hipotálamo regula a liberação de corticotropina, que é regulado por fatores neurais e pelos mecanismos de retroalimentação negativa dos glicocorticoides plasmáticos. Farmacologia (07-10) • A liberação de mineralocorticoides (aldosterona) do córtex da suprarrenal é controlada pelo sistema de renina- angiotensina PRINCIPAIS AÇÕES DO GLICOCORTICÓIDES AÇÕES METABÓLICAS. • Os glicorticoides, o cortisol atua sobre os carboidratos: diminui a captação e utilização da glicose pelas células e vai aumentar a gliconeogênese (vai formar a molécula de glicose) = hiperglicemia. • Sobre as proteínas: aumento do catabolismo e vai ter uma diminuição do anabolismo. Na pratica a gente costuma vê esse aumento da quebra e vemos a fraqueza muscular como representação, é muito comum que a gente veja pacientes que usam a muito tempo o corticoide e com doses elevadas são pacientes bem graves, paciente que tem choque principalmente o séptico eles usam algum nível de dose de stress que chamamos de corticoide e isso usando por muito tempo tem uma diminuição da força muscular proximal. Tem que ter fisioterapia, para melhorar, os pacientes que tem covid que estão usando corticoide elevado e alguns usam por um tempo maior, além dos efeitos do covid, temos também o efeito do corticoide que temos a perda de força muscular, fraqueza muscular, e vemos que eles não conseguem ter força para fazer coisas básicas e precisam de reabilitação. • Sobre os lipídios: efeito permissivo sobre os hormônios lipolíticos e redistribuição da gordura (Síndrome de Cushing). – ocorre ação dos corticoides no lipídeos por conta da diminuição da glicose, os lipídeos ficam guardados nos adipócitos e eles precisam ser metabolizados e para movimentar precisa de um efeito hormonal para que ocorra a movimentação, se libertar e percorre o caminho para ser utilizado como segunda via de energia, so que nesse caminho que sai dos adipócitos eles adentram nas outras células e vão formar e se ligar com o glicerol e formar novamente os lipídeos. Pacientes que usam corticoide na pratica em função desse mecanismo fisiológico, por terapia, aumenta muito a glicemia, então na pratica a gente costuma em pacientes diabéticos de rotina a gente coloca um controle glicêmico, e deixa a insulina sob demanda, de acordo com a insulina e alguns pacientes que usam uma dose alta como os pacientes hematológicos ou pulso que é uma dose bem elevada das doenças autoimunes, a gente faz isso, esse controle diário, porque é comum ter hiperglicemia e pode ter níveis muito alto de glicemia levando a uma cetoacidose. Quando eu tenho um processo que eu não consigo captar a glicose, não consegue entrar nas células, as células precisa de energia e um dos processos que a célula usa pra fazer energia é o metabolismo de lipídio, quando ocorre esse processo de metabolismo de lipídios eu vou liberar copos cetonicos e esses corpos cetonicos promove um processo chamado de acidose, esses corpos cetonicos são liberados porque o sistema nervoso central quando tem pouca glicose ele utiliza corpos cetonico como forma de obtenção de energia secundária e o aumento desses corpos cetonicos ocorre de forma exacerbada por conta de não captação da glicose, eu levo a um processo de cetoacidose no corpo, esse processo de cetoacidose no corpoé normal, é fisiológico, porque algumas células precisam desse corpo cetonico, porem quando ocorre de uma forma exacerbada, como é o caso de quando não tem glicose suficiente, quando a célula, não consegue captar a glicose, por um processo de diabetes, ou desse aumento de cortisol por muito tempo, o corpo começa a fazer o metabolismo de lipídeos com a liberação dos ácidos graxos e vão sofrer quebras, para a liberação de ATP, e a produção de corpos cetonicos, e esses corpos cetonicos é o que produz a cetoacidose. Os fármacos são moléculas que adentram na célula e atuam lá no gene ele diminui a transcrição de receptores, e algumas células precisa de algumas moléculas de captação de glicose, então além de ter o mecanismo de receptor de insulina dependente, ainda existe algumas moléculas que ficam endocitadas e elas precisam subir para a membrana plasmática para captar a glicose e se eu não tenho um gene que vai fazer, que vai mandar a informação. Farmacologia (07-10) AÇÕES REGULADORAS • Sobre o hipotálamo e a hipófise anterior: ação de retroalimentação negativa, resultando em diminuição da liberação dos glicocorticoides endógenos. • Sobre os eventos vasculares: vasodilatação reduzida, diminuição da exsudação de líquidos. Altera a permeabilidade. É muito comum a retenção liquida resultando edema nos membros inferiores, com o sinal de godê, com uma ou duas +. • Sobre eventos celulares: - Nas áreas de inflamação aguda vai ter uma diminuição do fluxo e da atividade dos leucócitos. -Nas áreas de inflamação crônica vai ter uma diminuição da atividade nas células mononucleares, diminuição da proliferação de vasos sanguíneos, e diminuição de fibrose. -Nas áreas linfoides: diminuição das cels T e B e ação diminuição das cels T secretoras de citocinas. • Sobre os mediadores inflamatórios e imunes: - Diminuição na produção e ação das citocinas, incluindo muitas interleucinas, TNF, GM-CSF; -Diminuição da produção de eicosanoides; -Diminuição da produção de IGG -Diminuição dos componentes do complemento do sangue. • Efeitos globais. - Diminuição da inflamação crônica e nas reações autoimunes; entretanto, ocorre também deteriorização das cicatrizações -Deteriorização da cicatrização e diminuição nos aspectos protetores da resposta inflamatória. O efeito dessas citocinas é muito importante, porque a gente vê muito essa liberação da citocina inclusive no covid por conta de uma inflamação exacerbada, redução da produção de imunoglobulina que da uma imunodeficiência humoral, quer dizer que além de ter uma imunodeficiência celular tenho uma imunodeficiência sobre a célula humoral que essa redução da produção de anticorpos é importante sobre os efeitos na doença autoimune. EFEITOS INDESEJÁVEIS Aqui vemos o aumento da gordura abdominal e tem também o aumento da gordura no trapézio, principalmente notamos a face que é bem típica que usa cronicamente, tem cataratas, face de lua cheia, com bochechas vermelhas. Alterações no TGO e TGP pode ter alterações por conta da gordura hepática e também a estato-hepatite que pode elevar as enzimas hepáticas. Braços e pernas mais finos, por conta da perda muscular, vai ter mais catabolismo, então as proteínas são destruídas. MECANISMO DE AÇÃO DOS GLICOCORTICOIDES Porque o corticoide é tão potente, porque ele tem um mecanismo ação diferente, os glicocorticoides precisam entrar na célula, vão se ligar a receptores intracelulares e eles vão no Farmacologia (07-10) meu núcleo, na minha molécula de DNA e vai regular minha síntese proteica, ele vai ativar genes- síntese proteica, vai desativar- diminui a síntese proteica, e é por conta disso que ele é tão potente, porque age no meu núcleo. FARMACOCINÉTICA • Administração: oral, tópica e parenteral • Ligação às proteínas plasmáticas- globulinas de ligação do glicocorticoides no sangue- vão penetrar nas células por difusão- metabolizadas no fígado. EFEITOS INDESEJÁVEIS • Os efeitos indesejáveis são observados principalmente com o uso sistêmico prolongado como agentes antiinflamatórios ou imunossupressores.- é muito utilizado na pediatria, mas dentro dos protocolos e do tempo recomendado, com quadros alérgicos, principalmente com asma e também com pré-maturos para amadurecer os pulmões. -Supressão da resposta á infecção -Supressão da síntese de glicocorticoides endógenos.- se você utiliza por muito tempo os corticoides você suprime a síntese dos glicocorticoides endógenos e é por conta disso que existe o desmame do corticoide, ele não é retirado de forma abrupta, existe um desmame porque ocorreu uma supressão da síntese dos corticoides endógenos, porque se existe uma concentração elevada de corticoide não precisa que a glândula produza, então ocorre essa supressão e por isso que esse desmame é importante. Na pratica com pacientes que tem TPI a gente faz uma dose inicial de 1ml por kg as vezes essa paciente toma 3 a 4 semanas ate que as plaquetas voltem ao valor pelo menos acima dos 100.000 e ai a gente começa a reduzir, e 3-4 semanas é um tempo longo com uma dose alta, então o desmame é reduzir lentamente a retirada de 5 em 5, de 10 em 10 e acompanhando com exames, as vezes inicialmente as retirada da dosagem é mais alta quando a paciente consegue atingir um nível de plaquetas ótimo, depende muito do protocolo, de como o paciente reage. -Ações metabólicas -Síndrome de Cushing PROPRIEDADES FARMACOLOGICAS Aqui vemos a diferença da ação dos mineralocorticoides, aqui temos uma ação curta da hidrocortisona e da cortisona, tanto do efeito anti-inflamatório como o efeito dos mineralocorticoides. Em relação a anemia hemolítica, existe paciente com 2 de hemoglobina sendo que o normal 12, para anemia autoimune trombocitopenia autoimune a gente usa como escolha esse metilprednisolona porque tem uma ação intermediária mas é bem potente, a gente usa com doses bem elevadas, a gente uso 1 grama de metilprednisolona, porque queremos da uma carga alta para suprimir o sistema imune e começar a elevar. Existe uma diferença muito grande em doenças autoimunes, nas indicações, nos efeitos a plaquetopenia autoimune a gente tem um efeito rápido, as anemias hemolíticas já são mais lentas, então apesar do efeito ser doença autoimune e ser a mesma droga, depende muito da resposta do paciente, da patologia e o tempo de uso. Farmacologia (07-10) PRINCIPAIS INDICATIVOS CLÍNICAS • Terapia de reposição para pacientes com insuficiência renal (p. ex. doença de addison) ministrar justamente com um mineralocorticoide. Esse paciente precisa por dois porque a ação é pequena sozinha • Terapia anti-inflamatória e imunossupressora. - Na asma (por inalação, ou, nos casos graves, por via sistêmica) -Topicamente, em condições inflamatórias da pele, dos olhos, ouvidos e nariz. -Nos estados de hipersensibilidade (p.ex., rações alérgicas graves a drogas ou ao veneno de insetos) -Em doenças autoimunes (lupos eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, anemia hemolítica, purpura trombocitopenia idiopática) -Na prevenção da doença de enxerto- versus- hospedeiro após transplante de órgãos
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