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Graziela Benevides | 5º Semestre - Medicina Síndrome Consumptiva (Propedêutica Clínica) ❖ DEFINIÇÃO: - Emagrecimento involuntário; - Ambos podem ser definidos como o estado patológico resultante de absoluta ou relativa deficiência de proteína e energia; - Quando o emagrecimento ocorre de maneira involuntária geralmente está associado a alguma patologia, demandando avaliação e tratamento; - Caquexia: perda de peso associada à perda de massa muscular, podendo haver ou não perda de gordura. Estado mais grave do emagrecimento; - Desnutrição: deficiência de nutrientes específicos ou globais, associada ou não com a perda de peso; - Sarcopenia: síndrome geriátrica, caracterizada por perda de massa muscular, de força e desempenho, gerando um déficit funcional no idoso; - A desnutrição energético-proteica (DEP) ocorre por aporte inadequado de energia associado ou não ou ao déficit de proteínas; - Para definição da síndrome consumptiva, devemos ter em mente que tanto o grau de emagrecimento, bem como o tempo em que ele ocorreu, devem ser avaliados sempre de acordo com o seu peso basal anterior ao quadro de emagrecimento involuntário. - Considera-se emagrecimento involuntário se houve perda de > 2% do peso basal em 1 semana, >5% em 1 mês, >7,5% em 3 meses e > 10% em 6 a 12 meses. - Algumas situações devem ser avaliadas de forma específicas, como em idosos, nos quais considera- se síndrome consumptiva em perdas maiores que 5% em 6 a 12 meses e em pacientes portadores de anorexia nervosa, nos quais considera-se emagrecimento involuntário em perdas maiores que 15% em 6 meses. ❖ EPIDEMIOLOGIA: - A síndrome consumptiva possui incidência semelhante entre homens e mulheres. - Seus principais fatores de risco são o tabagismo, a idade avançada e um autorrelato de mal estado de saúde. - Esses fatores supracitados também são associados a um pior prognóstico no emagrecimento, assim como o fator idade (pacientes idosos), deficientes físicos e pacientes com doença sistêmica crônica. - Se estima que 15 a 20% de adultos com mais de 65 anos terão emagrecimento involuntário se acompanhados e observados por um período de 5 a 10 anos. - Devemos nos atentar para as neoplasias malignas, a causa mais comum entre elas, ocorrendo em cerca de 15 a 37% dos pacientes com emagrecimento involuntário. - Em seguida, existem as causas gastrointestinais não malignas e as causas psiquiátricas, ambas representando cerca de 10 a 20% do total. - Mais de 25% dos casos de emagrecimento involuntário não apresentam uma causa definida. ❖ FISIOPATOLOGIA: - A perda de peso só ocorrerá se houver uma diminuição do aporte de energia e/ou um aumento do gasto energético e/ou a perda de energia por via urinária ou intestinal. - Em cada patologia predisponente um desses componentes vai predominar, ou eles podem estar associados em uma mesma doença. ❖ DIAGNÓSTICO CLÍNICO: - Investigar apetite, atividade física, padrão da perda de peso, duração, voluntária ou não; - Etiologia – 9 “D’s: 1) Dentição (alteração na cavidade oral); 2) Disfagia; 3) Distúrbio do paladar; 4) Diarreia; 5) Depressão; 6) Doenças crônicas; 7) Demência; 8) Disfunção (física, cognitiva e psicossocial) ou dependência; 9) Drogas; ❖ EXAME FÍSICO: - Geral, sinais de desnutrição, avaliação da tireoide; - Cavidade oral; - IMC: peso em kg dividido por altura em metros ao quadrado, baixo peso IMC abaixo de 18,5; Graziela Benevides | 5º Semestre - Medicina ❖ EXAMES COMPLEMENTARES: - Hemograma, eletrólitos, glicemia, função renal e hepática, TSH, HIV, PCR, parasitológico de fezes, marcadores tumorais;
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