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Estudo de Caso: Previsão de Demanda na Indústria Automobilística
A expectativa dos empresários da indústria automobilística de aumentar a produção em 5% foi alvo de amplo questionamento. Há quem achava que a previsão correta (e realista) seria repetir os dados do ano anterior, com a fabricação de 1,8 milhões de veículos. Pouca ambição para quem apostava estarem no início desta década entre os cinco maiores fabricantes mundiais (rankingatual coloca a indústria brasileira em 10º lugar). 
As montadoras já vinham operando com elevada ociosidade, mas o quadro se agravou. Levando-se em conta a capacidade instalada – equipamentos e fabrica funcionando com dois ou três turnos de trabalho -, há linhas de montagem utilizando menos de 30% de sua capacidade. 
A Ford já tinha no ABC uma fabrica capaz de produzir anualmente 160 mil carros em três turnos, mas passou a operar somente com um. Juntamente os demais modelos da marca a previsão era de produzir 96 mil automóveis no ano.
 Erro de calculo ou otimismo com o futuro, o setor investiu cerca de US$ 20 bilhões nos últimos anos no Brasil e montou estrutura para produzir 2,8 milhões de automóveis e comerciais leves. Juntando caminhões e ônibus, a capacidade passa de 3 milhões de veículos. “Todas as empresas apostavam no crescimento do mercado brasileiro a partir de 1997, mas isso não ocorreu. Agora, os recentes elementos de incertezas econômicas e politicas pioraram a situação”, diz o professor da USP e estudioso do setor automobilístico, Glauco Arbix. 
O quadro atual derrubou as previsões da Volkswagen. O gerente de Planejamento e Marketing, Paulo Sérgio Kakinoff, critica as especulações sobre “esse tal risco Brasil”, responsáveis, em parte, pela queda das vendas e as declarações de “cinco ou seis engravatados de agencias internacionais que dizem que o Brasil só não é pior que a Argentina”. 
Com uma ociosidade declarada de 32% em suas três fabricas, a Volks vem conseguindo alívio nas exportações. Seu presidente, Herbert Demel, declara constantemente que o mercado brasileiro não tem espaço para todas as 17 montadoras em operação. “Haverá mortos no meio do caminho”, costuma dizer. 
“É ingenuidade pensar que várias empresas investiram bilhões no Brasil sem fazer estudos de mercado. Elas não são aventureiras”, rebate o consultor especializa em indústria automobilística, Jiancarlo Pereira. Em sua opinião, os novos grupos não vieram apenas atrás de uma demanda maior de mercado, mas também querem roubar fatias de quem já atuava no País. 
Questões para analise do Estudo de Caso 
1. Qual o impacto das previsões de demandas do inicio da década de 1990 no mercado automotivo atual? 
2. Em qual tipo de previsão de demanda as montadoras estavam mais equivocadas? Na de curto ou longo prazo? 
3. Como um modelo de previsão de demandas poderia auxiliar na previsão de demanda das montadoras? Qual seria a sua sugestão? 
4. Em sua opinião, o modelo de previsão de demanda deveria ser acompanhado para verificar a sua validade? Como? Discuta. 
5. Discuta como seria um modelo de previsão de demanda para as montadoras que envolva um modelo, para médio e longo prazo e um modelo de previsão discutido nesta lição, para curto prazo. Proponha para cada modelo um método para verificar sua validade.