Programa de Biosseguridade - Aves e Suínos

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As normas do Programa de Biosseguridade utilizadas em granjas de suínos e aves são as 
mais avançadas e rígidas que se tem no mundo. Devido à alta produção e tecnologia empregada 
na criação desses animais, alguns sistemas como o confinamento, aumentam o risco de problemas 
sanitários. Além disso, esse é um problema que não atinge apenas a saúde desses animais, mas 
também a saúde humana e ainda existem os impactos econômicos que isso pode gerar. 
Há um equívoco relacionado ao uso do termo “biossegurança” como sinônimo para 
biosseguridade. Por isso, estão descritas abaixo as principais diferenças entre os termos: 
 
 
 
NORMAS 
 
I. LOCALIZAÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO: 
 
• Posição Geográfica da Granja: 
✓ Longe da sociedade; 
✓ Acesso (duas estradas → entrada e saída; 
✓ Barreira física (mata) → umidade e proteção contra disseminação de patógenos; 
 
 BIOSSEGURIDADE BIOSSEGURANÇA 
FOCO Saúde dos animais e do consumidor. Saúde humana. 
OBJETIVO 
Conjunto de medidas (políticas e 
normas) que visam proteger os 
animais contra a introdução de agentes 
infecciosos no sistema de produção. 
Conjunto de ações preventivas 
contra a exposição à agentes 
infecciosos que produzem 
agravos à saúde. 
PREOCUPAÇÃO Produtividade. 
Estrutura, equipamentos (EPI's) e 
insumos. 
Programas de Biosseguridade – Aves e Suínos 
@mari_lopes8 
• Posição dos Galpões: 
✓ Tecnologia de refrigeração e aquecimento; 
✓ Posição contra o sol; 
✓ Próximo à cursos d'água; 
 
• Controle de Acesso: 
✓ Restrição ao acesso de pessoas; 
✓ Controle de vetores → telas; 
✓ Código de cores para uniformes → cada cor em um setor do galpão; 
✓ Desinfecção de pessoas e veículos; 
 
II. LIMPEZA: 
 
• Limpeza seca: 
✓ Logo após a saída do lote do galpão; 
✓ Visa remover restos de ração; 
✓ Uso de vassoura de fogo; 
✓ Troca ou revolvimento da cama; 
 
• Limpeza úmida: 
✓ Uso de água e sabão para lavagem do galpão; 
✓ Remoção de matéria orgânica; 
 
III. DESINFECÇÃO: 
 
• Ambientes e equipamentos: 
✓ Escolha certa do tipo de desinfetante (aldeídos, fenol, surfactantes e catiônicos); 
✓ Produtos de amplo espectro (destruição do maior número de patógenos); 
✓ Eficiente em eliminar patógenos mesmo na presença de matéria orgânica; 
✓ Poder residual prolongado (maior tempo no ambiente); 
✓ Boa relação custo-benefício; 
 
IV. VAZIO SANITÁRIO: 
 
• Ações: 
✓ Limpeza e desinfecção da granja após a saída do lote; 
✓ Estabelecer um período de tempo sem colocação de animais na granja; 
✓ Alojamento de um novo lote; 
 
• Objetivos: 
✓ Eliminação de patógenos instalados no ambiente; 
✓ Quebra do ciclo dos patógenos; 
 
V. CONTROLE DE VETORES: 
 
• Ações: 
✓ Se atentar aos vetores existentes na região; 
✓ Destino de órgãos e carcaças à compostagem (deve ser feita em área destinada 
a sujidades da propriedade, que deve ser telada p/ evitar vetores); 
✓ Instalar telas nas granjas → de um tamanho que impeça a entrada de insetos; 
✓ Se atentar às condições sanitárias de propriedades vizinhas (cuidado com surtos); 
✓ Manter alimentos e produtos em boas condições de armazenamento; 
 
VI. QUALIDADE DA ÁGUA: 
 
• Água de bebida: 
✓ Potável; 
✓ Sem patógenos; 
✓ Sem poluentes e toxinas; 
✓ Coloração adequada; 
✓ Atenção à origem da água; 
 
VII. MONITORIA SANITÁRIA: 
 
• Vacinação: 
✓ Essencial e obrigatória em alguns casos; 
✓ Deve constar no programa estabelecido pelo médico veterinário; 
✓ Administrada de acordo com a epidemiologia da região; 
 
• Plano de Contingência: 
✓ Visa prevenir agravos à saúde antes que eles aconteçam; 
 
• Visitação da Granja: 
✓ Restrição de pessoas; 
✓ Normas para entrada → higienização de veículos; 
✓ Banho supervisionado → instituído a quem vai entrar na granja; 
✓ Fumigador → descontaminação de objetos que precisam entrar na granja; 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
AMARAL, P. F. G. P. do. et al. BIOSSEGURIDADE NA CRIAÇÃO DE FRANGOS DE CORTE. 
ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.18, 2014. 
Material complementar: BIOSSEGURIDADE EM GRANJAS DE SUÍNOS, produzido por: Adriana 
de Cássia Pereira, Maria Nazaré T. S. Lisboa e Ricardo Cogo.