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Consulta do Adulto e do Idoso Vitória Araujo T7 Fatores que podem influenciar a comunicação com pacientes adultos -Relação ideal: ® Médico e paciente adulto -> diferentes funções e posições, mas não há (ou deveria haver) superioridade nem inferioridade; -Fatores que influenciam: ® Papel da experiência do paciente adulto; ® Aplicabilidade da informação (explicar a aplicabilidade da orientação); ® Motivação (não apenas transmitir ou impor informações, mas motivar o paciente); ® Fatores relacionados ao medico (personalidade, formação ética, cultural, treinamento prévio em habilidades de comunicação, fatores de risco e psicológicos. Facilitadores: empatia, simpatia e honestidade); ® Fatores relacionados ao ambiente (privacidade, disposição dos moveis, iluminação e boa temperatura); A consulta centrada no paciente adulto -A abordagem da consulta com o paciente adulto é mais eficaz quando centrada no paciente em vez de centrada no médico; -A consulta é vista como um diálogo; -Guia de observação de Calgary-Cambridge: ® Iniciar a seção: × Estabelecer clima de harmonia inicial (saudação e apresentação); × Confirme o nome do paciente e explique o seu papel no encontro (hospitais por exemplo); × Identificar razões da consulta; ® Coletando informações: × Exploração dos problemas (perguntas abertas ou direcionadas); × É interessante o médico fazer um resumo e pedir para o paciente corrigir possíveis erros ou adicionar novas informações; × Perspectiva do paciente e do medico; × Análise rigorosa de cada sintoma (questões abertas ou fechadas); × Linguagem clara, sem jargões e compartilhamento de sentimentos; × Avaliação de comportamentos verbais e não verbais; ® Construindo a relação: × Realizada durante toda a consulta; × Comunicação não-verbal (adequado contato visual, postura corporal e tom de voz); *cuidado para não atrapalhar o dialogo no momento das anotações; × Clima de harmonia -> não julgar, ser empático, explicar todas as questões sobre a doença e ações, pedindo permissão para a realização o exame físico; ® Explicar e planejar: × Promover a informação na quantidade e tipos corretos, evitar informações prematuras (no inicio da consulta), informações em sequência lógica, checar o entendimento do paciente, pedir para o paciente repetir as informações com suas próprias palavras; × Indicar os pontos importantes, sempre evitando jargões; × Estar atento à comunicação não-verbal, elucidar as preocupações dos pacientes; × Fazer sugestões e não impor, encorajar o paciente a revelar sua opinião a respeito do plano de ação viável entre o medico e paciente, oferecer opções e encorajá-lo a tomar decisões; × Motivar a promoção da saúde e cuidados preventivos; ® Encerrando a sessão: × Resumo do plano acordado, estabelecer próximos passos, estabelecer plano de contingência caso haja resultados inesperados, checar se o paciente está satisfeito com as ações propostas; -Situações especiais: ® Como colher informações relacionadas a sexualidade: × Ambiente (privacidade), estimular gradativamente a partir do problema atual, ou ser direto. × Não julgar, orientar (educação sexual), referir especialistas; ® Comunicando-se com pacientes de culturas diferentes: × Respeitar, não julgar, encontrar semelhanças com sua cultura, tentar conhecer as práticas culturais, consultar familiares ou comunidade, tentar entender que diferenças culturais podem afetar o tratamento; Habilidades de comunicação na consulta com idosos -Indivíduos acima de 60 anos; -Maior ocorrência de incapacidade e morbidade, maior vulnerabilidade a intercorrências clínicas e agentes agressores; -Envelhecimento e sentimentos: ® Se transformou ou está se transformando em uma pessoa que tem pouco ou não a oferecer; ® Está se transformando em uma pessoa diferente do que sempre foi, com reações, limitações e desempenhos inusitados frente aos desafios sociais e biológicos; -Limitações físicas: ® Marcha, audição, visão... -Perda de papeis sociais: ® Aposentadoria, perda de entes queridos, desvantagens financeiras... -Consulta clínica com o paciente idoso: ® O ambiente físico da consulta: × Adequado as limitações funcionais do idoso, favoráveis a melhor comunicação com o mesmo e seus familiares e cuidadores; × Disposição das cadeiras e mesa; × Atendimento em domicilio; × Privacidade (acompanhantes); ® Entrando em contato com o idoso: × Atitudes cordiais, ouvi-lo atentamente antes dos acompanhantes ou cuidadores, identificação (com quem mora, se é viúvo e há quanto tempo, indagar sobre aposentadoria, se exerce alguma atividade atual, se é a mesma de antes) -Estabelecendo laços e empatia com o paciente: ® Idosos geralmente carregam frustrações de consultas anteriores: × Importante o médico ser empático; ® Barreiras na comunicação: × Julgamentos a partir da perspectiva do profissional, postura impositiva; ® Queixa principal: × Múltiplas queixas-> hierarquizar (muitas vezes só é possível após a entrevista e exame físico), valorizando os mais agudos ou perguntando o que mais incomoda ou preocupa ® História da doença atual: × A consulta geriátrica é complexa e demorada, a abordagem geralmente pode necessitar ser realizada em mais consultas; -Problemas na comunicação na consulta com o idoso: ® Comprometimento frequente de órgãos sensorial dificultando a comunicação; ® Ocorrência frequente de comprometimento cognitivo; ® Circunlóquio; ® Longo curso de vida; -Elementos importantes da entrevista: ® Uso de medicamentos: × Quais, tempo de uso, doses, quem prescreveu... ® Capacidade funcional: × Capacidade de realizar atividades básicas diárias, autocuidado e interação com a comunidade; ® Avaliação mental: × Miniexame do estado mental e escala geriátrica de depressão; ® Avaliação do cuidador; ® Avaliação de hábitos e estilo de vida; -Esclarecendo o quadro clínico e acordando um plano de tratamento: ® Esclarecer o quadro clínico, tirar as dúvidas, informar e negociar um plano de tratamento e acompanhamento; ® Promoção da saúde; ® Verificar se as informações fornecidas foram bem entendidas;
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