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Oncologia - Câncer de Mama

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| ONCOLOGIA Julia Sepulvida | XXXIII
Oncologia
Câncer de Mama
Introdução
O câncer de mama é o tipo da
doença mais comum entre as
mulheres no mundo e no Brasil,
depois do de pele não melanoma,
correspondendo a cerca de 25% dos
casos novos a cada ano. No Brasil,
esse percentual é de 29%. 
O câncer de mama é um dos
desafios no cenário atual de
envelhecimento populacional e
enfrentamento das doenças crônicas
não transmissíveis no Brasil. É o tipo
de câncer que mais acomete as
mulheres no país, excetuando-se os
tumores de pele não melanoma, e
também o que mais mata.
Diagnóstico
O diagnóstico, o tratamento local e o
tratamento sistêmico para o câncer
de mama estão sendo aprimorados
de forma rápida, em razão de um
melhor conhecimento da história
natural da doença e das
características moleculares dos
tumores.
Nesse cenário, o planejamento de
estratégias de controle do câncer de
mama por meio da detecção precoce
é fundamental. Quanto mais cedo
um tumor invasivo é detectado a
situação do câncer de mama no
Brasil: síntese de dados dos sistemas
de informação e o tratamento é
iniciado, maior a probabilidade de
cura.
Por esse motivo, várias ações vêm
sendo implementadas para
diagnosticar o câncer nos estágios
iniciais. Entretanto, em razão da
individualização orgânica e da
extrema heterogeneidade tumoral
associada à presença de fatores de
risco conhecidos e não conhecidos, o
câncer de mama é considerado uma
doença de comportamento
dinâmico, em constante
transformação.
Patologia aplicada e �tadiamento
Existe uma grande variedade de
tipos histológicos e moleculares de
carcinomas de mama in situ e
invasor. O tipo histológico invasor
mais comum é o carcinoma ductal
infiltrante não especificado, que
representa de 70 a 80% de todos os
tumores de mama, seguido pelo
carcinoma lobular infiltrante, com
cerca de 5 a 15%, e pelos outros tipos
histológicos (LAKHANI, 2012).
O estadiamento clínico anatômico,
conforme a sétima edição do TNM –
Classificação de Tumores Malignos
(UICC, 2012), define a extensão da
doença segundo o tamanho do
tumor, a presença ou não de
linfonodos axilares homolaterais
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| ONCOLOGIA Julia Sepulvida | XXXIII
comprometidos e a presença de
doença fora da mama. Uma vez
atribuído o estadiamento conforme o
TNM, é possível agrupá-los em
estádios que variam de 0 a IV, sendo
0 a classificação referente ao
carcinoma de mama in situ, I o
estádio mais inicial e o IV o mais
avançado dos carcinomas invasivos.
● Estádios I e II
A conduta habitual nas fases iniciais
do câncer de mama é a cirurgia, que
pode ser conservadora (retirada
apenas do tumor) ou mastectomia
(retirada da mama) parcial ou total,
seguida ou não de reconstrução
mamária.
● Estádio III
Pacientes com tumores maiores que
5cm, porém ainda localizados,
enquadram-se no estádio III. Nessa
situação, o tratamento sistêmico (na
maioria das vezes, com
quimioterapia) é a opção inicial.
Após a redução do tumor promovida
pela quimioterapia, segue-se com o
tratamento local (cirurgia e
radioterapia).
● Estádio IV
Nessa fase, em que já há metástase
(o câncer se espalhou para outros
órgãos) é fundamental buscar o
equilíbrio entre o controle da doença
e o possível aumento da sobrevida,
levando-se em consideração os
potenciais efeitos colaterais do
tratamento.
O câncer de mama pode ser
detectado em fases iniciais, em
grande parte dos casos,
aumentando assim a possibilidade
de tratamentos menos agressivos e
com taxas de sucesso satisfatórias. 
Todas as mulheres,
independentemente da idade, devem
ser estimuladas a conhecer seu
corpo para saber o que é e o que
não é normal em suas mamas. A
maior parte dos cânceres de mama é
descoberta pelas próprias mulheres.
Mamografia
Recomenda-se que a mamografia de
rastreamento (exame realizado
quando não há sinais nem sintomas
suspeitos) seja ofertada para
mulheres entre 50 e 69 anos, a cada
dois anos.  A recomendação
brasileira segue a orientação da
Organização Mundial da Saúde e de
países que adotam o rastreamento
mamográfico. 
Mulheres com risco elevado de
câncer de mama devem conversar
com seu médico para avaliação do
risco e definição da conduta a ser
adotada.
A mamografia de rastreamento pode
ajudar a reduzir a mortalidade por
câncer de mama, mas também expõe
a mulher a alguns riscos.
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