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Psicologia da Educação Tema 4

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DESCRIÇÃO 
Os fundamentos da Psicologia da Educação na formação de professores centrados no domínio 
relativo à Educação cognitivista e conectivista. 
PROPÓSITO 
Compreender a importância da Psicologia da Educação Cognitivista para a formação docente, 
indicando seus principais representantes e a aplicabilidade dos respectivos conceitos à prática 
pedagógica. 
OBJETIVOS 
MÓDULO 1 
Reconhecer a importância das ideias de Piaget na Psicologia da Educação Cognitivista 
MÓDULO 2 
Definir a teoria de Vygotsky como importante movimento no Cognitivismo 
MÓDULO 3 
Identificar o Conectivismo como uma teoria compatível com a sociedade do conhecimento e a era 
digital 
INTRODUÇÃO 
Vamos começar falando um pouco da Psicologia da Educação, da sua importância e de como é 
fundamental para os educadores estudá-la. 
 Fonte:ShutterstockFpnte: Veja | Shutterstock 
Ela é um ramo da Psicologia que, associada à Pedagogia, tem como foco o ensino e a 
aprendizagem, suas características, as condições ótimas para que aconteçam e também as 
dificuldades e os entraves que possam ser enfrentados pelos alunos e professores. Em resumo, 
os fatores psicológicos envolvidos na Educação. 
O domínio dos seus conteúdos facilita muito o trabalho do professor, o enfrentamento das 
situações da prática docente e a seleção das estratégias didáticas que ele vai utilizar. 
Nesse processo, a Psicologia da Educação atua de duas maneiras: 
1 Dá ao professor os conhecimentos necessários para a compreensão do ato educativo e o 
diagnóstico das condições em que ocorre 
2 Permite ao professor praticar a intervenção necessária para corrigir os desvios e aprimorar o 
ensino e a aprendizagem 
MÓDULO 1 
 
Reconhecer a importância das ideias de Piaget na Psicologia da Educação Cognitivista 
Psicologia da Educação trata dos fundamentos psicológicos, dos processos e das consequências 
psíquicas que estão presentes em uma situação educativa. 
Uma variedade de movimentos teóricos entra no universo da formação docente e podemos dizer 
que, embora a Psicologia da Educação não garanta ao professor o sucesso de todas as aulas, 
oferece a ele uma base de conhecimentos muito valiosa para sua prática. 
A PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO COMPREENDE, POIS, A UTILIZAÇÃO DE CONCLUSÕES 
OBTIDAS EM DIVERSAS ÁREAS DAS CIÊNCIAS PSICOLÓGICAS SOBRE ASSUNTOS QUE 
INTERESSAM ESPECIFICAMENTE À EDUCAÇÃO E À INVESTIGAÇÃO DE PROBLEMAS 
RELACIONADOS ÀS PESSOAS SOB AÇÃO EDUCATIVA. (GOULART, 2009, p. 14) 
Se os ramos da Psicologia que lidam com a Educação se multiplicam, podemos afirmar que a 
introdução de aspectos do Cognitivismo e do Conectivismo tornam-se marcantes nas 
transformações da Educação no século XX. 
Passando por estudos e experimentos propagados no mundo inteiro, o olhar sobre como se 
aprende, como é possível melhorar esse processo, marca definitivamente a história das escolas 
e da Educação. Iniciamos os caminhos da abordagem da escola teórica que se volta para esse 
estudo: a Psicologia da Educação Cognitivista. 
 Fonte:ShutterstockNadyaEugene | Shutterstock 
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO COGNITIVISTA: DE QUE ESTAMOS FALANDO? 
No âmbito da Psicologia da Educação, três grandes escolas teóricas têm importância: 
Humanismo 
Comportamentalismo (ou Behaviorismo) 
Cognitivismo 
O Cognitivismo surgiu na década de 1950, mas teve seu impacto no cenário da ciência aumentado 
na década de 1990, opondo-se ao Comportamentalismo e aos estudos do comportamento 
observável e as formas de modificá-lo. 
 
AO CONTRÁRIO DO COMPORTAMENTALISMO, O COGNITIVISMO ESTUDA O 
PENSAMENTO, A PERCEPÇÃO, A MEMÓRIA, DESEJA ANALISAR AS FORMAS COMO O 
SUJEITO PERCEBE O MUNDO E OS MODOS PELOS QUAIS DESENVOLVE AS FUNÇÕES 
COGNITIVAS. 
 
Veja alguns exemplos de funções cognitivas a seguir: 
 Falar Resolver problemas 
 Memorizar Raciocinar 
Moreira (1999, p. 3) afirma que “a Psicologia Cognitiva preocupa-se com o processo de 
compreensão, transformação, armazenamento e utilização das informações, envolvida no plano 
da cognição”. 
Sternberg (2010, p.22), conhecido autor cognitivista, faz coro às palavras de Moreira, afirmando 
que a Psicologia Cognitiva trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e 
pensam sobre a informação. 
Com esse campo de estudo, é fácil compreender a aproximação natural com a Educação e os 
processos de ensino e aprendizagem, constituindo o que chamamos de Psicologia da Educação 
Cognitivista. 
COMPARTILHANDO APRENDIZAGENS. UM PSICÓLOGO E FILÓSOFO CHAMADO JEAN 
PIAGET 
BIOGRAFIA 
Começaremos com um resumo da biografia de Piaget, talvez o teórico da Psicologia da Educação 
Cognitivista mais conhecido. 
Jean Piaget (1896-1980) é um dos grandes nomes da Psicologia, em especial pelos avanços 
promovidos na compreensão do funcionamento da inteligência da criança. Alguns professores 
sinalizam que a razão sai do campo da Filosofia e passa para o campo da Psicologia e, a reboque, 
para o campo da Educação. 
Fonte:ShutterstockLegenda: Jean Piaget (1896-1980), 1968. Fonte: Nbmachado. 
JEAN PIAGET 
Nascido na Suíça e marcado pelas relações familiares preponderantemente calvinistas, tinha no 
pai, professor universitário de Literatura medieval, o impulso para seu desenvolvimento 
acadêmico. Uma curiosidade é que Piaget foi considerado, em sua época, um prodígio, com a 
impressionante marca de ter publicado um texto sobre sua observação do pardal albino, aos 11 
anos de idade. 
Formou-se em Biologia e Filosofia, tendo se doutorado com apenas 22 anos. Já na França, passou 
ao modismo dos estudos de testes sobre as crianças na busca típica pelo padrão dos moldes do 
início do século XX. 
Na França, enquanto participava de estudos de testes sobre as crianças, começou a perceber, 
pela primeira vez, “padrões de desenvolvimento” – crianças da mesma idade cometiam erros 
semelhantes. 
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ATUALMENTE PODE PARECER CORRIQUEIRO, MAS PIAGET PASSOU MUITO TEMPO 
TENTANDO ENTENDER COMO FUNCIONAM AS ESTRUTURAS DO RACIOCÍNIO, EM 
ESPECIAL DAS CRIANÇAS, E COMO O DESENVOLVIMENTO DE SEU APRENDIZADO 
PODERIA SER MELHORADO. 
 
A pergunta que o movia era: 
SERÁ QUE PODEMOS FASEAR AS FORMAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL? 
 Fonte:ShutterstockFonte: Syda Productions | Shutterstock 
Isso vinha sendo tentado “cientificamente” em muitos centros. Mas Piaget tinha um grande 
problema de pesquisa em suas mãos. Foi então que, em 1919, Piaget mergulhou na “fronteira 
final”, ao menos naquele momento, da anatomia humana: dedicou-se a entender as bases da 
mente humana; foi um marco em sua vida. Piaget iniciou seus estudos experimentais e começou 
a pesquisar o desenvolvimento das habilidades cognitivas. Seu conhecimento de Biologia 
levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma criança como uma evolução gradativa. 
COMENTÁRIO 
Você pode imaginar que tipo de testes eram feitos e se podiam ou não colocar as crianças em 
risco; boa parte das teorias de Piaget foram baseadas em estudos e observações sobre seus 
filhos, que ele realizou ao lado de sua esposa. 
Piaget lecionou nas principais universidades do mundo, como a Sorbonne, em Paris; fundou um 
centro internacional de Epistemologia genética; e, ao longo de sua vida, publicou muito deixando 
uma enorme contribuição para diversos campos do saber como a Psicologia e Pedagogia. 
PRINCIPAIS ESTUDOS DE PIAGET 
É NECESSÁRIO “(...) LEVAR A CRIANÇA A REINVENTAR AQUILO DE QUE É CAPAZ, AO 
INVÉS DE SE LIMITAR A OUVIR E REPETIR (...)”. 
(PIAGET, 1998, p. 17) 
 Estágios do desenvolvimento cognitivo do ser humano. Piaget fala de quatro 
estágios, em que cada um engloba o anterior e o amplia: 
 autor/shutterstock 
SENSÓRIO-MOTOR 
 
 autor/shutterstock 
PRÉ-OPERATÓRIO 
 
 autor/shutterstock 
OPERATÓRIO CONCRETO 
 
 autor/shutterstock 
OPERATÓRIO FORMAL 
SENSÓRIO-MOTOR 
0 a 24 meses 
Conhecimento do mundo por meio dos órgãos, dos sentidos e dos movimentos.No fim desse 
estágio surgem as primeiras operações mentais. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/psicologia_da_educacao_cognitivista/index.html#collapse-steps1
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http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/psicologia_da_educacao_cognitivista/index.html#collapse-steps4
PRÉ-OPERATÓRIO 
2 a 6 anos 
A criança já utiliza símbolos, imagens, números, palavras para representar o mundo. O 
pensamento é imediato e egocêntrico, autocentrado. 
OPERATÓRIO CONCRETO 
7 a 11 anos 
A criança já possui operações lógicas e as utiliza para conhecer a realidade e explicar os 
fenômenos. Essas operações precisam de objetos concretos para serem realizadas. 
OPERATÓRIO FORMAL 
Adolescência em diante 
A partir desse momento, os indivíduos realizam abstrações, formulam hipóteses, planejam, 
deduzem e imaginam soluções para os problemas. 
Vamos assistir ao vídeo para entender melhor as teorias de Piaget! 
Podemos resumir esse ciclo de desenvolvimento cognitivo da seguinte forma: 
Percepção e ação para conhecer o mundo 
Representação do mundo por meio de símbolos 
Operações concretas e formais para solucionar problemas 
 SAIBA MAIS 
Provas Piagetianas 
 Fonte:ShutterstockFonte: NadyaEugene | Shutterstock 
Segundo Piaget, é possível avaliar o desenvolvimento cognitivo da criança e conseguir identificar 
as fases em que ela se encontra nesse desenvolvimento cognitivo. Para isso, ele não utilizou os 
testes de inteligência existentes, mas criou testes para essas pesquisas: as chamadas Provas 
Piagetianas de classificação, seriação, espaço, entre outras. 
Para isso, usou materiais variados: papel, massa de modelar, blocos e palitos de madeira, líquido 
colorido, e propôs desafios e questões às crianças avaliadas. 
 Desenvolvimento da linguagem. Neste segundo estudo, Piaget considera que 
a linguagem é produto do desenvolvimento cognitivo do homem, já que é antecedida pela 
inteligência sensório-motora. 
Da mesma maneira que o desenvolvimento das operações mentais, o desenvolvimento da 
linguagem passa por etapas. Observe a linha de tempo do desenvolvimento da linguagem de uma 
criança. 
 autor/shutterstock 
LINGUAGEM PRÉ-VERBAL 
2 a 10 meses 
 autor/shutterstock 
LINGUAGEM EGOCÊNTRICA 
10 meses a 6 anos 
 autor/shutterstock 
LINGUAGEM SOCIALIZADA 
A partir dos 6 anos 
 Desenvolvimento moral. É o terceiro estudo importante de Piaget. Você já 
percebeu que, para o cientista, tudo acontece de acordo com o desenvolvimento das operações 
mentais? 
 Fonte:ShutterstockFonte: ShineTerra | Shutterstock 
O mesmo ocorre com a moralidade, a relação da criança com as normas e regras. É a partir da 
interação com pessoas e ambientes que a criança constrói seus valores, princípios e suas normas 
morais. 
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO MORAL 
ANOMIA 
Característica da criança pequena; ausência da noção de regras; a moral ainda está fora do 
universo infantil. 
HETERONOMIA MORAL 
A criança toma consciência do que pode ou não fazer, mas por meio de regras que vêm do mundo 
externo, de início compreendidas e aplicadas de forma egocêntrica. 
AUTONOMIA MORAL 
Consciência da existência de regras e de que suas aplicações, assim como os julgamentos morais, 
devem estar fundamentadas em cooperação e respeito mútuos. 
Para finalizar, vamos “ouvir” Piaget. 
AFIRMAR O DIREITO DA PESSOA HUMANA À EDUCAÇÃO É POIS ASSUMIR UMA 
RESPONSABILIDADE MUITO MAIS PESADA QUE A DE ASSEGURAR A CADA UM A 
POSSIBILIDADE DA LEITURA DA ESCRITA E DO CÁLCULO: SIGNIFICA, A RIGOR, 
GARANTIR PARA TODA A CRIANÇA O PLENO DESENVOLVIMENTO DE SUAS FUNÇÕES 
MENTAIS E A AQUISIÇÃO DOS CONHECIMENTOS, BEM COMO DOS VALORES MORAIS 
QUE CORRESPONDAM AO EXERCÍCIO DESTAS FUNÇÕES, ATÉ A ADAPTAÇÃO À VIDA 
SOCIAL ATUAL. (PIAGET, 1998, p. 34). 
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 Joa Souza | Shutterstock 
ASSIMILAÇÃO E ACOMODAÇÃO 
Para Piaget, a criança se desenvolve cognitivamente por meio de sucessivas equilibrações diante 
dos desafios, problemas, das questões que incitam a curiosidade (ou desequilíbrios) que a 
realidade lhe apresenta. 
Essas equilibrações ocorrem por meio de dois processos: 
Assimilação 
Tendência dos esquemas mentais que já possui para assimilar coisas novas que a realidade 
apresenta 
Acomodação 
Tendência contrária, dos esquemas mentais se modificarem para atender aos novos conteúdos e 
experiências 
Imagine que uma criança esteja aprendendo a reconhecer animais: 
 
Até o momento, o único animal que ela conhece, e tem representado mentalmente, é o cachorro. 
Assim, podemos dizer que a criança possui, em sua estrutura cognitiva, um esquema mental para 
o cachorro. 
 
Quando apresentamos a esta criança, outro animal, como um cavalo, com características 
semelhantes (corpo coberto por pelo, quatro patas, rabo etc.), ela chamará o cavalo de cachorro, 
tentando fazer uma assimilação do novo conceito aos esquemas mentais que possui. 
 
Quando corrigida por um adulto, afirmando que se trata de um cavalo e não de um cachorro, a 
criança acomodará aquele estímulo a uma nova estrutura cognitiva, criando um novo esquema 
mental. Essa criança tem, agora, um esquema para o conceito de cachorro e outro para o conceito 
de cavalo. 
Essa é a definição de acomodação, dada por PIAGET (1996, p. 18); chamaremos acomodação 
(por analogia com os "acomodatos" biológicos) toda modificação dos esquemas de 
assimilação sob a influência de situações exteriores (meio) ao quais se aplicam. 
RESUMINDO 
 Assimilação é o processo mental pelo qual se incorporam os dados das novas experiências aos 
esquemas mentais existentes. É um movimento de integração do meio ao organismo. 
 Acomodação é o processo mental pelo qual os esquemas mentais existentes serão 
modificados, em função de novas experiências do meio. É um movimento de adequação do 
organismo ao meio. 
Vamos analisar dois relatos como exemplos: 
 FONTE:SHUTTERSTOCK 
 FONTE:SHUTTERSTOCK 
“Acho que consigo pensar essa questão na minha aula. Ensino Matemática e noto que quando 
apresento a dinâmica dos números inteiros saindo dos números naturais, a turma sofre. Uma vez, 
vi um professor chegando com encartes de mercado, perguntei o que era aquilo e ele respondeu 
que era para fazer a aula, que era meu ‘calo’. Ele distribuiu, fez uma brincadeira dando um 
orçamento por grupo para fazer uma festa, os grupos podiam pedir empréstimo uns ao outros, 
faziam uma coisa ‘doida’; quando faziam resumo, os grupos sabiam seu gasto, sabiam quanto 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/psicologia_da_educacao_cognitivista/index.html#collapse-steps1a
http://estacio.webaula.com.br/cursos/temas/psicologia_da_educacao_cognitivista/index.html#collapse-steps2aestavam devendo e o professor dizia que só iria ensinar a eles a ler o que eles sabiam. Poxa, ele 
tinha resultados muito melhores que do eu!” 
“Faço isso em História, vi em uma série de TV, tinha que contar sobre uma guerra, eles não 
entendiam nada, percebi que um garoto fez uma “apropriação” com os termos que ele conhece, 
reconhecendo as coisas, rolou interesse. A prova foi uma loucura, um tal de ‘dono do morro’, ‘boca 
de fumo’, mas sabe que eles entenderam?!” 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. MARCO ANTÔNIO MOREIRA (1999) APRESENTA TRÊS PARADIGMAS TEÓRICO-
FILOSÓFICOS PARA O ESTUDO DA APRENDIZAGEM: O COMPORTAMENTALISMO 
(BEHAVIORISMO), O HUMANISMO E O COGNITIVISMO. SÃO PONTOS FUNDAMENTAIS 
PARA O COGNITIVISMO: 
Ensino centrado no aluno e autorrealização. 
Estudo do pensamento, da percepção, da memória. 
Modelagem do comportamento, reforço e condicionamento. 
Autenticidade, compreensão empática. 
Uso do insight rápido e as interpretações daquilo para entender. 
2. JEAN PIAGET FOI UM IMPORTANTE TEÓRICO DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
COGNITIVISTA, COM SEUS ESTUDOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA. LEIA 
COM ATENÇÃO O TEXTO A SEGUIR, SOBRE O DESENVOLVIMENTO DAS OPERAÇÕES 
MENTAIS DA CRIANÇA: 
 
“NESTE ESTÁGIO, QUE VAI DO NASCIMENTO ATÉ APROXIMADAMENTE OS DOIS ANOS 
DE IDADE, O CONHECIMENTO DO MUNDO PELA CRIANÇA SE DÁ ATRAVÉS DOS ÓRGÃOS 
DOS SENTIDOS E DOS MOVIMENTOS, SURGINDO AO FINAL AS PRIMEIRAS OPERAÇÕES 
MENTAIS. NO DECORRER DO PERÍODO, O SER HUMANO ESTABELECE AS BASES 
FUNDAMENTAIS PARA A CONSTRUÇÃO DAS PRINCIPAIS CATEGORIAS DO 
CONHECIMENTO, QUE OCORRERÁ DEPOIS.” ASSINALE A ALTERNATIVA QUE INDICA 
ESSE ESTÁGIO. 
Estágio operatório formal. 
Estágio sensório motor. 
Estágio de assimilação e acomodação. 
Estágio operatório concreto. 
Estágio de incompreensão estrutural. 
GABARITO 
1. Marco Antônio Moreira (1999) apresenta três paradigmas teórico-filosóficos para o 
estudo da aprendizagem: o Comportamentalismo (Behaviorismo), o Humanismo e o 
Cognitivismo. São pontos fundamentais para o Cognitivismo: A alternativa "B " está correta. 
A opção correta é B, o Cognitivismo visa rediscutir, entender as dinâmicas do pensamento 
humano. Busca notar o que é típico e atípico, recorrente e exceção, a fim de entender sobre o 
pensamento, a percepção, a memória; deseja fundamentalmente dar vazão à lógica de sujeito, 
sendo capaz de articular e utilizar seus conhecimentos e suas funções cognitivas para tal. 
As opções A, D, e E trazem princípios da Psicologia da Educação Humanista, cujo principal teórico 
foi Carl Rogers. Alguns dos princípios dessa abordagem são: o aluno é o centro do processo 
educativo, ninguém ensina a ninguém, apenas facilita a aprendizagem do outro; as pessoas 
aprendem quando isso mantém ou melhora a estrutura do seu ser (self), a autopercepção e a 
autoestima; o facilitador da aprendizagem (não é utilizado o termo professor) deve ter qualidades 
de autenticidade e compreensão empática do outro. 
A resposta C faz referência ao Comportamentalismo, tendo como foco os aspectos observáveis 
do comportamento humano. Concebe a aprendizagem como modificação do comportamento, 
modelado e condicionado pela utilização de reforços, estímulos apresentados ou retirados depois 
que o comportamento é manifestado, com o objetivo de fazer com que ele aumente ou diminua a 
frequência com que é apresentado. 
2. Jean Piaget foi um importante teórico da Psicologia da Educação cognitivista, com seus 
estudos sobre o desenvolvimento da criança. Leia com atenção o texto a seguir, sobre o 
desenvolvimento das operações mentais da criança: 
“Neste estágio, que vai do nascimento até aproximadamente os dois anos de idade, o 
conhecimento do mundo pela criança se dá através dos órgãos dos sentidos e dos 
movimentos, surgindo ao final as primeiras operações mentais. No decorrer do período, o 
ser humano estabelece as bases fundamentais para a construção das principais categorias 
do conhecimento, que ocorrerá depois.” Assinale a alternativa que indica esse estágio. 
A alternativa "B " está correta. 
A opção A corresponde à adolescência em diante, quando os indivíduos se tornam mais 
conscientes do sentimento dos outros e da realidade, com a superação total do egocentrismo. 
Tornam-se capazes de pensar abstratamente, superando o concreto, formular hipóteses, planejar, 
deduzir e imaginar soluções para os problemas. Assimilação e acomodação, apresentadas na 
opção C, não constituem um estágio do desenvolvimento cognitivo. 
A criança interage com o mundo, os novos objetos e situações, por meio de equilibrações, que 
ocorrem por dois processos: a assimilação e a acomodação são processos permanentes nos 
esquemas mentais, uma vez que buscam entender a dinâmica dos pensamentos a partir de 
esquemas; além, também, da tendência contrária, dos esquemas mentais ser reordenarem para 
acomodar as novas experiências. 
A opção D faz referência ao período entre aproximadamente 7 a 11 anos, fase da escolarização, 
em que a criança utiliza as operações lógicas que já possui, mas necessita de objetos concretos 
e situações reais para apoiá-las. A criança não pensa em termos abstratos, nem raciocina a 
respeito de proposições verbais ou hipotéticas. 
Já a opção E não deixa a estrutura de conceito em negativa se afastando da proposta apontada. 
MÓDULO 2 
 
Definir a teoria de Vygotsky como importante movimento no Cognitivismo 
No módulo anterior, além de ressaltar a importância do estudo da Psicologia da Educação, 
essencial para a formação e para a prática do professor, apresentamos o Cognitivismo, um dos 
três movimentos teóricos fundamentais da Psicologia, junto com o Humanismo e 
o Comportamentalismo. 
Tendo como foco a cognição, os processos de compreensão, a transformação, o armazenamento 
e a utilização das informações, o Cognitivismo foi rapidamente incorporado aos estudos 
pedagógicos, constituindo a Psicologia da Educação Cognitivista. 
Reconhecemos um grande estudioso dessa área: o psicólogo e filósofo suíço Jean Piaget. Dos 
seus estudos, selecionamos três fundamentais e muito conhecidos: 
Teoria dos estágios do desenvolvimento das operações mentais 
Teoria do desenvolvimento da linguagem 
Teoria do desenvolvimento da moralidade 
Vamos tratar, neste módulo, do psicólogo russo Vygotsky e de alguns dos seus seguidores mais 
importantes. Você vai gostar e aproveitar muito o conteúdo! 
QUEM FOI VYGOTSKY? 
Vygotsky foi, durante muito tempo, um ilustre desconhecido para o Ocidente. Nascido em meio à 
consolidação da crise do czarismo e do estabelecimento da URSS, conclui seus estudos no 
momento em que se concretizam as mudanças. 
Atravessa, como intelectual e acadêmico, as crises da Segunda Guerra Mundial e as tensões da 
Guerra Fria e, apesar de morrer relativamente jovem, seu legado na Universidade de Moscou 
deixou uma linha de pesquisa fundamental e que se encontraria, tempos depois, com os estudos 
e desenvolvimentos de outros autores da Psicologia da Educação ocidental. 
 Legenda: Lev Semyonovich Vygotsky, autor desconhecido, 1925. Fonte: Inritter. 
TENSÕES DA GUERRA FRIA 
Por causa das características da tensão do mundo da Guerra Fria, sabemos pouco de seus feitos 
acadêmicas. Fruto do forte investimento soviético no campo da Educação e do valor dado aos 
professores universitários e ao desenvolvimento da criança, sabe-se de sua relevância em um 
importante congresso em Leningrado e de sua atuação em pesquisas que versavam 
principalmente sobre o desenvolvimento infantil, as doenças psicológicas, formulando a teoria que 
o deixaria famoso, associando aspectos da socialização com elementos de cognição e seus 
impactos psicológicos. 
 SAIBA MAIS 
 Fonte:ShutterstockLegenda: Soldados armados carregam uma faixa 
com os dizeres "Comunismo", Moscou, 1917. Fonte: Underlying lk. 
Vygotsky apoiou fortemente a Revolução Russa de 1917, que implantou o regime comunista no 
país. 
Com a ascensão de Josef Stalin(1878-1953) ao poder, em 1924, o ambiente cultural na Rússia 
ficou progressivamente limitado e Vygotsky se indispôs com o regime stalinista, foi preso por 
subversão e, mais tarde, exilado na Sibéria. 
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 Fonte:ShutterstockLegenda: Stalin, Lenin e Kalinin, no 
VIII Congresso do Partido Comunista da União Soviética, 1919. Fonte: E rulez. 
Suas ideias foram repudiadas pelo governo soviético e as obras de sua autoria foram proibidas na 
União Soviética, entre 1936 e 1958, pela censura do regime totalitário russo. 
Essa proibição fez com que sua obra Pensamento e linguagem só fosse lançada no Brasil em 
1962; e A formação social da mente, em 1984, quando o autor começou a ser conhecido em nosso 
país e estudado nas nossas universidades. 
ALGUNS CONCEITOS DE VYGOTSKY QUE NOS PERMITEM AFIRMAR 
QUE ELE É UM TEÓRICO COGNITIVISTA 
O pensamento cognitivista russo, representado por Vygotsky e seus seguidores, teve forte 
influência no pensamento educacional brasileiro, na década de 1980, correspondendo à abertura 
política pós-ditadura militar. 
 Fonte:ShutterstockLegenda: Manifestações pelas eleições diretas para a 
presidência da República no Plenário da Câmara dos Deputados, Célio Azevedo, 1984. Fonte: 
Tm. 
COMENTÁRIO 
Uma das dificuldades da chegada do pensamento do autor ao Brasil não se dá pela qualidade de 
sua teoria, mas por fatores ideológicos. A obra de Vygotsky só recebeu a valorização que merecia 
após a amenização da crise ideológica (Capitalismo Liberal x Comunismo) e do medo de que as 
bases do pensamento comunista pudessem estar sob o pensamento de qualquer russo. 
Outra maneira de ver a Psicologia da Educação relacionada ao mundo é um dos principais 
legados trazidos pelo autor. Vygotsky considera as influências do mundo na formação do 
Cognitivismo. 
Vygotsky tem como foco os processos psicológicos chamados de superiores, presentes nos 
seres humanos, determinados histórica e culturalmente: atenção e memória, raciocínio, 
capacidade de planejamento, pensamento abstrato, entre outros e, fundamentalmente, a 
linguagem. Mais cognitivista que isso, é impossível! 
“CHEGAMOS À CONCLUSÃO DE QUE O MEIO NÃO PODE SER ANALISADO POR NÓS 
COMO UMA CONDIÇÃO ESTÁTICA E EXTERIOR COM RELAÇÃO AO DESENVOLVIMENTO, 
MAS DEVE SER COMPREENDIDO COMO VARIÁVEL E DINÂMICO. ENTÃO O MEIO, A 
SITUAÇÃO DE ALGUMA FORMA INFLUENCIA A CRIANÇA, NORTEIA O SEU 
DESENVOLVIMENTO. MAS A CRIANÇA E O SEU DESENVOLVIMENTO SE MODIFICAM, 
TORNAM-SE OUTROS. E NÃO APENAS A CRIANÇA SE MODIFICA, MODIFICA-SE TAMBÉM 
A ATITUDE DO MEIO PARA COM ELA, E ESSE MESMO MEIO COMEÇA A INFLUENCIAR A 
MESMA CRIANÇA DE UMA NOVA MANEIRA. ESSE É UM ENTENDER DINÂMICO E 
RELATIVO DO MEIO – É O QUE DE MAIS IMPORTANTE SE DEVE EXTRAIR QUANDO SE 
FALA SOBRE O MEIO NA PEDOLOGIA.” (VIGOTSKI, [1935], 2010) 
Para entender melhor, vamos aos principais conceitos de Vygotsky: 
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MEDIAÇÃO 
 
 autor/shutterstock 
INTERAÇÃO 
 
 
 autor/shutterstock 
INTERNALIZAÇÃO 
 
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 autor/shutterstock 
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL (ZDP) 
MEDIAÇÃO 
O homem é sempre sujeito do conhecimento, mas, para ter acesso a ele, necessita da mediação 
feita por vários entes: o conhecimento construído pelas gerações anteriores; os instrumentos 
físicos; os instrumentos simbólicos, como a linguagem, e outros seres humanos. Na escola, por 
exemplo, os professores e os colegas são agentes mediadores para a construção de novos 
conhecimentos. 
INTERAÇÃO 
Para Vygotsky, o homem está em constante relacionamento com o mundo que o cerca. São as 
trocas sociais ou interações, principalmente com os outros seres humanos, que possibilitam a 
aprendizagem e o desenvolvimento. 
Opondo-se ao inatismo, afirma que, por meio das interações sociais, o indivíduo modifica o mundo 
(social e físico) e, ao mesmo tempo, é transformado pelo mundo. Segundo o autor, o ser humano 
não é somente “produto do meio”, mas também construtor do mundo. 
INTERNALIZAÇÃO 
O desenvolvimento cognitivo é um processo de internalização, pelo indivíduo, das experiências 
sociais. Essa apropriação acontece por meio das funções mentais. Assim, as funções psicológicas 
superiores do ser humano aparecem duas vezes na vida: primeiro, na relação com outras 
pessoas (interpessoalmente) e, depois, no interior da própria pessoa (intrapessoalmente), 
elas são internalizadas. 
ZONA DE DESENVOLVIMENTO PROXIMAL (ZDP) 
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A Zona de Desenvolvimento Proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas 
que estão em processo de maturação; funções que amadurecerão, mas que estão, 
presentemente, em estado embrionário (VYGOTSKY, 1999, p. 97). 
Trata-se, então, da distância entre o nível de desenvolvimento real de uma pessoa, já adquirido 
ou formado, expresso, por exemplo, pela capacidade de resolver independentemente um 
problema; e o nível de desenvolvimento potencial, expresso pela capacidade de resolver um 
problema sob a orientação ou em colaboração com outra pessoa. 
 Fonte:ShutterstockFonte: ProStockStudio | 
Shutterstock 
DOIS TIPOS DE CONCEITOS 
Por meio da experiência pedagógica, aprendemos que o ensino direto de conceitos sempre se 
mostra impossível e pedagogicamente estéril. O professor que envereda por esse caminho 
costuma não conseguir senão uma assimilação vazia de palavras, um verbalismo puro e simples 
que estimula e imita a existência dos respectivos conceitos na criança, mas, na prática, esconde 
o vazio. 
 
EM TAIS CASOS, A CRIANÇA NÃO ASSIMILA O CONCEITO, MAS A PALAVRA; CAPTA MAIS 
DE MEMÓRIA DO QUE DE PENSAMENTO E SENTE-SE IMPOTENTE DIANTE DE QUALQUER 
TENTATIVA DE EMPREGO CONSCIENTE DO CONHECIMENTO ASSIMILADO. 
 
No fundo, esse método de ensino de conceitos é a falha principal do rejeitado método puramente 
escolástico de ensino, que substitui a apreensão do conhecimento vivo pela apreensão de 
esquemas verbais mortos e vazios (VYGOTSKY, 2001, p. 247). 
Vygotsky abordava, no estudo do desenvolvimento cognitivo do homem, dois tipos de conceitos: 
 autor/shutterstock 
ESPONTÂNEOS (COTIDIANOS) 
Desenvolvidos na experiência pessoal, cotidiana e concreta da criança. 
Exemplo 
Nas atividades práticas, a criança adquire a noção de comida, alimento, como um conceito 
espontâneo. 
 autor/shutterstockCIENTÍFICOS 
Adquiridos por meio do ensino sistemático, compõem o sistema organizado de conhecimentos. 
Exemplo 
Na escola, ela aprende os conceitos científicos relacionados ao valor nutricional dos alimentos. 
Finalizando, vamos “ouvir” Vygotsky! 
DESDE OS PRIMEIROS DIAS DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA, SUAS ATIVIDADES 
ADQUIREM UM SIGNIFICADO PRÓPRIO EM UM SISTEMA DE COMPORTAMENTO SOCIAL, 
E SENDO DIRIGIDAS A OBJETIVOS DEFINIDOS, SÃO REFRATADAS ATRAVÉS DO PRISMA 
DO AMBIENTE DA CRIANÇA. O CAMINHO DO OBJETO ATÉ A CRIANÇA E DESTA ATÉ O 
OBJETO PASSA ATRAVÉS DE OUTRA PESSOA. ESSA ESTRUTURA HUMANA COMPLEXA 
É O PRODUTO DE UM PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO PROFUNDAMENTE 
ENRAIZADO NAS LIGAÇÕES ENTRE HISTÓRIA INDIVIDUAL E HISTÓRIA SOCIAL. 
(VYGOTSKY, 1989, p. 33) 
 autor/shutterstock 
LURIA E LEONTIEV, PRINCIPAIS SEGUIDORES DE VYGOTSKY 
Os trabalhos de Vygotsky constituíram uma escola de pensamento cognitivista na Rússia, mesmo 
com suas obras proibidas durante tanto tempo. 
Dois dos seus mais conhecidos seguidores, que concretizaram a linha de estudos do 
desenvolvimento e da aprendizagem do homem conhecida como Pensamento Sócio-Histórico, 
foram: 
 autor/shutterstock 
ALEXANDER ROMANOVICH LURIA 
(1902-1977) 
 autor/shutterstock 
ALEXEI LEONTIEV 
(1903-1979) 
Luria foi convidado, em 1924, a fazer parte do corpo de jovens cientistas do Instituto de Psicologia 
de Moscou. Lá, conheceu Vygotsky e se associou a Leontiev com o objetivo de estabelecer um 
novo recorte da Psicologia, relacionando os processos psicológicos com aspectos culturais, 
históricos e instrumentais, enfatizando o papel fundamental da linguagem. 
Vamos analisar o relato a seguir: 
“Em História, noto muito isso, alguns assuntos que eu amo, como Renascimento e Iluminismo, 
não consigo despertar os pontos, a dinâmica, falando de poesia, galerias, Europa, do que já vi [...] 
e o aprendizado não se sustenta, fico bravo porque não me dão atenção! Aí, na aula de escravidão 
quando inicio a falar de profissões, resistência, começo a falar de mãe, de alforria [...], eles vão 
sendo despertados, querem entender [...], falo da lutas e de um monte de coisas, há uma 
comunidade histórica, com forte presença negra. Então, eles falam dos avós, das dificuldades da 
comunidade; vou dando liberdade e eles vão construindo novos discursos que eu – que sou de 
outra região e tenho outra cor – nunca tinha imaginado. Acho que se considerar um pouco mais 
posso ter resultados melhores! 
Com base no conhecimento adquirido até aqui, responda qual seria a justificativa para o 
relato do professor: 
 
RESPOSTA 
Não sabemos se é só interesse, talvez o processo seja pensar as dinâmicas do desenvolvimento, 
e de cada fase do desenvolvimento, e associar seu desenvolvimento com a dinâmica de 
desenvolvimento social. Lembra a fase do tênis, amarrar o tênis não é um processo natural do 
desenvolvimento; a autonomia para determinadas ações em uma fase, é. Os alunos que moram 
em uma parte alta da cidade sabem o que é um morro, uma elevação, brincam com a ideia de 
montanha, a diferença vai ser que cada fase do desenvolvimento – que acontece e é mensurado 
pela demanda e pelo amadurecimento —,manifesta-se e é observado de modo a perceber o 
desenvolvimento e, nesse princípio, o professor é fundamental, para entender o que é parte do 
desenvolvimento, adequar e difundir, mediar. 
Vamos assistir ao vídeo para entender melhor essa questão! 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. LEIA O TEXTO COM ATENÇÃO: “NORMALMENTE, QUANDO NOS REFERIMOS AO 
DESENVOLVIMENTO DE UMA CRIANÇA, O QUE BUSCAMOS COMPREENDER É ATÉ 
AONDE A CRIANÇA JÁ CHEGOU, EM TERMOS DE UM PERCURSO QUE, SUPOMOS, SERÁ 
PERCORRIDO POR ELA. ASSIM, OBSERVAMOS SEU DESEMPENHO EM DIFERENTES 
TAREFAS E ATIVIDADES, COMO, POR EXEMPLO: ELA JÁ SABE ANDAR? JÁ SABE 
AMARRAR SAPATOS? JÁ SABE CONSTRUIR UMA TORRE COM CUBOS DE DIVERSOS 
TAMANHOS? QUANDO DIZEMOS QUE A CRIANÇA JÁ SABE REALIZAR DETERMINADA 
TAREFA, REFERIMO-NOS À SUA CAPACIDADE DE REALIZÁ-LA SOZINHA. POR EXEMPLO, 
SE OBSERVAMOS QUE A CRIANÇA JÁ SABE AMARRAR SAPATOS, ESTÁ IMPLÍCITA A 
IDEIA DE QUE ELA SABE AMARRAR SAPATOS, SOZINHA, SEM NECESSITAR DE AJUDA 
DE OUTRAS PESSOAS” (OLIVEIRA, 1995, P. 58). NO TEXTO, TEMOS A DESCRIÇÃO DE UM 
DOS CONCEITOS ENUNCIADOS POR VYGOTSKY, AO ESTUDAR O DESENVOLVIMENTO 
HUMANO. ESSE CONCEITO É: 
Desenvolvimento real 
Fase egocêntrica da linguagem 
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Zona de desenvolvimento proximal 
Desenvolvimento potencial 
Conectivismo cognitivo 
2. SEGUNDO REGO (2009, P.93), “VYGOTSKY, INSPIRADO NOS PRINCÍPIOS DO 
MATERIALISMO DIALÉTICO, CONSIDERA O DESENVOLVIMENTO DA COMPLEXIDADE DA 
ESTRUTURA HUMANA COMO UM PROCESSO DE APROPRIAÇÃO PELO HOMEM DA 
EXPERIÊNCIA HISTÓRICA E CULTURAL.” SOBRE A TEORIA DE VYGOTSKY, É CORRETO 
AFIRMAR QUE: 
Vygotsky tem uma concepção inatista de que a criança nasce já pronta e só espera o 
amadurecimento se manifestar, reagindo às pressões do meio. 
Os níveis de desenvolvimento real (aquilo que a criança é capaz de fazer sozinha) e potencial 
(aquilo que a criança só é capaz de fazer com a ajuda de outro indivíduo) independem da interação 
com o meio social. 
A criança, ao chegar à escola, já traz uma bagagem de conceitos científicos, que são apenas 
elaborados e aprimorados pela ação educativa intencional. 
Seus estudos se fundamentam no método e nos princípios teóricos do materialismo histórico-
dialético, com forte influência marxista. 
Conectivismo dialoga com as teorias cognitivistas, sendo sua face de proximidade com a 
Educação. 
GABARITO 
1. Leia o texto com atenção: “Normalmente, quando nos referimos ao desenvolvimento de 
uma criança, o que buscamos compreender é até aonde a criança já chegou, em termos de 
um percurso que, supomos, será percorrido por ela. Assim, observamos seu desempenho 
em diferentes tarefas e atividades, como, por exemplo: ela já sabe andar? Já sabe amarrar 
sapatos? Já sabe construir uma torre com cubos de diversos tamanhos? Quando dizemos 
que a criança já sabe realizar determinada tarefa, referimo-nos à sua capacidade de realizá-
la sozinha. Por exemplo, se observamos que a criança já sabe amarrar sapatos, está 
implícita a ideia de que ela sabe amarrar sapatos, sozinha, sem necessitar de ajuda de 
outras pessoas” (OLIVEIRA, 1995, p. 58). No texto, temos a descrição de um dos conceitos 
enunciados por Vygotsky, ao estudar o desenvolvimento humano. Esse conceito é: 
A alternativa "A " está correta. 
 
 
A opção B fala de um conceito piagetiano, o de linguagem egocêntrica. Segundo Piaget, a 
linguagem egocêntrica é uma das expressões da função simbólica da criança, que surge em torno 
dos três anos. É uma linguagem baseada em si mesma, sem função comunicativa com os demais.. 
Quando chega aos seis ou sete anos, a criança abandona o pensamento e a linguagem 
egocêntricos, surgindo o pensamento lógico concreto e desenvolvendo os aspectos comunicativos 
da linguagem. 
A ZDP, mencionada na opção C, é definida por Vygotsky como a distância entre o nível real de 
desenvolvimento, capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de 
desenvolvimento potencial, capacidade da resolução de um problema sob a orientação de um 
adulto ou em colaboração com outro companheiro mais experiente. 
Finalmente, o desenvolvimento potencial (opção D) foi descrito acima: ele é expresso pela 
capacidade de resolução e problemas, estimulados pelo mediador. 
2. Segundo Rego (2009, p.93), “Vygotsky, inspirado nos princípios do materialismo 
dialético, considera o desenvolvimento da complexidade da estrutura humana como um 
processo de apropriação pelo homem da experiência histórica e cultural.” Sobre a teoria 
de Vygotsky, é correto afirmar que: A alternativa "D " está correta. 
A concepção A é incorreta porque Vygotsky se opunha ao inatismo, via o indivíduo como um ser 
ativo, capaz de modificar a si próprio e o meio em que vive. Assim, ao desenvolver-se acontece 
umaação dialética, recíproca, de transformação mútua, entre o indivíduo e o mundo que o cerca. 
A afirmação da concepção B é incorreta porque Vygotsky valoriza a interação da criança com o 
meio que a cerca, criando o conceito de Zona de desenvolvimento proximal (ZDP), em que essas 
interações atuam, tornado o que é potencial em desenvolvimento real. 
Em se tratando da alternativa C, ela contradiz a afirmativa de Vygotsky de que a criança chega à 
escola com conceitos espontâneos, construídos no dia a dia, fora da sala de aula. Eles são 
construídos nas relações mediadas pelos familiares, grupos de amizade ou por outros grupos 
significativos. Na escola, terá vivências e convivências que constituirão os conceitos científicos, 
do saber sistematizado universal. A alternativa E está incorreta, pois o Conectivismo é uma teoria 
cognitivista, sendo sua vertente a que se aproxima das demandas da era digital. 
MÓDULO 3 
 
Identificar o Conectivismo como uma teoria compatível com a sociedade do conhecimento 
e a era digital 
No módulo que encerramos, o foco esteve na Psicologia Cognitiva da Educação desenvolvida na 
Rússia, tendo como protagonista Lev Semenovich Vygotsky, psicólogo cuja obra esteve proibida 
durante muitos anos, por determinação do regime totalitário russo. Ainda assim, ele criou, com o 
apoio de seguidores como Luria e Leontiev, os fundamentos de uma tendência teórica: 
a Psicologia Sócio-Histórica. 
 
VYGOTSKY ATUOU COMO PROFESSOR E DEIXOU IMPORTANTES ESTUDOS SOBRE A 
COGNIÇÃO HUMANA, O ENSINO DA ARTE, O BRINQUEDO, O ATENDIMENTO AOS 
ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS, ENTRE OUTROS. 
 
Neste módulo, vamos estudar uma escola mais atual do Cognitivismo, cujo nome é até parecido: 
CONECTIVISMO 
Via de regra, é uma tendência, não foi apresentado de forma tão detalhada na Educação como as 
Teorias de Piaget e de Vygotsky. Isso ocorre por sua atualidade, além da demora da chegada ao 
Brasil de linhas de Psicologia da Educação já conhecidas, mas que passaram por enorme 
resistência. 
Vamos precisar investigar o que representa esse outro olhar. Há uma defesa importante, que ele 
não representa uma ruptura, mas uma atualização dinâmica para o mundo contemporâneo das 
abordagens da Psicologia no ambiente escolar. Afinal, conectar passou a ser um verbo 
recorrente e com importantes metáforas em nosso meio. 
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O QUE É CONECTIVISMO? 
O Conectivismo implica uma nova visão de aprendizagem não apenas formal e sistemática, mas 
apresenta um modelo que não a considera mais uma atividade interna, individualista, e reconhece 
as aceleradas mudanças tecnológicas na sociedade. 
Segundo Siemens (2004), "a tecnologia reorganizou o modo como vivemos, como nos 
comunicamos e como aprendemos", e continua: “o Conectivismo fornece uma percepção das 
habilidades e tarefas de aprendizagem necessárias para os aprendizes florescerem na era digital”. 
É central no Conectivismo a ideia de que o conhecimento está distribuído em redes 
conectadas e de que aprender constitui a capacidade de circular ativa e proveitosamente 
por essas redes. Isso faz com que essa ideia esteja em sintonia com a nova realidade tecnológica 
e a sociedade em rede da era atual. 
 Fonte:ShutterstockFonte: Monkey Business Images | Shutterstock 
Vamos assistir ao vídeo para entender melhor sobre a sociedade em Rede! 
ALGUNS PRINCÍPIOS DO CONECTIVISMO 
Aprendizagem e conhecimento apoiam-se na diversidade de opiniões. 
Aprendizagem é um processo de conectar nós especializados ou fontes de informação. 
Aprendizagem pode residir em dispositivos não humanos. 
A capacidade de saber mais é mais crítica do que aquilo que é conhecido atualmente. 
É necessário cultivar e manter conexões para facilitar a aprendizagem contínua. 
A habilidade de enxergar conexões entre áreas, ideias e conceitos é uma habilidade fundamental. 
Atualização (currency – conhecimento acurado e em dia) é a intenção de todas as atividades de 
aprendizagem conectivistas. 
A tomada de decisão é, por si só, um processo de aprendizagem. 
TOMADA DE DECISÃO 
Escolher o que aprender e o significado das informações que chegam é enxergar através das 
lentes de uma realidade em mudança. Apesar de haver uma resposta certa agora, ela pode ser 
errada amanhã, devido a mudanças nas condições que cercam a informação e que afetam a 
decisão (SIEMENS, 2004, p. 6). 
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CRIADORES DO CONECTIVISMO: SIEMENS E DOWNES 
George Siemens nasceu no Canadá, em 1970, é professor da Athabasca University, em Alberta, 
e considerado o criador e principal teórico do Conectivismo. 
Manifestou interesse pelas possibilidades pedagógicas das Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TIC) e, junto com o também canadense Stephen Downes (1959-), apresentou o 
Conectivismo como um novo paradigma de estudo da aprendizagem mediada por tecnologias. 
 autor/shutterstock 
George Siemens 
George Siemens investiga a aprendizagem digital construindo relações sobre o desenvolvimento 
da Indústria 4.0, da velocidade de informações do mundo em sociedade em redes, além de um 
processo de constante readaptação. A proposta de Siemens é que a democratização de 
plataformas e meios criam oportunidade educacionais singulares; essas novas redes, formais e 
informais, geram oportunidades de conhecimento e plataformas educacionais que podem ser 
exploradas. No entanto, precisamos pensar sobre o impacto dessa digitalização nas dimensões 
humanas e é sobre isso que passamos a tratar. 
 autor/shutterstock 
Stephen Downes 
Stephen Downes é considerado um dos principais especialistas mundiais em tecnologia de 
aprendizagem online e novas mídias. Possui publicações nas áreas de Lógica, raciocínio, 
habilidades do século XXI e Literacia Digital, além de grande destaque no movimento 
de Educação aberta. 
INDÚSTRIA 4.0 
Um termo recorrente que faz referências às revoluções das tecnologias no século XXI. 
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EDUCAÇÃO ABERTA 
Educação Aberta é o movimento mundial que defende o livre acesso a oportunidades de 
aprendizagem, conteúdos livres e tecnologias e internet gratuitas. 
Segundo Downes (2005, apud MOTA, 2004), o conhecimento é distribuído por uma rede de 
conexões e, por essa razão, a aprendizagem consiste na capacidade de construir e circular 
nessas redes. 
 
A “APRENDIZAGEM OCORRE EM COMUNIDADES E A PRÁTICA DA APRENDIZAGEM É A 
PRÓPRIA PARTICIPAÇÃO NA COMUNIDADE”. 
 
O autor afirma que existem não duas, mas três categorias de conhecimento. São elas: 
CONHECIMENTO QUANTITATIVO 
Originado das práticas de calcular e medir, relativo aos dados objetivos dos objetos 
CONHECIMENTO QUALITATIVO 
Derivado dos sentidos, relativo aos dados subjetivos captados dos objetos 
CONHECIMENTO CONECTIVO OU DISTRIBUÍDO 
Derivado das conexões, das redes 
Características 
das redes que 
promovem o 
conhecimento 
cognitivo 
Significado da característica 
Autonomia 
O indivíduo, em uma rede, contribui de acordo com seus próprios 
conhecimentos, valores e decisões e também trabalha em prol dos 
seus interesses individuais, além dos interesses coletivos. 
Abertura 
Todos podem interagir com todos e as contribuições dos membros 
são fundamentais para a comunidade em rede. A abertura da rede 
não impõe barreiras para a entrada de novos membros, ideias e 
desafios. 
Diversidade 
Compreende que as pessoas participantes da rede estão em locais 
diferentes, falam línguas diferentes, provêm de diferentes culturas, 
acessam diferentes recursos e têm diferentes pontos de vista. 
Interatividade 
O conhecimento conectivo não é aquele transmitido de uma pessoa 
para outra, mas o que é gerado da colaboração em rede emerge 
como resultado das conexões estabelecidas. 
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 
ALGUMAS CONSEQUÊNCIAS DO CONECTIVISMOPARA A EDUCAÇÃO 
 autor/shutterstock 
Aprendizagem em rede 
Chamada por muitos de c-Learning - aprendizagem em comunidade, aprendizagem comunicativa 
ou aprendizagem colaborativa, desenvolvida em redes sociais virtuais. 
 autor/shutterstock 
Comunidades de prática 
Termo criado por Étienne Wenger (1952-) para designar grupos que se reúnem periodicamente, 
em função de interesses comuns na aprendizagem coletiva e colaborativa e na aplicação do 
conteúdo aprendido. 
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 autor/shutterstock 
MOOCs 
Sigla originada do inglês Massive Open Online Course (Curso Online Aberto e Massivo), designa 
cursos acessíveis a qualquer pessoa com acesso à internet. Não há acompanhamento dos alunos 
matriculados por um professor ou tutor. Os MOOCs são acessados por milhares de pessoas, por 
isso, são planejados de modo que o conhecimento do aluno seja testado a cada módulo aprendido, 
permitindo o progresso para os módulos seguintes. 
Resumindo, podemos apresentar assim o processo de surgimento e consolidação do 
Conectivismo no cenário educacional: 
A Web 2.0 propiciou o surgimento de espaços virtuais de interação e colaboração 
A construção do conhecimento passou a se constituir de forma não linear, baseada em dados e 
informações 
Os trabalhos de Siemens e Downes propiciam o surgimento do Conectivismo e suas 
manifestações, como a aprendizagem em rede, as comunidades de prática, os MOOCs 
WEB 2.0 
A Web 2.0 foi um dos estágios da evolução inicial da internet, designando a segunda geração de 
comunidades e serviços. Houve aumento da velocidade e da facilidade de uso de diversos 
aplicativos, do acesso às redes sociais e às tecnologias da informação e comunicação. 
Finalizando, vamos “ouvir” Siemens e Downes! 
A APRENDIZAGEM É UM PROCESSO QUE OCORRE DENTRO DE AMBIENTES 
NEBULOSOS ONDE OS ELEMENTOS CENTRAIS ESTÃO EM MUDANÇA – NÃO 
INTEIRAMENTE SOB O CONTROLE DAS PESSOAS. A APRENDIZAGEM (DEFINIDA COMO 
CONHECIMENTO ACIONÁVEL) PODE RESIDIR FORA DE NÓS MESMOS (DENTRO DE UMA 
ORGANIZAÇÃO OU BASE DE DADOS), É FOCADA EM CONECTAR CONJUNTOS DE 
INFORMAÇÕES ESPECIALIZADOS, E AS CONEXÕES QUE NOS CAPACITAM A APRENDER 
MAIS SÃO MAIS IMPORTANTES QUE NOSSO ESTADO ATUAL DE CONHECIMENTO. 
(SIEMENS, 2004, p. 5-6) 
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 autor/shutterstock 
Já parou para pensar que esse “nó”, em uma rede, de alguma forma somos nós, e que se ele 
sempre existiu, é parte fundamental desse mundo em que a gente vive? 
Não dá para fugir dele em nenhuma hipótese! 
A convivência em ambientes virtuais de aprendizagem pressupõe diversos tipos de interação, 
síncronas e assíncronas, com níveis distintos e que são variados nas formas da gente interagir 
nessa rede. 
E esse é um ponto incômodo: os professores estão acabados? Eles não serão mais necessários? 
Com base no conhecimento adquirido até aqui, reflita sobre o papel do professor: 
 
RESPOSTA 
Nunca foram tão necessários, a dinâmica das redes e pela tecnologia só tem subido e se 
intensificado. As informações aumentam, mas a profundidade, o sentido, o entendimento das 
interações diminuem. E para aprender não basta conectar, tem que haver troca, tem que haver 
dinâmica. 
O professor está diferente do que conhecemos ou pensamos normalmente sobre ele. Será que 
ele é uma nova máquina, uma conexão? Pense bem – quantas conexões são possíveis? 
Essas novas possibilidades de conexão são ganhos. Mas as formas como elas ocorrem continuam 
precisando de mediação, de sentido. 
O professor Jorge Mattar (2013) fala o seguinte sobre Conectivismo: 
O CONECTIVISMO NÃO VÊ MAIS O PROFESSOR COMO O RESPONSÁVEL POR DEFINIR 
CONHECIMENTO, O PROFESSOR ESTÁ EM MEIO A ESSA TEIA, DIANTE DA FACILIDADE 
DE ACESSO À LEITURA E AOS CONHECIMENTOS NÃO TEM SENTIDO IMAGINAR QUE ELE 
SERÁ O PROVEDOR DE CONTEÚDO; ELE LEVA A LINHA, O PROCESSO, MAS LIDA COM 
A COLABORAÇÃO COLETIVA CONSTANTE E ELE É PARTE. O FOCO DE UM PROFESSOR 
DEVE SER AJUDAR PARA QUE OS ALUNOS ENCONTREM SOLUÇÕES. A RESOLUÇÃO DE 
PROBLEMAS ESTRUTURADOS DE FORMA COLETIVA. APRENDER NÃO É MAIS 
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CONCEBIDO COMO MEMORIZAÇÃO OU MESMO COMPREENSÃO DE TUDO, MAS COMO 
CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE CONEXÕES EM REDE, TRANSFORMANDO OS 
ALUNOS NÃO MAIS EM UMA FIGURA PASSIVA A SER ILUMINADA, MAS EM UM 
APRENDENTE, E QUE TODO O CONJUNTO CONSTRÓI SEU APRENDIZADO, INCLUSIVE O 
CLIMA DE APRENDIZADO. 
O Conectivismo dialoga com a dinâmica de objetos de aprendizagem, abertos ou direcionados, 
acessíveis e persistentes. Assim, a interação em Educação a distância move-se para além de 
consultas diretas a professores, bases de teorias diversas da Psicologia e do Cognitivismo, 
valorizando as trocas nos grupos e limitações dos ambientes virtuais de aprendizagem, 
associadas à Pedagogia Construtivista de Educação a distância. 
Vamos assistir ao vídeo para entender melhor sobre os MOOCs! 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
1. GEORGE SIEMENS, UM DOS CRIADORES DO CONECTIVISMO, FORMULOU ALGUNS 
PRINCÍPIOS QUE CARACTERIZAM ESSA TEORIA. ASSINALE, NA SEQUÊNCIA DE 
AFIRMATIVAS, A QUE EXPRESSA UM DESSES PRINCÍPIOS. 
A intenção de todas as atividades de aprendizagem conectivista é o resgate do conhecimento 
secular, sistematizado universalmente. 
As aprendizagens individualmente realizadas são sempre mais significativas do que aquelas que 
ocorrem no contato com grupos. 
É necessário cultivar e manter conexões para facilitar a aprendizagem contínua. 
A aprendizagem acontece apenas na interação com outros seres humanos. 
Valorização da tecnologia para compreensão da Psicologia. 
2. SEGUNDO STEPHEN DOWNES (1998), “NA MEDIDA EM QUE O APRENDIZADO É UMA 
ATIVIDADE SOCIAL, DEPENDE DA PRESENÇA, ISTO É, DEPENDE DA INTERAÇÃO E DO 
SENSO DE COMUNHÃO QUE TEMOS COM OUTRAS PESSOAS. MAS A PRESENÇA NÃO 
PRECISA SER DIRETA E PESSOAL; PODE SER MEDIADA POR OBJETOS E 
TECNOLOGIAS”. 
 
APRESENTA UMA FORMA DE CONHECIMENTO QUE CHAMA DE CONECTIVO, PRODUZIDO 
NAS REDES, E QUE TEM COMO UMA DE SUAS CARACTERÍSTICAS NÃO SER 
TRANSMITIDO DE UMA PESSOA PARA OUTRA, MAS GERADO DA COLABORAÇÃO, E 
EMERGIR COMO RESULTADO DAS CONEXÕES ESTABELECIDAS. 
 
ESSA CARACTERÍSTICA É CHAMADA DE: 
Diversidade 
Interatividade 
Autonomia 
Abertura 
Crítica 
GABARITO 
1. George Siemens, um dos criadores do Conectivismo, formulou alguns princípios que 
caracterizam essa teoria. Assinale, na sequência de afirmativas, a que expressa um desses 
princípios. A alternativa "C " está correta. 
O que o Conectivismo tem como princípio é o oposto da alternativa A, pois afirma que a 
atualização, o processo cotidiano e contínuo, é a intenção de todas as atividades que nos remetem 
a buscar formas de que o aprendizado seja promovido. 
A opção de resposta B contradiz o princípio do Conectivismo de que a aprendizagem contínua e 
significativa pressupõe a conexão a redes, que constituem fontes de informação e acesso à 
diversidade de opiniões. 
A afirmativa D se contrapõe ao princípio do Conectivismo de que a aprendizagem pode ser 
realizada também através da interação com as redes virtuais. A alternativa E está incorreta, pois 
o Conectivismo valorização as conexões resultantes da era digital e sua função na Educação. 
2. Segundo Stephen Downes (1998), “na medida em que o aprendizado é uma atividade 
social, depende da presença, isto é, depende da interação e do senso de comunhão que 
temos com outras pessoas. Mas a presença não precisa ser direta e pessoal; pode ser 
mediada por objetos e tecnologias”. Apresenta uma forma de conhecimento que chama de 
conectivo, produzido nas redes, e que tem como uma de suas características não ser 
transmitido de uma pessoa para outra, mas gerado da colaboração, e emergir como 
resultado das conexões estabelecidas. Essa característica é chamada de: 
A alternativa "B " está correta. 
De acordo com Downes (1998), a aprendizagem não é estruturada, controlada ou processada e 
acontece em redes. Uma rede é, em si, um ponto de trocas econhecimento, paralelo, constantes, 
e deve ser debatido sobre sua forma, como pode promover autonomia, abertura, diversidade e 
interatividade em prol do aprendizado. 
CONCLUSÃO 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Estamos concluindo um tema composto por três módulos, que tratou de uma importante escola 
da Psicologia da Educação: o Cognitivismo. 
Ela constitui, com a Psicologia da Educação Humanista e a Psicologia da Educação 
Comportamentalista, uma tríade fundamental nessa área do conhecimento. 
 Fonte:ShutterstockFonte: Boo-Tique | Shutterstock 
A palavra cognição nos remete a processos de aprendizagem, atenção, memória, linguagem, 
raciocínio, que compõem o desenvolvimento intelectual do homem e as habilidades mentais 
necessárias para que o ser humano construa o conhecimento sobre o mundo. 
Os teóricos que fazem parte desta escola têm, em comum, aspectos como a ênfase na atividade 
do sujeito no próprio processo de aprendizagem e o destaque da interação da pessoa que aprende 
com o mundo e com os outros indivíduos. 
Os estudos de Piaget sobre o desenvolvimento das operações mentais, da linguagem e da 
moralidade da criança; a abordagem de Vygotsky e de seus seguidores, na então União Soviética, 
que deram origem ao movimento Histórico-Social na Psicologia e na Educação; e o Conectivismo 
constituem importantes manifestações da Psicologia da Educação Cognitivista. 
Encerramos com um bom exemplo da Psicologia Cognitiva. Robert Sternberg, conhecido autor 
dessa linha teórica, ao tratar da questão do julgamento e da tomada de decisões, afirma que 
ambos são fundamentados em três requisitos cognitivos: 
 Possuir informações completas sobre todas as opções possíveis, bem como sobre os 
resultados da decisão tomada. 
 Ter clareza das diferenças sutis entre as opções de decisão. 
 Ser totalmente racional em relação à escolha da opção. 
Segundo o autor, a prioridade do Cognitivismo “é o estudo de como as pessoas percebem, 
aprendem, lembram-se e pensam sobre a informação” (STERNBERG, 2010, p. 23).

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