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Licenciatura em ciências · USP/ Univesp 8.1 Introdução 8.2 Taxas de Variação Instantânea de campos 8.3 O gradiente de um Campo Escalar 8.3.1 Os Campos elétrico e gravitacional 8.3.2 Movimento de um fluido: Hidrostática 8.3.3 Propagação do Calor 8.3.4 Força e Energia Potencial 8.4 O divergente de um campo Vetorial 8.4.1 Leis de Conservação 8.4.2 Leis do Eletromagnetismo e da Gravitação 8.5 Rotacional de um Campo Vetorial 8.5.1 Aplicações no Eletromagnetismo 8.5.2 Campos com divergente nulo 8.6 Derivadas de Segunda Ordem 8.6.1 O Operador Laplaciano (∇2) 8.6.2 A Equação de Laplace 8.7 Outras Derivadas de Segunda Ordem 8.7.1 Equação das Ondas 8.7.2 Ondas Eletromagnéticas 8.8 Mecânica Quântica e a Química Fu nd am en to s de M at em át ic a II8 Gil da Costa Marques APLICAÇÕES DAS DERIVADAS PARCIAIS 143 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 8.1 Introdução As leis físicas são enunciadas a partir de determinadas combinações de taxas de variação. Só a elas podemos atribuir um significado físico. O porquê disso tem a ver com a questão da isotropia do espaço ou, ainda, com o fato de que, qualquer que seja o referencial, as leis físicas devem ter a mesma forma nesse referencial. Isso requer que as grandezas físicas sejam grandezas vetoriais ou escalares. Assim, apenas taxas de variação que resultem em grandezas escalares ou grandezas vetoriais são relevantes do ponto de vista físico. Em particular, todas as leis fundamentais das ciências físicas são expressas em termos de taxas de variação, quer sejam pontuais ou instantâneas. O fato é que as leis físicas são enunciadas a partir de determinadas taxas de variação ou de combinação delas. Apenas algumas taxas de variação de campos, ou combinações delas, têm um significado físico. E esse significado está associado ao fato de que, qualquer que seja o referencial, as leis físicas devem ter a mesma forma nesse referencial. Isso requer, em última análise, que as taxas de variação, isto é, as grandezas físicas a elas associadas, sejam grandezas vetoriais ou grandezas escalares. Só tais categorias de campos são aceitáveis. Na Mecânica quântica e, portanto, em toda a química, um campo escalar denominado função de onda ocupa um papel central. O fato é que nem todas as derivadas de campos são úteis na formulação das leis físicas. Por isso, serão apresentadas, a seguir, as derivadas ou combinações delas, consideradas úteis na formulação das leis físicas. 8.2 Taxas de Variação Instantânea de campos No texto anterior, definimos derivadas parciais de componentes de campos vetoriais e de campos escalares. Conquanto possamos sempre definir derivadas parciais de campos, com respeito às coordenadas, nem sempre elas fazem sentido físico. As derivadas parciais de campos com relação ao tempo, no entanto, sempre fazem sentido, e isso independentemente de sua utilidade. Ao derivarmos um campo com respeito ao tempo, quer seja escalar ou vetorial, tal derivada dá a taxa de variação instantânea do campo. Geramos, ao tomar a derivada parcial com respeito ao tempo, um novo campo, com sentido físico bem definido. Ele tem a mesma natureza daquele que derivamos. 144 8 Aplicações das Derivadas Parciais Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 Por exemplo, definimos um novo campo vetorial C(x, y, z, t) obtido a partir da taxa de variação instantânea do campo E(x, y, z, t), de acordo com a expressão: 8.1 O campo C(x, y, z, t) definido acima é, assim como o campo E(x, y, z, t), um campo vetorial. Se, por um lado, derivarmos parcialmente com respeito ao tempo um campo escalar, o novo campo será igualmente um campo escalar. O campo escalar pode ser complexo (depender de números complexos) e sua derivada parcial com respeito ao tempo pode ter uma interpretação simples. Por exemplo, na mecânica quântica procuramos campos descrevendo estados estacio- nários, isto é, estados para os quais vale a seguinte propriedade: 8.2 onde /h é a constante de Planck e E é a energia, no caso, a energia da partícula descrita pela função de onda Ψ(x, y, z, t). 8.3 O gradiente de um Campo Escalar Para entendermos a questão do significado físico de taxas de variação, vamos começar com a taxa de variação pontual de um campo escalar. Lembrando a definição de diferencial de uma função escalar, equação 7.27, vemos que ela pode ser escrita como 8.3 onde o símbolo ∇V representa uma grandeza vetorial, definida por: 8.4 Assim, dada uma função escalar, ou campo escalar, V(r, t), podemos construir um campo vetorial a partir dele. Basta tomar derivadas parciais desse campo escalar e multiplicar essas C x y z t E x y z t t E t i E t j E t kx y z, , , , , ,( ) = ∂ ( ) ∂ = ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ ih x y z t t E x y z t/ ∂ ( ) ∂ = ( )Ψ Ψ, , , , , , dV V dr= ∇( ) ⋅ ∇ ( ) = ∂ ( ) ∂ + ∂ ( ) ∂ + ∂ ( ) ∂ V x y z V x y z x i V x y z y j V x y z z k, , , , , , , , 145 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 derivadas pelos vetores da base cartesiana (os versores dessa base). A essa operação chamamos aplicar o operador gradiente à função escalar. Assim, consideramos como operador gradiente (símbolo ∇) aquele que, aplicado a uma função escalar, leva a um campo vetorial definido através da identidade acima. Assim, esse novo campo, E(x, y, z, t), é definido como: 8.5 A seguir, apresentaremos alguns exemplos do uso de derivadas parciais de campos escalares. 8.3.1 Os Campos elétrico e gravitacional Numa região em que se concentram cargas elétricas o espaço fica alterado. Essa alteração pode ser descrita de duas formas interligadas. As duas fazem uso do conceito de campo. Assim, pode-se dizer que as cargas elétricas geram um campo escalar conhecido como potencial elétrico. O potencial elétrico é um campo escalar que depende do ponto do espaço conside- rado. No caso em que a distribuição de cargas não se altera com o tempo, o potencial depende apenas das coordenadas do ponto do espaço. Escrevemos: 8.6 Existem duas consequências desse fato. A primeira é a de que uma partícula dotada de carga elétrica Q localizada num ponto dado pelo vetor de posição r adquire uma energia, denomi- nada energia potencial elétrica, a qual depende do ponto onde ela se encontra, (U(r)). Essa energia é dada pelo produto da carga da partícula pelo potencial produzido pelas demais, isto é: 8.7 Finalmente, pode-se dizer que existe no mesmo espaço outro campo, de natureza vetorial e denominado campo elétrico, o qual é dado pelo gradiente do potencial elétrico: 8.8 D r t V r t( , ) ,= ∇ ( ) V V r= ( ) U r QV r( ) ( ) = E r V r( ) = −∇ ( ) 146 8 Aplicações das Derivadas Parciais Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 A seguir, comentaremos a relação entre o campo elétrico e a força sobre uma partícula localizada no ponto especificado pelo vetor r . Analogamente, se numa determinada região existem massas distribuídas ao longo da mesma, elas dão origem a um campo denominado potencial gravitacional. O potencial gravitacional V = V(r) é um campo escalar que depende do ponto espaço: 8.9 Como consequência desse fato, uma partícula dotada de massa, uma massa M, localizada num ponto dado pelo vetor de posição adquire uma energia, denominada energia potencial gravitacional. Essa energia (UG( r)) é dada pelo produto da massa da partícula pelo potencial gravitacional produzido pelas demais, isto é: 8.10 Finalmente, pode-se dizer que, como consequência do princípio da conservação da energia, existe no mesmo espaço outro campo, denominado campo elétrico, o qual é dado pelo gradiente do potencial elétrico: 8.11 A seguir, comentaremos a relação entre o campo gravitacional e a força gravitacional agindo sobre uma partícula localizada no ponto caracterizado pelo vetor de posição r . As linhasde força dos campos elétrico e magnético são perpendiculares às superfícies equipo- tenciais. Isso decorre do fato de que, de acordo com sua interpretação geométrica, o gradiente de um escalar campo escalar indica a direção normal das superfícies de valor constante desse campo. V V rG G= ( ) U r MV rG G( ) ( ) = g r V rG( ) = −∇ ( ) Figura 8.1: As linhas de força são perpendiculares às superfícies equipotenciais. 147 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 8.3.2 Movimento de um fluido: Hidrostática Como exemplo do uso de derivadas sob a forma da equação 8.5, consideremos o caso da dinâmica de um fluido. Ele se move como efeito da variação da pressão no interior do fluido. Assim, sendo a densidade do fluido dada por ρ(x, y, z, t), a taxa de variação instantânea da velocidade de cada elemento de volume desse fluido é dada pela equação: 8.12 a qual pode ser pensada como a lei de Newton para um fluido, uma vez que ela pode ser escrita como se fosse análoga à lei: 8.13 Portanto, gradientes de pressão dão origem a movimentos do fluido. Eles agem como forças impulsionando cada parte do fluido. De acordo com a expressão 8.13, ele flui de regiões de altas pressões para regiões de baixas pressões. No caso da hidrostática em que consideramos a densidade independente do tempo e o fluido sob a ação da gravidade, lembrando que agora a g= , a equação 8.13 se reduz à equação: 8.14 A equação 8.14 é uma equação fundamental da hidrostática. Para um campo gravitacional constante na direção do eixo z, a equação 8.14 se escreve como: Por exemplo, é fácil concluir a partir da equação acima que, para um fluido de densidade uniforme e para um campo gravitacional constante na direção do eixo z, a pressão varia de acordo com a expressão: 8.15 ρ x y z t dV x y z t dt P x y z t, , , , , , , , ,( ) ( ) = ∇ ( ) ρ x y z t a x y z t P x y z t, , , , , , , , ,( ) ( ) = ∇ ( ) Figura 8.2: Num fluido, a pressão aumenta linearmente com a profundidade. ρ g P= ∇ − =ρg dP dz − −( ) = −ρg z z P P0 0 148 8 Aplicações das Derivadas Parciais Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 8.3.3 Propagação do Calor Quando existirem gradientes de temperatura, ou seja, quando a temperatura variar de ponto a ponto, o calor fluirá ao longo das linhas perpendiculares às isotermas. Esse fluir pode ser mais bem caracterizado pelo conceito de fluxo de calor. Pensando na necessidade de especificarmos o fluxo de calor levando em conta os três aspectos citados anteriormente, introduzimos uma grandeza física, de caráter vetorial, denominada fluxo de calor, a qual será representada pela letra FQ. Ela dá a direção em que o calor flui (a direção desse vetor) e a quantidade de calor por unidade de tempo (dQ/dt) que flui através de uma superfície. A equação que descreve a condução do calor é a lei de Fourier, que estabelece uma relação linear entre o fluxo de calor e o gradiente de temperaturas. 8.16 onde FQ é um vetor associado ao fluxo de calor e κ é a condutividade térmica do material. O sinal negativo assegura que o fluxo de calor se dará da região mais quente para a mais fria. Existem três aspectos a serem considerados quando abordamos o transporte do calor. • Em primeiro lugar, esse transporte se faz através de uma superfície. • Em segundo lugar, ele flui a uma determinada taxa,ou seja, o dado importante nesse contexto é saber quanto calor passa por uma determinada superfície por unidade de tempo. • Finalmente, deve-se considerar que esse fluxo de calor tem uma direção. F TQ = − ∇κ Figura 8.3: O calor flui do objeto mais quente para o mais frio. O fluxo de calor é uma medida de quanto calor passa por uma superfície de área A. Ele é proporcional ao gradiente da temperatura. As temperaturas no globo terrestre diferem entre si ponto a ponto. 149 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 8.3.4 Força e Energia Potencial A força é uma grandeza derivada da energia potencial. Mais especificamente, se a energia potencial for uma função dada por: 8.17 então, a grandeza física denominada força é uma grandeza derivável desse conceito. Assim, a força, no caso das forças fundamentais, pode ser escrita como: 8.18 Portanto, as componentes de uma força conservativa (caso geral das forças à distância) são dadas como derivadas parciais da energia potencial, isto é, 8.19 onde as derivadas parciais ( ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ ∂ U x U y U z , , ) apenas indicam que devemos derivar a função U como se ela fosse dependente apenas de x, y ou z em cada um dos casos, respectivamente. A bem da verdade, deve-se frisar que nem todas as forças podem ser escritas como derivadas sob a forma 8.18. Definem-se forças conservativas como aquelas que podem ser escritas sob essa forma. Só para tais forças podemos falar em energia associada à interação. Exemplos • ExEmplo 1 Existe uma forma de energia de uma partícula dotada de massa m, associada à interação gravitacional com um objeto esférico de massa M, a qual depende da posição da partícula em relação ao centro do objeto esférico (a Terra, por exemplo). Sendo (x, y, z) as coordenadas do ponto em que se situa a E U x y z U rP = ( ) = ( ), , F x y z U x y z, , , ,( ) = −∇ ( ) F x y z U x y z x F x y z U x y z y F xx y z( , , ) , , ( , , ) , , ( ,= − ∂ ( ) ∂ = − ∂ ( ) ∂ yy z U x y z z , ) , , = − ∂ ( ) ∂ 150 8 Aplicações das Derivadas Parciais Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 partícula e considerando-se que o objeto esférico está na origem, essa energia potencial é dada por: 8.20 onde V(x, y, z) é o potencial gravitacional gerado pelo objeto esférico. Determine a força gravitacional exercida pelo objeto de massa M sobre a partícula. → REsolução: De acordo com a expressão 8.18, temos as componentes da força gravitacional dadas por: 8.21 Efetuando-se a derivada parcial com respeito à variável x, temos: 8.22 U x y z mMG x y z mV x y z, , , ,( ) = − + + = ( ) 2 2 2 Figura 8.4: Um objeto esférico de massa M produz, num ponto P, um Potencial. Uma partícula de massa m nesse ponto adquire uma energia potencial. F x y z x mMG x y z F x y z y mMG x x y ( , , ) ( , , ) = − ∂ ∂ − + + = − ∂ ∂ − + 2 2 2 2 yy z F x y z z mMG x y z z 2 2 2 2 2 + = − ∂ ∂ − + + ( , , ) F x y z x mMG x y z mMG x x y zx ( , , ) / = − ∂ ∂ − + + = ∂ ∂ + +( )( )−2 2 2 2 2 2 1 2 = 2 mMG x y z x mMG x x ( ) / − + +( )( ) = − + − −1 2 2 2 2 1 2 1 2 yy z2 2 3 2 +( ) / 151 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 Para as demais componentes, encontramos: 8.23 Portanto, a força pode ser escrita como: 8.24 a qual pode ser escrita, de uma forma simples, como: 8.25 • ExEmplo 2 No caso de duas partículas de cargas Q1 e Q2, que estão em posições caracterizadas pelos vetores de posição r1 e r2, respectivamente, a energia potencial eletrostática de interação entre elas, é dada por: 8.26 Essa energia potencial elétrica é compartilhada pelas duas partículas. A energia será positiva se as cargas elétricas tiverem o mesmo sinal (nesse caso, as forças são repulsivas) ou, quando as cargas tiverem sinal oposto (e, portanto, as forças serão atrativas), a energia será negativa. Determine a força sobre cada uma das partículas. F x y z mMG y x y z F x y z mMG z x y y z ( , , ) ( , , ) / = − + +( ) = − + 2 2 2 3 2 2 2 ++( ) z2 3 2/ F x y z mMG x x y z i mMG y x y z , , / / ( ) = = − + +( ) + − + +( ) 2 2 2 3 2 2 2 2 3 2 j mMG x x y z k+ − + +( ) 2 2 2 3 2/ F x y z mMG x y z xi yj zk mMG r r , ,/( ) = − + +( ) + +( ) = −1 2 2 2 3 2 3 U QQ r r QQ x x y y z z = − = −( ) + −( ) + −( ) 1 4 4 1 0 1 2 1 2 1 2 0 1 2 2 1 2 2 1 2 2πε πε =QQ x x y y z z1 2 0 1 2 2 1 2 2 1 24πε −( ) + −( ) + −(( )( )−2 1 2/ 152 8 Aplicações das Derivadas Parciais Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 → REsolução: A força sobre a partícula 1 ( F1 ) é dada por: 8.27 E, portanto, numa notação simplificada, a força F1 se escreve como: 8.28 que nada mais é do que a lei de Coulomb expressa em notação vetorial. F x QQ x x y y z z x1 1 1 2 0 1 2 2 1 2 2 1 2 24 1 ( ) = − ∂ ∂ −( ) + −( ) + −( ) πε = − −( ) + −( ) + −( )( ) = − QQ x x x x y y z z F y 1 2 0 1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2 3 2 1 4πε / ( ) ∂∂ ∂ −( ) + −( ) + −( ) = y QQ x x y y z z Q 1 1 2 0 1 2 2 1 2 2 1 2 24 1 πε 11 2 0 1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2 3 2 1 1 1 4 Q y y x x y y z z F z Q z πε − −( ) + −( ) + −( )( ) = − ∂ ∂ / ( ) QQ x x y y z z QQ 2 0 1 2 2 1 2 2 1 2 2 1 2 4 1 4 πε πε −( ) + −( ) + −( ) = 00 1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2 3 2 z z x x y y z z − −( ) + −( ) + −( )( ) / F QQ r r r r1 1 2 0 1 2 1 24 = − −πε Figura 8.5: Duas partículas de carga Q1 e Q2 localizadas nos pontos P1 e P2. As forças podem ser atrativas ou repulsivas. 153 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 A força sobre a partícula 2 ( F2) é dada por: 8.29 E ela pode ser escrita, simplificando, como: 8.30 É interessante constatar que as duas expressões 8.28 e 8.30 implicam que: 8.31 que é a terceira lei de Newton. • ExEmplo 3 Para entendermos a estreita relação entre força e energia potencial, consideremos o caso de uma força constante. Escrevemos tal força sob a forma: 8.32 onde F0x, F0y e F0z são constantes e são componentes da força. F x QQ x x y y z z x2 2 1 2 0 1 2 2 1 2 2 1 2 24 1 ( ) = − ∂ ∂ −( ) + −( ) + −( ) πε = − −( ) −( ) + −( ) + −( )( ) QQ x x x x y y z z F 1 2 0 1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2 3 2 2 4πε / ( yy y QQ x x y y z z ) = − ∂ ∂ −( ) + −( ) + −( ) 2 1 2 0 1 2 2 1 2 2 1 2 24 1 πε = − −( ) −( ) + −( ) + −( )( ) QQ y y x x y y z z F z 1 2 0 1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2 3 2 2 4πε / ( ) == − ∂ ∂ −( ) + −( ) + −( ) z QQ x x y y z z2 1 2 0 1 2 2 1 2 2 1 2 24 1 πε = − −( ) −( ) + −( ) + −( )( ) QQ z z x x y y z z 1 2 0 1 2 1 2 2 1 2 2 1 2 2 3 24πε / F QQ r r r r2 1 2 0 1 2 1 24 = − − −πε F F1 2= − F F i F j F kx y z0 0 0 0= + + 154 8 Aplicações das Derivadas Parciais Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 É muito fácil constatar, por meio de uma derivação muito simples, que a função definida por: 8.33 onde C é constante, é tal que a força constante dada em 8.32 pode ser derivada da energia potencial dada pela expressão 8.33. A solução 8.33 envolve uma constante arbitrária, C, a qual é determinada atribuindo-se o valor da energia potencial num determinado ponto. Em geral, a energia potencial é determinada de 8.33, com exceção de uma constante, ou seja, a energia potencial é definida com exceção de uma constante arbitrária. E essa constante pode ser determinada ao especificarmos que o valor da energia num determinado ponto se anula. Assim, se definirmos que a energia na origem assume o valor zero, determinamos o valor da constante C. Nesse caso: 8.34 No caso do movimento dos projéteis, admitimos que a força gravitacional seja constante. Assim, admitindo o eixo z indicando a direção acima da superfície terrestre, escrevemos: 8.35 E, portanto, a energia potencial gravitacional, admitindo movimentos próximos à superfície terrestre, é dada por: 8.36 8.4 O divergente de um campo Vetorial Consideremos agora o caso de derivadas parciais de campos vetoriais. Nesse caso, só temos duas combinações de derivadas de componentes de campos com significado físico. A primeira combinação é aquela mediante a qual tomamos derivadas parciais de componentes de campos de tal forma que ela se transforme como um campo escalar. Tal combinação linear de derivadas se escreve como: 8.37 U x y z xF yF zF Cx y z( , , ) = − − − +0 0 0 Figura 8.6: Num campo gravitacional constante, a energia potencial depende linearmente da coordenada z. U C0 0 0 0 0, ,( ) = ⇒ = F mgk0 = − U z mgz( ) = ∂ ( ) ∂ + ∂ ( ) ∂ + ∂ ( ) ∂ E x y z t x E x y z t y E x y z t z x y z, , , , , , , , , 155 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 A essa combinação damos o nome de divergente do campo vetorial. Sucintamente, escrevemos: Assim, obtemos uma grandeza escalar, ρ(x, y, z, t), a partir de taxas de variação pontuais. Escrevemos tal grandeza escalar como: 8.38 Consideramos como o divergente de uma função vetorial E(x, y, z, t) a soma das taxas de variação definida na equação 3.37, ou seja, 8.39 8.4.1 Leis de Conservação A melhor forma de enunciar o princípio bastante geral de conservação da energia, da carga elétrica, da massa, e de outras grandezas que podem fluir, que variam de ponto a ponto, é por meio do uso do operador divergente. No caso da lei que expressa a conservação da carga elétrica (ou da massa), escrevemos a lei de conservação como uma relação entre o divergente da densi- dade de corrente ( J ) e a taxa de variação instantânea da densidade de cargas (ou de massas) ρ, ou seja, a conservação da massa e da carga elétrica fica assegurada pela expressão: 8.40 No caso da carga elétrica ou da massa, a densidade de corrente é dada pelo produto da densi- dade pela velocidade dos transportadores de carga e/ou massa: 8.41 A equação da forma 8.40 tem o nome de equação da continuidade. � i � ∇ ≡ ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ E E x E y E z x y z ρ( , , , ) , , ,x y z t E x y z t= ∇ ( ) � i � Divergente de yx z EE EE E x y z ∂∂ ∂ = ∇ = + + ∂ ∂ ∂ ∇⋅ = − ∂ ∂ J t ρ J V= ρ 156 8 Aplicações das Derivadas Parciais Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 8.4.2 Leis do Eletromagnetismo e da Gravitação As leis do eletromagnetismo são formuladas, na Teoria de Maxwell, como relações entre taxas de variação de campos e aquilo que lhes dão origem. A primeira lei do eletromagnetismo estipula que existe uma relação entre a densidade de carga elétrica ρ e o divergente do campo elétrico a que ela dá origem. Escrevemos: 8.42 onde ε é a permissividade do meio. Essa lei é conhecida como Lei de Gauss. Assim, a interpretação da Lei de Gauss diz que uma distribuição de cargas elétricas ao longo do espaço dá origem a um campo elétrico de tal forma que esse campo tem um divergente proporcional à densidade de cargas elétricas que lhe dão origem. Outra lei do eletromagnetismo estabelece que o divergente do campo magnético é nulo, isto é: 8.43 Comparando essa lei com a isso implica que não existem fontes nem sorvedouros de cargas magnéticas, ou seja, não existem monopolos magnéticos. Na teoria da Gravitação vale uma lei análoga a 8.42, ou seja, o divergente do campo gravi- tacional é proporcional à densidade de massa: 8.44 onde G é a constante da gravitação universal. ∇⋅ = E x y z t x y z t( , , , ) ( , , , )1 ε ρ ∇⋅ =B x y z t( , , , ) 0 ∇⋅ = −g x y z G x y z t( , , ) ( , , , )4π ρ Figura. 8.7 Linhas de força de campos com divergente nulo não exibem fontes ou sorvedouros. Suas linhas de força sempre se fecham. 157 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 8.5 Rotacional de um Campo Vetorial Outras combinações de derivadas de componentes de campo vetorial, e que têm propriedades simples de transformações sob rotações, são as dadas a seguir: 8.45 a primeira combinaçãose transforma como a componente x de um vetor, a segunda se trans- forma como a componente y de um vetor e a terceira se transforma como a componente z. Assim, podemos formar, a partir de derivadas parciais de uma grandeza vetorial, um novo campo vetorial dado por: 8.46 Uma notação simplificada para a combinação 8.46 é: 8.47 onde D é o campo obtido a partir do rotacional do campo E. Assim, a partir das derivadas parciais, podemos construir novos campos vetoriais. São campos derivados. Definimos esse novo vetor como o que é dado pelo determinante de uma matriz 3 por 3 dada por: 8.48 ∂ ∂ − ∂ ∂ ∂ ∂ − ∂ ∂ ∂ ∂ − ∂ ∂ E y E z E z E x E x E y z y x z y x D E y E z i E z E x j E x E y z y x z y x= ∂ ∂ − ∂ ∂ + ∂ ∂ − ∂ ∂ + ∂ ∂ − ∂ ∂ k D E= ∇× det x y z i j k A x y z A A A ∂ ∂ ∂ ∇× = ∂ ∂ ∂ 158 8 Aplicações das Derivadas Parciais Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 O operador rotacional ∇× opera sobre campos vetoriais, transformando-os em novos campos igualmente vetoriais. Assim, quando aplicado sobre um vetor A, o operador rotacional leva a um novo vetor (o vetor B). Por exemplo, o campo magnético é determinado a partir do conhecimento do potencial vetor A,ou seja: 8.49 Explicitamente, escrevemos: 8.50 Um campo E é dito irrotacional se o seu rotacional for nulo, isto é, se ele satisfizer a condição: 8.51 Todo campo irrotacional pode ser escrito como o gradiente de uma função escalar V(x, y, z): 8.52 8.5.1 Aplicações no Eletromagnetismo Duas leis do eletromagnetismo são escritas em termos de rotacionais dos campos elétrico e magnético.Por exemplo, a lei da indução de Faraday pode ser escrita como uma relação entre o rotacional do campo elétrico e a taxa de variação do campo elétrico,ou seja: 8.53 Finalmente, a quarta lei se escreve como: 8.54 B A= ∇× Figura 8.8: (a) Campoirrotacional. (b) Campo com um rotacional não nulo. a b B A A z A y i A z A x j A x Ay z x z y x= ∇× = ∂ ∂ − ∂ ∂ + ∂ ∂ − ∂ ∂ + ∂ ∂ − ∂ ∂∂ y k ∇× = �� � E 0 E x y z V x y z( , , ) ( , , )= ∇ ∇× = − ∂ ∂ E B t ∇× = + ∂ ∂ B J E t µ µε 159 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 Ela estabelece que campos magnéticos podem surgir como resultado do movimento de cargas elétricas, ou mediante variações do campo elétrico com o tempo. O campo magnético é tal que seu rotacional depende linearmente da densidade de corrente mais a taxa de variação instantânea do campo elétrico. 8.5.2 Campos com divergente nulo Sob certas condições, um campo vetorial pode ter um divergente nulo, isto é, 8.55 Campos que satisfazem a equação 8.55 são caracterizados pelo fato de que suas linhas de força sempre se fecham. Todo campo com divergência zero, como o campo magnético, pode ser escrito como: 8.56 Assim, o fato de existir um potencial vetor satisfazendo 8.56 é assegurado pela lei fundamental 8.55. 8.6 Derivadas de Segunda Ordem 8.6.1 O Operador Laplaciano (∇2) Na física quântica, na ótica, na teoria ondulatória em geral e, especialmente, na química quântica, as derivadas de segunda ordem ocupam um papel central. Devemos introduzir agora as derivadas de segunda ordem relevantes nas ciências. Primeiramente, definimos o operador laplaciano, ∇2, o qual é definido como o divergente do gradiente, isto é: 8.57 ∇⋅ =J 0 Figura 8.9: Comportamento típico de campos com divergência nula. As linhas de força se fecham. B A= ∇× ∇ = ∇⋅ ∇( ) = ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ 2 2 2 2 2 2 2x y z 160 8 Aplicações das Derivadas Parciais Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 Quando aplicado a um campo escalar, o laplaciano nos leva a um novo campo escalar dado por: 8.58 Quando aplicado sobre um campo vetorial, o resultado é outro campo vetorial: 8.59 Nesse caso, fica entendido que equações análogas a 8.58 são válidas para cada componente do campo vetorial. Assim, quando aplicado sobre uma função escalar ou uma função vetorial, o operador lapla- ciano preserva o caráter dessas grandezas. 8.6.2 A Equação de Laplace A equação de Laplace se escreve como 8.60 onde V e ρ são funções escalares. Ela é, a rigor, a equação fundamental da eletrostática. Isso porque, de acordo com a lei de Gauss: 8.61 Além disso, a segunda lei especifica que o campo elétrico produzido pela distribuição está- tica é tal que uma certa combinação de taxas de variação se anula: 8.62 As condições acima podem ser escritas de uma forma resumida como: 8.63 ∇ ( ) = ∇⋅ ∇( ) ( ) = ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ ( )2 2 2 2 2 2 2V x y z V x y z x y z V x y z, , , , , , ∇ ( ) = ∇⋅ ∇( ) ( ) = ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ (2 2 2 2 2 2 2 E x y z E x y z x y z E x y z, , , , , , )) ∇ ( ) = ( )2V x y z x y z, , , ,ρ 0 E ρ∇ = ε ∂ ∂ − ∂ ∂ ∂ ∂ − ∂ ∂ ∂ ∂ − ∂ ∂ E x E y E y E z E z E x y x z y x z=0 =0 ==0 ∇× = E 0 161 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 Como consequência da lei 8.63, é fácil concluir que sua “solução” é qualquer função da forma: 8.64 onde V é uma função escalar, já identificada com o potencial elétrico. Assim, o conteúdo da segunda lei é basicamente estabelecer que o campo eletrostático é um campo conservativo. A substituição da solução 8.64 em 8.61 nos leva a uma formulação da eletrostática, na qual o problema agora passa a ser a determinação do potencial a partir da solução da equação diferencial: 8.65 que é, em última analise, a equação que resulta das duas outras, 8.61 e 8.63. A equação de Laplace (8.65) engloba as duas leis da eletrostática. 8.7 Outras Derivadas de Segunda Ordem 8.7.1 Equação das Ondas Para uma onda que se propaga no espaço tridimensional, a equação das ondas se escreve como: 8.66 onde v é a velocidade da onda. As ondas acima são ditas ondas escalares. No eletromagnetismo, estudaremos ondas vetoriais. É bom lembrar que na primeira lei está expressa a ideia de que o efeito da presença de cargas numa certa região do espaço leva a produzir campos, cuja taxa de variação das diversas componentes do campo são especificadas por 8.61. Esse é um conteúdo fundamental da eletrostática. Podemos assim, em principio, deter- minar o campo gerado pela distribuiçao de carga. E x y z V x y z, , , ,( ) = −∇ ( ) ∇ ( ) = − ( )2 0 V x y z x y z , , , ,ρ ε ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ = ∂ ∂ 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1u x u y u z v u t 162 8 Aplicações das Derivadas Parciais Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 A equação 8.66 pode ser escrita, sucintamente, como 8.67 8.7.2 Ondas Eletromagnéticas Sem entrar em detalhes, o fato é que se pode deduzir, a partir das equações de Maxwell no espaço livre, que o campo elétrico e também o campo magnético satisfazem a equação de ondas, a saber: 8.68 Explicitamente, escrevemos: 8.69 8.70 e, portanto, os campos elétrico e magnético podem se propagar como ondas pelo espaço. Tais ondas recebem o nome de ondas eletromagnéticas. Os campos elétrico e magnético, nesse caso, são os componentes da onda. A razão para a sua propagação mesmo no vácuo está relacio- nada ao fenômeno conhecido como indução eletromagnética, ou seja, um campo elétrico que varia com o tempo induz um campo magnético que varia com o tempo e este último, ao variar com o tempo, induz um campo elétrico que varia com o tempo, e assim sucessivamente. ∇ ( ) = ∂ ( ) ∂ 2 2 2 2 1u x y z t v u x y z t t , , , , , , ∇ = ∂ ∂ ∇ = ∂ ∂ 2 2 2 2 2 2 E E t B B t εµ εµ ∂ ( ) ∂ + ∂ ( ) ∂ + ∂ ( ) ∂ = ∂2 2 2 2 2 2 2 E x y z t x E x y z t y E x y zt z E x, , , , , , , , , µε ,, , ,y z t t ( ) ∂ 2 ∂ ( ) ∂ + ∂ ( ) ∂ + ∂ ( ) ∂ = ∂2 2 2 2 2 2 2 H x y z t x H x y z t y H x y z t z H x, , , , , , , , , µε ,, , ,y z t t ( ) ∂ 2 Figura 8.10: Propagação de uma onda eletromagnética harmônica ao longo do eixo Z. 163 Fundamentos de Matemática II Licenciatura em Ciências · USP/Univesp · Módulo 2 8.8 Mecânica Quântica e a Química A rigor, todas as propriedades associadas aos elétrons nos átomos, moléculas e seus compostos podem ser entendidas a partir de uma equação que descreve as propriedades quânticas desses sistemas. Tal equação recebe o nome de equação de Schroedinger. No caso de um elétron de massa m e para ondas estacionárias, a equação de Schroedinger é uma equação para ψE( r1) da forma: 8.71 onde U(r1) é a energia potencial do elétron no átomo e E é a sua energia. Um dos objetivos, ao buscarmos soluções para tais equações, é o de determinar as energias possíveis do elétron no átomo. Uma solução do tipo onda estacionária, no contexto da teoria quântica, tem uma interpretação bastante simples: tais soluções estão associadas ao estado de partículas com energias bem definidas. Na mecânica quântica, a função de onda ψE( r1) é a amplitude de probabilidade de encon- trarmos a partícula com energia E, numa posição caracterizada pelo vetor de posição r1. No contexto quântico, a probabilidade de encontrarmos uma partícula, com energia bem definida (E) num pequeno elemento de volume, dV, no entorno do ponto caracterizado pelo vetor r , é dada por: 8.72 Como a probabilidade de encontrarmos a partícula independentemente dos pontos do espaço é 1, a função de onda deve, obrigatoriamente, satisfazer a condição 8.73 Nessa interpretação da função de onda, não podemos determinar onde exatamente o elétron se encontra. Podemos saber apenas onde poderá ser encontrado com maior probabilidade. As regiões para as quais há maior probabilidade de encontrar o elétron em torno do núcleo são denominadas orbitais. − / ∇ + ( ) ( ) = ( ) h m U r r E rE E 2 2 2 ψ ψ Figura 8.11: Orbitais de um átomo são regiões do espaço nas quais é maior a probabilidade de encontrar elétrons. P r r r d VE E ( ) = ( ) ( )∗ψ ψ 3 ψ ψE Er r d V ( ) ( ) =∗∫∫∫ 3 1 8.1 Introdução 8.2 Taxas de Variação Instantânea de campos 8.3 O gradiente de um Campo Escalar 8.3.1 Os Campos elétrico e gravitacional 8.3.2 Movimento de um fluido: Hidrostática 8.3.3 Propagação do Calor 8.3.4 Força e Energia Potencial 8.4 O divergente de um campo Vetorial 8.4.1 Leis de Conservação 8.4.2 Leis do Eletromagnetismo e da Gravitação 8.5 Rotacional de um Campo Vetorial 8.5.1 Aplicações no Eletromagnetismo 8.5.2 Campos com divergente nulo 8.6 Derivadas de Segunda Ordem 8.6.1 O Operador Laplaciano () 8.6.2 A Equação de Laplace 8.7 Outras Derivadas de Segunda Ordem 8.7.1 Equação das Ondas 8.7.2 Ondas Eletromagnéticas 8.8 Mecânica Quântica e a Química
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