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Isabella Guimarães e Lissandra Agra 1 @odontoagra @odontologiaeficaz Restaurações e os critérios para repará-las ou substituí-las Odontologia baseada na promoção de saúde e da mínima intervenção Diagnóstico individualizado- risco e atividade de cárie de cada paciente. Tratar as causas e não somente as consequências. Prevenir novas lesões existentes. Paralisar lesão existente. Evita lesões recorrentes: descobrir a causa da consequência. Tratar o paciente como um todo e de forma individualizada. Grande parte do tempo dos dentistas 70% é gasto para refazer restaurações. Ciclo restaurador repetitivo O dente uma vez restaurado entra dentro de um ciclo restaurador, até a perda da estrutura dentária. O ciclo pode ser para lesões de cáries e lesões não cariosas mas o tradicional é de lesões cariosas. O ciclo é composto por: Diagnóstico impreciso de cárie. Urgência em fazer a restauração. Restauração de baixa qualidade, destruição de estrutura dental sadia. Reavaliação da restauração. Razões das falhas não identificadas. Determinação de “fracasso” da restauração. Substituição da restauração. Preparo cavitário aumentado. Dente fragilizado. Restauração mais complexa. Toda vez que eu precisa remover tecido para restaurar novamente, eu vou desgastar mais dente sadio vou alargar a cavidade. Está realidade está mudando com os lazeres de alta potência, eles prometem preparos cavitários mais precisos e sem desgaste de estrutura dentária sadia. O tratamento restaurador apresenta durabilidade clínica limitada que vária de acordo com: Risco e atividade de doença. Função oclusal Habilidade profissional. Propriedade do material restaurador e correta indicação. Número de faces envolvidas. Fatores associados ao paciente. Resina e amálgama ambas duram bem. Resina está suscetível a falhas imediatas. As amálgamas estão causando danos a longo prazo mais graves que as resinas. Recomenda a troca de restaurações de amálgama extensas por resina, porque a resina tem a capacidade de reforçar a estrutura dentária. Tratamento restaurador não é permanente, ele tem durabilidade sim! A restauração é para uma grande durabilidade mas ela tem limitações, e essas limitações varia do risco de atividade e doença do paciente, é por isso que fazemos uma avaliação individual, pois, eu dependo da função oclusal e habilidade do profissional. PRINCIPAIS FALHAS Materiais ionoméricos: Ionômero de vidro. Novas doenças (periodontal, pulpar, cárie- fraturas e desgaste). Falhas nos protocolos técnicos e clínicos. O CIV é um material restaurador temporário ou provisório. Isabella Guimarães e Lissandra Agra 2 @odontoagra @odontologiaeficaz Não é muito comum como um material restaurador definitivo. O ionômero é mais um material forrador. Na grande maioria das vezes por falha no procedimento, a culpa é do profissional e não do paciente, essas falhas não gerando novas doenças. O profissional pode causar um dano periodontal no paciente, pulpar, cárie, entre outros. O CIV não tem muita resistência mecânica e com isso pode ter um desgaste acentuado, perdendo assim forma e função. • Quando ocorrer falhas no processo pode ocorrer: Descoloração das margens. Descoloração do corpo. Desadaptação. Perda da forma anatômica (muito comum no CIV e amálgama). Cárie secundária. • Principais causas para isso: Indicação incorreta. Proporção pó/líquido e inserção inadequadas. Falta de proteção superficial. Resina composta: Cáries secundárias: irresponsabilidade do paciente, normalmente relacionada a falta de cooperação do paciente. Degradação e descoloração das margens. Fratura do corpo. Descoloração do corpo ou superfície. Fratura dental: pode ter fratura que não é da restauração mas fratura do dente, onde a carga oclusal ficou muito grande no dente. Abrasão ou desgaste: fiz a restauração não tratei a causa da abrasão, paciente vai continuar com essa lesão progredindo, por isso devemos tratar. • Principais causas: Qualidade do material. Falhas no protocolo adesivo, inserção e polimerização. Falhas nas etapas de acabamento e polimento. Ingestão de alimentos ou bebidas com corantes e uso de fumo- associado a uma má higienização. Amálgama: Cárie secundaria: muitas vezes está associada a falta de higienização adequada. O paciente as vezes não está passando o fio dental porque deixou desadaptado. Degradação das margens: são aquelas margens que não estão adaptadas de forma adequada. Isabella Guimarães e Lissandra Agra 3 @odontoagra @odontologiaeficaz Quando substituir ou fazer um reparo na restauração Ausência de forma anatômica/corrosão da superfície. Fratura de corpo: 72% fraturam ocasionado a perda da estrutura dental (muitas vezes precisa fazer exodontia). • Principais falhas: Fratura dental. Forma anatômica proximal deficiente. Sobre contorno proximal. Ausência de contato. Dentes com restauração de amálgama que envolve a crista marginal corre um sério risco de perder esse dente, principalmente pacientes ansiosos. Preparo cavitário errado. • Principais causas: Indicação incorreta: pouco remanescente dental. Preparo cavitário incorreta: falta de forma de resistência e retenção. Manipulação e inserção inadequadas: sub trituração, super trituração, pode tornar o material mais frágil. Falha na escultura, acabamento e polimento Fratura das margens, falta de ajuste oclusal e fratura da crista marginal. Vai ser feito reparo quando tiver deficiências pequenas localizadas: onde consiga acrescentar o material Adição de material restaurador, com ou sem preparo na restauração ou nos tecidos dentais. Substituição: indicado quando a restauração apresenta deficiências graves ou múltiplas e o reparo não é viável. Ou seja, vou substituir quando não puder fazer restauração. Alguns casos: • Cárie secundária em dentina, dependendo da extensão e do material restaurador. Deverá avaliar individualmente. Tudo vai depender de uma série de fatores que associados vai levar ao meu planejamento. Se remover todo o tecido cariado e meu dente possuir um amálgama vai continuar tendo retenção na cavidade. A resina é sistema adesivo talvez consiga manter mais material quando tem resina do que quando tenho amálgama, vou perder minha forma de retenção. Ou muitas vezes não vou ter retenção no reparo que for feito. Posso colocar amalgama com resina para meu preparo só substituir um pedaço. Se eu tiver uma pequena cárie secundária na região, que eu consiga só remover o tecido cariado/infiltração sem precisar toda a minha restauração antiga, não corre o risco de desgastar estrutura dental de forma desnecessária. • Fratura de grande extensão da restauração ou dental Terá que analisar quanto de dente ainda possui, será que a fratura é pequena e cabe um reparo? Ou será que essa fratura pode Isabella Guimarães e Lissandra Agra 4 @odontoagra @odontologiaeficaz levar até mesmo ao tratamento endodôntico ou exodontia? A fratura está associada a uma infiltração? • Problemas pulpares (com dor relacionada a restauração): O paciente começa apresentar dor. Que dor é essa? Como é essa dor? Será que precisa tirar toda a restauração? Ou será que essa dor é porque a restauração ficou em excesso e o dente está sofrendo agressões constante por causa de um contato prematuro? Se for apenas realizar um ajuste oclusal na restauração irá sanar o estímulo inflamatório no paciente. A dor é porque não coloquei critério no processo restaurador e existe umabolha lá embaixo na restauração, toda vez que o paciente morde essa bolha com espaço possui ar e terá movimentação dos fluídos dos túbulos dentinários causando sensibilidade? Terá que retirar a restauração e refazer. Paciente está com uma cárie lá embaixo removi tecido cariado, mas não removi todo o tecido cariado? Remoção seletiva. Não vedei bem as paredes circundantes e o paciente tiver um processo de recidiva da cárie? Terá que remover toda a restauração pelo menos a parte que está contaminada e refazer. • Estética: Irá substituir restauração somente por estética? Vai depender de cada caso. A restauração de amálgama que perderam duas cristas marginais não é fator estético é prevenção. Procedimentos alternativos à substituição: • Vantagens: Menor tempo clínico. Menor trauma para o paciente. Custo. Execução mais simples. Preservação da estrutura dentária. Reparo O reparo pode ser feito quanto o mesmo material restaurador ou material restaurador diferente. Reparo é melhor que a substituição. No reparo posso utilizar o mesmo material restaurador quanto utilizando e também posso usar materiais diferentes mas tem alguns protocolos para fazer esse reparo. A principal finalidade de fazer um reparo vai ser sempre devolver função, forma e estética para o dente. É necessário devolver essas 3 características. • Finalidade do reparo: Reconstruir biológica, morfofuncional e estética de dentes ou restaurações com defeito associado a uma restauração pré existente. • Indicações Perda da forma e da função de parte da restauração. Correções das superfícies ou de fraturas em restaurações estéticas (na ausência de grandes defeitos marginais ou cárie secundária). Lesões de cárie secundária ativa (dependendo da extensão e do material restaurador). Ausência de contatos proximais. • Limitações: Falha em grande parte da restauração. Cárie secundária sob o remanescente. Sem possibilidade de reparo. Impossibilidade de restabelecimento da função. Restaurações com pequenas com grandes ou várias fendas (falhas). Carie em baixo do material restaurador, sem possibilidade de acesso, sem poder chegar até ela remove toda a restauração. Pré requisitos para reparos: 1) Condicionamento ácido: Isabella Guimarães e Lissandra Agra 5 @odontoagra @odontologiaeficaz Lembrando que muitas vezes não tem dente, muitas vezes vai ser em cima de um material. Se tiver dente vai tratar com ácido fosfórico. Preparo químico das superfícies. Ácido fosfórico; esmalte e dentina. Ácido hidrofluorídrico: resina e cerâmica. Se faz o condicionamento acido com hidrofluorídrico vai ter que aplicar o silano (fazer uma silanização) a grosso modo, o silano vai atuar como o sistema adesivo no material. 2) Fazer preparo para retenção mecânica no material, ao invés de usar o ácido hidrofluorídrico. Jateamento com óxido de alumínio na restauração remanescente. Asperização com ponta diamantada ainda no dente. 3) União química. Agentes silanizados que promovem a união química entre componentes inorgânicos da restauração e orgânicos do adesivo. Lembrando que se fazer aplicação do ac hidrofluorídrico vai ter que aplicar os agentes da sinalização para poder cimentar. Protocolo para resina Limpeza: Pedra pomes e água ou pasta livres de fluoretos. Vai ter que limpar os dentes. Bisel: Nas margens da restauração com pontas diamantadas finas. O bisel é feito para “mascarar” a linha de transição e mimetizar a restauração. O bisel vai ter a função de mascarar a linha de transição em restauração de reparo de resina, ente a resina antiga e a resina nova, por exemplo. Além disso, o bisel aumenta a superfície de contato, então, vou ter mais área para colocar o material. Vou aplicar o ácido hidrofluorídrico na restauração de resina composta de acordo com o protocolo e a bula do ac ou vou asperizar a restauração com ponta diamantada ou jato de oxido de alumínio, vou lavar em ambos os casos. Removo o ácido hidrofluorídrico ou lavar, o jateamento deixa com um pole em cima e se asperizar a restauração quando desgasta resina sai um pó com partículas diamantadas. Ácido hidrofluorídrico 5% ou 9,6% na restauração a ser reparada (seguir a bula). Asperização mecânica: jato de óxido de alumínio ou ponta diamantada e lavar. Se eu apliquei o ácido hidrofluorídrico, vou precisar aplicar o silano (silonização). Silanização: aplicar e secar. Não lavar (se não usar o ácido hidrofluorídrico não precisa). É aplicado como o sistema adesivo. Sinalização só é feita quando uso o ácido hidrofluorídrico. Se não usei o ácido vou usar o sistema adesivo da mesma forma como se estivesse fazendo a restauração pela primeira vez, vai depender de qual sistema adesivo vou utilizar. Adesivo + fotopolimerização + resina. As superfícies dentárias também devem ser preparadas. Não deve tratar apenas as superfícies de material a superfície dentaria, também deve ser tratada, como se fosse uma restauração nova. Sempre com o isolamento absoluto. Recontorno e repolimento Muito comum na clínica em restaurações manchadas, desadaptadas, ásperas, sem anatomia. Seguir o mesmo protocolo de acabamento e polimento, como se nunca Isabella Guimarães e Lissandra Agra 6 @odontoagra @odontologiaeficaz tivesse feito elas. Isabella Guimarães e Lissandra Agra 7 @odontoagra @odontologiaeficaz Para amálgama uso brocas multilaminadas, uso borrachas abrasivas com pasta de oxido de zinco... tudo que é usado para acabamento e polimento devemos usar. Polimento aumenta a durabilidade das restaurações. Pode usar resina flow para tratar uma micro infiltração. Esses repolimentos e acabamentos, melhoram a adaptação marginal da restauração, se tem regiões em excesso e regiões aspiras sem polimento eu evito praldemas periodontais, pois evita também, o acumulo de biofilme. Restabeleço e mantenho a oclusão do paciente. Finalidades: Melhor adaptação marginais, remover irritantes periodontais e estabelecer oclusão funcional. Indicações (repolimento): Excesso de material restaurador: as vezes é só da anatomia de volta ao dente e nem precisa retirar a restauração inteira. Alteração da qualidade superficial e forma anatômica. Selamento marginal É feito quando há falhas na margem da restauração. Finalidades: Estabelecer integridade marginal pela aplicação de materiais fluidos na interface dente/restauração, visando eliminar áreas retentivas. Para isso posso utilizar resinas flow, cimento de ionômero de vidro, usar só o sistema adesivo dependendo da extensão, evitando uma cárie secundária. Indicações: Adaptação marginal não melhorada com recontorno. Cárie secundária incipiente ou inativa, dependendo da extensão e do material restaurador. Limitações: Restaurações antigas com resina composta (maior risco de existência de cárie secundária ativa) Quando há falhas no selamento mas com um manchamento extenso da restauração. Se fizer só o vedamento/selamento marginal vai manter uma região iniestética ou até mesmo pode haver doença. Materiais indicados: Deve observar o tamanho e geometria do defeito. Cimentos de ionômero de vidro. Selantes e resinas compostas de baixa viscosidade (tipo flow). Resina flow pois elas escoam mesmo e conseguem penetrar. Micro-trincas e micro-fraturas, pode usar o sistema adesivo. SÓ NESSE CASO! NÃO É PARA FECHAR MARGENS DESADAPTADAS SÓ COM SISTEMA ADESIVO. Sequência técnica para fazer o vedamento marginal, vedar a interface: 1) Profilaxia 2) Chegar os contatos oclusais. 3) Isolamento absoluto. 4) Fazer o recontorno erepolimento prévio da restauração para deixar lisa e brilhante bem bonita e pronta. 5) Limpeza da região com a falha marginal, especialmente depois que fiz o recontorno e repolimento para que não fique pasta profilática, pasta de polimento acumulada na fenda. 6) Tratamento da superfície do dente e restauração. Isabella Guimarães e Lissandra Agra 8 @odontoagra @odontologiaeficaz 7) Aplicação do material de acordo com o protocolo do material (CIV, reisna) como se fosse uma restauração. 8) Remover isolamento e checar a oclusão. Dependendo do caso precisa de um polimento superficial para fazer uma proteção do material.
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