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resumo - fibromialgia

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FIBROMIALGIA!
D E F I N I Ç Ã O 
• é uma doença não inflamatória e não degenerativa, 
que se caracteriza por fadiga, dores difusas crônicas 
e distúrbios do sono; síndrome idiopática 
• deve ser reconhecida como um estado de saúde 
complexo e heterogêneo no qual há um distúrbio no 
processamento da dor associado a outras 
características secundárias; 
E P I D E M I O L O G I A 
• síndrome muito comum, responsável por 
aproximadamente 15% das consultas em 
ambulatórios de Reumatologia, sendo a segunda 
doença mais comum; 
• prevalência é de 2% na população geral: em 
mulheres, é de 3 a 5% e, em homens, de 0,5 até 
1,6%, aproximadamente 75% dos pacientes são 
mulheres, a uma proporção média de 8 mulheres para 
1 homem; 
• pode ocorrer também em crianças e idosos, mas a 
maioria dos indivíduos está entre 30 e 50 anos, 
predomínio entre os 35 - 44 anos; 
• é mais comum em pacientes com algumas patologias, 
como vírus HIV (17%), diabetes (17%), pacientes em 
hemodiálise (7,4%) e com psoríase (8,3%); 
F I S I O P A T O L O G I A 
• etiopatogenia da fibromialgia permanece 
desconhecida; 
• alterações na percepção da dor: estímulos elétricos, 
térmicos e de pressão têm limiar mais baixo nesses 
indivíduos, isso acontece por meio de mecanismos de 
amplificação de estímulos sensitivos periféricos no 
sistema nervoso central desses pacientes, passando 
a provocar dor; 
• tal amplificação pode ser provocada pelo desbalanço 
entre substâncias pró-nociceptivas (que aumentam a 
percepção da dor) e antinociceptivas (que diminuem a 
percepção da dor); 
• na fibromialgia, o nível da substância P, uma 
substância pró-nociceptiva, está aumentado nos 
grânulos secretórios dos nervos sensoriais, 
enquanto isso, as vias antinociceptoras serotonina/
noradrenalina (monoaminas) podem estar 
comprometidas nesses pacientes, o que é 
corroborado pelo fato de que inibidores da 
recaptação de serotonina/noradrenalina são efetivos 
no tratamento; 
M A N I F E S T A Ç Ō E S C L I N I C A S 
História Clínica ——————————— 
• sintoma cardinal da fibromialgia é a dor difusa e 
crônica, começa, com frequência, localizada, torna-
se generalizada e acomete os 4 quadrantes do 
corpo; 
• dor é relatada pelo paciente como em queimação ou 
peso, exaustiva e insuportável, comumente, vem da 
musculatura axial (em particular, no pescoço e nos 
ombros) e espalha-se pelo corpo, sobretudo pelos 
músculos; 
• artralgias são comuns, com sensação subjetiva de 
inchaço, não só articular, como também de partes 
moles, que não se confirma ao exame físico; 
• fadiga “profunda” (principalmente ao levantar-se pela 
manhã), dificuldade para dormir e sono superficial; 
• Fenômeno de Raynaud —> frio excessivo, vertigens, 
dificuldade de concentração, olhos e boca secos são 
comuns; 
• parestesias, especialmente em extremidades, estão 
presentes em mais de 75% dos pacientes, mas não 
seguem território de nervos específicos, e o exame 
neurológico é normal; 
• dores crônicas regionais, como na articulação 
temporomandibular, dor pélvica crônica e cefaleia 
são comumente associadas, estando presentes em 
cerca de 70% dos pacientes; 
• os distúrbios do sono são comuns, o paciente 
queixa-se de sono não reparador e sensação de 
acordar cansado, como se não tivesse dormido; 
• problemas psicológicos, dificuldade de lidar com o 
estresse do dia a dia, sintomas de ansiedade e 
depressão são comuns; 
— os pacientes mostram-se frustrados com suas 
queixas dolorosas e com a incapacidade médica de 
ajudá-los — 
Exame Físico ——————————— 
ao exame físico, o paciente apresenta-se em bom 
estado geral, sem evidência de doença sistêmica ou 
anormalidades articulares, se não houver outra doença 
associada, o único achado ao exame físico será dor 
muscular difusa; 
D I A G N Ó S T I C O 
• é feito em pacientes com história crônica de dor 
difusa, fadiga, sintomas neurocognitivos e sono não 
reparador; 
• ficar atento: outros distúrbios funcionais, como 
síndrome do intestino irritável, dispepsia funcional, 
cistite intersticial ou cefaleia; 
• na ausência de comorbidades associadas, toda a 
investigação laboratorial e radiológica é normal, 
teoricamente, nenhum exame é necessário para o 
diagnóstico de fibromialgia; 
• a presença de outras entidades que poderiam causar 
dor não exclui o diagnóstico; 
— fibromialgia uma entidade de diagnóstico totalmente 
clínico — 
Diagnostico diferencial ————————— 
—> Hipotireoidismo 
—> Hperparatireoidismo miopatias 
—> Distúrbios eletorliticos 
—> Neoplasias 
—> Infecções virais 
—> Doenças auto-imunes 
—> Medicamentos 
—> Síndrome Miofascial 
• síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma 
das causas mais comuns de dor 
musculoesquelético; 
• presença de trigger point; 
—> AR e LES 
• Poliartrite simétrica; 
• Sintomas sistêmicos; 
• Anormalidades sorológicas e marcadores 
inflamatórios; 
—> Polimialgi Reumatica 
• Síndrome associada à arterite de células 
gigantes (artrite temporal); 
• Afeta adultos com > 55 anos; 
• Causa dor acentuada e rigidez nos 
músculos proximais, sem sinais de fraqueza 
ou atrofia e sintomas 
sistêmicos não específicos; 
• VHS e PCR são frequentemente altas. 
• O diagnóstico é clínico; 
• Boa resposta ao uso de corticoide; 
—> Miosite 
• Fraqueza muscular e elevação de enzimas 
musculares; 
Exames complementares ———————— 
—> Hemograma e provas inflamatórias 
—> TSH, T4 livre, vitamina e PTH 
—> CPK e Sorologia
C L A S S I F I C A Ç Ã O 
CRITÉRIOS CLASSIFICATÓRIOS ACR 
1990: 
a) presença de dor generalizada por pelo menos 3 
meses acompanhado de: 
 - palpação de 11 ou mais pontos dolorosos de 
um total de 18 pontos pré estabelecidos (“tender 
points”) 
objetivo: esses critérios foram elaborados para inclusa 
de pacientes em estudos científicos; 
sistema fundamental: a presença da dor difusa é 
fundamental para o diagnostico de pacientes com 
suspeita de fibromialgia; 
pontos dolorosos: podem ser uteis no diagnostico 
quando avaliados em conjunto com outros distúrbios 
funcionais; 
b) Índice de dor generalizada (IDG): marcar as áreas 
onde o paciente teve dor nos últimos sete dias (0-19) 
c) Escala Geral de sintomas 
 nos últimos 3 meses: 
- fadiga 
- sono não reparador 
- sintomas cognitivos 
 nos últimos 6 
meses: 
- cefaleia 
- cólica, dores 
abdominais 
- depressão 
T R A T A M E N T O 
• baseia-se em medidas não farmacológicas e 
farmacológicas; 
• busca alívio da dor, melhora da qualidade do sono, 
manutenção ou restabelecimento do equilíbrio 
emocional e melhora do condicionamento físico e da 
fadiga; 
— tratamento da fibromialgia objetiva-se o controle 
dos sintomas, não a cura — 
• embora não curse com morte, deficiências ou 
deformidades, os estudos mostram grande impacto 
na qualidade de vida dos pacientes; 
• tratamento não farmacológico é a parte mais 
importante do manejo da fibromialgia, sabe-se que a 
resposta aos medicamentos é pobre e que as 
medidas comportamentais participam da própria 
fisiopatologia da doença, sendo elementares; 
• a afirmação de que a doença não é grave e que o 
tratamento é prolongado, individualizado e com 
resposta que depende muito mais da ação do 
paciente do que do médico são essenciais para se 
criar um vínculo, tão necessário a essas pessoas, e 
se alinhar as expectativas sobre o futuro; 
• principais drogas utilizadas para o tratamento da 
fibromialgia são a duloxetina, a pregabalina, a 
amitriptilina, a ciclobenzaprina e o tramadol; 
• alguns exames poderiam ser solicitados para avaliar 
comorbidades que dificultem o tratamento da 
fibromialgia, como infecções virais e distúrbios 
endocrinológicos, nesse sentido, esta obra sugere os 
seguintesexames ao longo do seguimento: 
 - hemograma 
 - íons séricos 
 - função renal 
 - velocidade de hemossedimentação 
 - proteína C reativa 
 - vitamina D 
 - sorologia para vírus da hepatite C e HIV 
 - hormônio tireoestimulante.”