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probabilidades Experimentos aleatórios Chamamos de experimentos aleatórios aqueles que, repetidos em idênticas condições, produzem resultados diferentes. Embora não saibamos qual o resultado que irá ocorrer num experimento, em geral, conseguimos descrever o conjunto de todos os resultados possíveis que podem ocorrer. As variações de resultados, de experimento para experimento, são devidas a uma multiplicidade de causas que não podemos controlar, as quais denominamos acaso. Exemplos de experimentos aleatórios Lançar uma moeda e observar a face de cima; Lançar um dado e observar o número da face de cima; Lançar duas moedas e observar as sequências de caras e coroas obtidas; De um lote de 80 peças boas e 20 defeituosas, selecionar 10 peças e observar o número de peças defeituosas; De uma urna contendo 3 bolas vermelhas e 2 bolas brancas, selecionar uma bola e observar sua cor; De um baralho de 52 cartas, selecionar uma carta, e observar seu naipe; Numa cidade onde 10% dos habitantes possuem determinada moléstia, selecionar 20 pessoas e observar o número de portadores de moléstia; Observar o tempo que um certo aluno gasta para ir de ônibus de sua casa até a escola; Injetar uma dose de insulina em uma pessoa e observar a quantidade de açúcar que diminui; Sujeitar uma barra metálica a tração e observar sua resistência. Espaço amostral Chamamos de espaço amostral, e indicamos por , um conjunto formado por todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. Exemplos: Lançar uma moeda e observar a face de cima. = (K, C); Lançar um dado e observar o número da face de cima. = ( 1, 2, 3, 4, 5, 6); De uma urna contendo 2 bolas vermelhas (V), 2 bolas brancas (B) e 5 bolas azuis (A), extrair uma bola e observar sua cor. = (V, B, A) Lançar uma moeda duas vezes e observar a sequência de caras e coroas. = ((k, k), (K, C), (C, K), (C, C); Lançar uma moeda duas vezes e observar o número de caras. = (0, 1, 2); Um lote tem 20 peças. Uma a uma elas são ensaiadas e observa-se o número de defeituosas. = (0, 1, 2, 3, 4, .........19, 20) evento Consideramos um experimento aleatório, cujo espaço amostral é . Em geral, indicamos um evento por uma letra maiúscula do alfabeto: A, B, C, D....X, Y, Z Dizemos que um evento A ocorre se, realizado o experimento, o resultado obtido for pertencente a A. Os eventos que possuem um único elemento serão chamados de eventos elementares. Exemplo para um espaço amostral de um dado lançado. = (1, 2, 3, 4, 5, 6) A: Ocorrência de um número ímpar; A = (1, 3, 5) B: Ocorrência de número primo; B = (2, 3, 5) C: Ocorrência de número menor que quatro; C = (1, 2, 3) D: Ocorrência de número menor que 7; D = (1, 2, 3, 4, 5, 6) = E: Ocorrência de número maior ou igual a 7; E = Combinação de eventos A) União de dois eventos: Sejam A e B dois eventos, então A B será também um evento que ocorrerá se, e somente se, A ou B (ou ambos) ocorrerem. Dizemos que A U B é a união entre o evento A e o evento B. B) Intersecção de dois eventos: Sejam A e B dois eventos, então A B será também um evento que ocorrerá se, e somente se, A e B ocorrerem simultaneamente. Dizemos que A B é a interseção entre o evento A e o evento B. Se A B = , A e B são chamados mutuamente exclusivos. C) Complementar de um evento: Seja A um evento; então o complementar de A será também um evento que ocorrerá se, e somente se, A não ocorrer. TEORIA DAS PROBABILIDADES A teoria das probabilidades busca estimar as chances de ocorrer um determinado acontecimento. É um ramo da matemática que cria, elabora e pesquisa modelos para estudar experimentos ou fenômenos aleatórios. 1. Espaço Amostral Experimento aleatório: É um experimento que pode apresentar resultados diferentes, quando repetido nas mesmas condições. Espaço amostral: É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. Indicamos o espaço amostral por S. Ex. lançamento de um dado: S={1,2,3,4,5,6} 1. Espaço Amostral Evento: Chama-se evento a qualquer subconjunto do espaço amostral. Obs.: Dizemos que um espaço amostral é equiprovável quando seus elementos têm a mesma chance de ocorrer. 2. Eventos certo, impossível e mutuamente exclusivos Evento certo: Ocorre quando um evento coincide com o espaço amostral. Evento impossível: Ocorre quando um evento é vazio. Exemplos: Ex.: 1 Lançar um dado e registrar os resultados: Espaço amostral: S = 1, 2, 3, 4, 5, 6 Evento A: Ocorrência de um número menor que 7 e maior que zero. A = 1, 2, 3, 4, 5, 6 Portanto A = S , logo o evento é certo. Evento B: Ocorrência de um número maior que 6. B = Não existe número maior que 6 no dado, portanto o evento é impossível. Exemplos: Evento C: Ocorrência de um número par. C = 2, 4, 6 Evento D: Ocorrência de múltiplo de 3. D = 3, 6 Exemplos: Evento E: Ocorrência de número par ou número múltiplo de 3. E = C D E = 2, 4, 6 3, 6 E = 2, 3, 4, 6 - União de eventos Evento F: Ocorrência de número par e múltiplo de 3. F = C D F = 2, 4, 6 3, 6 F = 6 Intersecção de eventos Exemplos: Evento H: Ocorrência de número ímpar H = 1, 3, 5 Obs.: C e H são chamados eventos complementares. Observe que C H = . Quando a interseção de dois eventos é o conjunto vazio, eles são chamados eventos mutuamente exclusivos. Exemplos: PROBABILIDADE DE OCORRER UM EVENTO Exemplos Ex.: 1 Consideremos o experimento Aleatório do lançamento de um moeda perfeita. Calcule a probabilidade de sair cara. Espaço amostral: = cara, coroa n() = 2 Evento A: A = cara n(A) = 1 Como , temos ou 0,50 = 50% Ex.: 2 No lançamento de um dado perfeito, qual é a probabilidade de sair número maior do que 4? Espaço amostral: = 1, 2, 3, 4, 5, 6 n() = 6 Evento A: A = 5, 6 n(A) = 2 Exemplos: Ex.: 3 No lançamento simultâneo de 3 moedas perfeitas distinguíveis, qual é a probabilidade de serem obtidas: a) Pelo menos 2 caras? b) Exatamente 2 caras? C = cara K = coroa = CCC, CCK, CKC, CKK, KCC, KCK, KKC, KKK n() = 8 Exemplos: a) A = CCC, CCK, CKC, KCC n(A) = 4 b) B = CCK, CKC, KCC n(B) = 3 Ex.: 4 Vamos formar todos os números de 3 algarismos distintos, permutando os dígitos 7, 8 e 9. Qual é a probabilidade de, escolhendo um número desses ao acaso, ele ser: a) ímpar? b) par? c) múltiplo de 6? d) múltiplo de 4? e) maior que 780? = 789, 798, 879, 897, 978, 987 n() = 6 Exemplos: Evento A: ser ímpar A = 789, 879, 897, 987 n(A) = 4 b) Evento B: ser par B = 798, 978 n(B) = 2 Exemplos: c) Evento C: ser múltiplo de 6 C = 798, 978 d) Evento D: ser múltiplo de 4 D= n(D) = 0 e) Evento E: ser maior que 780 E = n(E) = 6 Exemplos: Ex.: 5: Consideremos todos os números naturais de 4 algarismos distintos que se podem formar com os algarismos 1, 3, 4, 7, 8 e 9. Escolhendo um deles ao acaso, qual é a probabilidade de sair um número que comece por 3 e termine por 7? ___ ___ ___ ___ 3 ___ ___ 7 Exemplos: Exemplo 6: Num grupo de 75 jovens, 16 gostam de música, esporte e leitura; 24 gostam de música e esporte; 30 gostam de música e leitura; 22 gostam de esporte e leitura; 6 gostam somente de música; 9 gostam somente de esporte e 5 gostam somente de leitura. CALCULE a probabilidade de escolher, ao acaso, um desses jovens: a) ele gostar de música; b) ele não gostar de nenhuma dessas atividades. Exemplos: n() = 75 gostam de música: 6 + 8 + 16 + 14 = 44 não gostam de nenhuma dessas atividades: 75 – (6 + 9 + 5 + 8 + 6 + 14 + 16) = 75 – 64 = 11 9 M L E 6 8 16 6 14 5 11 Exemplos: a) a probabilidade degostar de música: b) probabilidade de não gostar de nenhuma dessas atividades: Exemplos: A probabilidade de se obter sucesso em um evento é dado por p. A probabilidade de insucesso em um evento é dado por q. Então p + q = 1 (100%) Neste caso p e q são complementares. Eventos complementares Dois eventos são independentes quando a realização ou não realização de um dos eventos não afeta a probabilidade de realização do outro e vice-versa. Ex. Lançando-se um dado duas vezes qual a probabilidade de se obter 6 no segundo lançamento sendo que no primeiro lançamento o resultado foi 2. Eventos independentes Dizemos que dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a realização de um exclui a realização do outro: Ex. Lançamento de uma moeda: O resultado “cara” exclui ao acontecer o evento “coroa”. Em eventos mutuamento exclusivos a probabilidade de um ou outro acontecer é igual a soma da probabilidade que cada um deles se realize P = P1 + P2 Eventos mutuamento exclusivos Exemplo: Lançando-se um dado. A probabilidade de se tirar 3 ou 5 é: P = 1/6 + 1/6 = 2/6 = 1/3 Eventos mutuamento exclusivos PROBABILIDADE DA UNIÃO DE DOIS EVENTOS Consideremos dois eventos A e B de um mesmo espaço amostral . Da teoria dos conjuntos sabemos que: Dividindo os membros da equação por n(), temos: Exemplo 7 : No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de se obter o número 3 ou um número ímpar? Espaço amostral: = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n() = 6 Evento A: número 3 A = {3} n(A) = 1 Evento B: número ímpar b = {1, 3, 5} n(B) = 3 Exemplos: A B = {3} {1, 3, 5} = {3} n(A B) = 1 P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B) P(A B) = P(A B) = Exemplos: Exemplo 8: Ao retirar uma carta de um baralho de 52 cartas, qual é a probabilidade de que essa carta seja vermelha ou um ás? n() = 52; Evento A: a carta é vermelha n(A) = 26; Evento B: a carta é ás n(B) = 4; n(A B) = 2 Exemplos: PROBABILIDADE DO EVENTO COMPLEMENTAR A probabilidade de não ocorrer o evento A é a probabilidade de ocorrer o evento complementar de A, representado por . Nessas condições, temos : Então, Exemplo 9: No lançamento simultâneo de dois dados perfeitos distinguíveis, vamos calcular a probabilidade de NÃO sair soma 5. = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}. n() = 36. Seja A o evento “sair soma 5”. Então: A = {(1,4), (2,3), (3,2), (4,1)} n(A) = 4 Exemplos: Probabilidade (objetiva) Proporção de ocorrência de um evento Freqüência relativa: (resultados favoráveis) / (resultados possíveis) Assume valores entre 0 e 1 Probabilidade (subjetiva) Interpretação subjetiva: é uma estimativa do que o indivíduo pensa que seja a viabilidade de ocorrência de um evento. Exemplo: Há 30% de chance de chuva nas próximas 24 horas Probabilidade da União Eventos mutuamente excludentes ,i.e. , P(A B) =0 P(A B) = P(A) + P(B) Eventos não excludentes P(A B) = P(A) + P(B) - P(A B) Probabilidade Condicionada Probabilidade de um evento A, dado que aconteceu um outro evento B P(A | B) = P(A B) / P(B) Probabilidade da Interseção Ocorrência simultânea de A e B P(A B) = P(A | B) * P(B) Eventos independentes A e B são independentes se a ocorrência de um deles não altera a probabilidade de ocorrência do outro. Formalmente: P(A | B) = P(A) Pela expressão anterior, se A e B são independentes: P(A B) = P(A).P(B) Note que neste caso A B denota a possibilidade de ocorrência simultânea dos dois eventos ) ( ) ( ) ( de elementos de número A de elementos de número ) ( W = Þ W = n A n A P A P ) ( ) ( ) ( B n A n A P = 2 1 ) ( = A P 3 1 ) ( 6 2 ) ( ) ( ) ( ) ( = Þ = Þ W = A P A P n A n A P % 50 2 1 8 4 ) ( = = = A P 5 , 37 375 , 0 8 3 ) ( = = = B P % 66 66 , 0 3 2 6 4 ) ( = = = = A P % 33 33 , 0 3 1 6 2 ) ( = = = = B P % 33 33 , 0 6 2 ) ( = = = C P % 0 0 6 0 ) ( ) ( ) ( = = = W = n D n D P % 100 1 6 6 ) ( ) ( ) ( = = = W = n E n E P 360 ! 2 ! 2 . 3 . 4 . 5 . 6 ! 2 ! 6 )! 4 6 ( ! 6 ) ( 4 , 6 = = = - = = W A n 12 ! 2 ! 2 . 3 . 4 )! 2 4 ( ! 4 ) ( 2 , 4 = = - = = A A n % 33 , 3 033 , 0 30 1 360 12 ) ( ) ( ) ( = @ = = W = n A n A P % 58 75 44 ) ( ) ( ) ( @ = W = n A n A P % 14 75 11 ) ( ) ( ) ( @ = W = n B n B P ) ( ) ( ) ( ) ( B A n B n A n B A n Ç - + = È ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( W Ç - W + W = W È n B A n n B n n A n n B A n ) ( ) ( ) ( ) ( B A P B P A P B A P Ç - + = È 6 1 6 3 6 1 - + 6 3 ) ( ) ( ) ( ) ( B A P B P A P B A P Ç - + = È 52 2 52 4 52 26 ) ( - + = È B A P 52 28 ) ( = È B A P % 8 , 53 13 7 ) ( @ = È B A P = Ç W = È A A A A e ) ( ) ( A A P P È = W ) ( ) ( 1 A P A P + = ) ( 1 ) ( A P A P - = 9 1 36 4 ) ( ) ( ) ( = = W = n A n A P 9 1 1 ) ( ) ( 1 ) ( - = Þ - = A P A P A P 9 8 ) ( = A P
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