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Atendimento Educacional Especializado

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3.Considerações Finais 
 
O ensino oferecido no atendimento educacional especializado é 
necessariamente diferente do ensino escolar e não pode caracterizar-se como um 
espaço de reforço escolar ou complementação das atividades escolares. 
E essa compreensão da educação especial na perspectiva da inclusão está 
relacionada a uma concepção e a práticas da escola comum que mudam a lógica do 
processo de escolarização, a sua organização e o estatuto dos saberes que são objeto 
do ensino formal. Como modalidade que não substitui a escolarização de alunos com 
deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e com altas 
habilidades/superdotação, essa educação supõe uma escola que não exclui alunos que 
não atendam ao perfil idealizado institucionalmente. 
A educação especial perpassa todos os níveis, etapas e demais modalidades de 
ensino, sem substituí-los, oferecendo aos seus alunos serviços, recursos e estratégias 
de acessibilidade ao ambiente e aos conhecimentos escolares. Nesse contexto, deixa 
de ser um sistema paralelo de ensino, com níveis e etapas próprias. Sinalizando um 
novo conceito de educação especial, a Política enseja novas práticas de ensino, com 
vistas a atender as especificidades dos alunos que constituem seu público alvo e 
garantir o direito à educação a todos. De acordo com a Professora Meire Cavalcante: 
A inclusão de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e 
altas habilidades/superdotação em escolas comuns de ensino regular ampara-se na 
Constituição Federal/88 que define em seu artigo 205 “a educação como direito de 
todos, dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho”, garantindo ainda, no art. 208, o direito ao atendimento 
educacional especializado aos portadores de deficiência (CAVALCANTE, M. 2011, 
p.15) 
Aponta para a necessidade de se subverter a hegemonia de uma cultura escolar 
segregadora e para a possibilidade de se reinventar seus princípios e práticas 
escolares. Este texto traz contribuições para o entendimento dessa escola e de sua 
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articulação com a educação especial e seus serviços, especialmente o Atendimento 
Educacional Especializado – AEE.
Sua intenção é esclarecer o leitor sobre a possibilidade de fazer da sala de aula 
comum um espaço de todos os alunos, sem exceções.
O atendimento educacional especializado tem grande importância para ajudar o 
aluno com deficiência se desenvolver na vida escolar, pessoal, social e favorecer a sua 
inclusão na escola. 
Observamos que apesar das dificuldades encontradas, tais como, falta de 
material específico para melhor trabalhar com cada deficiência, falta de intérprete de 
Libras, problemas familiares, entre outros, o trabalho está acontecendo e estamos 
avançando gradativamente na inclusão dos alunos deficientes na rede pública de São 
João de Meriti. 
Algumas das escolas da rede estão recebendo o material da sala de recursos 
multifuncionais, que também contribuirá bastante para desenvolvimento do trabalho e 
favorecerá o aprendizado destes alunos, pois contém material diversificado e próprio 
para cada deficiência.
 Porém, é importante destacar que a formação continuada para os educadores é 
de suma importância devendo acontecer cada vez mais, para que o trabalho seja 
melhor e mais eficiente.
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 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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2015.
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