Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
18 3.Considerações Finais O ensino oferecido no atendimento educacional especializado é necessariamente diferente do ensino escolar e não pode caracterizar-se como um espaço de reforço escolar ou complementação das atividades escolares. E essa compreensão da educação especial na perspectiva da inclusão está relacionada a uma concepção e a práticas da escola comum que mudam a lógica do processo de escolarização, a sua organização e o estatuto dos saberes que são objeto do ensino formal. Como modalidade que não substitui a escolarização de alunos com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento e com altas habilidades/superdotação, essa educação supõe uma escola que não exclui alunos que não atendam ao perfil idealizado institucionalmente. A educação especial perpassa todos os níveis, etapas e demais modalidades de ensino, sem substituí-los, oferecendo aos seus alunos serviços, recursos e estratégias de acessibilidade ao ambiente e aos conhecimentos escolares. Nesse contexto, deixa de ser um sistema paralelo de ensino, com níveis e etapas próprias. Sinalizando um novo conceito de educação especial, a Política enseja novas práticas de ensino, com vistas a atender as especificidades dos alunos que constituem seu público alvo e garantir o direito à educação a todos. De acordo com a Professora Meire Cavalcante: A inclusão de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação em escolas comuns de ensino regular ampara-se na Constituição Federal/88 que define em seu artigo 205 “a educação como direito de todos, dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, garantindo ainda, no art. 208, o direito ao atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência (CAVALCANTE, M. 2011, p.15) Aponta para a necessidade de se subverter a hegemonia de uma cultura escolar segregadora e para a possibilidade de se reinventar seus princípios e práticas escolares. Este texto traz contribuições para o entendimento dessa escola e de sua 19 articulação com a educação especial e seus serviços, especialmente o Atendimento Educacional Especializado – AEE. Sua intenção é esclarecer o leitor sobre a possibilidade de fazer da sala de aula comum um espaço de todos os alunos, sem exceções. O atendimento educacional especializado tem grande importância para ajudar o aluno com deficiência se desenvolver na vida escolar, pessoal, social e favorecer a sua inclusão na escola. Observamos que apesar das dificuldades encontradas, tais como, falta de material específico para melhor trabalhar com cada deficiência, falta de intérprete de Libras, problemas familiares, entre outros, o trabalho está acontecendo e estamos avançando gradativamente na inclusão dos alunos deficientes na rede pública de São João de Meriti. Algumas das escolas da rede estão recebendo o material da sala de recursos multifuncionais, que também contribuirá bastante para desenvolvimento do trabalho e favorecerá o aprendizado destes alunos, pois contém material diversificado e próprio para cada deficiência. Porém, é importante destacar que a formação continuada para os educadores é de suma importância devendo acontecer cada vez mais, para que o trabalho seja melhor e mais eficiente. 20 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS APAE,PA. Instituição Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, 2015. BRASIL,2001,p.13.p.126 BRIZOLLA,Mosquera.Stobaus ( pag 244, 2006) CAVALCANTE,M. Em defesa do direito à Educação Inclusiva. São Paulo,2016. CARVALHO, Edler. (pag 45, 2011) CONCEIÇÃO,M. ‘’Escola Municipal, objetivos da Educação Especial. São Paulo,2013. DELEUZE, G. Diferença e Repetição. Rio de Janeiro: Graal, 1988. Tradução Luiz Orlandi e Roberto Machado. ISBN 85-7038-071 DRAGO,2011, P.67. DNE,2001, p. 20. FERREIRA,G. 2003,p.105. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. FRELLER,FERRARI,SEKKEL,2008,P.88 FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25.ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. Hakim, C. Educação e comportamento. São Paulo: Almanaque dos pais, 2015 . ROSA,2013,p.6 SARTORETTO, L. Assistiva, tecnologia e Educação. Rio grande do Sul, 2017. SALGADO,2009,p.448 MAZOTTA,2001,p.17 apud DRAGO,2011,p.61 MARCHESI,1982,p.46
Compartilhar