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BIOQUIMICA - GLUT

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GLUT – TRANSPORTADORES DE GLICOSE
ANA DA JUSTA BARTOLO M1 – 2020.1
A glicose é polar, não permeável à membrana, por isso precisa de uma proteína para atravessa-la. 
SGLT
Realiza o cotransporte de glicose e sódio através de transporte ativo secundário. É a favor do gradiente de sódio, e independe do gradiente de glicose. Existe a SGLT1, que está presente no intestino e absorve a glicose obtida através da alimentação, e a SGLT2, presente nos rins que reabsorve a glicose capturada pelos néfrons. 
OBS: remédios que inibem a ação da SGLT2 são utilizados por pessoas com diabetes mellitus II, pois mais glicose pode ser eliminada pela urina, evitando a hiperglicemia.
GLUT
Proteína transportadora de glicose através de transporte ativo. São hidrofóbicos e reagem com a parte lipídica da membrana. Cada GLUT tem predominância em um tecido diferente, e apresenta diferentes afinidades pela glicose. 
GLUT 1
Presente em tecidos fetais, células sanguíneas (hemácias) e na barreira hematoencefálica. A alta afinidade dele pela glicose (km baixo) permite que ele consiga estabelecer rapidamente os níveis e glicose dentro da célula. O GLUT1 trabalha até durante a hipoglicemia, e nesse momento sua expressão é aumentada para que possa ser possível captar mais glicose. 
GLUT 2
Presente no fígado e nas células beta do pâncreas. Possui baixa afinidade com a glicose (km alto), e por isso o transporte é proporcional à glicemia. Esse GLUT só faz transporte durante a hiperglicemia. 
OBS: a hepatite C inibe a expressão do GLUT 2, o que causa hiperglicemia. 
GLUT 3
Possui as mesmas características do 1, porém está presente em outros tecidos. Ele fica nas 
Células neuronais e na placenta, e possui alta afinidade pela glicose (km baixo).
GLUT 4
É o único GLUT vesiculado, e por isso precisa ser estimulado pela insulina para trabalhar, logo é insulino-dependente. Se insere no musculo estriado esquelético e cardíaco e no tecido adiposo. 
A vesícula de GLUT 4 fica no citoplasma da célula e precisa de um estimulo para a vesícula ser direcionada à membrana. O estimulo funciona da seguinte maneira:
a insulina se acopla à tirosina-cinase (receptor dela) e ele se ativa e se autofosforila. Isso atrai a proteína IRS, que também é fosforilada. Com isso, a enzima PI3K é ativada, e ela gera vários produtos e ativa a PKB. Essa proteína fosforila um conjunto de proteínas que faz com que a vesícula de GLUT se funda na membrana plasmática, e assim a glicose pode ser transportada. Uma única insulina consegue fazer com que varias PKBs sejam ativadas. 
OBS: O único GLUT que sofre quando o individuo tem diabetes é o 4, já que o corpo apresenta uma resposta menor à insulina. Ela acontece pois ou o receptor ou alguma célula interna não funcionam bem. Esses indivíduos possuem quantidades saudáveis de PKB e GLUT 4, mas o tecido não responde corretamente à insulina. O tratamento para esses indivíduos é a realização de exercícios físicos. 
RELAÇÃO DE EXERCÍCIOS COM GLUT 4
O exercício físico estimula a migração de vesículas de GLUT 4 para aumentar a capacitação celular de glicose. Isso ocorre pois, o alto consumo de ATP gera um excesso de ADP, que resulta em sobra de AMP, que ativa o AMPK. Esse, por sua vez, fosforila proteínas liberadoras de GLUT 4, levando à migração.
Isso é indicado para pacientes com diabetes pois assim a quantidade de GLUT 4 na membrana aumenta, e assim mesmo com uma pequena resposta à insulina, a quantidade de GLUT 4 não fica tão pequena. 
Há um medicamento usado para diabéticos, a Metformina, que é análogo à AMP, ou seja, ativa a AMPK.

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