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RESUMO: Hipertensão arterial sistêmica (HAS)

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Lucas Melo – Medicina Ufes 103 
Hipertensão arterial sistêmica, cardiopatia hipertensiva e cardiomiopatias. 
Hipertensão arterial sistêmica: O endotélio tem uma participação importante na homeostasia do organismo, 
produzindo fatores que vão contribuir para o aumento e diminuição da pressão, e a sua disfunção está diretamente 
relacionada com o aparecimento de lesões, como trombose, HA, etc. A pressão arterial é igual ao débito cardíaco 
vezes a resistência vascular periférica (essa tem relação direta com o endotélio), o debito é o volume sistólico vezes a 
frequência cardíaca. Alguns fatores contribuem para a diminuição e outros contribuem para o aumento da pressão 
arterial. O diagnóstico da HAS precisa de uma série de recomendações, o paciente precisa estar relaxado, não pode 
ter consumido alguma substância que deixe ele agitado, etc. 
Conceitos: A HAS acontece quando os níveis pressóricos são maiores que 140/90, um quadro pré hipertensivo tem de 
PAS 121 a 139 ou PAD 81 a 89, é uma doença multifatorial frequentemente associada a distúrbios metabólicos, 
agravada pela presença de dislipidemia, intolerância à glicose, obesidade e diabetes. É muito importante lembrar que 
os rins (excreção e retenção de sódio) e o sistema renina-angiotensina-aldosterona (renina produzida nas células 
justaglomerulares atua sobre o angiotensinogênio, produz ANG1, convertida pela ECA em AGN2, que é vasoconstritora 
– aumento da RVP – e estimula a síntese de aldosterona – reabsorção de sódio nos rins) tem um importante papel na 
regulação da PA. A HAS é classificada em duas: primária ou essencial (90% dos casos), a evolução dessa doença é bem 
lenta promovendo complicações de forma mais tardia, e secundária (10% dos casos), que são paciente com valores 
pressóricos altos (acima de 220/120) associada a dano endotelial grave e morte rápida, se não tratada. 
OBS: Emergência hipertensiva está associada com a PAD maior que 120, pode estar relacionada com encefalopatia 
hipertensiva ou nefroesclerose hipertensiva. 
Fatores de risco para HAS essencial (idiopática): Idade (o envelhecimento se associa com o aumento da pressão arterial 
sistólica principalmente por conta da perda de elasticidade dos vasos, sendo assim, o vaso perde a capacidade de 
acomodar a pressão, no paciente idoso – 70/80 anos – a pressão pode estar um pouco maior que 140 e não vamos 
considerar hipertensão, os vasos se adaptam ao aumento normal dessa pressão com o envelhecimento), obesidade, 
histórico familiar (parentes com hipertensão aumentam a chance de desenvolver isso), etnia (mais comum, severa, 
precoce e com maior lesão em órgãos alvos em pessoas negras), redução do número de néfrons (pode estar 
relacionada a fatores genéticos, infecção renal na primeira infância, prematuridade), dieta rica em sódio, alcoolismo 
e sedentarismo. 
Complicações: Níveis altos de pressão arterial por um tempo prolongado são agressores potentes do coração e vasos 
sanguíneos, no coração há um sobrecarga de trabalho para vencer a RVP, que está aumenta, sendo que as 
modificações que o coração sofre nesse processo constituem a cardiopatia hipertensiva. Nos vasos sanguíneos, pode 
causar aterosclerose em grandes e médias artérias e em pequenas artérias e arteríolas pode causar arterioloesclerose 
(2 tipos: Hialina, que é a deposição de material hialino na íntima que reduz a luz, e Hiperplásica, típica da HA maligna 
que é a hiperplasia de céls musculares, aspecto de bulbo de cebola). 
OBS: Nos rins, a 
arterioloesclerose 
hiperplásica está 
associada a 
nefroesclerose vascular, 
associada a isquemias do 
sistema nervoso e 
retinopatia hipertensiva 
(na retina). 
Outras complicações são: Insuficiência cardíaca (aumento da pós carga do coração que após a cardiomiopatia 
hipertensiva, não consegue mais manter o débito cardíaco, levando a falência da bomba), insuficiência renal 
(arterioloesclerose hiperplásica vai gerando isquemia no glomérulo, diminui a função, diminui o volume urinário e 
aumenta o volume sanguíneo o que aumenta a pressão, pode ser causada também por uma perda de néfrons por uma 
lesão renal, então seria uma causa secundária da HAS, não a causa base), arteriosclerose (pode causar uma estenose 
da coronária, pode ocasionar trombose, isquemia, necrose = infarto), IAM, dissecação da aorta (quando o sangue 
separa as camadas por conta de uma fraqueza na parede da aorta), hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo. 
 
Lucas Melo – Medicina Ufes 103 
OBS: Hemossiderina, pigmento derivado da hemácia que contém, é um pigmento meio avermelhado marrom que dá 
para ver em algumas lâminas que ela mostrou na aula. 
HAS secundária: os pacientes que devem ser investigados para essa são os que tem episódio de aumento da pressão 
arterial muito jovem ou muito idoso, quando o quadro já aparece num nível pressórico diastólico muito alto, paciente 
que tem hipertensão abrupta e quando a pressão arterial é resistente ao tratamento medicamentoso e ela é causada 
secundariamente a outra doença, como doença dos rins, doenças endócrinas, lesões encefálicas, hipertensão na 
gravidez, entre outros. 
OBS: Sopro é a passagem do liquido num lugar estreito (pode estar relacionado com estenose nas artérias). 
Cardiopatia hipertensiva: É conjunto de alterações que ocorrem no coração em consequência 
da HAS, geralmente essencial (acomete mais mulheres), o diagnóstico se dá pela hipertrofia 
concêntrica do VE, quadro de HÁ e ausência de outras doenças cardiovasculares). 
Na fase inicial da disfunção cardíaca, há hipertrofia concêntrica do ventriculo esquerdo, a 
sobrecarga pela hipertensão leva a hipertrofia pois o coração tenta vencer a pressão da aorta 
aumentando a força de contração, aumentando o número de sarcômeros, o nome dessa fase 
também é fase compensada, como o miocárdio está hipertrofiado as exigências metabólicas 
aumentam (exige mais O2 por ter mais massa muscular), se o suprimento não for adequado, 
pode gerar uma isquemia, necrose e cura por fibrose. 
A fase descompensada é a cardiopatia hipertensiva dilatada, ocorre se a PA não for controlada, 
quando o miocárdio não consegue mais sofrer hipertrofia, o DC não consegue ser mantido, 
causando sobrecarga de volume diastólico, isso promove a dilatação do VE, o que caracteriza 
uma insuficiência cardíaca. 
Na imagem ao lado o primeiro coração está com hipertrofia concêntrica do VE e o terceiro está 
na fase descompensada da cardiopatia hipertensiva. 
Cardiomiopatias: Começando explicando um conceito 
básico, cardiomiopatias são doenças próprias do 
miocárdio que se associam com a disfunção do 
coração, elas não estão relacionadas com isquemia, 
sobrecarga de volume ou pressão e doença congênita. 
As cardiopatias são doenças associadas a sobrecarga 
de volume, pressão ou doenças congênitas do 
coração. 
As cardiomiopatias são divididas em: Dilatadas (é 
ocasionada por uma disfunção sistólica, pode ser 
causada por doenças virais – podem induzir a 
formação de autoanticorpos e/ou citotoxicidade direta 
dos cardiomiócitos por meio de metaloproteases –, 
doenças autoimunes, álcool, drogas e HAS 
descompensada, promove uma dilatação do VE), 
hipertróficas (caracterizada pela hipertrofia 
ventricular esquerda sem causa aparente, essa 
hipertrofia pode ser simétrica, que é a hipertrofia de 
todo o VE, ou pode ser assimétrica, que é a hipertrofia 
do septo interventricular, ainda podem ser 
hereditárias – doença autossômica dominante, genes 
que codificam proteínas do sarcômeros – ou 
secundárias – hipertrofia causada pelo treinamento 
atlético de alta performance, que é uma 
cardiomiopatia hipertrófica simétrica), restritivas (são 
 
Lucas Melo – Medicina Ufes 103 
causadas por restrição diastólica, ou seja, uma dificuldade no enchimento da câmara, a endomiocardiofibrose está 
muito relacionada, provoca uma rigidez endocárdica, além disso, doenças de depósito podem causar cardiomiopatias 
restritivas como amiloidose).OBS: A classificação de hipertrófica, dilatada e restritiva podem 
ser usadas para cardiopatias e cardiomiopatias. 
 
Miocardites: São doenças caracterizadas pela presença de infiltrado inflamatório no miocárdio, sendo que causa lesão 
e agressão aos cardiomiócitos. Elas podem ser causadas por inúmeras coisas, vírus, bactérias, fungos, helmintos, 
hipersensibilidade, protozoários, doenças imunitárias e também pode ser desconhecida. 
Na aula ela falou da miocardite infecciosa, que pode normalmente tem relação com vírus (miocardite por vírus) e 
normalmente resulta em cardiomiopatia dilatada (ação autoimune e citotóxica dos vírus sobre os cardiomiócitos, etc), 
ligada com vírus Coxsackie B e adenovírus, estes se ligam com o mesmo receptor presente no sarcolema e fazem a 
indução da autoimunidade, promovendo uma inflamação sobre os cardiomiócitos, o que vai levar a uma necrose e 
por conseguinte, fibrose.

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