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Semiologia do sistema respiratório

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Semiologia 
Morgana Fernandes 
Semiologia do respiratório 
 
1. Anatomia do tórax 
2. Linhas 
3. Regiões 
 
 
 
Inspeção pode ser realizada com o paciente deitado ou sentado. 
Estática - analisar formato, simetria, anomalias congênitas ou adquiridas, localizadas 
ou difusas. 
Alterações no formato: 
• Tórax chato -perda da concavidade, redução do diâmetro anteroposterior. 
• Tórax em tonel ou globoso - aumento do diâmetro anteroposterior - 
enfisematosos PP. "Mais curto" 
• Tórax cifótico - curvatura da coluna dorsal. 
• Tórax infundibuliforme (escavado) - depressão na parte inferior do esterno. 
Congênito. 
• Tórax cariniforme - esterno proeminente. Tórax em pombo. É congênito ou 
relacionado ao raquitismo. 
• Tórax cônico ou sino - parte inferior alargada. Hepatomegalia e ascite. 
 
 
Dinâmica - movimentos torácicos, ritmo, frequência, simetria. 
• Deve-se avaliar o estado de consciência e lembrar que narcose por CO2 resulta 
em estado torporoso. 
• Observar na pele coloração- destacar cianose e palidez, hidratação e presença 
de lesões. Indicam desidratação: baqueteamento digital e unha em vidro. 
Semiologia 
Morgana Fernandes 
• Inspecionar mamas - pacientes mastectomizadas se atentar para metástase 
pulmonar. 
Associação: 
1. Pápulas e ulcerações com paracoccidioidina. 
2. Tubérculos com tuberculose e sarcoidose 
3. Lesões com líquidos com pneumonia estafilocócica 
A inspeção deve ser comparativa. 
• A contratura da musculatura paravertebral: sinal de Ramond - 
comprometimento pleural inflamatório homolateral. 
• Sinal de lemos torres: abaulamento dos sinais intercostais durante a 
expiração de derrame pleural - redução da transparência na radiografia. 
• Procurar retrações e abaulamentos nas partes ósseas. 
• Abaulamentos localizados são sinais de neoplasia, aneurisma e 
hipertrofia de VD em crianças. 
 
Identificar o tipo respiratório 
➢ Torácica ou abdominal. 
 
Ritmo: regular com inspirações e expirações equivalentes. Modificações: 
1.Cheyne-stokes 
2.Biot 
3.Kussmaul 
4.Respiração suspirosa 
*Tiragem: retração dos espaços intercostais por colapso brônquico. 
 
 
 
Palpação 
Com o dorso das mãos, comparando as regiões, verifica-se a temperatura, sudorese, 
edema e enfisema subcutâneo (mais observados nas fossas supraclaviculares - 
indicativo de obstrução de cava e espaços intercostais - pneumotórax hipertensivo). 
Linfonodos devem ser palpados cuidadosamente. 
Expansibilidade: posterior. 
1. Do ápice - com as duas mãos espalmadas. As bordas internas toquem na base 
do pescoço, os polegares apoiados na coluna e os demais dedos nas fossas 
supraclaviculares. 
2. Da base - os polegares nas linhas paravertevrais e os demais dedos recobrem 
os últimos arcos costais. 
 
Frêmito toracovocal - 33 - comparando. 
Semiologia 
Morgana Fernandes 
Colocar a mão direita espalmada sobre a superfície do tórax. É mais acentuado à direita 
e nas bases. Melhor sensação se usar o 2,3 e 4 quirodáctilos. 
Derrame pleural afasta os pulmões da parede e dificultam a transmissão das vibrações. 
Ocorre diminuição ou abolição do frêmito. 
Em consolidações pulmonares o frêmito torna-se mais nítido. 
 
Percussão 
Inicia-se na face posterior, de cima para baixo. 
Percute-se separadamente cada hemitórax, comparando-os simetricamente. 
A mão esquerda com os dedos separados é apoiada sobre a parede. Exercendo leve 
pressão com o dedo médio. Quatro tonalidades são obtidas 
1. Som claro pulmonar 
2. Som timpânico 
3. Som submaciço 
4. Som maciço. 
 
Obesidade, massas musculares hipertrofiadas e edema reduzem a nitidez, tornando-os 
submaciço ou maciço. 
Ao se percutir na concavidade do hemidiafragma direito o som é maciço por causa do 
fígado. Em caso de enfisema pulmonar a cúpula diafragmática é mais rebaixada, tanto 
na expiração como na inspiração. Ao contrário ocorre na hepatomegalia. 
A esquerda, a ausência de timpanismo é primeiro sinal de esplenomegalia. 
A percussão diafragmática possibilita avaliar sua posição e grau de mobilidade. Para 
isso percutem-se as regiões infraescapulares direita e esquerda assinalando os níveis 
das hemicúpulas após cada inspiração e expiração. 
Na presença de hérnia diafragmática nota-se a substituição do som atimpânico por 
timpanismo, devido a passagem de vísceras pelo ocas pelo hiato esofágico. 
A coluna vertebral provoca som atimpânico. Som maciço indica derrame de volume 
médio que some quando o paciente se inclina para frente. 
 
Som claro pulmonar - claro e atimpânico. 
Hipersonoridade: estenose de brônquio e aprisionamento de ar durante a expiração. Se 
a estenose for de brônquio principal ocorre também deslocamento do mediastino para 
o lado oposto, pois o pulmão não se esvazia. Se houver obstrução brônquica total surge 
atelectasia - consolidação, produzindo som de macicez. As patologias que aumentam a 
quantidade de ar produzem hipersonoridade e timpanismo - enfisema, asma, cistos 
aéreos e cavernas insufladas. Na cifoescoliose também ocorre hipersonoridade. 
Afecções parenquimatosas que reduzem a quantidade de ar nos alvéolos provocam 
macicez - neoplasias, infarto pulmonar volumoso, pneumonias lobares e cavidades 
periféricas contendo líquido/cistos. 
 
Ausculta 
Silêncio e comodidade. 
O examinador coloca-se atrás do paciente que deve estar despido e respirando pausada 
e profundamente, com a boca entreaberta sem fazer ruídos. 
É iniciada na face posterior, seguindo para as laterais e, por fim, anteriormente. 
Importante: os limites dos pulmões estão aproximadamente 4 dedos abaixo da 
escápula. 
Auscultam-se as 4 regiões de maneira simétrica. É indicado que o paciente respire fundo 
e tussa várias vezes para facilitar a distinção de ruídos. 
Sons normais: 
• Som traqueal 
• Som brônquico 
• Murmúrio vesicular 
Semiologia 
Morgana Fernandes 
• Som broncovesicular 
Sons anormais 
• Descontínuos: estertores finos e grossos 
• Contínuos: roncos, sibilos e estridor 
• Atrito pleural 
Sons vocais 
• Broncofonia, egofonia, pectorilóquia fônica ou afônica. 
 
Som traqueal: é audível na região da traqueia no pescoço e na região esternal. Na 
inspiração é um ruído soproso e rude, seguido de um curto espaço silencioso. Já o 
expiratório é mais forte e mais prolongado. 
Som brônquico: muito semelhante ao traqueal, porém a fase expiratória é menos 
intensa. Se ouve na região de brônquios de maior calibre. 
Obs: nas áreas de condensação pulmonar, atelectasia ou áreas próximas a cavernas 
superficiais a respiração brônquica substitui o murmúrio vesicular. 
 
Murmúrio vesicular: turbulência do ar circulante que se chocam nas bifurcações 
brônquicas. O componente inspiratório é mais intenso, mais duradouro e de tonalidade 
mais alta que o expiratório. Em relação ao som brônquico é mais fraco e suave, também 
não apresenta intervalo silencioso. Não é homogêneo por todo o tórax. 
Murmúrio mais intenso: respiração ampla e com boca aberta ou após esforços e em 
pessoas emagrecidas e crianças. 
A diminuição do murmúrio se relaciona a pneumotórax, hidrotórax, espessamento 
pleural (tecido sólido), enfisema pulmonar, dor que prejudique movimentação, obstrução 
das vias aéreas superiores e oclusão de brônquios e bronquíolos. 
O prolongamento do murmúrio na fase exploratória é indicativo de asma, enfisema e 
bronquite espastiforme. 
Não se ausculta na região esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível das 
3 e 4 vértebras dorsais. 
Nessas áreas, ouve-se o som broncovesicular. 
 
Som broncovesicular: é de igual intensidade e duração na expiração e inspiração, 
porém mais fortes que no murmúrio vesicular. São auscultados nas regiões citadas 
acima e se surgirem em outros locais indica condensação pulmonar, atelectasia por 
compressão ou presença de cavernas. Para que suja é preciso haver área lesionada 
alvéolos capazes de originar som do tipo vesicular. 
 
Sons ou ruídos anormais descontínuos 
Estertores - podem ser de dois tipos: 
• Finos ou crepitantes: final da inspiração, são agudos e de curta duração. 
Ouvidos principalmentenas zonas pulmonares influenciados pela gravidade. 
Indicam presença de líquido ou exsudato no parênquima pulmonar (pneumonia 
e congestão pulmonar por insuficiência VE) ou por alteração no tecido de suporte 
das paredes brônquicas (doenças intersticiais pulmonares). Não se alteram com 
a tosse, mas se modificam de acordo com a oposição do paciente. 
• Estertores grossos ou bolhosos: frequência menor e maior duração que os 
finos. Se alteraram com a tosse, mas não modificam com a posição. Audíveis no 
início da inspiração e expiração. Comuns na bronquite crônica e nas 
bronquiectasias. 
 
Sons ou ruídos anormais contínuos 
• Roncos: sons graves. Originam-se do estreitamento dos ductos brônquicos, 
como ocorre na asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e nas obstruções 
localizadas. Predominam na expiração. Surgem e desaparecem em curto tempo. 
Semiologia 
Morgana Fernandes 
• Sibilos: agudos, múltiplos e disseminados, indicando asma e bronquite. Se 
forem localizados em uma região indicam semiobstrução por neoplasia ou corpo 
estranho. 
• Estridor: semiobstrução da laringe ou traqueia. Intensificada na respiração 
forçada. 
• Sopros: é normal nas regiões: C7, traqueia e região interescapular. Em outros 
locais indica que o pulmão perdeu sua textura normal, ocorre em pneumonias 
bacterianas(hepatização) - sopro tubário, nas grandes cavernas - cavitário e no 
pneumotórax hipertensivo- anafóricos. 
• Atrito pleural: em caso de pleurite, ruído descontínuo e intenso na inspiração. 
Maior duração, baixa frequência e tonalidade grave. Comum nas regiões axilares 
inferiores. Quando se instala o derrame pleural, o atrito desaparece. 
 
Ausculta da voz 
O examinador compara regiões homólogas enquanto o paciente pronuncia (falando e 
cochichando) “trinta e três". Em condições normais os sons são incompreensíveis, mas 
quando há consolidação (pneumonia, infarto pulmonar), a transmissão é facilitada. 
A ressonância vocal é mais intensa no ápice do pulmão direito, nas regiões 
interescapulovertebral direita e esternal superior. 
Toda vez que houver condensação pulmonar - inflamatória, neoplásica ou pericavitária 
-, há aumento da ressonância vocal ou broncofonia. Ao contrário, na atelectasia, no 
espessamento pleural e nos derrames, ocorre diminuição da ressonância vocal. 
Quando se ouve com nitidez a voz falada, chama-se pectorilóquia fônica. 
Quando o mesmo acontece com a voz cochichada, denomina-se pectorilóquia afônica. 
Na ausculta da voz podem-se observar: 
• Ressonância vocal normal 
• Ressonância vocal diminuída 
• Ressonância vocal aumentada: 
1. Broncofonia- ausculta-se a voz sem nitidez 
2. Pectorilóquia fônica- ausculta-se a voz nitidamente 
3. Pectorilóquia afônica - ausculta-se a voz mesmo se cochichada. 
 
Egofonia. É uma forma especial de broncofonia, é anasalada e metálica - balido de 
cabra. Aparece na parte superior dos derrames pleurais. Pode ser também observada 
na condensação pulmonar.

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