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AULA 04 - TEORIA DA PERSONALIDADE

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Abordagem Cognitiva
Aula 4 – Teorias da Personalidade
Cognição: Ato ou processo de conhecer
A abordagem cognitiva da personalidade concentra-se nos caminhos  pelos quais as pessoas conhecem seu ambiente e a si mesmas, em como percebem, avaliam, aprendem, pensam, tomam decisões e solucionam problemas.
É uma abordagem genuinamente psicológica da personalidade, pois foca exclusivamente em atividades mentais conscientes.
A teoria do constructo pessoal
Descrição da personalidade feita por George Kelly em termos de processos cognitivos. 
Somos capazes de interpretar comportamentos e eventos e utilizar essa compreensão para orientar nosso comportamento e prever o comportamento de outras pessoas. 
Cada pessoa cria um conjunto de constructos cognitivos sobre o ambiente, ou seja, interpretamos e organizamos os eventos e as relações sociais de nossa vida num sistema ou padrão. 
Com base nesse padrão, fazemos previsões sobre nós mesmos, sobre outras pessoas e eventos e as usamos para formular nossas respostas e orientar nossas ações. 
Assim, para compreender a personalidade, primeiro temos de compreender nossos padrões, as formas como organizamos e construímos nosso mundo. 
Nossa interpretação dos eventos é mais importante do que os eventos propriamente ditos. 
George Kelly se opunha às abordagens psicanalítica e comportamental para o estudo da personalidade. 
Ele as via como a negação da habilidade humana de encarregar-se da própria vida, tomar as próprias decisões e seguir um curso de ação escolhido. 
Para o autor o Behaviorismo via as pessoas como meros respondentes passivos dos eventos de seus ambientes e que a Psicanálise as via como igualmente passivas, respondendo a suas forças inconscientes. 
Para Kelly, as pessoas são formas de movimento e somos nós que nos impulsionamos. Nada nem ninguém faz o que fazemos. 
Kelly defendia que as pessoas agem da mesma forma que os cientistas: elaboram teorias e hipóteses e as testam diante da realidade por meio de experimentos. 
Se os resultados sustentarem sua teoria, ela é mantida. Se os dados não a sustentarem, ela terá de ser descartada ou modificada e retestada. 
Kelly observou que os psicólogos não atribuem às pessoas que eles avaliam a mesma capacidade intelectual e racional que atribuem a si mesmos.
O autor diz que os psicólogos não são diferentes das pessoas que eles estudam. O que funciona pra um funciona para o outro.  Para ele, todos estamos ocupados em prever e controlar os eventos em nossa vida e somos capazes de fazê-lo racionalmente. 
Por meio dos constructos pessoais tentamos prever e controlar os eventos em nossa vida e a forma de entender a personalidade de alguém é analisar seus constructos pessoais. 
Teoria cognitiva de Kelly e o movimento cognitivo
Apesar da terminologia semelhante, o movimento cognitivo iniciado por volta dos anos de 1960 não abarcou o trabalho de Kelly porque a teoria não é consistente com os métodos e o objeto do movimento. 
Os psicólogos cognitivos estão interessados tanto em variáveis cognitivas como em comportamento manifesto, estudados em ambiente laboratorial.
Além disso, os psicólogos cognitivos não limitam seu foco à personalidade. Eles estudam o comportamento observável e a aprendizagem em situações sociais. 
Os cognitivistas acreditam que os processos cognitivos, como a aprendizagem, influenciam a resposta de uma pessoa a uma dada situação de estímulo. 
Apesar da psicologia cognitiva ter surgido algum tempo depois de Kelly ter proposto sua explicação para a personalidade, sua teoria teve pouca influência sobre ela. 
A teoria de Kelly não participa da corrente dominante Psicologia Cognitiva, o que não diminui, porém, sua utilidade para o estudo da personalidade.
A vida de Kelly
Nasceu numa fazenda no Kansas (1905-1967)
Em 1926 formou-se em física e matemática mas os seus interesses migraram das ciências exatas para os problemas sociais. Seu futuro era incerto.
Foi engenheiro, professor, estudou sociologia educacional, foi instrutor de teatro.  Ao estudar profundamente a educação se despertou para o interesse em psicologia.
Desenvolveu um serviço de psicologia clínica para o sistema de escolas públicas e para os estudantes em sua faculdade. 
Aconselhamento para estudantes
Estabeleceu as clínicas móveis, que iam de escola em escola, o que lhe deu a oportunidade de lidar com uma variedade de problemas e tentar diferentes abordagens de tratamento.
Os seus pacientes eram estudantes cujos professores encaminhavam para aconselhamento.
Assim, seus pacientes eram pessoas capazes de discutir suas preocupações de modo racional e de expressar seus problemas intelectualmente, a forma esperada num ambiente acadêmico.
A teoria do constructo pessoal
Kelly sugeriu que as pessoas percebem e organizam o seu mundo de experiências como o fazem os cientistas: formulando hipóteses sobre o ambiente e testando-as na realidade da vida diária.
Em outras palavras, observamos os eventos de nossa vida - os fatos ou dados de nossa experiência - e os interpretamos à nossa maneira.
Essa interpretação, explicação ou construção pessoal da experiência representa nossa visão singular dos eventos. 
Olhamos o mundo através de "padrões transparentes que se adaptam às realidades de que o mundo é composto". 
                                                                 (Kelly, 1955)
Poderíamos comparar esses padrões a óculos escuros que adicionam uma coloração particular a tudo o que vemos. 
Essa visão particular, o padrão único que cada indivíduo cria, é o que Kelly denominou nosso sistema de constructos.
Um constructo é a maneira singular de um indivíduo ver a vida, uma hipótese intelectual, elaborada para explicar e interpretar os eventos. Nós nos comportamos com a expectativa de que nossos constructos irão prever e explicar a realidade do nosso mundo. 
Constructo: Hipótese intelectual que elaboramos e utilizamos para explicar os eventos da vida. Os constructos são bipolares ou dicotômicos, tais como alto versus baixo, honesto versus desonesto. 
Exemplo do aluno de psicologia e o professor autoritário
Desenvolvemos muitos constructos no decorrer da vida, um para quase todo tipo de pessoa ou situação com que nos deparamos. Expandimos nossa lista de constructos à medida que conhecemos novas pessoas e enfrentamos situações novas. 
A revisão de nossos constructos é um processo contínuo e necessário; temos de ter sempre um constructo alternativo para empregar numa situação.
Se os nossos constructos fossem inflexíveis e impossíveis de serem revistos (que é o que aconteceria se a personalidade fosse totalmente determinada pelas influências da infância), não seríamos capazes de lidar com situações novas. 
Alternativismo construtivo: a ideia de que somos livres para rever ou substituir nossos constructos por constructos alternativos, se for necessário fazê-lo.  Não somos controlados pelos nossos constructos. 
Modos de antecipar os eventos da vida
A teoria do constructo pessoal apresenta-se em formato científico e se organiza em um postulado fundamental e onze corolários. 
Postulado fundamental: nossos processos psicológicos são dirigidos pelas maneiras como antecipamos os eventos. 
Com a palavra processos o autor defende  que a personalidade era um processo fluido, em movimento. Nossos processos psicológicos são determinados pelos nossos constructos, por meio da forma como cada um de nós constrói seu mundo. 
Com a palavra antecipar Kelly defende a noção de que os constructos é antecipatória. Utilizamos constructos para prever o futuro, ter alguma ideia sobre as consequências de nossas ações e o que provavelmente acontecerá se nos comportarmos de determinada maneira. 
O corolário da construção
Semelhanças entre eventos repetidos: 
Nenhum evento ou experiência poderia ser reproduzido exatamente como da primeira vez; ele pode se repetir, mas não será experimentadoda mesma forma.
Alguns aspectos de uma situação serão semelhantes àqueles experimentados anteriormente.
É com base nessas semelhanças que fazemos previsões ou estabelecemos antecipações sobre como lidaremos com aquele  tipo de evento no futuro. 
Temas do passado reaparecem no futuro, e formulamos nossos constructos como base neles. 
O corolário da individualidade
Diferenças individuais na interpretação dos eventos:
Kelly observou que as pessoas diferem entre si no modo como percebem ou interpretam um evento e, por construírem eventos de diversas maneiras, formam constructos diferentes. 
Nossos constructos não refletem tanto a realidade objetiva de um evento, mas principalmente a interpretação singular que cada um de nós confere a ele. 
O corolário da organização
Relações entre os constructos
Organizamos nossos constructos de acordo com suas semelhanças e diferenças.
Eles são organizados numa hierarquia, com alguns constructos subordinados a outros.
As relações entre os constructos são normalmente mais duráveis do que os constructos propriamente ditos, mas estão sujeitas a modificações. 
Se a organização de nossos constructos não nos oferecer mais uma maneira útil de prever eventos, iremos modificá-la. 
O corolário da dicotomia
Duas alternativas mutuamente exclusivas:
Todos os constructos são bipolares ou dicotômicos. É preciso que sejam para que possamos antecipar os eventos corretamente.
Nossos constructos sempre têm de estar estruturados em termos de um par de alternativas mutuamente excludentes.
Exemplo: honestidade x desonestidade.
Corolário da escolha
Liberdade de escolha
Para toda situação, temos de escolher a alternativa que nos parece melhor, a que nos capacita a antecipar ou prever o resultado de eventos futuros. 
Temos certa margem de ação para decidir entre as alternativas: segurança ou aventura.
A escolha segura é semelhante às anteriores, delimita nossos sistema de constructos pessoais.
A escolha mais arriscada aumenta nosso sistema de constructos por envolver experimentos e eventos novos. 
Nossas escolhas são baseadas nos termos de quão bem elas nos permitem antecipar ou prever eventos, não necessariamente nos termos do que é melhor pra nós. 
O corolário da dimensão ou grau
A dimensão da conveniência:
Diz respeito ao espectro de eventos aos quais um constructo pode ser aplicado. Alguns constructos são relevantes para um número limitado de pessoas ou situações, e outros são mais amplos. 
A dimensão da conveniência ou de relevância de um constructo é uma questão de opção pessoal. 
Se for para compreendermos uma personalidade plenamente, é tão importante saber o que está excluído quanto o que está incluído na dimensão de conveniência do constructo. 
O corolário da experiência
Exposição a novas experiências
A maioria de nós está exposta a novas experiências diariamente, portanto, é progressivo o processo de teste da adequação de um constructo para verificar o quão bem ele previu um evento. 
Durante os anos nossas experiências nos levarão a rever nosso sistema de constructos.
Se você nunca tivesse nenhuma experiência nova, o seu sistema de constructo nunca teria de se modificar. 
O corolário da modulação
Adaptação a novas experiências
Um constructo permeável é aquele que permite que novos elementos penetrem ou sejam admitidos no âmbito da conveniência. 
O quanto nosso sistema de constructos  pode ser modulado ou ajustado em função de novas experiências e conhecimentos depende da permeabilidade dos constructos individuais. 
O constructo impermeável é uma barreira ao aprendizado e às novas ideias, pois não é suscetível de ser mudado ou revisto. 
O corolário da fragmentação
Competição entre constructos
Um novo constructo pode ser compatível ou coerente com um antigo em uma dada situação; mas se tal situação se modificar, os constructos podem se tornar incoerentes. 
Exemplo da jovem conservadora x liberais
O corolário da similaridade
Semelhanças entre as pessoas na interpretação de eventos
Se várias pessoas interpretam uma experiência de forma similar, podemos concluir que os seus processos cognitivos são semelhantes. 
O corolário da sociabilidade
Relações interpessoais
Para estabelecer nossas relações interpessoais é necessário interpretar os constructos do outro. 
Temos de entender como pensa a outra pessoa se quisermos antecipar como ela preverá os eventos. 
Cada desempenho nosso é um padrão de comportamento que se desenvolve a partir do entendimento de como a outra pessoa interpreta os eventos. Então, de certa forma, nos adaptamos aos constructos do outro.

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