Buscar

Estudo dirigido - HPV (vírus)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

– –
1.Vírus escolhido? 
Papilomavírus humano (HPV). 
2.Quais as características da partícula viral? 
Pertence a família Papilomaviridae e tem DNA circular de fita dupla, 
com mais de 150 variantes. Divide-se em grupos de alto risco para o 
desenvolvimento de câncer, que são os de número 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 
48, 51, 52, 56, 58, 59, 68, e 82; os de risco intermediário, que são os de 
número 31, 33, 35, 39, 51 e 52; e, por fim os de baixo risco, que são os de 
número 6, 11, 40, 41, 42, 43, 44, 54, 61, 70, 72, 81, CP6 108. 
Os principais subtipos relacionados ao aparecimento de lesões são: 
os oncogênicos de números 16 e 18 e os relacionados a doenças de caráter 
benigno, como verrugas genitais ou lesões de baixo grau, que são os de 
número 6 e 11. Ainda quanto as suas características, tem a forma 
icosaédrica, aproximadamente 55 nm de diâmetro e possui 8000 pares de 
base. O genoma está coberto pelo capsídeo e é dividido em três regiões: a 
precoce (Early – genes E), a tardia (late – genes L) e a regulatória recorrente 
(URR). 
É importante salientar, que os genes L codificam as proteínas do 
capsídeo viral. Os genes E codificam as proteínas com funções reguladoras 
da atividade celular, principalmente as oncoproteínas E6 e E7, que 
interferem com a função dos genes supressores de tumores p53 e pRB. 
3.Qual a forma de transmissão? 
A transmissão se dá por contato direto, pele a pele. É um vírus 
altamente infectante, tem tropismo por revestimento epitelial com 
mucosas ou microabrasões presente. O contato sexual, não 
necessariamente por meio da penetração – mas também através da 
penetração-, é a forma mais clássica de contaminação por HPV e é isso que 
o faz ser agregado ao leque de infecções sexualmente transmissíveis, sendo 
o portador do vírus. Apenas se o indivíduo desenvolver a doença, seja 
assintomática ou sintomática, é que podemos considerar um evento de 
doença sexualmente transmissível. 
Como foi dito, o sexo não é a única forma de transmissão, então, por 
exemplo, se houver contato mão-genital ou oral-genital a infecção pode 
sim ser transmitida. É uma doença de diagnóstico tardio por muitas vezes, 
pois se apresenta de forma assintomática além da forma sintomática. 
4.Aborde a patogênese da infecção viral. 
Após o contato com o vírus a patogênese se dá por três formas, a 
latente, a subclínica e a clínica. A forma latente é aquela em que é possível 
detectar o vírus, mas não há alterações morfológicas no epitélio. Essa 
identificação viral se dá por meio de técnicas de biologia molecular, a mais 
indicada é a PCR. 
A forma subclínica é aquela onde o diagnóstico só é possível através 
de aparelhos que possibilitem aumento da visão, como por exemplo por 
meio do exame ginecológico de colposcopia. Nessa forma se diagnostica 
a alteração citológica ou histológica induzida pelo HPV. Já na forma clínica 
pode-se visualizar a “olho nu”, com verrugas, que condilomas acuminados. 
Alterações comuns associadas ao HPV são: verrugas externas ou 
internas; neoplasias intraepiteliais da vulva e do pênis, que podem ser o 
NIV indiferenciado ou o NIV diferenciado; lesões da cérvice, que são: o NIC 
de baixo grau e o NIC de alto grau. Se o paciente apresentar as formas 
sintomáticas da infecção, aparecem dispaneuria, corrimentos ou ainda 
aglomerados celulares. 
5.Aborde o ciclo replicativo do vírus. 
O vírus do HPV alcança as células da camada basal até esse momento 
ainda não há replicação, ele apenas mantém o genoma com a amplificação 
de baixo número de cópias. A fase replicativa em si e a síntese proteica vai 
acontecer nos queratinócitos diferenciados das camadas supra-basais. O 
tipo de lesão que vai acontecer depende da quantidade de partículas virais 
e do tempo de evolução das mesmas. 
Em lesões benignas, a replicação do genoma viral é 
extracromossômica,mas nas lesões malignas, o DNA viral está integrado 
aos cromossomos e não acontece replicação viral. Por meio da inativação 
da proteína E2, que é reguladora negativa da expressão dos oncogenes E6 
e E7, que por sua vez promovem a imortalização celular ao inibir proteínas 
celulares reguladoras do ciclo celular (p53 e pRB), fundamentais para a 
supressão tumoral. 
O vírus depende da maquinaria celular para fazer essa multiplicação 
então ele induz a duplicação celular, que é quando começa a expressar 
manifestações da infecção nas camadas superficiais do epitélio (se paciente 
sintomático) e dessa forma libera ainda mais partículas virais no sítio de 
infecção. É curioso informar que nos HPV de baixo risco o DNA se mantém 
na forma circular sem ocorrer integração ao DNA celular, que é a forma 
epissomal. 
6.Quais os efeitos citopáticos que esse vírus causa nas células 
hospedeiras? 
Esses efeitos são identificados através do exame de colpocitologia 
oncótica, onde são investigadas as alterações celulares por meio de dois 
critérios, no caso do HPV. Os critérios clássicos, englobam a Bi ou 
multinucleação, núcleo hipercromático, células fantasmas, halo perinuclear; 
e não clássicos sendo a coilocitose e disceratose os critérios morfológicos 
clássicos utilizados para identificação de HPV. 
 As anormalidades do epitélio escamoso podem ser interpretadas 
por esfregaço cervical. Este epitélio com alterações nas características 
morfológicas cervicais pode ser interpretado como células escamosas 
atípicas de significado indeterminado (ASC-US) quando apresenta leve 
aumento da relação núcleo/citoplasma, núcleos ligeiramente 
hipercromáticos e arredondados, entre outras. 
A doença manifesta-se como NIC de baixo grau (NIC1) ou de alto 
grau (NIC2 21 e NIC3), sendo que os principais critérios citomorfológicos 
que caracterizam o efeito citopático provocado pelo HPV em uma lesão 
intraepitelial escamosa de baixo grau são, entre outros critérios, a 
multinucleação, hipercromasia, halo perinuclear, contorno irregular da 
membrana nuclear, coilócitos. Já nos casos de uma lesão intraepitelial 
escamosa de auto grau o efeito citopático provocado pelo HPV são na 
maioria das vezes menos proeminentes. 
7.A infecção víral tem medida profilática e tratamento? Se sim, quais 
são? 
Existem algumas maneiras de prevenção e profilaxia para o HPV, são 
elas: o uso de condon, que é uma espécie de camisinha feminina, que 
recobre também a parte externa da vagina e que não serve apenas para 
HPV, como também para todas as outras infecções sexualmente 
transmissíveis; a camisinha para homens; a vacinação contra o HPV, que é 
a melhor forma de prevenção primária para homens e mulheres. Existem 
duas vacinas, a bivalente, que protege contra o HPV 16 e 18 e a 
quadrivalente, que protege contra os HPV 6, 11, 16 e 18. 
8.Quais as referências utilizadas? 
Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, 2a. edição 
revisada 
www1.inca.gov.br/inca/Arquivos/DDiretrizes_para_o_Rastreamento_do_cancer_do
_col o_do_utero_2016_corrigido.pdf 
LETO, M. das G. P.; PORRO, A. M.; JÚNIOR, G. F. dos S.; TOMIMORI, J. 
Infecção pelo papilomavírus: etiopatogenia, biologia molecular e manifestações 
clínicas. An Bras Dermatol, 2011. N° 86, Vol. 2, Págs. 306-3017. Disponível em: 
Revista2Vol86PaginadaFinal.qxd (scielo.br) 
Human papillomavirus and cervical cancer – Organização 
Mundial de Saúde (OMS). Disponível em: Human papillomavirus (HPV) and 
cervical cancer (who.int) 
 
http://www.scielo.br/pdf/abd/v86n2/v86n2a14.pdf
http://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/human-papillomavirus-(hpv)-and-cervical-cancer
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/human-papillomavirus-(hpv)-and-cervical-cancer
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/human-papillomavirus-(hpv)-and-cervical-cancer

Continue navegando