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Anatomia e Riscos Cardíacos em Odontologia

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Anatomia do coração 
➢ 4 câmaras: 
➢ 2 átrios – direito e esquerdo 
➢ 2 ventrículos – direito e esquerdo 
➢ separadas por válvulas (3 folhetos e 
semilunares) 
Veia cava superior → átrio D → válvula 
tricúspide → ventrículo direito → válvula 
pulmonar → pulmão → átrio E → ventrículo E 
→ aorta → circulação sistêmica 
Válvulas 
➢ tricúspide e mitral 
➢ cordas tendíneas presas nos músculos 
papilares 
➢ impedem volta do sangue 
 3 folhetos → Prolapso: ruptura das cordas 
tendíneas ou músculos papilares; folhetos não 
fecham corretamente → sangue retorna → 
coração trabalha mais → insuficiência cardíaca 
Semilunares (folhetos mais rígidos) → Estenose: 
folheto endurecido → não fecham e abrem 
corretamente → ficam espaço estreito em 
aberto → sangue retorna com maior 
atrito/velocidade → dano endotelial → coágulo 
→ contaminação por bactéria → endocardite 
infecciosa 
Análise de risco em 5 passos 
A – Antibiótico; anestesia; ansiedade 
B – Sangramento 
C – Posição da cadeira 
D – Dispositivos (válvulas protéticas, stents, 
marca-passo etc.) 
E – Equipamentos (ultrassom, bisturi elétrico, 
oxigênio etc.) e Emergências (potencial para 
intercorrências) 
Antibióticos 
Profilaxia antibiótica: evitar instalação de 
bactérias orais após procedimentos cruentos 
• pacientes de risco 
• posologia: 2g de amoxicilina 1h antes 
do procedimento 
Cobertura antibiótica: profilaxia + tratamento 
de infecção 
• pacientes graves, debilitados, com alto 
risco de infecção 
• posologia: 500mg de amoxicilina de 
8/8h, durante 7 dias, iniciando 24h 
antes do procedimento (tratamentos 
eletivos) ou 1g de amoxicilina 1h antes 
do procedimento seguida de 500mg de 
8/8h durante 7 dias (tratamentos de 
urgência) 
Profilaxia antibiótica 
Recomendações AHA: 
Alto risco 
✓ Valvas cardíacas protéticas 
✓ endocardite bacteriana prévia 
✓ condutos pulmonares reconstruídos 
cirurgicamente 
✓ doenças cardíacas congênitas 
cianóticas complexas 
Risco moderado 
✓ maioria das malformações cardíacas 
congênitas (menos comunicação 
interatrial – Ostium Secundum) 
✓ disfunção valvar adquirida 
✓ cardiomiopatia hipertrófica 
✓ prolapso da valva mitral com 
regurgitação valva e/ou espessamento 
dos folhetos valvares 
Recomendações da AHA 2007 
• diminuir uso de AB 
• apenas pacientes de alto risco 
Recomendações da AHA 2017 
• pacientes de alto risco mais específicos 
• Quais procedimentos odontológicos 
• todos que envolvam manipulação de 
tecido gengival ou região periapical ou 
perfuração da mucosa oral 
Exceto: 
✓ anestesia de rotina através de tecido 
não-infeccionado 
✓ tomada radiográfica 
✓ colocação de aparelhos protéticos 
removíveis ou ortodônticos 
Cardiopatas 
✓ ajuste de aparelho ortodôntico 
✓ esfoliação de dentes decíduos e 
sangramento de lábios ou mucosa oral 
por trauma 
Sociedade Brasileira de Cardiologia → risco alto 
e moderado 
Justificativa: desigualdade social; higiene 
insatisfatória 
Ansiedade 
Protocolo geral de redução de estresse: 
✓ comunicação sobre medos e 
preocupações (iatrosedação) 
✓ consultas curtas 
✓ consultas pela manhã (depender do 
horário das medicações) 
✓ sedação pré-operatória 
(Benzodiazepínico – noite anterior 
e/ou 1h antes) 
✓ sedação intraoperatória (Óxido 
nitroso) 
✓ anestesia local profunda (usar 
anestésico tópico) 
✓ controle de dor pós-operatória 
✓ contactar paciente após procedimento 
Tratamento odontológico 
Anestésicos locais: 
✓ vasoconstrictor não é contraindicado 
✓ Lidocaína com epinefrina 1:100.000 – 2 
tubetes 
✓ Prilocaína com felipressina – 3 tubetes 
✓ utilizar dose mínima necessária 
✓ fazer aplicação lenta e aspiração 
✓ anestesia um quadrante por vez 
✓ não utilizar fio retrator gengival com 
vasoconstrictor (muito concentrado) 
✓ anestésico sem vasoconstrictor para 
urgências 
Sangramento: 
Pacientes em uso de fármacos: 
✓ antiagregantes plaquetários 
✓ AAS, clopidogel 
✓ anticoagulante 
✓ varfarina e heparina 
Pacientes com cardiopatia cianótica 
Solicitação de exames hematológicos: 
➢ Hemograma completo 
➢ TP (INR) – varfarina 
➢ TTP – heparina 
➢ TS e PFA 100 – antiagregante 
plaquetário 
Limites para atendimento: 
INR → 3,5 
TTP → 1,5 – 2 vezes o normal 
TS → valor de referência do exame 
Anticoagulantes: Aspirina (AAS), Plavix, 
Marevan, Liquemine, Clexane 
Obs.: pacientes que usam Marevan → terapia 
de ponte (junto com médico) 
Tempo de sangramento: tempo necessário para 
entancar o sangramento; valor normal: 2-8 
minutos 
Antiplaquetários: 
o Aspirina → inibição do Cox-1 → 
tromboxano 
o Plavix → inibição receptor AADP → 
agregação plaquetária 
Tempo de protrombina (TP): INR normal = 1,0 – 
1,2; INR terapêutico = 2,0 – 3,0 
o limite de atendimento: até 3,5 
o INR = (TP paciente/TP normal) elevado 
ISI 
o Marevan atua na via extrínseca da 
coagulação 
o INR fora dos valores de normalidade → 
ajuste do Marevan (médico) 
o ajuste de dosagem + agentes 
hemostáticos locais (menor risco de 
hemorragias) 
o Marevan→ interações 
medicamentosas: antifúngicos, 
antibióticos, AINES, ansiolíticos, 
opioides 
Tempo de tromboplastina parcial (TTP): 
o relação <1,2 
o atua na via intrínseca 
o limite: até 2,4 
Fora de normalidade → conversar com médico 
sobre a heparina: deve ser interrompida de 4-6h 
antes do procedimento (meia-vida de 1-2h) e 
reiniciar 24-36h após cirurgia; paciente alto risco 
cardiovascular – 12h 
Clexane: 
o mais previsível que a heparina 
o não alarga TTP 
o não precisa de monitoramento 
constante 
o mulheres gestantes com trombofilia 
Novos anticoagulantes 
Pradaxa (tempo de trombina), Xarelto (tempo 
de coagulação de ecarin – ECT) 
Hemostáticos locais 
Esponja de colágeno, Transamin 
Posição da cadeira 
Cadeira em 45º 
Dispositivos e drogas 
Stent não precisa de profilaxia 
Valvulopatias 
➢ Válvulas tricúspide e mitral → 3 
folhetos 
➢ Válvulas pulmonar e aórtica → 
semilunar 
Valvulopatias 
➢ Estenose 
➢ Regurgitação 
Válvulas protéticas 
➢ biológicas: cadáver; porco ou vaca 
➢ mecânicas: mais duráveis; 
anticoagulação 
Ecocardiograma com Doppler 
Vários parâmetros cardíacos e de fluxo de 
sangue; importantes informações 
Paciente com valvulopatia 
Avaliação de vários aspectos 
Tratamento odontológico 
• anamnese 
• sinais vitais 
• exames extraorais e intraorais 
• solicitar exames hematológicos 
(hemograma completo, TP, TTP, TS) 
• prescrição da profilaxia antibiótica 
• identificar valvulopatia e sua gravidade 
→ solicitar histórico médico 
• avaliar histórico médico 
• avaliação dos exames hematológicos 
Direcionamentos 
➢ consultas curtas pela manhã 
➢ redução da ansiedade 
➢ aferição da PA em todas as consultas 
➢ posição da cadeira 
➢ profilaxia antibiótica 
➢ anticoagulação – valores de referência 
➢ hemostáticos locais 
➢ anestésico local 
Doença cardíaca isquêmica 
Cardiopatia aterosclerótica coronariana 
sintomática 
• Sintomas: privação de oxigênio 
causada pelo fluxo sanguíneo reduzido 
(em áreas não nobres: angina, em áreas 
nobres: parada cardíaca) 
• Embolia e alterações congênitas 
• infarto agudo do miocárdio, angina 
instável, angina estável 
Aterosclerose 
• Doença progressiva crônica, 
multifatorial, artérias musculares e 
elásticas de médio e grande calibre 
• Caracterizada por retenção do 
colesterol na parede da artéria, 
espessamento focal, remodelação 
vascular e estreitamento do lúmen 
arterial 
Isquemia do miocárdio 
• Parcial: angina 
• Total com necrose tecidual: infarto 
agudo do miocárdio 
Avaliação de riscos: 
Severidade da doença: 
IAM recente e angina instável → alto risco para 
complicações perioperatórias 
IAM prévio e angina estável → risco 
intermediário 
 
Angina estável: previsível, passa rápido 
Angina instável: imprevisível, demora a passar 
Tipo e magnitude do procedimento 
odontológico: 
➢ cirurgia oralmenor e periodontal → 
baixo risco (<1%) 
➢ cirurgia oral, maxilofacial e periodontal 
mais extensa → risco intermediário 
(<5%) 
Estabilidade e reserva do paciente: 
lembrete: TS aumentado! 
Tratamento odontológico (angina estável 
e IAM prévio) 
➢ consultas pela manhã 
➢ postura confortável da cadeira 
➢ aferir sinais vitais 
➢ disponibilidade de nitroglicerina 
➢ sedação oral 
➢ anestesia local 
➢ controle efetivo de dor pós-operatória 
Tratamento odontológico (angina 
instável e IAM recente) 
➢ adiar tratamento eletivo 
➢ nitroglicerina profilática 
➢ acesso endovenoso 
➢ sedação 
➢ oxigênio 
➢ monitoramento cardíaco 
➢ oxímetro de pulso 
➢ monitoramento frequente da PA 
➢ cuidado com vasoconstrictor 
➢ paciente nível hospitalar

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