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Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem Crescimento e desenvolvimento da criança: Crescimento x Desenvolvimento: Nos primeiros meses se dá de maneira mais alta, é possível quantificar. Avaliamos peso, altura, perímetro cefálico etc. Já o desenvolvimento tem a ver com a capacidade, é qualitativo, tema ver com o neurodesenvolvimento. São transformações ordenadas na qual passa o ser humano desde a concepção até a morte. O desenvolvimento pleno envolve os seguintes aspectos: físico, social, emocional e cognitivo. Além disso, o desenvolvimento físico- motor, intelectual, afetivo-emocional e social é indissociável. • Fatores que influenciam no desenvolvimento: Intrínsecos: genéticos, metabólicos e congênitos. Extrínsecos: sociais, econômicas, ambientais, alimentação, acesso a educação e saúde, afeto etc. Desenvolvimento infantil: Os primeiros 5 anos 9primeira infância) são de extrema importância, por isso deve ser altamente estimulada. Se trata da estimulação precoce positiva. É necessário compreender também as limitações de cada criança no tocante a portadores de algumas patologias, além de respeitar o tempo de cada individuo, o tipo de parto, a idade gestacional em que a criança nasceu, entre outros fatores que estão direta e indiretamente ligados à individualidade de cada pessoa e seu processo de desenvolvimento. Neurogênese; Sinaptogênese; Primeira infância: é a fase onde mais a criança tem neurogênese e sinaptogênese, isso é, mais estimulação beneficia ao neurodesenvolvimento da criança. A criança precisa ir para o chão, ser apresentada a diferentes texturas e sensações. Neuroplasticidade/ Neurodesenvolvimento: Crianças violentadas tem genes liberados ligados ao amadurecimento alterado desse desenvolvimento cerebral. Marcos do desenvolvimento na primeira infância: Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem Aspectos do desenvolvimento: Desenvolvimento motor: Sequencial, e contínuo, relacionado a idade cronológica, movimento simples e desorganizado a organizado e completo, dinâmico (aberto) em relação á estímulos externos. Supino > Prono > Sentado > Em pé • Motricidade fina: movimento de pinça, amarrar cadarço etc. • Motricidade grossa: andar de bicicleta, entende que pode ir para direita/esquerda, pula corda, sobe escada etc. Desenvolvimento cognitivo: Conjunto de habilidades do cérebro, processo em adquirir conhecimento, influencia do ambiente familiar e social. • Piaget: crianças passam por estágios específicos de acordo com seu intelecto e capacidade de perceber relacionamentos maduros. Esses estágios da infância ocorrem na mesma ordem em todas as crianças, em todas as culturas e origens. No entanto, a idade em que o estágio vem pode variar ligeiramente de criança para criança. A teoria de Piaget começou por dois conceitos principais, acomodação e assimilação. • A acomodação é o processo de tirar novas informações no ambiente e alterar informações pré-existentes para se encaixar nas novas informações. Isso é importante porque estabelece como as pessoas vão adotar novos conceitos, esquemas, conhecimento, etc. • Assimilação, por outro lado, é como os seres humanos percebem e se adaptam a novas informações. É quando nos deparamos com novas informações, mas olhamos as informações antigas que armazenamos para interpretar a nova. Ambos os conceitos que Piaget disse eram essenciais e não podiam existir sem o outro. Para assimilar um objeto em um esquema mental existente, primeiro é preciso levar em consideração ou acomodar as particularidades desse objeto até certo ponto. 1. Estágio sensorimotor (crianças de 0 a 2): Este estágio de desenvolvimento é caracterizado pela forma como a criança entende o mundo, reunindo a experiência sensorial com a atividade física. Este é o período em que a criança melhora reflexos inatos. Durante esta etapa estabelece seis sub-etapas que são: Reflexos simples: Desde o nascimento a 6 semanas, o bebê terá três reflexos primários (sugando objetos na boca, seguindo objetos moventes ou interessantes com os olhos e fechando a mão quando um objeto faz contato com a palma) Com o passar do tempo os reflexos se tornarão ações voluntárias. Primeiros hábitos e reações circulares primárias: De 6 semanas a 4 meses, a criança agora está começando a ser Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem mais consciente e o condicionamento clássico e operante começa nesta fase. A imitação ou reprodução de certas reações com seu próprio corpo começam. Reações circulares secundárias: de 4 a 8 meses a criança começa a desenvolver hábitos, eles são mais orientados a objetos, repetindo ações com um propósito que traz resultados agradáveis. Ele agora pode reproduzir certas reações, mas com objetos externos. Coordenação de reações circulares secundárias: De 8 a 12 meses, a criança consolida coordenação mão-olho e intencionalidade. Suas ações estão agora orientadas para objetivos. Reações circulares terciárias, novidade e curiosidade: De 12 a 18 meses, a criança começa a explorar e a investigar objetos que os intriguem. É o palco da descoberta para atingir novos objetivos. Piaget chamou esse estágio do jovem cientista. Internalização de esquemas: De 18 a 24 meses a criança agora pode usar símbolos primitivos para formar representações mentais duradouras. É quando o estágio de criatividade começa e dá passagem ao estágio pré- operacional. 2.Fase pré-operatória (2-7 anos de idade): Esta é a segunda etapa da Teoria Piaget. A escolaridade geralmente começa em cerca de 3 anos de idade, o que traz uma mudança social importante e causa um desenvolvimento social significativo. A criança começará a se relacionar com outras crianças e pessoas, especialmente colegas . Antes dessa idade, a interação era geralmente com a família. Falar na terceira pessoa é muito comum neste estágio porque as crianças ainda não compreendem completamente o conceito de “eu” que os separa do resto do mundo. Crianças entre 2-7 serão curiosas e queremos aprender, e é por isso que muitas vezes elas são “porquê”. Os filhos desse estágio muitas vezes dão características ou sentimentos humanos aos objetos. Isso é chamado de personificação. 3.Estágio operacional concreto (7-11 anos): A segunda etapa da Teoria de Piaget é quando as crianças começam a usar o pensamento lógico, mas apenas em situações concretas. É nesta fase que a criança será capaz de fazer tarefas mais difíceis e complexas que requerem lógica, como problemas de matemática. No entanto, enquanto a sua capacidade de usar o pensamento lógico avançou, sua lógica pode ter certas limitações durante este período : o “aqui e agora” sempre será fácil. Os filhos nessa idade ainda não usarão o pensamento abstrato. Em outras palavras, eles serão capazes de aplicar seus conhecimentos a um assunto que eles não conhecem, mas ainda é difícil nessa idade. Piaget considerou o estágio concreto um grande ponto de inflexão no desenvolvimento cognitivo da criança porque marca o início do pensamento lógico ou operacional. A criança agora é madura o suficiente para usar o pensamento ou as operações lógicas, mas só pode aplicar lógica a objetos físicos. Ele estabeleceu uma série de operações pertinentes ao estágio concreto. Att.: É importante lembrar que existem ainda outras classificações da teoria de Pageot, que englobam crianças em idade mais avançadas, 7-11 anos, por exemplo. https://www.opas.org.br/o-que-e-estar-inconsciente-subconsciente-e-consciente/ Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem Puericultura: Objetiva atingir o máximo potencial da criança de acordo com a realidade em que ela está inserida, lhe oferecer qualidade de vida por meio da assistência de equipemultidisciplinar. Atividade da atenção básica está diretamente ligada a redução da mortalidade infantil no Brasil. Consiste na escuta passiva; Considerar a situação da família (sinais de violência, atividade laboral, acesso à educação, onde dorme e com quem dorme etc); Identificar riscos (sanitários, econômicos, sociais e psíquicos); Estimulação precoce; Promoção à saúde; Alimentação/nutrição; Imunização etc Caderno da atenção básica e caderneta da criança são os pilares para a consulta de puericultura, mas também registrar o máximo possível das informações na caderneta e no prontuário, seja ele eletrônico ou físico para se precaver em caso de perdas ou danos à caderneta. Quanto ao número de consultas: • 1 consulta nos primeiros 15 dias de vida, de preferência na primeira semana: Primeira Semana da Saúde Integral. Essa visita influencia na orientação e observação do aleitamento materno, como é a casa, se tem higiene nas vestimentas, se faz uso de chupeta ou mamadeira, como é feita a higiene dos materiais da criança. Att.: Nos primeiros 2 anos tem muitas consultas, depois diminui. Ou Aumentará a medida que forem reconhecidas necessidades dessa criança assim como ao contexto de vulnerabilidade em que ela esteja inserida. O calendário mínimo de consultas na UAP em ESF contempla 8 consultas no primeiro ano de vida, sendo mensal até o 6° mês, trimestral do 6- 12° mês, semestral de 12-24° mês e anual a partir do 3° ano de vida, podendo ser modulado conforme necessidades específicas da criança e seu contexto familiar. Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem Consulta de enfermagem na puericultura: Queixas: A criança esteve doente? Sintomas e tratamentos? Dificuldades com a criança? Quem orientou a intervenção? Apresentou melhora ou piora? Em consulta subsequente revisar os problemas apresentados na consulta anterior (exame físico etc). Att.: Mãe está comendo, indo ao banheiro, dormindo, sendo ajudada? “Cuidado com o cuidador”, o binômio é assistido. Investigar sempre as intervenções que foram feitas sem orientação, como por exemplo, o de chás. É importante que isso aconteça em tom de conversa amigável, nunca impositiva ou com julgamento, pois a família pode se fechar para próximas orientações e cuidados orientados. Obs.: É necessário também conhecer o histórico social e familiar dessa família, os pais, avós, irmãos, estado de saúde, renda familiar etc Fatores de risco: - Ausência ou pré-natal incompleto; - Problemas na gestação, parto ou nascimento; - Gestação de alto risco ou risco habitual?; - Prematuridade (<37s); - Peso abaixo de 2500g; - Icterícia grave; - Hospitalização no período neonatal; - Doença grave; - Parentesco entre os pais; Deficiência ou doença mental na família; - Fatores de risco ambientais (vulnerabilidades também); - Casos de morte em menores de 5 anos na família etc. Dados do nascimento: Preenchido pelo pediatra na unidade hospitalar em que houve o parto nas primeiras horas de vida. Se for preciso internação em terapia intensiva, os dados vacinais e testes realizados também devem ser preenchidos pelo pediatra responsável pela criança no setor assim como acompanhamento do perímetro cefálico, peso, tamanho etc. RN: - Exame físico completo (nas consultas subsequentes pode direcionar); - Cuidados com o coto umbilical (atenção para infecções); - Triagem neonatal; - Cuidados com a troca de fralda: orientar e realizar com os pais. Explicar sobre o uso de algodão com água e sabão neutro/coco/glicerina para banho e limpeza do “bumbum” ao invés de lenço umedecido devido ao risco de alergias; - Higiene das mãos; - Não fumar próximo ao RN; - Banho (temperatura da água e frequência, cuidados com acidentes, banheira ou banheiro, tipo de sabonete etc); - Depressão materna (privação do sono, problemas com a amamentação, alimentação etc); - Aleitamento Materno: Incentivar exclusividade até os 6 meses, “investigar” se faz uso de mamadeiras e chupetas, pois além de influenciar na eficiência de deglutição da criança, também pode ocasionar problemas de desenvolvimento da arcada dentária e confusão de bico (peito). De forma delicada, descobrir se o bebê tem acesso a água, chás, sucos, frutas, massas (maisena, cremogema, Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem papinhas) etc. É importante também orientar quanto a posição em que a mamada vai acontecer, quanto a prega e desestimular a amamentação com o bebê deitado pelo auto risco de broncoaspiração; - Posição para dormir: Reafirmar que decúbito dorsal é a posição de segurança para o bebê ou decúbito lateral esquerdo. Evitar decúbito ventral pelo risco de MSL (morte súbita do lactente). Quando a MSL, existem estudos que aconselham, que caso essa seja a posição de maior repouso do bebê, os pais devem supervisionar o sono e não torná-la como a posição de dormidas longas, mas sim de cochilos; - Riscos de dormir com os pais: Orientar o uso de caixas de paletes acolchoadas, caixa de feira, ninho, jamais entre os pais na cama sem uma proteção. Vínculo: Família; US; Escola/creche: Importante para despertar a sociabilidade da criança; Profissionais da assistência (direta ou indireta, como o ACS). Avaliação do crescimento e desenvolvimento da criança: Exame físico completo na primeira consulta e sempre que necessário; Avaliação dos marcos considerando idade, condições, vulnerabilidades e estímulos dados. Obs.: O ideal é começar a avaliar desde a sala de espera tanto a motricidade fina e grossa, cognição etc. Dados antropométricos: Geralmente é o técnico de enfermagem quem faz. Esses dados devem ser preenchidos na caderneta da criança, inclusive os gráficos; Att.: Perímetro cefálico é preconizado pelo MS que seja avaliado até os 2 anos. Preenchimento da CSC e E-SUS. Exame Físico: É específico para a faixa etária da criança, os materiais devem ser organizados antecipadamente. Realizar medidas antropométricas dos seguintes parâmetros: - Perímetro total; -Perímetro cefálico; - Peso; - Comprimento (até 2 anos)/altura; Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem Att.: >2 anos avaliamos estatura. - Avaliação neuropsicomotora (marcos do desenvolvimento); - PA (a partir dos 3 anos de idade). Obs.: Nos primeiros meses, avaliar: reflexos de sucção, procura (amamentação), preensão palmar, reflexo palmar e plantar, marcha, moro e tônico cervical. - IMC; - Avaliação neuropsicomotora; - Identificação dos primeiros reflexos: reflexo de sucção, procura (peito), preensão palmar, plantar, marcha e reflexo de moro, tonicidade cervical. É muito importante o trabalho em rede, comunicação interprofissional, multidisciplinar e intra-disciplinar para que a assistência visibilize o todo e esteja com o pensamento clínico-social alinhado, “falando apenas uma língua” e o binômio seja favorecido e contemplado em suas necessidades. Na consulta, orientar sobre os cuidados em relação a pandemia, mas a criança não usará a máscara em todo o tempo. Para avaliar a relação cognitiva-social (sorrisos, expressões faciais etc), é necessário tirar a máscara tomando cuidado com distanciamento. A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), da Academia Americana de Pediatria (AAP) e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) é que crianças menores de 2 anos não usem máscaras, pois existe o risco de sufocação. Att.: Vale salientar a necessidade de sugerir materiais de higiene que sejam adequados para a criança, bem como acessíveis para a compra. Quanto a amamentação, se houver a identificação de perda de peso ou relato de dificuldades para amamentar, seja qual for o motivo, solicitar consulta pediátrica para possível adequação de fórmula nutritiva.Histórico pré-natal, perinatal e pós-natal: Coletar informações sobre o pré-natal, se foi realizado, até quando, se os exames de acompanhamento apresentavam algum tipo de alteração, se foi necessário intervir, como interviu, em que circunstancias se deu o parto, qual o tipo de parto e porquê a indicação de tal, como foi o puerpério, problemas e dificuldades nesse período. Sobre a sala de parto, buscar saber o APGAR, se houve intercorrências, prolongamento de internamento, peregrinação materna, uso de O², se mãe, bebê ou ambos necessitaram de cuidados na unidade de terapia intensiva, se foi um parto prematuro etc. Caso haja relato de internamento em UTIN, realizar anamnese voltada ao motivo, intervenções, possíveis procedimentos aos quais o bebê tenha sido submetido, terapias realizadas, qualquer informação que a mãe ou pai saibam desse processo. O ideal é solicitar o relatório médico de acompanhamento em unidade de terapia intensiva entregue na alta da criança. Situação vacinal: Levar em consideração a faixa etária da criança e as condições as quais ela está submetida, Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem se tem baixo peso, presença de afecções (na pele por exemplo), imunossupressão, utilização de corticoide cronicamente (atenção para síndrome de Cushing), se a criança apresenta doença febril grave. Triagem neonatal: Hipotireoidismo congênito: Reposição hormonal; Fenilcetonúria: Dieta e AA. Anemia Falciforme: Transfusão, transplante, controle de infecções. Hiperplasia adrenal congênita: Reposição hormonal e cirurgia. • Teste do olhinho: Estuda possíveis transtornos, investiga o fundo de olho. Crianças a termo são examinadas anualmente enquanto crianças pré-termo são avaliadas a cada 6 meses, depois, a cada 10 meses e por fim uma vez a cada ano. Att.: O teste do olhinho de reflexos simples, pode ser realizado pelo enfermeiro, porém o teste do olhinho com avaliação de fundo de olho precisa ser realizado por um oftalmologista ou oftalmologista pediátrico para análise mais criteriosa, principalmente em crianças prematuras. • Teste do ouvidinho: Realizado no segundo ou terceiro dia de vida (ou mais, dependendo se a criança precisou de internamento pós-parto) e é capaz de detectar qualquer problema de audição que o recém-nascido tenha. O teste simples é feito com a pesquisa de reflexo do bebê enquanto o profissional usa o diapasão e o neném “vira” a cabecinha para o lado em que o som foi emitido, ou se assusta com ele. Essa modalidade pode ser realizada pelo enfermeiro. O Triagem Auditiva Neonatal Universal (TANU) é feito com o auxílio de um aparelho, que emite no fone de ouvido ondas de diferentes frequências audíveis pelo ser humano e o aparelho identifica no ouvido interno as vibrações emitidas expressando-as em um traçado padrão de leitura. O TANU é realizado exclusivamente pelo fonoaudiólogo ou profissional capacitado para tal. Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem Existem indicadores para uma avaliação mais criteriosa do aparelho auditivo. São critérios de inclusão: • Pessoas na família com deficiência auditiva desde o nascimento (congênita) ou com início na infância; • Consanguinidade; • Infecções adquiridas no nascimento: Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes, HIV; • Infecções bacterianas ou virais adquiridas após o nascimento: Meningite, Citomegalovírus, Herpes, Sarampo, Varicela; • Peso ao nascimento inferior a 1.500g; • Prematuridade ou pequeno para a idade gestacional (PIG); • Hiperbilirrubinemia; • Apgar de 0 a 4 no 1º minuto, ou 0 a 6 no 5º minuto; • Permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por mais de 5 dias; • Uso de ventilação mecânica no nascimento; • Uso de antibióticos que podem prejudicar a audição como aminoglicosídeos e/ou diuréticos de alça; • Malformações na cabeça e no rosto envolvendo orelha e osso temporal; • Síndromes associadas à deficiência auditiva: Wardenburg, Alport, Pendred, entre outras; • Traumatismo craniano. Nesses casos, além do teste TANU e do teste de reflexo simples, é realizado o exame realizado BERA, também conhecido como PEATE ou Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico, é um exame que avalia todo o sistema auditivo, verificando a presença de perda auditiva, que pode acontecer devido a lesão na cóclea, no nervo auditivo ou no tronco encefálico. Apesar de poder ser realizado em adultos, o exame BERA é feito mais frequentemente em crianças e bebês, principalmente quando há algum risco de perda auditiva devido a condições genéticas ou quando há um resultado alterado no teste da orelhinha, que é um teste realizado logo após o nascimento e que avalia a capacidade auditiva do recém-nascido. https://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia_auditiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia_auditiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Consanguinidade https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADfilis_cong%C3%AAnita https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasmose https://pt.wikipedia.org/wiki/Rub%C3%A9ola_cong%C3%A9nita https://pt.wikipedia.org/wiki/Citomegalov%C3%ADrus https://pt.wikipedia.org/wiki/Herpes_neonatal https://pt.wikipedia.org/wiki/HIV https://pt.wikipedia.org/wiki/Meningite https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarampo https://pt.wikipedia.org/wiki/Varicela https://pt.wikipedia.org/wiki/Prematuridade https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperbilirrubinemia https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Apgar https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_de_terapia_intensiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_de_terapia_intensiva https://pt.wikipedia.org/wiki/Ventila%C3%A7%C3%A3o_mec%C3%A2nica https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico https://pt.wikipedia.org/wiki/Malforma%C3%A7%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Waardenburg https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Alport https://pt.wikipedia.org/wiki/Traumatismo_craniano Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem • Teste do pezinho: É um exame obrigatório realizado em todos os recém-nascidos, normalmente a partir do 3º dia de vida, e que ajuda a diagnosticar algumas doenças genéticas e metabólicas, e, dessa forma, caso seja identificada alguma alteração, o tratamento pode ser iniciado logo em seguido, evitando complicações e promovendo a qualidade de vida da criança. O teste do pezinho promove o diagnóstico de diversas doenças, no entanto as principais são hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, anemia falciforme e fibrose cística, já que podem trazer complicações para o bebê ainda no primeiro ano de vida caso não sejam identificados e tratadas. • Teste da bochechinha: O Teste da Bochechinha é um exame genético que investiga doenças que podem se manifestar na infância, todas com tratamento já disponível no Brasil. Para isso, a amostra do bebê é analisada com uma técnica chamada de Sequenciamento de Nova Geração, a mais moderna técnica de Genética. Essa abordagem inovadora rastreia simultaneamente várias regiões do genoma do bebê para identificar mais de 320 doenças. A análise feita direta no DNA apresenta uma grande vantagem, pois identifica o risco da doença antes mesmo de qualquer sinal clínico ou sintoma. Centenas de doenças com tratamento disponíveis não são incluídas em testes de triagem neonatal devido aos custos de triagem ou limitações das técnicas convencionais. O SUS ainda não oferta tal teste, apesar de já existirem discussões a cerca dessa inclusão. Ele é mais completo que o Teste de Triagem Neonatal, conhecido como Teste do Pezinho e alguns dos motivos são: O teste da Bochechinha supera os obstáculos da triagem convencional ao analisar diretamente o DNA do bebê, possibilitando a ampliação da análise de diversas doenças simultaneamente em um único teste; As doenças e genes do teste são escolhidospela equipe médica com base em extensa revisão da literatura médica, de bancos de dados e de casos do laboratório. Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem Identifica as doenças dos testes do pezinho básico e ampliado e SCID e AGAMA, e centenas de outras doenças que não são investigadas nesses testes Att.: O Teste da Bochechinha não substitui, mas complementa o teste do pezinho. Pode ser feito desde o nascimento. Hábitos: Higiene e Banho: Ensinar a limpar região genital da forma correta. Se menina, da vagina para o ânus, limpar os grandes lábios e pequenos lábios para evitar acúmulo de pomada devido ao risco de infecção. Se menino, orientar limpeza do prepúcio, observar se há frênulo compatível com intervenção médica; Higiene oral: Observar se a língua está saburrosa e limpar em movimentos circulares com uma gaze umedecida, ou até mesmo com o “paninho de boca” limpo umedecido com água filtrada; Higiene dos utensílios: Orientar sobre a lavagem de mamadeiras e talheres infantis com “bucha de lavar pratos” diferente da que é usada para os demais objetos e utensílios da casa; Eliminações: Observar a cor das fezes, principalmente em crianças com idade de aleitamento exclusivo, pois as fezes são bem características (pastosa, amarelo- esverdeado, odor característico – eu associo a papa de maisena). Orientar sobre higiene e uso de pomadas. Observar coloração e odor da urina e orientar sobre alterações; Sono e repouso: Orientar sobre posição para dormir, estimular a criação de rotinas para o bebê, orientar quanto ao tempo que o bebê dorme (tendência em dormi mais enquanto RN e ir aumentando a frequência dos cochilos ao tempo em que diminui os intervalos de sono profundo). Att.: É importante perguntar sobre como tem sido o sono e o repouso da mãe, pois isso influencia no cuidado da criança, na produção do leite e no desgaste emocional, que pode gerar tendência para depressão pós-natal. Vestuário: Orientar quanto ao uso de roupas muito quentes, de tecidos grossos, o uso desnecessário de luvas (mesmo com a justificativa de não arranhar o rostinho) explicar de forma clara e acessível sobre a influência do toque do bebê em seu corpinho para o desenvolvimento da propriocepção, desestimulando o uso de luvas Atividade física: Promoção de brincadeiras estimulantes para a criança a partir dos 2 anos. Observar que desde a primeira semana de vida a criança deve ser estimulada de diversas formas, não necessariamente com o objetivo de atividade física, mas sim com o foco na estimulação precoce para o neurodesenvolvimento e neuroplasticidade. Alimentação e aleitamento materno: • Exclusividade até os 6 meses, se necessário a suplementação, encaminhar para pediatra; • Alimentação: Orientar sobre apresentação dos alimentos para a criança (legumes, verduras e frutas) respeitando as condições financeiras da família. Orientar que não amasse, triture, ou bata no liquidificador as sopas ou frutas pois muitos nutrientes podem ser perdidos nesse processo. Orientar ainda quanto a ingesta hídrica e chás. É importante alertar sobre o consumo de açúcar, sal e alimentos com conservantes (embutidos)! • Conversas sobre estilo de vida dos pais, pois crianças com estímulo ao estilo vegano de se alimentar merecem atenção maior quanto ao consumo de algumas proteínas e vitaminas. VITAMINA DOSAGEM IDADE Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem A 100.000 UI (megadose única) 6-11 meses A 200.000 UI (megadose única) 12-59 meses D 400 UI/dia Desde o nascimento até suspensão por parte do pediatra segundo acompanhamento de dosagem laboratorial K Dose profilática (ao nascer) Ao nascer, profilaxia para doença hemorrágica neonatal Suplementação de sulfato ferroso: Crianças em aleitamento materno exclusivo só devem receber suplementos a partir do sexto mês de idade. Apenas bebês nascidos com baixo peso ou em prematuridade podem fazer uso da suplementação a partir do 1° mês de vida completo (30 dias), sendo inicialmente 3gt e a partir do 3° mês de vida, 5 gts. Att.: O profissional de enfermagem pode prescrever o sulfato ferroso. Principais problemas na infância: IRAS; Alergias; Higiene; Verminoses; Pediculoses; Escabiose; Viroses; Infecções fúngicas cutâneas; Atraso vacinal; Atraso do CD por falta de estímulo; AIDPI CRIANÇA: Curso voltado para assistência com crianças de 0 a 2 meses ou 2 a 5 anos; A AIDPI tem por finalidade promover uma rápida e significativa redução da mortalidade na infância. Trata-se de uma nova abordagem da atenção à saúde na infância, desenvolvida originalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância e a Adolescência (UNICEF), caracterizando-se pela consideração simultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância, ao invés do enfoque tradicional que busca abordar cada doença isoladamente, como se ela fosse independente das demais doenças que atingem a criança e do contexto em que ela está inserida. Cabe ao profissional de saúde a difícil missão de acolher a criança e seu acompanhante, compreender a extensão do problema que a aflige e propor procedimentos de fácil aplicação e comprovada eficácia. Constitui sua função implícita estabelecer um canal de comunicação com a mãe ou com a pessoa responsável pela criança, de modo que ela apreenda as recomendações, referentes ao tratamento e aos cuidados a serem prestados no domicílio, assim como memorize os sinais indicativos de gravidade que exigem o retorno imediato da criança ao serviço de saúde. As condutas descrevem como tratar crianças que chegam a unidade de saúde no nível primário, tanto para a primeira consulta como para uma consulta de retorno, quando se verificará se houve melhora ou não. Embora a AIDPI não inclua todas as doenças, abrange aquelas que são as principais causas pelas quais se leva uma criança ao serviço de saúde. Uma criança que retorna com problemas crônicos ou que é acometida de doenças menos comuns, talvez necessite de atenção especial, sendo necessário o encaminhamento para o profissional médico. • Cadeia de atendimento: 1. Avaliar a criança doente de 0-2 meses a 5 anos de idade ou a criança Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem de 1 semana a 2 meses de idade 2 anos; 2. Classificar a doença; 3. Identificar o tratamento; 4. Tratar a criança (o enfermeiro pode prescrever as medicações contidas no curso e protocolo); 5. Aconselhar a mãe ou o acompanhante; 6. Atenção à criança de 1 semana a 2 meses de idade; 7. Consulta de retorno.
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