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Crescimento e desenvolvimento da criança - Puericultura

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Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
Crescimento e desenvolvimento da criança: 
Crescimento x Desenvolvimento: 
Nos primeiros meses se dá de maneira mais 
alta, é possível quantificar. Avaliamos peso, altura, 
perímetro cefálico etc. Já o desenvolvimento tem a 
ver com a capacidade, é qualitativo, tema ver com 
o neurodesenvolvimento. São transformações 
ordenadas na qual passa o ser humano desde a 
concepção até a morte. 
O desenvolvimento pleno envolve os 
seguintes aspectos: físico, social, emocional e 
cognitivo. Além disso, o desenvolvimento físico-
motor, intelectual, afetivo-emocional e social é 
indissociável. 
• Fatores que influenciam no 
desenvolvimento: 
 Intrínsecos: genéticos, metabólicos e 
congênitos. 
 Extrínsecos: sociais, econômicas, 
ambientais, alimentação, acesso a educação 
e saúde, afeto etc. 
Desenvolvimento infantil: 
Os primeiros 5 anos 9primeira infância) são 
de extrema importância, por isso deve ser 
altamente estimulada. Se trata da estimulação 
precoce positiva. É necessário compreender 
também as limitações de cada criança no tocante a 
portadores de algumas patologias, além de respeitar 
o tempo de cada individuo, o tipo de parto, a idade 
gestacional em que a criança nasceu, entre outros 
fatores que estão direta e indiretamente ligados à 
individualidade de cada pessoa e seu processo de 
desenvolvimento. 
 Neurogênese; 
 Sinaptogênese; 
Primeira infância: é a fase onde mais a 
criança tem neurogênese e sinaptogênese, isso é, 
mais estimulação beneficia ao 
neurodesenvolvimento da criança. A criança 
precisa ir para o chão, ser apresentada a diferentes 
texturas e sensações. 
Neuroplasticidade/ Neurodesenvolvimento: 
 
 Crianças violentadas tem genes liberados 
ligados ao amadurecimento alterado desse 
desenvolvimento cerebral. 
 
Marcos do desenvolvimento na primeira infância: 
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
 
Aspectos do desenvolvimento: 
 Desenvolvimento motor: 
Sequencial, e contínuo, relacionado a idade 
cronológica, movimento simples e desorganizado a 
organizado e completo, dinâmico (aberto) em 
relação á estímulos externos. 
Supino > Prono > Sentado > Em pé 
• Motricidade fina: movimento de pinça, 
amarrar cadarço etc. 
• Motricidade grossa: andar de bicicleta, 
entende que pode ir para direita/esquerda, 
pula corda, sobe escada etc. 
 
 Desenvolvimento cognitivo: 
Conjunto de habilidades do cérebro, 
processo em adquirir conhecimento, influencia do 
ambiente familiar e social. 
• Piaget: 
crianças passam por estágios específicos de acordo 
com seu intelecto e capacidade de perceber 
relacionamentos maduros. Esses estágios da 
infância ocorrem na mesma ordem em todas as 
crianças, em todas as culturas e origens. No 
entanto, a idade em que o estágio vem pode variar 
ligeiramente de criança para criança. 
A teoria de Piaget começou por dois conceitos 
principais, acomodação e assimilação. 
• A acomodação é o processo de tirar 
novas informações no ambiente e alterar 
informações pré-existentes para se 
encaixar nas novas informações. Isso é 
importante porque estabelece como as 
pessoas vão adotar novos conceitos, 
esquemas, conhecimento, etc. 
• Assimilação, por outro lado, é como os 
seres humanos percebem e se adaptam a 
novas informações. É quando nos 
deparamos com novas informações, mas 
olhamos as informações antigas que 
armazenamos para interpretar a nova. 
Ambos os conceitos que Piaget disse eram 
essenciais e não podiam existir sem o outro. Para 
assimilar um objeto em um esquema mental 
existente, primeiro é preciso levar em consideração 
ou acomodar as particularidades desse objeto até 
certo ponto. 
1. Estágio sensorimotor (crianças de 0 a 2): 
Este estágio de desenvolvimento é 
caracterizado pela forma como a criança entende o 
mundo, reunindo a experiência sensorial com a 
atividade física. Este é o período em que a 
criança melhora reflexos inatos. Durante esta 
etapa estabelece seis sub-etapas que são: 
 Reflexos simples: Desde o nascimento 
a 6 semanas, o bebê terá três reflexos 
primários (sugando objetos na boca, 
seguindo objetos moventes ou 
interessantes com os olhos e fechando a 
mão quando um objeto faz contato com 
a palma) Com o passar do tempo os 
reflexos se tornarão ações voluntárias. 
 Primeiros hábitos e reações circulares 
primárias: De 6 semanas a 4 meses, a 
criança agora está começando a ser 
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
mais consciente e o condicionamento 
clássico e operante começa nesta fase. A 
imitação ou reprodução de certas 
reações com seu próprio corpo 
começam. 
 Reações circulares secundárias: de 4 
a 8 meses a criança começa a 
desenvolver hábitos, eles são mais 
orientados a objetos, repetindo ações 
com um propósito que traz resultados 
agradáveis. Ele agora pode reproduzir 
certas reações, mas com objetos 
externos. 
 Coordenação de reações circulares 
secundárias: De 8 a 12 meses, a criança 
consolida coordenação mão-olho e 
intencionalidade. Suas ações estão 
agora orientadas para objetivos. 
 Reações circulares terciárias, 
novidade e curiosidade: De 12 a 18 
meses, a criança começa a explorar e a 
investigar objetos que os intriguem. É o 
palco da descoberta para atingir novos 
objetivos. Piaget chamou esse estágio 
do jovem cientista. 
 Internalização de esquemas: De 18 a 
24 meses a criança agora pode usar 
símbolos primitivos para formar 
representações mentais duradouras. É 
quando o estágio de criatividade começa 
e dá passagem ao estágio pré-
operacional. 
2.Fase pré-operatória (2-7 anos de idade): 
 Esta é a segunda etapa da Teoria 
Piaget. A escolaridade geralmente 
começa em cerca de 3 anos de idade, o 
que traz uma mudança social importante 
e causa um desenvolvimento social 
significativo. 
 A criança começará a se relacionar com 
outras crianças e pessoas, especialmente 
colegas . Antes dessa idade, a interação 
era geralmente com a família. 
 Falar na terceira pessoa é muito comum 
neste estágio porque as crianças ainda 
não compreendem completamente o 
conceito de “eu” que os separa do resto 
do mundo. 
 Crianças entre 2-7 serão curiosas e 
queremos aprender, e é por isso que 
muitas vezes elas são “porquê”. 
 Os filhos desse estágio muitas vezes dão 
características ou sentimentos humanos 
aos objetos. Isso é chamado 
de personificação. 
3.Estágio operacional concreto (7-11 anos): 
A segunda etapa da Teoria de Piaget é 
quando as crianças começam a usar o pensamento 
lógico, mas apenas em situações concretas. É nesta 
fase que a criança será capaz de fazer tarefas mais 
difíceis e complexas que requerem lógica, como 
problemas de matemática. No entanto, enquanto a 
sua capacidade de usar o pensamento lógico 
avançou, sua lógica pode ter certas limitações 
durante este período : o “aqui e agora” sempre será 
fácil. Os filhos nessa idade ainda não usarão o 
pensamento abstrato. Em outras palavras, eles 
serão capazes de aplicar seus conhecimentos a um 
assunto que eles não conhecem, mas ainda é difícil 
nessa idade. 
Piaget considerou o estágio concreto um 
grande ponto de inflexão no desenvolvimento 
cognitivo da criança porque marca o início do 
pensamento lógico ou operacional. A criança agora 
é madura o suficiente para usar o pensamento ou as 
operações lógicas, mas só pode aplicar lógica a 
objetos físicos. Ele estabeleceu uma série de 
operações pertinentes ao estágio concreto. 
Att.: É importante lembrar que existem ainda 
outras classificações da teoria de Pageot, que 
englobam crianças em idade mais avançadas, 7-11 
anos, por exemplo. 
 
https://www.opas.org.br/o-que-e-estar-inconsciente-subconsciente-e-consciente/
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
 
Puericultura: 
Objetiva atingir o máximo potencial da 
criança de acordo com a realidade em que ela está 
inserida, lhe oferecer qualidade de vida por meio da 
assistência de equipemultidisciplinar. 
 
 Atividade da atenção básica está 
diretamente ligada a redução da 
mortalidade infantil no Brasil. 
 Consiste na escuta passiva; 
 Considerar a situação da família (sinais de 
violência, atividade laboral, acesso à 
educação, onde dorme e com quem dorme 
etc); 
 Identificar riscos (sanitários, econômicos, 
sociais e psíquicos); 
 Estimulação precoce; 
 Promoção à saúde; 
 Alimentação/nutrição; 
 Imunização etc 
 
Caderno da atenção básica e caderneta da 
criança são os pilares para a consulta de 
puericultura, mas também registrar o máximo 
possível das informações na caderneta e no 
prontuário, seja ele eletrônico ou físico para se 
precaver em caso de perdas ou danos à caderneta. 
Quanto ao número de consultas: 
• 1 consulta nos primeiros 15 dias de vida, 
de preferência na primeira semana: 
Primeira Semana da Saúde Integral. Essa 
visita influencia na orientação e observação 
do aleitamento materno, como é a casa, se 
tem higiene nas vestimentas, se faz uso de 
chupeta ou mamadeira, como é feita a 
higiene dos materiais da criança. 
Att.: Nos primeiros 2 anos tem muitas consultas, 
depois diminui. Ou Aumentará a medida que forem 
reconhecidas necessidades dessa criança assim 
como ao contexto de vulnerabilidade em que ela 
esteja inserida. 
O calendário mínimo de consultas na UAP 
em ESF contempla 8 consultas no primeiro ano de 
vida, sendo mensal até o 6° mês, trimestral do 6-
12° mês, semestral de 12-24° mês e anual a partir 
do 3° ano de vida, podendo ser modulado conforme 
necessidades específicas da criança e seu contexto 
familiar. 
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
 
Consulta de enfermagem na puericultura: 
 Queixas: 
A criança esteve doente? Sintomas e 
tratamentos? Dificuldades com a criança? Quem 
orientou a intervenção? Apresentou melhora ou 
piora? Em consulta subsequente revisar os 
problemas apresentados na consulta anterior 
(exame físico etc). 
Att.: Mãe está comendo, indo ao banheiro, 
dormindo, sendo ajudada? “Cuidado com o 
cuidador”, o binômio é assistido. 
Investigar sempre as intervenções que 
foram feitas sem orientação, como por exemplo, o 
de chás. É importante que isso aconteça em tom de 
conversa amigável, nunca impositiva ou com 
julgamento, pois a família pode se fechar para 
próximas orientações e cuidados orientados. 
Obs.: É necessário também conhecer o histórico 
social e familiar dessa família, os pais, avós, 
irmãos, estado de saúde, renda familiar etc 
 Fatores de risco: 
- Ausência ou pré-natal incompleto; 
- Problemas na gestação, parto ou nascimento; 
- Gestação de alto risco ou risco habitual?; 
- Prematuridade (<37s); 
- Peso abaixo de 2500g; 
- Icterícia grave; 
- Hospitalização no período neonatal; 
- Doença grave; 
- Parentesco entre os pais; 
Deficiência ou doença mental na família; 
- Fatores de risco ambientais (vulnerabilidades 
também); 
- Casos de morte em menores de 5 anos na 
família etc. 
 Dados do nascimento: 
Preenchido pelo pediatra na unidade 
hospitalar em que houve o parto nas primeiras 
horas de vida. Se for preciso internação em terapia 
intensiva, os dados vacinais e testes realizados 
também devem ser preenchidos pelo pediatra 
responsável pela criança no setor assim como 
acompanhamento do perímetro cefálico, peso, 
tamanho etc. 
 RN: 
- Exame físico completo (nas consultas 
subsequentes pode direcionar); 
- Cuidados com o coto umbilical (atenção para 
infecções); 
- Triagem neonatal; 
- Cuidados com a troca de fralda: orientar e realizar 
com os pais. Explicar sobre o uso de algodão com 
água e sabão neutro/coco/glicerina para banho e 
limpeza do “bumbum” ao invés de lenço 
umedecido devido ao risco de alergias; 
- Higiene das mãos; 
- Não fumar próximo ao RN; 
- Banho (temperatura da água e frequência, 
cuidados com acidentes, banheira ou banheiro, tipo 
de sabonete etc); 
- Depressão materna (privação do sono, problemas 
com a amamentação, alimentação etc); 
- Aleitamento Materno: Incentivar exclusividade 
até os 6 meses, “investigar” se faz uso de 
mamadeiras e chupetas, pois além de influenciar na 
eficiência de deglutição da criança, também pode 
ocasionar problemas de desenvolvimento da arcada 
dentária e confusão de bico (peito). De forma 
delicada, descobrir se o bebê tem acesso a água, 
chás, sucos, frutas, massas (maisena, cremogema, 
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
papinhas) etc. É importante também orientar 
quanto a posição em que a mamada vai acontecer, 
quanto a prega e desestimular a amamentação com 
o bebê deitado pelo auto risco de broncoaspiração; 
- Posição para dormir: Reafirmar que decúbito 
dorsal é a posição de segurança para o bebê ou 
decúbito lateral esquerdo. Evitar decúbito ventral 
pelo risco de MSL (morte súbita do lactente). 
Quando a MSL, existem estudos que aconselham, 
que caso essa seja a posição de maior repouso do 
bebê, os pais devem supervisionar o sono e não 
torná-la como a posição de dormidas longas, mas 
sim de cochilos; 
- Riscos de dormir com os pais: Orientar o uso de 
caixas de paletes acolchoadas, caixa de feira, 
ninho, jamais entre os pais na cama sem uma 
proteção. 
Vínculo: 
 Família; 
 US; 
 Escola/creche: Importante para despertar a 
sociabilidade da criança; 
 Profissionais da assistência (direta ou 
indireta, como o ACS). 
Avaliação do crescimento e desenvolvimento da 
criança: 
 Exame físico completo na primeira consulta 
e sempre que necessário; 
 Avaliação dos marcos considerando idade, 
condições, vulnerabilidades e estímulos 
dados. 
Obs.: O ideal é começar a avaliar desde a sala de 
espera tanto a motricidade fina e grossa, cognição 
etc. 
 Dados antropométricos: Geralmente é o 
técnico de enfermagem quem faz. Esses 
dados devem ser preenchidos na caderneta 
da criança, inclusive os gráficos; 
Att.: Perímetro cefálico é preconizado pelo MS 
que seja avaliado até os 2 anos. 
 Preenchimento da CSC e E-SUS. 
 Exame Físico: 
É específico para a faixa etária da criança, 
os materiais devem ser organizados 
antecipadamente. Realizar medidas 
antropométricas dos seguintes parâmetros: 
- Perímetro total; 
-Perímetro cefálico; 
 
- Peso; 
 
- Comprimento (até 2 anos)/altura; 
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
Att.: >2 anos avaliamos estatura. 
- Avaliação neuropsicomotora (marcos do 
desenvolvimento); 
- PA (a partir dos 3 anos de idade). 
Obs.: Nos primeiros meses, avaliar: reflexos de 
sucção, procura (amamentação), preensão palmar, 
reflexo palmar e plantar, marcha, moro e tônico 
cervical. 
- IMC; 
- Avaliação neuropsicomotora; 
- Identificação dos primeiros reflexos: 
reflexo de sucção, procura (peito), preensão 
palmar, plantar, marcha e reflexo de moro, 
tonicidade cervical. 
É muito importante o trabalho em rede, 
comunicação interprofissional, multidisciplinar e 
intra-disciplinar para que a assistência visibilize o 
todo e esteja com o pensamento clínico-social 
alinhado, “falando apenas uma língua” e o binômio 
seja favorecido e contemplado em suas 
necessidades. 
Na consulta, orientar sobre os cuidados em 
relação a pandemia, mas a criança não usará a 
máscara em todo o tempo. Para avaliar a relação 
cognitiva-social (sorrisos, expressões faciais etc), é 
necessário tirar a máscara tomando cuidado com 
distanciamento. 
A recomendação da Sociedade Brasileira de 
Pediatria (SBP), da Academia Americana de 
Pediatria (AAP) e do Centro de Controle e 
Prevenção de Doenças (CDC) é que crianças 
menores de 2 anos não usem máscaras, pois existe 
o risco de sufocação. 
 
Att.: Vale salientar a necessidade de sugerir 
materiais de higiene que sejam adequados para a 
criança, bem como acessíveis para a compra. 
Quanto a amamentação, se houver a identificação 
de perda de peso ou relato de dificuldades para 
amamentar, seja qual for o motivo, solicitar 
consulta pediátrica para possível adequação de 
fórmula nutritiva.Histórico pré-natal, perinatal e pós-natal: 
Coletar informações sobre o pré-natal, se 
foi realizado, até quando, se os exames de 
acompanhamento apresentavam algum tipo de 
alteração, se foi necessário intervir, como interviu, 
em que circunstancias se deu o parto, qual o tipo de 
parto e porquê a indicação de tal, como foi o 
puerpério, problemas e dificuldades nesse período. 
Sobre a sala de parto, buscar saber o 
APGAR, se houve intercorrências, prolongamento 
de internamento, peregrinação materna, uso de O², 
se mãe, bebê ou ambos necessitaram de cuidados 
na unidade de terapia intensiva, se foi um parto 
prematuro etc. 
Caso haja relato de internamento em UTIN, 
realizar anamnese voltada ao motivo, intervenções, 
possíveis procedimentos aos quais o bebê tenha 
sido submetido, terapias realizadas, qualquer 
informação que a mãe ou pai saibam desse 
processo. O ideal é solicitar o relatório médico de 
acompanhamento em unidade de terapia intensiva 
entregue na alta da criança. 
Situação vacinal: 
Levar em consideração a faixa etária da 
criança e as condições as quais ela está submetida, 
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
se tem baixo peso, presença de afecções (na pele 
por exemplo), imunossupressão, utilização de 
corticoide cronicamente (atenção para síndrome de 
Cushing), se a criança apresenta doença febril 
grave. 
 
 
 
Triagem neonatal: 
 Hipotireoidismo congênito: Reposição 
hormonal; 
 Fenilcetonúria: Dieta e AA. 
 Anemia Falciforme: Transfusão, 
transplante, controle de infecções. 
 Hiperplasia adrenal congênita: 
Reposição hormonal e cirurgia. 
 
• Teste do olhinho: Estuda possíveis 
transtornos, investiga o fundo de olho. 
Crianças a termo são examinadas 
anualmente enquanto crianças pré-termo 
são avaliadas a cada 6 meses, depois, a cada 
10 meses e por fim uma vez a cada ano. 
Att.: O teste do olhinho de reflexos simples, pode 
ser realizado pelo enfermeiro, porém o teste do 
olhinho com avaliação de fundo de olho precisa ser 
realizado por um oftalmologista ou oftalmologista 
pediátrico para análise mais criteriosa, 
principalmente em crianças prematuras. 
 
• Teste do ouvidinho: Realizado no 
segundo ou terceiro dia de vida (ou mais, 
dependendo se a criança precisou de 
internamento pós-parto) e é capaz de 
detectar qualquer problema de audição que 
o recém-nascido tenha. O teste simples é 
feito com a pesquisa de reflexo do bebê 
enquanto o profissional usa o diapasão e o 
neném “vira” a cabecinha para o lado em 
que o som foi emitido, ou se assusta com 
ele. Essa modalidade pode ser realizada 
pelo enfermeiro. 
 O Triagem Auditiva Neonatal 
Universal (TANU) é feito com o auxílio de 
um aparelho, que emite no fone de ouvido 
ondas de diferentes frequências audíveis 
pelo ser humano e o aparelho identifica no 
ouvido interno as vibrações emitidas 
expressando-as em um traçado padrão de 
leitura. O TANU é realizado 
exclusivamente pelo fonoaudiólogo ou 
profissional capacitado para tal. 
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
 
Existem indicadores para uma 
avaliação mais criteriosa do aparelho 
auditivo. São critérios de inclusão: 
• Pessoas na família com deficiência 
auditiva desde o nascimento (congênita) ou 
com início na infância; 
• Consanguinidade; 
• Infecções adquiridas no 
nascimento: Sífilis, Toxoplasmose, Rubéola, 
Citomegalovírus, Herpes, HIV; 
• Infecções bacterianas ou virais adquiridas após 
o nascimento: Meningite, Citomegalovírus, 
Herpes, Sarampo, Varicela; 
• Peso ao nascimento inferior a 1.500g; 
• Prematuridade ou pequeno para a idade 
gestacional (PIG); 
• Hiperbilirrubinemia; 
• Apgar de 0 a 4 no 1º minuto, ou 0 a 6 no 5º 
minuto; 
• Permanência na Unidade de Terapia Intensiva 
(UTI) por mais de 5 dias; 
• Uso de ventilação mecânica no nascimento; 
• Uso de antibióticos que podem prejudicar a 
audição como aminoglicosídeos e/ou 
diuréticos de alça; 
• Malformações na cabeça e no rosto 
envolvendo orelha e osso temporal; 
• Síndromes associadas à deficiência 
auditiva: Wardenburg, Alport, Pendred, entre 
outras; 
• Traumatismo craniano. 
Nesses casos, além do teste TANU 
e do teste de reflexo simples, é realizado o 
exame realizado BERA, também 
conhecido como PEATE ou Potencial 
Evocado Auditivo do Tronco Encefálico, 
é um exame que avalia todo o sistema 
auditivo, verificando a presença de perda 
auditiva, que pode acontecer devido a lesão 
na cóclea, no nervo auditivo ou no tronco 
encefálico. 
Apesar de poder ser realizado em 
adultos, o exame BERA é feito mais 
frequentemente em crianças e bebês, 
principalmente quando há algum risco de 
perda auditiva devido a condições genéticas 
ou quando há um resultado alterado no teste 
da orelhinha, que é um teste realizado logo 
após o nascimento e que avalia a 
capacidade auditiva do recém-nascido. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia_auditiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia_auditiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consanguinidade
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADfilis_cong%C3%AAnita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasmose
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rub%C3%A9ola_cong%C3%A9nita
https://pt.wikipedia.org/wiki/Citomegalov%C3%ADrus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Herpes_neonatal
https://pt.wikipedia.org/wiki/HIV
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meningite
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sarampo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Varicela
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prematuridade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperbilirrubinemia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Apgar
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_de_terapia_intensiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_de_terapia_intensiva
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ventila%C3%A7%C3%A3o_mec%C3%A2nica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Malforma%C3%A7%C3%B5es
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Waardenburg
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADndrome_de_Alport
https://pt.wikipedia.org/wiki/Traumatismo_craniano
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
 
• Teste do pezinho: 
É um exame obrigatório realizado em todos 
os recém-nascidos, normalmente a partir do 3º dia 
de vida, e que ajuda a diagnosticar algumas 
doenças genéticas e metabólicas, e, dessa forma, 
caso seja identificada alguma alteração, o 
tratamento pode ser iniciado logo em seguido, 
evitando complicações e promovendo a qualidade 
de vida da criança. 
O teste do pezinho promove o diagnóstico 
de diversas doenças, no entanto as principais são 
hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, anemia 
falciforme e fibrose cística, já que podem trazer 
complicações para o bebê ainda no primeiro ano de 
vida caso não sejam identificados e tratadas. 
 
• Teste da bochechinha: 
O Teste da Bochechinha é um exame 
genético que investiga doenças que podem se 
manifestar na infância, todas com tratamento já 
disponível no Brasil. Para isso, a amostra do bebê 
é analisada com uma técnica chamada de 
Sequenciamento de Nova Geração, a mais moderna 
técnica de Genética. Essa abordagem inovadora 
rastreia simultaneamente várias regiões do genoma 
do bebê para identificar mais de 320 doenças. A 
análise feita direta no DNA apresenta uma grande 
vantagem, pois identifica o risco da doença antes 
mesmo de qualquer sinal clínico ou sintoma. 
Centenas de doenças com tratamento 
disponíveis não são incluídas em testes de triagem 
neonatal devido aos custos de triagem ou 
limitações das técnicas convencionais. O SUS 
ainda não oferta tal teste, apesar de já existirem 
discussões a cerca dessa inclusão. Ele é mais 
completo que o Teste de Triagem Neonatal, 
conhecido como Teste do Pezinho e alguns dos 
motivos são: 
 O teste da Bochechinha supera os 
obstáculos da triagem convencional ao 
analisar diretamente o DNA do bebê, 
possibilitando a ampliação da análise de 
diversas doenças simultaneamente em um 
único teste; 
 As doenças e genes do teste são escolhidospela equipe médica com base em extensa 
revisão da literatura médica, de bancos de 
dados e de casos do laboratório. 
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
 Identifica as doenças dos testes do pezinho 
básico e ampliado e SCID e AGAMA, e 
centenas de outras doenças que não são 
investigadas nesses testes 
Att.: O Teste da Bochechinha não substitui, 
mas complementa o teste do pezinho. Pode ser 
feito desde o nascimento. 
 
Hábitos: 
 Higiene e Banho: Ensinar a limpar região 
genital da forma correta. Se menina, da 
vagina para o ânus, limpar os grandes lábios 
e pequenos lábios para evitar acúmulo de 
pomada devido ao risco de infecção. Se 
menino, orientar limpeza do prepúcio, 
observar se há frênulo compatível com 
intervenção médica; 
 Higiene oral: Observar se a língua está 
saburrosa e limpar em movimentos 
circulares com uma gaze umedecida, ou até 
mesmo com o “paninho de boca” limpo 
umedecido com água filtrada; 
 Higiene dos utensílios: Orientar sobre a 
lavagem de mamadeiras e talheres infantis 
com “bucha de lavar pratos” diferente da 
que é usada para os demais objetos e 
utensílios da casa; 
 Eliminações: Observar a cor das fezes, 
principalmente em crianças com idade de 
aleitamento exclusivo, pois as fezes são 
bem características (pastosa, amarelo-
esverdeado, odor característico – eu associo 
a papa de maisena). Orientar sobre higiene 
e uso de pomadas. Observar coloração e 
odor da urina e orientar sobre alterações; 
 Sono e repouso: Orientar sobre posição 
para dormir, estimular a criação de rotinas 
para o bebê, orientar quanto ao tempo que o 
bebê dorme (tendência em dormi mais 
enquanto RN e ir aumentando a frequência 
dos cochilos ao tempo em que diminui os 
intervalos de sono profundo). 
Att.: É importante perguntar sobre como tem sido 
o sono e o repouso da mãe, pois isso influencia no 
cuidado da criança, na produção do leite e no 
desgaste emocional, que pode gerar tendência para 
depressão pós-natal. 
 Vestuário: Orientar quanto ao uso de 
roupas muito quentes, de tecidos grossos, o 
uso desnecessário de luvas (mesmo com a 
justificativa de não arranhar o rostinho) 
explicar de forma clara e acessível sobre a 
influência do toque do bebê em seu 
corpinho para o desenvolvimento da 
propriocepção, desestimulando o uso de 
luvas 
 Atividade física: Promoção de 
brincadeiras estimulantes para a criança a 
partir dos 2 anos. Observar que desde a 
primeira semana de vida a criança deve ser 
estimulada de diversas formas, não 
necessariamente com o objetivo de 
atividade física, mas sim com o foco na 
estimulação precoce para o 
neurodesenvolvimento e neuroplasticidade. 
Alimentação e aleitamento materno: 
• Exclusividade até os 6 meses, se necessário 
a suplementação, encaminhar para pediatra; 
• Alimentação: Orientar sobre apresentação 
dos alimentos para a criança (legumes, 
verduras e frutas) respeitando as condições 
financeiras da família. Orientar que não 
amasse, triture, ou bata no liquidificador as 
sopas ou frutas pois muitos nutrientes 
podem ser perdidos nesse processo. 
Orientar ainda quanto a ingesta hídrica e 
chás. É importante alertar sobre o 
consumo de açúcar, sal e alimentos com 
conservantes (embutidos)! 
• Conversas sobre estilo de vida dos pais, 
pois crianças com estímulo ao estilo vegano 
de se alimentar merecem atenção maior 
quanto ao consumo de algumas proteínas e 
vitaminas. 
VITAMINA DOSAGEM IDADE 
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
A 100.000 UI 
(megadose 
única) 
6-11 meses 
A 200.000 UI 
(megadose 
única) 
12-59 meses 
D 400 UI/dia Desde o 
nascimento até 
suspensão por 
parte do pediatra 
segundo 
acompanhamento 
de dosagem 
laboratorial 
K Dose 
profilática 
(ao nascer) 
Ao nascer, 
profilaxia para 
doença 
hemorrágica 
neonatal 
 
Suplementação de sulfato ferroso: 
Crianças em aleitamento materno exclusivo 
só devem receber suplementos a partir do sexto mês 
de idade. Apenas bebês nascidos com baixo peso 
ou em prematuridade podem fazer uso da 
suplementação a partir do 1° mês de vida completo 
(30 dias), sendo inicialmente 3gt e a partir do 3° 
mês de vida, 5 gts. 
Att.: O profissional de enfermagem pode 
prescrever o sulfato ferroso. 
 
Principais problemas na infância: 
 IRAS; 
 Alergias; 
 Higiene; 
 Verminoses; 
 Pediculoses; 
 Escabiose; 
 Viroses; 
 Infecções fúngicas cutâneas; 
 Atraso vacinal; 
 Atraso do CD por falta de estímulo; 
AIDPI CRIANÇA: 
 Curso voltado para assistência com crianças 
de 0 a 2 meses ou 2 a 5 anos; 
A AIDPI tem por finalidade promover uma 
rápida e significativa redução da mortalidade na 
infância. Trata-se de uma nova abordagem da 
atenção à saúde na infância, desenvolvida 
originalmente pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a 
Infância e a Adolescência (UNICEF), 
caracterizando-se pela consideração simultânea e 
integrada do conjunto de doenças de maior 
prevalência na infância, ao invés do enfoque 
tradicional que busca abordar cada doença 
isoladamente, como se ela fosse independente das 
demais doenças que atingem a criança e do 
contexto em que ela está inserida. 
Cabe ao profissional de saúde a difícil 
missão de acolher a criança e seu acompanhante, 
compreender a extensão do problema que a aflige e 
propor procedimentos de fácil aplicação e 
comprovada eficácia. Constitui sua função 
implícita estabelecer um canal de comunicação 
com a mãe ou com a pessoa responsável pela 
criança, de modo que ela apreenda as 
recomendações, referentes ao tratamento e aos 
cuidados a serem prestados no domicílio, assim 
como memorize os sinais indicativos de gravidade 
que exigem o retorno imediato da criança ao 
serviço de saúde. 
As condutas descrevem como tratar 
crianças que chegam a unidade de saúde no nível 
primário, tanto para a primeira consulta como para 
uma consulta de retorno, quando se verificará se 
houve melhora ou não. Embora a AIDPI não inclua 
todas as doenças, abrange aquelas que são as 
principais causas pelas quais se leva uma criança 
ao serviço de saúde. Uma criança que retorna com 
problemas crônicos ou que é acometida de doenças 
menos comuns, talvez necessite de atenção 
especial, sendo necessário o encaminhamento para 
o profissional médico. 
• Cadeia de atendimento: 
1. Avaliar a criança doente de 0-2 
meses a 5 anos de idade ou a criança 
Lara Honório – Acadêmica de Enfermagem 
de 1 semana a 2 meses de idade 2 
anos; 
2. Classificar a doença; 
3. Identificar o tratamento; 
4. Tratar a criança (o enfermeiro pode 
prescrever as medicações contidas 
no curso e protocolo); 
5. Aconselhar a mãe ou o 
acompanhante; 
6. Atenção à criança de 1 semana a 2 
meses de idade; 
7. Consulta de retorno.

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