Prévia do material em texto
PCC - PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO Observar, Pesquisar e Constituir o Conhecimento ALUNO (A): Vanielly Pontes CURSO: Licenciatura em Pedagogia RIO DE JANEIRO – RJ 2021 INTRODUÇÃO A desigualdade social e a pobreza no Brasil precisam ser enfrentadas por um amplo conjunto de Políticas Públicas e ações do setor privado, além da mobilização da sociedade de um modo geral, pois a pobreza e a desigualdade é um problema de todos. Mas, no centro desse combate é necessário situar as políticas educacionais a todas as faixas de idade da população, especialmente aos mais jovens. A Desigualdade Social no Brasil começa ainda na Alfabetização “A desigualdade na educação começa desde cedo, no nosso país as crianças com família de nível socioeconômico mais alto, têm desempenho considerado adequado desde a alfabetização. Já aquelas cuja família tem nível socioeconômico mais baixo, no percentual das que tem aprendizado considerado adequado, chega a ser seis vezes menor.” Os dados são do levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação (TPE), com base nos resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização. A criança que pertence ao nível socioeconômico baixo, ou seja, pertence a camada mais pobre da população brasileira, tem apenas 45,4% de nível adequado estabelecido pelo ministério da Educação em leitura, 24,9% em escrita e 14,3 % em matemática. Já entre as crianças de famílias mais ricas, esses percentuais aumentam: 98,3% têm nível considerado adequado em leitura, 95,4% em escrita e 85,9% em matemática. São percentuais preocupantes e tristes, onde vemos que a desigualdade na educação começa muito cedo. Se tivéssemos um sistema que funcionasse bem, todos as crianças teriam a mesma oportunidade. A condição financeira não muda a capacidade das crianças de aprender. Se essas crianças tivessem uma educação de qualidade, elas teriam a mesma capacidade de aprendizagem das crianças que tem situação financeira melhor. As Desigualdades Sociais e Socioeconômicas na Minha Cidade Moro no bairro do Anil, que fica na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) é 0,911, em 2010, o que situa esse bairro na faixa de Desenvolvimento Humano Alta (IDHM entre igual ou acima de a 0,800). A dimensão que mais contribui para o IDHM do bairro é Educação, com índice de 0,982, seguida de Renda, com índice de 0,882, e de Longevidade, com índice de 0,869. Busquei ver o nível de desigualdade econômica e social do meu bairro, e não precisei ir muito longe, pois aqui existem dois tipos de classes sociais: a baixa e a média. Observei duas crianças que moram na minha rua, com classes sociais diferentes, um deles é um menino de 12 anos de classe social baixa que não sabe ler e está na série certa para sua idade. Ele estuda em colégio público, onde existem vários projetos de cursos como aulas de inglês, informática e esporte. É uma criança que necessita de um suporte, ser acompanhado pelo colégio, até mesmo uma aula de reforço escolar, mas é algo que não é feito. Acredito que se o colégio tivesse um projeto voltado para os anos iniciais de ensino, crianças assim como ele, não teriam tanta dificuldade de aprender a ler. No entanto a outra criança que observei, foi um menino de 11 anos de classe média, que estuda em colégio particular e pratica boa leitura. Nesse caso a educação que é fornecida a ele é diferente, há suporte para que ele possa alcançar um futuro promissor. Ambos têm estrutura familiar, porém poderão não ter as mesmas oportunidades. Nem eles e nem suas famílias têm culpa, se as políticas públicas e os serviços públicos de educação ainda não conseguem proporcionar qualidade, garantia de permanência e acesso ao ensino. REFERÊNCIAS: Material interativo disponibilizado pela Estácio Livro: Aspectos Antropológicos e Sociológicos da Educação https://www.wikirio.com.br/IDH_dos_bairros_da_cidade_do_Rio_de_Janeiro http://jornalbeirario.com.br/portal/?p=48879