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Trauma Dento Alveolar

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Trauma Dentoalveolar 
Cirurgia e Implantodontia 
Kamila França Pimentel 
A lesão traumática dental representa uma 
transmissão aguda de energia ao dente e 
estruturas de suporte, o que resulta em 
fratura e/ou deslocamento do dente e/ou 
rompimento ou esmagamento dos tecidos 
de suporte. Em qualquer lesão dentária a 
possibilidade de degeneração pulpar e 
sua detecção precoce são imperativas. 
Portanto, para todas as lesões descritas, o 
estado da polpa deve ser averiguado. 
Etiologia 
 Acidentes Automobilisticos 
 Acidentes Motociclisticos 
 Agressões 
 Acidentes esportivos 
 Acidentes de Trabalho 
 Quedas 
Epidemiologia 
  Predileção pelo sexo masculino (2:1) 
 Maior prevalência: 1 a 3 anos (41,6%), 7 a 
13 anos (21%) Classificação 
 Tipos de lesões: lesões aos tecidos duros 
dos dentas à polpa, lesões aos tecidos 
duros dos dentes, à polpa e ao processo 
dentoalveolar, lesões aos tecidos 
periodontais , lesões a tecidos moles 
 
 
Exame clínico 
 Exame visual 
 Anmnese detalhada: informações 
(paciente, familiar, testemunha, samu), 
quando ocorreu a lesão, em que local 
ocorreu a lesão (intensidade do trauma), 
como ocorreu o trauma, houve período de 
inconsciência, há distúrbio dês mordida, 
quando aconteceu (facilita o tratamento, 
redução mais fácil em menos tempo, 
avaliar edema pós-trauma) 
 História médica pregressa: alergias 
(medicamentos, substâncias), uso de 
medicações (interações medicamentosas, 
complicações), doenças sistêmicas (riscos 
anestésicos, imunossupressão, gravidez) 
Exame físico 
 Inspeção e palpação (ferimentos de 
tecidos moles, deslocamentos, fratura 
óssea ou dentária, teste de mobilidade) 
 Exames complementares de imagem 
 Extra-bucal (de cima para baixo): 
lacerações, abrasoes, equimoses, 
hematomas, edemas, depressões, 
alterações de contorno, assimetrias e 
relaciona-las com certas fraturas. 
 Intra-bucal: mucosa – gengiva – dentição 
– língua – oclusão. Sinais: lacerações, 
abrasoes, equimoses, hematomas, 
edemas, depressões, alterações de 
contorno, alterações de oclusão e 
relaciona-las com vertas fraturas, 
deslocamentos dentários, sangramento, 
sensibilidade dentária, dor local, 
mobilidade dentária, desoclusão 
 
Classificação dos Traumatismos Dento Alveolares 
LESÕES AO TÉCIDO DURO 
Fratura coronária 
 Perda de substância esmalte/dentina 
 Não há sangramento 
 Pode haver dor 
Tratamento: 
 Tratamento Restaurador com 
Capeamento Pulpar 
Tratamento: 
Vai depender do grau de 
comprometimento pulpar 
 Desgastes e polimento 
 Controle radiográfico e de sensibilidade 
 Restauração com resina composta 
 Prognóstico 
 Necrose pulpar: 0,2 a 1,0% 
  Obliteração pulpar 0,5% 
 Reabsorção radicular 0,2% Fratura de 
esmalte e dentina 
Tratamento: 
 Proteção dentinária 
 Colagem do fragmento 
 Restauração com resina composta 
 Testar oclusão 
 Prognóstico 
 Necrose pulpar 1,6% 
 Obliteração pulpar 0,5% 
 Reabsorção radicular 0,2% Fraturas de 
esmalte e dentina com exposição 
 Proteção pulpar direta 
 Pulpotomia 
 Endodontia 
 Apicificação 
 Tratamento restaurador 
 Considerar: tempo de exposição, 
tamanho da exposição e formação 
radicular 
Fratura Corono Radicular 
Segundo Moreira-neto, 2007 a fratura 
coronorradicular é aquela que envolve 
esmalte, dentina e cemento, podendo ou 
não acometer a polpa. A linha de fratura 
em geral é única estendendo-se do 
esmalte da face vestibular até o cemento 
da face lingual ou palatina, ao nível 
subgengival, mas pode ocorre também no 
sentido longitudinal 
 Perda de substância 
esmalte/dentina/cemento 
 Há Sangramento e dor 
Tratamento 
 Extrusão do dente + tratamento 
endodôntico e prótese fixa 
 Extrusão ortodôntica + tratamento 
endodôntico e prótese fixa 
Tratamento 
 Nível da fratura determina o tipo de 
tratamento 
 Remoção do fragmento, restauração e 
colagem 
 Exposição cirúrgica periodontal da 
superfície de fratura sem ou com 
restabelecimento do espaço biológico 
 Extrusão ortodôntica do fragmento 
apical 
 Extrusão cirúrgica do fragmento apical 
(endo obrigatória) 
Fratura Radicular 
 Fraturas que se restringem a região 
apical 
 Fratura 1: horizontal 
 Fratura 2: diagonais (prognostico ruim, 
exodontia) 
 Fratura 3: vertical (prognostico ruim, 
exodontia) 
 Hematoma intraradicular, há 
sangramento e há dor 
Tratamento 
 Fratura horizontal: reposicionamento 
dental, imobilização semi-rígida/ rígida 
por 3 meses e tratamento endodôntico 
após 10 dias do trauma. 
Tratamento 
 Fratura 1/3 cervical – exodontia em 
dentes decíduos; fraturas abaixo da crista 
óssea o tratamento é reposicionamento e 
contenção; quando acima da crista óssea 
o tratamento é tracionamento ortodôntico 
ou extrusão cirúrgica 
 Fratura no 1/3 médio – redução da fratura 
e contenção rígida por 8 a 10 semanas e 
acompanhamento 
 Fratura 1/3 apical – endodontia, 
apicectomia, redução da fratura e 
imobilização de 8 a 10 semanas e 
acompanhamento. 
LESÕES AOS TÉCIDOS PERIODONTAIS 
Concussão 
 Perda de substancia intra ligamentar, 
não há sangramento visível e há dor 
 Lesão às estruturas de suporte do dente, 
sem mobilidade ou deslocamento anormal 
do dente, mas com acentuada 
sensibilidade à percussão. Normalmente, 
não há hemorragia através do sulco 
gengival.  A conduta para este caso é 
proservação + prescrição de analgésico e 
anti-inflamatório + alivio oclusal 
 
 
Subluxação 
 Perda de substancia 
intraligamentar/vascular, há 
sangramento visível e há dor 
Lesão às estruturas de suporte do dente, 
com mobilidade anormal, mas sem 
deslocamento do dente. Hemorragia 
através do sulco gengival. A conduta para 
este caso é alívio oclusal, proservação, 
prescrição de analgésico e anti-
inflamatório. 
 
FRATURA CORONORADICULAR SEM 
EXPOSIÇÃO 
Luxação lateral 
 O dente é deslocado para um dos lados, 
sendo mais comum para lingual. 
Clinicamente, o dente apresenta-se 
sensível e em uma posição diferente da 
original. Pode ou não haver mobilidade 
dentária, visto que, este fica preso ao 
alvéolo. A redução deve ser feita o quanto 
antes. 
Luxação intrusiva 
 Deslocamento do dente para o interior 
do álveolo. O tratamento controverso 
(aguardar reerupção 2- 3 meses; 
tracionamento ortodôntico; reposição 
cirúrgica; endodontia até 3 semanas, em 
dentes com ápice fechado). Os dois 
últimos são indicados para casos mais 
graves. Em geral, o prognóstico ruim. 
Extrusão 
 Perda de substancia 
intraligamentar/edema intraligamentar, 
há sangramento e dor, não tem 
envolvimento da polpa 
 Normalmente, o paciente sofre um 
trauma frontal e o dente desloca-se no 
sentido lingual e para fora do alvéolo, 
entretanto, sem sair completamente, além 
de apresentar mobilidade. Pode estar 
associada à fratura alveolar e 
radiograficamente, observa-se um espaço 
radiolúcido no final do alvéolo. 
Tratamento 
 Prescrição de analgésico e anti 
inflamatório + imobilização semi rígida de 
2 a 3 semanas 
Deslocamento Lateral 
 Perda de substancia 
intraligamentar/edema intra limentar, há 
sangramento/fratura óssea, dor 
Tratamento 
 Prescrição de analgésico e anti-
inflamatório + imobilização semi rígida de 
2 a 3 semanas 
Intrusão 
 Intra ligamentar/ compressão das fibras 
do ligamento, há sangramento ou não e há 
dor 
Tratamento 
 Prescrição de analgésico e anti-
inflamatório + extrusão ortodôntica 
 Em crianças: Prescrição de analgésico e 
anti-inflamatório + espera extrair o dente 
sozinho 
Avulsão 
 Perda do suporte dentário, há 
sangramento e há muita dor. 
 Completo deslocamento do dente para 
fora do alvéolo. 
 Dois fatores determinam o diagnóstico e 
o tratamento dos casos: o tempo desde a 
avulsão e o reimplante e o meio de 
conservação durante o período extra-
alveolar. 
 A vitalidade do ligamento periodontal 
depende destes dois fatores. Sempre 
tentar o reimplante e o reposicionamento 
do dente deve ser feito o quantoantes 
Passo a passo 
 Preservação do dente em solução > 
anestesia > limpeza do alvéolo > 
reimplante > imobilização semi rígida de 2 
a 3 semanas > tratamento endodôntico 
após 10 dias > verificar se o paciente está 
imunizado contra tétano. 
 Individuo ferido agente etiológico 
suspeito: Não Vacinado – soro antitetânico 
(SAT) (10.000 UI adulto e 5.000UI criança), 
ambientes sujíssimo; Recebeu 3 doses da 
vacina nos últimos 5 anos – não recebe a 
vacina nem o soro 
MANUTENÇÃO DO DENTE FORA DO 
ALVÉOLO 
 Dentro da boca (reimplantado ou não) 
 Solução salina 
 Leite ou água de coco 
 Meios de armazenamento especiais 
(viaspan, solução de hank) 
 Contra-indicações do reimplante 
 Lesões de cárie extensas 
 Fraturas radiculares 
 Fratura cominutiva das paredes 
alveolares 
 Dentes decíduos 
REIMPLANTE DENTÁRIO 
 Conservar o dente em meio apropriado 
 Lavar a superfície radicular sem lesar as 
fibras do ligamento periodontal 
 Adequar o alvéolo 
 Reimplantar o dente 
 Suturar as lesões gengivais 
 Radiografar 
 Contenção semi-rígida por 7 a 14 dias 
FRATURA DO PROCESSO ALVEOLAR 
 Fratura que engloba o processo alveolar 
e representa 13% dos traumas faciais. As 
fraturas em região de processo alveolar 
são resultado de um forte impacto na 
região anterior. Deve-se realizar teste de 
mobilidade, geralmente vários dentes 
apresentam mobilidade. Um dos sinais 
clínicos é o hematoma gengival. 
 Perda de substancia intra 
ligamentar/edema intra ligamentar, há 
sangramento/fratura óssea de duas 
paredes, há dor. 
Tratamento 
 Reposicionamento 
  Imobilização rígida por 3 a 4 semanas 
Fio de Erich 
 Prescrição de analgésico e anti-
inflamatório, antibiótico 
 
 
Kamila França Pimentel

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