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Síndrome do Intestino Irritável

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1 
Martina Frazão – P6 
Gastroenterologia 
 
Síndrome do Intestino Irritável 
DEFINIÇÃO 
 Anteriomente era chamada de Síndrome do Cólon Irritá-
vel; 
 A síndrome do intestino irritável (SII) é uma condição mé-
dica comum caracterizada por dor e desconforto abdo-
minal crônico, recorrente, e hábitos intestinais alterados 
que ocorrem na ausência de outra doença gastrointesti-
nal (GI) orgânica. 
 Está incluída no grupo dos distúrbios funcionais digesti-
vos crônicos e recorrentes, os quais se caracterizam por 
alterações motoras, da sensibilidade e das secreções dos 
diferentes segmentos do canal alimentar. 
 A SII é definida por critérios diagnósticos baseando-se 
em critérios bem estabelecidos (Critérios de Roma IV + 
Sinais de Alarme). 
EPIDEMIOLOGIA 
 Representa 25-50% das consultas gastroenterológicas, 
sendo a patologia mais comum na prática clínica da es-
pecialidade. 
 Acomete 10-20% dos adultos nos países industrializados, 
mas apenas 15% procuram atendimento e mesmo assim, 
a SII é a segunda maior causa de absenteísmo ao traba-
lho. 
 As mulheres são acometidas três vezes mais que os ho-
mens. 
 Pode acometer qualquer idade, mas é mais comum em 
jovens. 
 Os portadores da SII apresentam uma prevalência au-
mentada em comorbidades psiquiátricas, principal-
mente depressão e síndrome do pânico. 
FATORES DE RISCO 
 Fatores pessoais: sexo (feminino), idade (acima de 50 
anos), aleitamento materno (menos de 6 meses), peso 
ao nascer (baixo), índice de massa corporal (baixo). 
 Condições sociais: status socioeconômico (infância), his-
tória familiar de abuso de substancias, história familiar 
de doença mental, condições de trabalho (autonomia in-
suficiente), trabalho por turnos, estado civil (nunca ca-
sado), família numerosa. 
 Questões Somáticas: infecção gastrointestinal, sintomas 
somáticos como a endometriose, obesidade abdominal, 
uso de antibióticos, cirurgia abdominal, consumo de co-
mida picante, distúrbios do sono, sedentarismo. 
 Fatores Psicológicos: pacientes com história de abuso se-
xual na infância são mais propensos a desenvolver. 
 
 
 
 
 
FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA 
 
HISTOPATOLOGIA 
 O exame histopatológico da mucosa intestinal em pes-
soas com SII pode mostrar células inflamatórias crônicas, 
mastócitos, células enteroendócrinas e nervos entéricos. 
 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Dor ou desconforto abdominal recorrente, caracteristi-
camente aliviada pelas evacuações. 
 Alterações do hábito intestinal: diarreia e/ou constipa-
ções; 
 Outros sintomas gastrointestinais como: distensão abdo-
minal, flatulência, refluxo gastroesofágico, disfagia, náu-
seas, vômitos, saciedade precoce e dor torácica não car-
díaca. 
 Sintomas extraintestinais: disfunção sexual, dispareunia, 
dismenorreia, disúria/polaciúria, lombalgia, fibromialgia, 
hipereatividade brônquica, cefaleia crônica, disfunção 
psicossocial. 
 A constipação é caracterizada pela presença de menos 
de três evacuações por semana, de fezes endurecidas e 
com formato alterado. 
 A diarreia é liquida ou liquido-pastosa, acompanhada de 
muco em 50% dos casos. 
 Não há alterações no exame físico do paciente, a não ser 
um estado de ansiedade e desconforto ou dor leve à pal-
pação do abdome. 
 
 
 
 
2 
Martina Frazão – P6 
Gastroenterologia 
 
DIAGNÓSTICO 
 CRITÉRIOS DE ROMA IV: 
 
 
 Os exames complementares: são solicitados quando o 
paciente possui sinais de alarme (perda de peso, hema-
toquezia, deficiência de ferro), quando possui sintomas 
intensos ou refratários ou quando o médico precisa fazer 
um diagnóstico diferencial. 
 Ao diagnosticar o paciente com a SII, deve-se subclassi-
fica-la, pela escala de Bristol, em: 
a) SII com diarreia 
b) SII com constipação 
c) SII mista 
d) SII não classificada 
 
 
 
TRATAMENTO 
 Tratamento muito amplo, visando a qualidade de 
vida do paciente. 
o Mudança de estilo de vida: pratica de exercício físico mo-
derado. 
o Suporte psicossocial: assegurar a benignidade do pro-
cesso e promover medidas comportamentais como a psi-
coterapia, terapias alternativas, entre outras... 
o Mudanças dietéticas: É importante evitar alimentos que 
induzem ou agravam os sintomas. Cafeína, alimentos 
gordurosos e alimentos ricos em carboidratos pouco ab-
sorvidos, porém “fermentáveis” (ex: frutose, rafinose, 
sorbitol, leguminosas – os chamados “FODMAPS”) de-
vem ser evitados devido aos seus efeitos “flatogênicos” 
e/ou “irritantes”. 
 
 
 
o Tratamento farmacológico 
 Como escolher a medicação? 
 Sintoma predominante; 
 Comorbidades; 
 Efeitos colaterais; 
 Custo; 
 Disponibilidade (SUS? Convênio? Particular?) 
 Antiespasmódicos: Hioscina, Mebeverina, brometo 
de otilônio, pinavério, trimebutina 
 Probióticos 
 Antidepressivos (tricíclicos) 
 Antidiarreicos: Loperamida, Ondansetrona

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