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PROBLEMA 1 - UC4 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/ AL 1.Descrever a estrutura de proteínas(função) e aminoácidos: Proteínas controlam praticamente todos os processos que ocorrem em uma célula, exibindo uma quase infinita diversidade de funções. A estrutura de grandes moléculas, tais como proteínas,pode ser descrita em vários níveis de complexidade,arranjada em um tipo de hierarquia conceitual. Quatro níveis de estrutura proteica são comumente definidos. Uma descrição de todas as ligações covalentes (principalmente ligações peptídicas e ligações dissulfeto) ligando resíduos de aminoácidos em uma cadeia polipeptídica é a sua estrutura primária. O elemento mais importante da estrutura primária é a sequência de resíduos de aminoácidos.A sequência de aminoácidos em uma cadeia polipeptídica; A estrutura secundária se refere a arranjos particularmente estáveis de resíduos de aminoácidos dando origem a padrões estruturais recorrentes.O dobramento de segmentos curtos (3-30 resíduos) e contíguos do polipeptídeo em unidades geometricamente ordenadas. A estrutura terciária descreve todos os aspectos do enovelamento tridimensional de um polipeptídeo.Reunião das unidades estruturais secundárias em unidades funcionais maiores, como o polipeptídeo maduro e seus domínios componentes; Quando uma proteína tem duas ou mais subunidades polipeptídicas, seus arranjos no espaço são chamados de estrutura quaternária.O número e os tipos de unidades polipeptídicas de proteínas oligoméricas e seus arranjos espaciais. A função de uma proteína depende de sua sequência de aminoácidos. Com relação à estrutura, as proteínas podem ser classificadas em: 1. Proteínas fibrosas: - Cadeias polipeptídicas arranjadas em longas fitas ou folhas; - Desempenham importante papel estrutural (suporte, proteção e forma) - Predominância de um único tipo de estrutura secundária. - Insolúveis em água 2. Proteínas globulares: - Cadeias polipeptídicas empacotadas em forma esférica - Mais estruturalmente complexas e variadas (principalmente pelas estruturas beta) - Vários tipos de estrutura secundária - Papéis biológicos mais variados (ex: enzimas) OBS: A estrutura de um fio de cabelo é um bom exemplo da organização estrutural de uma proteína fibrosa: Hélice alfa de queratina. - O cabelo possuí pontes dissulfeto são importantes para ondulação do cabelo. Quando faz chapinha há o rompimento das pontes dissulfeto e a proteína assume a estrutura linear novamente, no entanto, com o aumento da umidade as pontes são refeitas 2.Explicar as funções das enzimas, cofatores e nomenclaturas: Enzimas: Praticamente todas as reações no organismo são mediadas por enzimas, as quais são proteínas catalisadoras que aumentam a velocidade das reações, sem sofrerem alterações no processo global.Dentre as muitas reações biológicas energeticamente possíveis, de forma seletiva, as enzimas canalizam reagentes (chamados de substratos) para rotas úteis. As enzimas comandam, assim, todos os eventos metabólicos. Como todos os catalisadores, as enzimas não são consumidas nem alteradas permanentemente, como consequência de sua participação em uma reação. Além de serem muito eficientes,as enzimas também são extremamente seletivas. Ao contrário da maioria dos catalisadores utilizados na química sintética,as enzimas são específicas não apenas para o tipo de reação catalisada, mas também para um único substrato ou para um pequeno grupo de substratos intimamente relacionados. As enzimas também são catalisadores estereoespecíficos e catalisam, em geral, as reações de apenas um estereoisômero de um determinado composto. As enzimas que removem átomos de hidrogênio são geralmente chamadas de desidrogenases, as enzimas que hidrolisam proteínas, de proteases, e as enzimas que catalisam rearranjos em configurações, de isomerases. O processo de dar nomes às enzimas era finalizado precedendo essas descrições gerais com termos indicando o substrato sobre o qual a enzima age (xantina-oxidase), a sua fonte (ribonuclease pancreática), o seu modo de regulação (lipase sensível a hormônio) ou uma característica específica de seu mecanismo de ação (cisteína protease). Quando necessário,são acrescentados designadores alfanuméricos para identificar as múltiplas formas de uma enzima (p. ex., RNA-polimerase III; proteína-cinase Cb). A International Union of Biochemistry (IUB) desenvolveu um sistema inequívoco de nomenclatura das enzimas, no qual cada enzima possui um nome próprio e um número de código que identificam o tipo da reação catalisada e os substratos envolvidos. As enzimas são agrupadas nas seis classes a seguir: 1. Oxidorredutases – enzimas que catalisam oxidações e reduções. 2. Transferases – enzimas que catalisam a transferência de moléculas como os grupamentos glicosil, metil ou fosforil. 3. Hidrolases – enzimas que catalisam a clivagem hidrolítica de ligações C—C, C—O, C—N e outras ligações covalentes. 4. Liases – enzimas que catalisam a clivagem de ligações C—C, C—O, C—N e outras ligações covalentes por meio da eliminação de átomo, gerando duplas ligações. 5. Isomerases – enzimas que catalisam alterações geométricas ou estruturais dentro de uma molécula. 6. Ligases – enzimas que catalisam a união (ligação) de duas moléculas nas reações acopladas à hidrólise do ATP. PROBLEMA 1 - UC4 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/ AL Cofatores: Os cofatores associam-se de maneira reversível a enzimas ou substratos.Os cofatores podem se associar diretamente à enzima ou na forma de um complexo cofator-substrato. Ao mesmo tempo que os cofatores desempenham funções semelhantes às dos grupamentos prostéticos, eles ligam-se de forma transitória e dissociável.Consequentemente, ao contrário dos grupamentos prostéticos associados, os cofatores devem estar presentes no meio que circunda a enzima para que a catálise ocorra. Os cofatores mais comuns também são íons metálicos. As enzimas que requerem um íon metálico como cofator são denominadas enzimas ativadas por metal para diferenciá-las das metaloenzimas, para as quais os íons metálicos servem como grupamentos prostéticos. Nomeclatura: - Recomendado: Os nomes de enzimas mais frequentemente utilizados têm o sufixo “-ase” adicionado ao nome do substrato da reação (p. ex., glicosidase e urease) ou à descrição da ação realizada (p. ex., lactato-desidrogenase e adenilato-ciclase). Propriedades: - Sítios ativos: As moléculas enzimáticas contêm uma região específica, em forma de fenda ou bolso, chamada de sítio ativo. Este sítio contém cadeias laterais de aminoácidos que participam da ligação com o substrato e da catálise. O substrato liga-se à enzima, formando um complexo enzima-substrato (ES). - Eficiência catalítica: As reações catalisadas por enzimas são, em sua maioria, altamente eficientes, ocorrendo de 103 até 108 vezes mais rapidamente que as reações não catalisadas. - Especificidade: As enzimas são altamente específicas, interagindo com um ou alguns poucos substratos e catalisando apenas um tipo de reação química. - Holoenzimas: se refere à enzima ativa com seu componente não proteico, enquanto a enzima sem seu componente não proteico é chamada de apoenzima e é inativa. Se esse componente não proteíco for sais minerais ele é denominado COFATOR, já o componente sendo uma molécula orgânica é denominado COENZIMA. As coenzimas que se associam transitoriamente com a enzima são chamadas de cossubstratos, os quais se dissociam da enzima de forma alterada. As coenzimas frequentemente são derivadas de vitaminas. Por exemplo, o NAD+ contém niacina e o FAD contém riboflavina. - Regulação: A atividade enzimática pode ser regulada, isto é, as enzimas podem ser ativadas ou inibidas, a fim de que a velocidade de formação do produto responda às necessidades da célula. -Localização: Muitas enzimas estão localizadas em organelas específicas dentro da célula. - Como funcionam as enzimas? Queda da energia de ativação da reação a ser catalisada, queda no tempo da reação. Não há o consumo das enzimas e as mesmas não alteram o equilíbrio dareação. - As enzimas atuam em um pH altamente específico e em uma temperatura ótima. Para que as reações ocorram é necessário que as moléculas estejam agitadas o suficiente, no entanto, altas temperaturas podem provocar desnaturação proteica e consequente perda na funcionalidade. - Podem ser reguladas quando há produto em excesso ou em falta. A inibição da atividade enzimática pode ser realizada das seguintes maneiras: 1. Inibição irreversível - Alguns inibidores irreversíveis se ligam covalentemente ás cadeias laterais do sítio ativo de uma enzima. Com isso, inativam permanentemente ao destruir sua capacidade de interagir com seu substrato normal. 2. Inibição reversível competitiva ou alostérica - O inibidor liga-se ao centro ativo de uma enzima impedindo o encaixe do substrato com a enzima. Quando a concentração do inibidor reduz-se, ele se separa do sítio ativo e a enzima torna-se ativa novamente. 3. Inibição reversível não-competitiva - O inibidor liga-se a uma região da enzima diferente do sítio ativo alterando a forma da enzima, impedindo o encaixe do substrato com o centro ativo. 4. Inibição por feedback (realimentação) - Na maioria das vias metabólicas, é comum que o produto final atue como modulador alostérico negativo da enzima que catalisa as primeiras reações da via. Portanto, quando a concentração deste produto fica elevada ela vai agir como um inibidor alósterico, caso sua concentração diminua, ele vai deixar de inibir a via. Modelos de interação enzima-substrato: - Chave-fechadura: não explica a interação das enzimas com inibidores e análogos dos substratos. - Modelo encaixe induzido: O contato com a molécula do substrato induz mudanças conformacionais na enzima, que otimizam as interações com os resíduos do sítio ativo. 3.Citar doenças de rastreio do teste do pezinho: ▪ O Teste do Pezinho é um exame obrigatório para todos os recém-nascidos e gratuito na rede pública de saúde. Atualmente no Brasil, existem três versões do Teste do Pezinho: uma básica e duas ampliadas. ▪ TESTE DO PEZINHO SIMPLES: Identifica 6 doenças, são elas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência de biotinidase e hiperplasia adrenal congênita. Para as seis doenças detectadas no programa, há tratamento adequado, gratuito e acompanhamento por toda a vida nos 31 serviços de referência em triagem neonatal do país. ▪ TESTE AMPLIADO: As duas versões ampliadas podem detectar de 10 a 50 tipos de doenças (além das seis já detectadas pelo teste básico, também pode indicar deficiência de G-6-PD, galactosemia, leucinose e toxoplasmose congênita), sendo encontrada apenas na rede de saúde particular. ▪ A realização do teste deve ser entre o 3º e 5º dia de vida do bebê. A realização do teste neste período é importante porque é capaz de identificar seis doenças genéticas ou congênitas [principalmente por causa do início muito rápido dos sinais e sintomas de três das seis doenças detectadas pelo Programa, como o hipotireoidismo congênito, hiperplasia adrenal congênita e fenilcetonúria] passíveis de tratamento, mas que não apresentam evidências clínicas ao nascimento. Quanto mais cedo as doenças forem identificadas e tratadas, maior a possibilidade de evitar sequelas nas crianças, PROBLEMA 1 - UC4 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/ AL como deficiência mental, microcefalia, convulsões,comportamento autista, fibrosamento do pulmão, crises epiléticas, entre outras complicações e até a morte. Para o Teste do Pezinho, é coletada uma amostra de sangue a partir do calcanhar do bebê com a retirada de algumas gotinhas de sangue para análise. O exame é feito no calcanhar porque é a uma região rica em vasos sanguíneos e menos dolorosa, facilitando a coleta. ▪ CURIOSIDADE: Prematuros- Coleta de sangue venoso periférico e três amostras em tempos diferentes devido a maior chance de apresentar falsos positivos. 4. Associar as doenças com metabolismo enzimático (anemia falciforme , fenilcetonúria e déficit de biotina): Fenilcetonúria: A fenilcetonúria (PKU; CID: E70.0) é doença genética autossômica recessiva causada pela ausência, diminuição ou deficiência, da atividade da enzima hepática fenilalanina hidroxilase (HPA) ou de seu co-fator tetraidrobiopterina, que metaboliza a fenilalanina (phe) em tirosina (tyr). Essa atividade enzimática deficiente ocasiona uma hiperfenilalaninemia permanente, o que vai determinar lesões importantes, em particular no sistema nervoso central, que culmina em retardo mental de intensidade variável, mas sempre irreversível. Não se podendo decompor em tirosina, a fenilalanina se acumula nos tecidos e dá origem a alguns derivados, entre eles, o ácido fenilpirúvico, que aparece em grandes quantidades na urina e também no suor. Esse ácido inibirá a produção de certas gorduras, afetando assim, o crescimento cerebral, a formação de bainha de mielina nos neurônios e de neurotransmissores, uma vez que, o ácido pirúvico impede a entrada dos aminoácidos que são importantes na síntese de hormônios como serotonina e catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina). O acúmulo de ácido pode também gerar uma queda no pH sanguíneo . O resultado positivo acontece quando os níveis de fenilalanina são maiores que 2mmg/dl e há confirmação por uma segunda análise das quantidades de fenilalanina e tirosina sendo a razão dos dois igual a 3. Nos fenilcetonúricos, a tyr está com níveis diminuídos e há excreção elevada de metabólitos como o fenilpiruvato, fenilactato e fenilacetato. SINTOMAS: Uma das funções da tirosina no organismo é de formar a melanina (responsável pela nossa pigmentação) quando sofre hidroxilação (acrescenta OH no seu composto) pela enzima tirosinase. Como um indivíduo com fenilcetonúria não consegue formar tirosina, ele possui cabelos e pele claros. Inflamações na pele, complicações neurológicas e, mais raramente, autismo também são sintomas consequentes da fenilcetonúria. Os metabólitos fenillactato, fenilacetato e fenilpiruvato, não são perceptíveis na urina das pessoas sem essa doença, porém, o aumento significativo desses metabólitos num fenilcetonúrico resultam em graves consequências ao sistema nervoso. TRATAMENTO: Faz-se necessário ter uma dieta alimentar adequada por toda a vida, sendo que o não cumprimento disso pode acarretar em danos ao portador da doença. As dietas dos bebês fenilcetonúricos são baseadas em uma mescla de aminoácidos acrescidos de carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais inseridas no começo do tratamento e usadas paralelas ao leite materno. Acrescenta-se, a esta dieta, um substituto proteico – mistura de aminoácidos ou hidrolisado de proteína -, isento ou com pequena quantidade de phe( fenilalanina) , para manter a oferta proteica diária, necessária ao crescimento e ao desenvolvimento do paciente. Atualmente, este produto – mistura de aminoácidos isenta em phe – é fornecido gratuitamente pelo PTN-MG. A phe continua a ser um aminoácido essencial ao fenilcetonúrico e o objetivo do tratamento é continuar ofertando-o, mantendo-se, ao mesmo tempo as concentrações de fenilalanina no sangue dentro dos limites recomendados, considerados não prejudiciais ao sistema nervoso central. Estes limites variam com a faixa etária do indivíduo afetado. A quantidade diária de phe que cada fenilcetonúrico poderá ingerir é individual, pois cada paciente tem uma tolerância própria. As dosagens frequentes e as consultas periódicas permitem o controle e os ajustes necessários na dieta para manter o aminoácido no sangue dentro dos limites recomendados para a faixa etária do indivíduo. Deficiência de Biotinidade (DBT): A deficiência de biotinidase (DBT) é um erro inato do metabolismo, de origem genética e herança autossômica recessiva, que consiste na deficiência da enzima biotinidase, responsável pela absorção e regeneração orgânica da biotina, uma vitamina existente nos alimentos que compõem a dieta normal, indispensável para a atividade de diversas enzimas. Classificação: a) deficiência profunda de biotinidase;b) deficiência parcial de biotinidase; c) sem deficiência de biotinidase. Clinicamente esta doença manifesta-se a partir da sétima semana de vida com distúrbios neurológicos e cutâneos tais como crises epiléticas, hipotonia, microcefalia, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, alopecia e dermatite eczematoide. Nos pacientes com diagnóstico tardio observam-se, distúrbios visuais, auditivos, assim como, atraso motor e de linguagem. TRATAMENTO: O tratamento medicamentoso é muito simples, de baixo custo e consiste na utilização de biotina (vitamina H) em doses diárias de acordo com a subclassificação da deficiência de biotina, baseada no teste quantitativo. O diagnóstico precoce, com o início do tratamento ainda nos primeiros meses de vida, assegura ao bebê uma vida normal sem qualquer sintoma da doença. Em crianças diagnosticadas precocemente, o uso de biotina preveniu as anormalidades clínicas e bioquímicas 1. QUAL A NECESSIDADE DA BIOTINA NA DIETA? - A biotina é uma coenzima. Que participa da carboxilação do piruvato, a qual é uma reação exclusiva da gliconeogênese. A gliconeogênese é a rota pela qual é produzida glicose a partir de PROBLEMA 1 - UC4 Brunna Figueredo de Oliveira Silva P2 - UNIT/ AL compostos anglicanos (Não-carboidratos), sendo a maior parte deste processo realizado no fígado. ANEMIA FALCIFORME As hemoglobinopatias têm sido tradicionalmente definidas como uma família de doenças genéticas causadas pela produção de uma molécula de hemoglobina estruturalmente anormal. Ocorre por mutação que substitui o ácido glutâmico por valina na posição 6 da cadeia ß da globina. A hemácia com a globina mutante quando desoxigenada torna a clássica forma de foice, perdendo a flexibilidade necessária para atravessar os pequenos capilares. A anemia falciforme é uma doença homozigota recessiva. Ela ocorre em pessoas que herdaram dois genes mutantes (um de cada um dos pais) que codificam a síntese das cadeias beta das moléculas de globina. A doença não se manifesta no bebê até que uma quantidade suficiente de Hb F seja substituída pela Hb S, quando os eritrócitos começam a assumir a morfologia falciforme. A vida média de um eritrócito na anemia falciforme é de cerca de 20 dias, comparada com os 120 dias para eritrócitos normais; daí a anemia. Os heterozigotos, representando um em cada doze afro-americanos, possuem um gene normal e um gene falciforme. Os eritrócitos desses heterozigotos contêm tanto Hb S como Hb A. Esses indivíduos possuem o traço falciforme. Em geral, eles não apresentam sintomas clínicos e podem ter uma expectativa de vida normal. DIAGNÓSTICO: Anemia crônica, crises de dor osteoarticular, icterícia e história familiar freqüentemente positiva. - O diagnóstico é feito pela eletroforese de hemoglobina que detecta a presença da hemoglobina mutante (Hemoglobina S). TRATAMENTO: O tratamento envolve adequada hidratação, analgésicos, antibioticoterapia agressiva em caso de infecção e transfusões em pacientes que apresentem alto risco de oclusão fatal de vasos. Transfusões intermitentes com concentrados de eritrócitos reduzem o risco de AVCs, mas os benefícios devem ser bem avaliados devido às complicações que podem ocorrer, as quais incluem sobrecarga de ferro (hemossiderose), infecções sanguíneas e complicações imunológicas. A hidroxiureia, uma droga antitumoral, é terapeuticamente útil, pois aumenta os níveis circulantes de Hb F, o que diminui a indução de células falciformes. Isso leva a uma diminuição na frequência das crises de dor e reduz a mortalidade. O formato da hemácia dos indivíduos com anemia falciforme favorece a formação de trombos. POSSÍVEL VANTAGEM SELETIVA DO ESTADO HETEROZIGOTO. A elevada frequência da mutação bS entre os africanos, apesar de seus efeitos lesivos no estado homozigoto, sugere que exista uma vantagem seletiva para indivíduos heterozigotos. Por exemplo, os heterozigotos para o gene da anemia falciforme são menos suscetíveis à malária, causada pelo parasita Plasmodium falciparum.
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