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Síntese-Pressão Arterial Aluna: Jéssyca Soares Ferreira 1º Período de Medicina Turma Alfa A hipertensão arterial é definida como níveis de pressão arterial iguais ou superiores a 140/90 mmHg.Há fatores que estão diretamente associados com a hipertensão como alta ingestão de sal e alimentos ricos em gordura, sedentarismo, obesidade, excesso de ingestão de álcool e histórico familiar.Questiona-se a validade das aferições rotineiras realizadas por profissionais de saúde no consultório ou no ambulatório, pois erros cometidos no diagnóstico representam ameaças a decisão clínica. Erros relacionados com o observador, com a aferição, as variações naturais da pressão arterial, a ansiedade e as circunstâncias podem alterar a relação entre as aferições ambulatoriais e a verdadeira pressão arterial.As aferições domiciliares e ambulatoriais da pressão arterial são mais assertivas e possui maior probabilidade de prognosticar doença cardiovascular e lesão de órgão terminal do que as aferições convencionais no consultório. O método automatizado de Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) possibilita que a pressão arterial seja monitorada durante um maior período de tempo e conta com dispositivos que detectam, por meio de várias leituras, oscilações naturais e fazem uma estimativa da pressão arterial sistólica e diastólica.Assim, reduzem o “efeito do jaleco branco” e possíveis erros. É importante compreender e identificar os dois tipos de hipertensão arterial: hipertensão do jaleco branco e hipertensão arterial mascarada. A primeira, quando aferida no consultório é elevada mas ao logo do dia é normal, portanto, possui baixo risco cardiovascular.Essa situação representa de 15 a 20% dos hipertensos em estágio 1 e é considerada como uma resposta condicionada.Já a hipertensão arterial , que representa 10% da população geral, quando a pressão arterial é aferida no consultório se mostra normal, mas aferições ao longo do dia são elevadas, indicando alto risco de doença cardiovascular. Na atualidade, existem três tipos de dispositivos de aferição da pressão arterial: eletrônico, aneroide e “híbrido” que combina características de aparelhos eletrônicos e ambulatoriais. Os valores da pressão arterial podem ser exibidos na forma de um mostrador digital, de uma leitura aneroide ou de uma coluna de mercúrio simulada. Para detectar elevações da pressão arterial e garantir a eficácia da aferição, é essencial ter um aparelho aprimorado e condições ideais, tais como: Possuir um dispositivos de aferição com acurácia testada de acordo com protocolos internacionais. Certificar-se de que e o paciente não fumou e nem ingeriu bebidas cafeinadas nos últimos 30min. Possuir uma sala de exames tranquila e com temperatura agradável. Solicitar ao paciente que se sente em uma cadeira com os pés apoiados no chão durante no mínimo 5 minutos, para que não seja necessário colocá-lo na mesa de exames. Verificar se o braço escolhido não está coberto ou possui fístulas arteriovenosas (canal anormal entre uma artéria e uma veia) para diálise, cicatrizes de dissecção de artéria braquial prévia e nem sinais de linfedema (inchaço). Palpar a artéria braquial para confirmar que existe pulso viável e palpar a artéria radial para estimar a pressão sistólica Caso o paciente esteja sentado, coloque o braço dele sobre uma mesa um pouco acima da cintura e se estiver em pé apoie o braço dele no nível do meio do tórax. Coloque a bexiga inflável sobre a artéria braquial e posicione o braço do paciente de modo que fique discretamente flexionado na altura do cotovelo e ajuste bem a braçadeira. Estime a pressão sistólica palpando a artéria radial.Insufle a braçadeira até o pulso radial desaparecer e acrescente 30 mmHg ao valor da pressão no manômetro.Use esse valor como meta de insuflações subsequentes para evitar o desconforto e pressões desnecessariamente elevadas na braçadeira. Desinfle a braçadeira rápido e completamente e espere de 15 a 30 segundos Coloque a campânula do estetoscópio delicadamente sobre a artéria braquial, tomando o cuidado de formar um “selo de ar” com sua borda. Como os sons a serem auscultados apresentam tom baixo (grave), de modo geral são bem auscultados com a campânula. Novamente insufle rapidamente a braçadeira até o nível que acabou de ser determinado e, depois, desinfle lentamente (cerca de 2 a 3 mmHg por segundo). Observe o nível tensional no qual você ausculta os sons de, pelo menos, dois batimentos consecutivos. Essa é a pressão sistólica Continue a reduzir a pressão lentamente até os ruídos se tornarem abafados e desaparecerem. Confirme o desaparecimento dos ruídos auscultando a pressão cair por outros 10 a 20 mmHg Desinfle a braçadeira rapidamente até zero.Normalmente o ponto de desaparecimento é apenas alguns mmHg abaixo do ponto de abafamento dos ruídos, isso propicia a melhor estimativa da pressão diastólica verdadeira em adultos Arredonde os níveis tensionais (sistólico e diastólico) para os 2 mmHg mais próximos. Espere 2 min e repita o procedimento. Faça a média das suas aferições. Caso as duas primeiras diferirem em mais de 5 mmHg, faça outras aferições. A pressão arterial deve ser aferida nos dois braços, no mínimo, uma vez. A diferença tensional varia de 5 mmHg e pode chegar á 10mmHg e as próximas aferições devem ser feitas no braço com o nível tensional mais alto. Classificação JNC VII da pressão arterial em adultos Classificação Pressão Arterial Sistólica (mmHg) Pressão Arterial Diastólica(mmHg) Normal < 120 <80 Pré Hipertensão 120 a 139 80 a 89 Estágio 1 140 a 159 90 a 99 Estágio 2 ≥ 160 ≥ 100 Associada a Diabetes Melito ou doença renal < 130 < 80 Pressão arterial baixa: níveis relativamente baixos da pressão arterial devem ser interpretados em relação às aferições anteriores e ao estado clínico atual do paciente. Hipotensão ortostática: verifique a hipotensão ortostática, comum em adultos idosos, os níveis da pressão arterial e a frequência cardíaca em duas posições – deitado com a barriga voltada para cima após o paciente repousar de 3 a 10 min e depois 3 min após o paciente ficar em pé. Normalmente, quando o paciente passa da posição horizontal para a posição ortostática, a pressão sistólica cai discretamente ou permanece inalterada, enquanto a pressão diastólica se eleva um pouco. A hipotensão ortostática consiste na queda da pressão arterial sistólica de 20 mmHg (ou mais) ou da pressão arterial diastólica de 10 mmHg ou mais nos 3 min após o paciente ficar em pé. Ruídos de Korotkoff fracos ou inaudíveis: suspeitar de problemas técnicos, como colocação errada do estetoscópio, ausência de contato pleno da pele com a campânula do estetoscópio e ingurgitação venosa do braço do paciente em decorrência de insuflações repetidas da braçadeira, mas também pensar também na possibilidade de choque. Paciente obeso : use uma braçadeira com 15 cm de largura, uma braçadeira de coxa ou uma braçadeira bem comprida.Coloque o antebraço no nível do coração e palpe o pulso radial. Outras opções são a utilização de uma sonda Doppler na artéria radial ou um dispositivo oscilométrico. Paciente muito magro: Se o braço for muito magro, uma possibilidade é o uso de uma braçadeira pediátrica. Arritmias: Ritmos irregulares provocam variações na pressão arterial e, portanto, medidas não confiáveis. Ignore os efeitos de uma extrassístole ocasional. Se o paciente apresentar extrassístole ou fibrilação atrial, determine a média das aferições e observe que os valores são aproximados.É aconselhado monitoramento ambulatorial da pressão arterial no período de 2 a 24 h. Aferição da pressão arterial nos membros inferiores:utilize uma braçadeira de coxa comprida que tenha uma bexiga inflável com 18 × 42 cm e coloque-ana parte média da coxa. A bexiga inflável deve ser colocada sobre a superfície posterior; ajuste-a bem e ausculte a artéria poplítea. Se possível, o paciente deve ficar de barriga para baixo. Ou peça o paciente deitado de barriga para cima que flexione discretamente a coxa, com o calcanhar apoiado no leito.