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Análise de Marcha - @reinventafisio

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Análise
de
Marcha
@R E I N V E N TAF I S I O
REINVENTA
Fisio
CADERNO DE F IS IOTERAPIA
P R O I B I D O A V E N DA E
R E P R O D U Ç Ã O D E S S E MAT E R IAL
AP O I E O R E I N V E N TA F I S I O
REINVENTA
Fisio
Passo
Pa
ss
ad
a
Figura 1. Diferença entre
passada e passo.
 A marcha humana pode ser caracterizada como um conjunto de eventos que ocorrem
ciclicamente, cujo principal objetivo é promover locomoção do indivíduo na postura bípede.
Para que a marcha ocorra é necessário a integração dos sistemas neuromotor, sensorial e
musculoesquelético.
 P á g . 1
MARCHA HUMANA
@R E I N V E N TAF I S I OA N Á L I S E D E M A R C H APDF
P A R Â M E T R O S D A M A R C H A
Passada: A passada é o intervalo entre os dois contatos iniciais do pé de referência com o
solo.
Passo: O passo é o intervalo entre o contato de cada pé (de referência e contralateral) com o
solo. Assim, uma passada contém dois passos.
 A marcha apresenta parâmetros que devem ser observados durante a sua análise, que
são: comprimento da passada, comprimento do passo, largura do passo, tempo da passada,
velocidade de marcha e cadência.
Esses parâmetros irão variar de acordo com a idade, altura, IMC, gênero, força,
flexibilidade, condicionamento aeróbico, dor, patologias, entre outros fatores.
P A S S A D A X P A S S O
REINVENTA
Fisio
 P á g . 2
@R E I N V E N TAF I S I OA N Á L I S E D E M A R C H APDF
Comprimento da passada: É dado pela distância entre os dois calcanhares do pé de
referência.
Comprimento do passo: É a distância entre o calcanhar do membro de referência e o
calcanhar do membro contralateral. 
O comprimento da passada e do passo apresentam valores normativos na literatura,
apesar disso, essas referências variam muito, uma vez que dependem, dentre
outros fatores, da altura do membro do indivíduo.
Largura do passo: Também chamada de base de sustentação. É a distância perpendicular
entre dois pontos semelhantes em cada pé. A largura do passo está relacionada com a
estabilidade do indivíduo, em que quanto maior a base de sustentação, maior a estabilidade.
Com
prim
ento
do passoC
om
pr
im
en
to
 d
a
pa
ss
ad
a
Figura 2. Comprimento da
passada e do passo.
Largura do
passo
Figura 3. Largura do passo.
REINVENTA
Fisio
 P á g . 3
@R E I N V E N TAF I S I OA N Á L I S E D E M A R C H APDF
Tempo da passada: É o intervalo de tempo entre dois contatos iniciais do membro de
referência com o solo. É descrito em segundos (s).
Cadência: É o número de passos dados em função do tempo (minutos).
Velocidade da marcha: É determinada pela razão entre a distância a ser percorrida pelo
tempo gasto para percorrer essa distância. Normalmente é dada em metros por segundo
(m/s).
A velocidade da marcha é dependente de dois fatores principais: cadência e
comprimento do passo. O aumento de uma dessas variáveis gera, como
consequência, um aumento da velocidade.
 O tempo da passada será dependente da velocidade da marcha. Quanto maior for a
velocidade menor será o tempo de passada e quanto menor for a velocidade maior será esse
tempo. 
C I C L O D A M A R C H A
 A marcha é composta por ciclos básicos que se repetem e, assim geram o movimento.
Tais ciclos são denominados de ciclo da marcha.
 O ciclo da marcha é definido pelos dois contatos iniciais do pé de referência com
o solo, ou seja, por uma passada. Ele apresenta duas fases distintas, chamadas de
fase de apoio e de balanço.
Fase de Apoio: Momento em que o pé de referência está sobre o solo. Representa cerca de
60% do tempo de todo o ciclo.
Fase de Balanço: Momento em que o pé de referência não está em contato com o solo.
Compõe aproximadamente 40% de todo o ciclo.
REINVENTA
Fisio
 P á g . 4
@R E I N V E N TAF I S I OA N Á L I S E D E M A R C H APDF
Figura 4. Ciclo da Marcha. Figura modificada. Disponível em: http://www.portalsecad.com.br/programas/PROFISIO-
NEURO/ciclo4/volume1/epub/OEBPS/Images/Reabilitacao_Figura3.png
Ciclo da Marcha
Fase de apoio Fase de balanço
 Existem dois momentos durante a fase de apoio em que os dois pés estão em contato
direto com o solo. Esses instantes são denominados de duplo apoio (inicial e terminal) e são
responsáveis, cada um, por cerca de 10% da duração dessa fase. 
Duplo apoio inicial: Representa os 10% iniciais da fase de apoio. É o instante no qual o
membro de referência entra em contato com o solo e o membro contralateral se prepara para
iniciar a fase de balanço.
Apoio simples: É o momento em que o membro de referência está em contato com o solo e o
membro contralateral está na fase de balanço, constitui 40% da fase de apoio.
Duplo apoio terminal: Compõe os 10% finais da fase de apoio. É o instante em que o membro
contralateral entra em contato com o solo e o membro de referência se prepara para iniciar a
fase de balanço.
Quando o indivíduo
inicia a corrida as
fases de duplo apoio
inicial e duplo apoio
terminal não
ocorrem.
REINVENTA
Fisio
Duplo apoio inicial Duplo apoio terminal
Figura 5. Fase de apoio. Figura modificada. Disponível em: http://www.portalsecad.com.br/programas/PROFISIO-
NEURO/ciclo4/volume1/epub/OEBPS/Images/Reabilitacao_Figura3.png
Apoio simples
 Vale ressaltar que as proporções entre fase de apoio e balanço se alteram de
acordo com a velocidade adotada pelo paciente.
Marcha com velocidade baixa: A fase de apoio será maior que 60%, uma vez que o tempo de
duplo apoio aumentará. Esse tipo de marcha reduz o comprimento do passo e promove maior
estabilidade, sendo comum em idosos e algumas patologias, como no acidente vascular
encefálico (AVE).
Marcha com velocidade alta: A fase de apoio será menor que 60%, já que o tempo de duplo
apoio diminuirá, esse tipo de marcha promove menor estabilidade.
A N O T A Ç Õ E S
 P á g . 5
@R E I N V E N TAF I S I OA N Á L I S E D E M A R C H APDF
REINVENTA
Fisio
 P á g . 6
FASES DA MARCHA
@R E I N V E N TAF I S I OA N Á L I S E D E M A R C H APDF
 A fase de apoio e a fase de balanço podem ser subdivididas em fases menores, de
acordo com as demandas funcionais existentes e os movimentos realizados.
 Entender o funcionamento da marcha normal permite que os fisioterapeutas sejam
capazes de distinguir possíveis alterações em seus pacientes. A seguir serão descritos cada
fase da marcha e os seus principais eventos.
A nomenclatura dessas fases podem se modificar de acordo com a referência utilizada.
Este material utiliza a classificação encontrada no livro Análise de Marcha (Jacquelin
Perry).
F A S E D E A P O I O
 A fase de apoio apresenta cinco subdivisões que são denominadas de: contato inicial, 
 resposta à carga, apoio médio, apoio terminal e pré-balanço. Essas etapas estão
representadas na Figura 6.
Contato inicial
Resposta à carga
Apoio médio
Apoio terminal
Pré-balanço
Figura 6. Subdivisões da fase de apoio. Figura modificada. Disponível em: http://www.portalsecad.com.br/programas/PROFISIO-
NEURO/ciclo4/volume1/epub/OEBPS/Images/Reabilitacao_Figura3.png
REINVENTA
Fisio
Figura 7. Contato inicial.
Figura modificada.
Quadril: Apresenta de 30º a 35º de flexão. Os extensores de quadril, principalmente glúteo
máximo, contraem-se concentricamente para estabilizar a articulação e desacelerar o
movimento.
Joelho: O joelho encontra-se próximo a sua extensão máxima. Nesse momento, o quadríceps
realiza contração concêntrica para manter a estabilidade do joelho. Além disso, os
isquiotibiais ativam-se para restringir o movimento de extensão.
Tornozelo: Nessa etapa os músculos dorsiflexores (tibial anterior, extensor longo dos dedos
e extensor longo do hálux) realizam uma contração concêntrica para manter a posição neutra
do tornozelo (90º).
 Instante em que o calcanhar do membro de referência toca o solo. Representa os 2%
iniciais do ciclo da marcha. O objetivo principal dessa etapa é posicionar o membro para
permitir os movimentos posteriores.
A força de reação ao solo, durante o contato inicial, irá passar anteriormentea
articulação do quadril. A estabilização da articulação pelos extensores de quadril gera
um momento interno extensor que impede o colapso da articulação em flexão.
Figura 8. Força de reação ao solo durante o
contato inicial. Figura modificada.
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@R E I N V E N TAF I S I OA N Á L I S E D E M A R C H APDF
C O N T A T O I N I C I A L
REINVENTA
Fisio
 P á g . 8
@R E I N V E N TAF I S I OA N Á L I S E D E M A R C H APDF
R E S P O S T A À C A R G A
 Momento em que o peso do corpo é transferido do membro que irá entrar na fase de
balanço (contralateral) para o membro que irá começar a fase de apoio (referência).
Acontece nos 10% iniciais do ciclo da marcha.
É nessa etapa que o duplo apoio inicial ocorre. Os principais objetivos dessa fase
são: Absorver o impacto e gerar estabilidade durante o suporte de peso.
Figura 9. Resposta à carga.
Figura modificada.
Quadril: A força de reação ao solo ainda passa anteriormente à articulação do quadril, por
isso, os extensores continuam estabilizando essa articulação. Nessa etapa, ocorre o início da
extensão do quadril mediada pela contração concêntrica do glúteo máximo e isquiotibiais.
Joelho: O apoio do pé no chão desloca a força de reação ao solo para a região posterior da
articulação do joelho, gerando um momento externo flexor. Assim, o joelho inicia um
movimento de flexão que atinge 20º. Para impedir a flexão excessiva um momento interno
extensor é criado por meio da contração excêntrica do quadríceps. A flexão de joelho é
necessária para absorver a carga que está sendo transferida.
Tornozelo: A força de reação ao solo irá passar posteriormente à articulação do tornozelo.
Isso irá criar um momento externo flexor plantar que irá favorecer a flexão plantar. Esse
momento associado a contração excêntrica dos dorsiflexores irá produzir 5º a 10º de flexão
plantar. Ao final dessa fase, os flexores plantares do tornozelo se ativam enquanto os
dorsiflexores param de agir.
REINVENTA
Fisio
Figura 10. Força de reação
ao solo durante a resposta à
carga. Figura modificada.
 P á g . 9
@R E I N V E N TAF I S I OA N Á L I S E D E M A R C H APDF
Existem sete flexores plantares: Sóleo, gastrocnêmio, tibial posterior, flexor longo do
hálux, flexor longo dos dedos, fibular longo e fibular curto. Na marcha, o tríceps
sural é responsável por gerar 93% do torque flexor plantar.
A P O I O M É D I O
 Ocorre entre 10 a 30% do ciclo da marcha. O pé contralateral entra na fase de balanço e
o pé de referência distribui a carga sobre o arco plantar. Os objetivos dessa etapa são
estabilizar o membro e o tronco e possibilitar que o corpo avance sobre o pé de referência.
Figura 11. Apoio médio.
Figura modificada.
Quadril: Continua realizando a extensão. O apoio unipodal faz com que a força de reação ao
solo passe medialmente à articulação do quadril, gerando um momento externo adutor. Por
isso, os abdutores, principalmente o glúteo médio, ativam-se para gerar um momento
abdutor interno que mantem a estabilidade da pelve.
REINVENTA
Fisio
O glúteo médio é um dos principais estabilizadores da pelve durante a fase de apoio
simples da marcha. Quando ele se encontra insuficiente o padrão de marcha
modifica-se, levando a queda da pelve do membro que está na fase de balanço. O
Teste de Trendelenburg auxilia os fisioterapeutas na detecção de fraqueza da
musculatura abdutora de quadril, especialmente, do glúteo médio.
Joelho: A força de reação ao solo será deslocada anteriormente à articulação do joelho
devido aos movimentos que estão ocorrendo no quadril e tornozelo e, também pela
contração concêntrica do quadríceps. Esse deslocamento irá gerar um momento externo
extensor que possibilitará a extensão passiva do joelho. Os isquiotibiais, ligamentos e cápsula
articular irão estabilizar o movimento, criando um momento interno flexor, para impedir a
hiperextensão do joelho. 
Tornozelo: O contato do antepé com o solo faz com que a força de reação ao solo se
desloque anteriormente à articulação do tornozelo, levando a uma inversão no movimento.
Dessa forma, uma dorsiflexão é iniciada em resposta ao momento externo dorsiflexor. Para
evitar uma dorsiflexão excessiva o sóleo realiza uma contração excêntrica para produzir um
momento interno flexor plantar.
 P á g . 1 0
@RE INVENTAF IS IOA N Á L I S E D E M A R C H APDF
Teste de Trendelenburg: Solicita-se que o paciente realize apoio unipodal com sustentação
de peso no membro afetado. Será positivo quando a pelve contralateral desabar no plano
frontal.
O movimento de
dorsiflexão deve
ser restringido para
evitar lesão do
calcâneo.
Figura 12. Força de reação ao solo
durante o apoio médio. Figura modificada.
REINVENTA
Fisio
 P á g . 1 1
@RE INVENTAF IS IOA N Á L I S E D E M A R C H APDF
A P O I O T E R M I N A L
 Representa cerca de 30 a 50% do ciclo da marcha. Nesse instante, a carga começa a ser
transferida para o antipé e o calcanhar começa a se elevar. O objetivo dessa etapa é
possibilitar que o corpo caia em queda livre para que ocorra a progressão da marcha.
Figura 13. Apoio terminal.
Figura modificada.
Quadril: Atinge a sua extensão máxima (10º). Quando o ciclo da marcha atinge cerca de 40%
a força de reação ao solo é deslocada para a região posterior à articulação, o que produz um
momento externo extensor que é estabilizado pela cápsula articular e ligamentos do quadril,
por meio da geração de um momento interno flexor. Vale destacar, ainda, que a estabilização
do momento externo adutor continua sendo realizada pela musculatura abdutora de quadril. 
Joelho: Também encontra-se em extensão máxima (0º).
Tornozelo: Quando o ciclo da marcha encontra-se em aproximadamente 48% o tornozelo
atinge dorsiflexão máxima (10º), essa posição é mantida até o início do duplo apoio terminal.
O momento extensor dorsiflexor se mantem e, por isso, o sóleo continua realizando a
contração excêntrica. 
Figura 14. Força de reação ao solo durante o
apoio terminal. Figura modificada.
REINVENTA
Fisio
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@RE INVENTAF IS IOA N Á L I S E D E M A R C H APDF
P R É - B A L A N Ç O
 Corresponde a aproximadamente 50 a 60% do ciclo da marcha, é o momento em que
ocorre o duplo apoio terminal. Essa etapa inicia com o contato inicial do membro contralateral
e termina com os artelhos do pé de referência perdendo o contato com o solo. O principal
objetivo é posicionar o membro adequadamente para a fase de balanço.
Figura 15. Pré-balanço.
Figura modificada.
Quadril: Mantém a extensão máxima (10º). Ao final da fase de pré-balanço os flexores de
quadril ativam-se para iniciar o movimento de flexão de quadril.
Joelho: Os movimentos que estão ocorrendo no tornozelo produzem o deslocamento da
força de reação ao solo para a região posterior do joelho, o que produz um momento externo
flexor. Esse momento associado a contração concêntrica dos flexores de quadril e do
gastrocnêmio levam a flexão do joelho. 
Tornozelo: O gastrocnêmio se ativa com alta intensidade, levando a rápida flexão plantar do
tornozelo (30º). Esse evento é responsável por retirar o calcanhar do solo e produzir energia
cinética para a fase de balanço.
Figura 16. Força de reação ao solo durante
o pré-balanço. Figura modificada.
REINVENTA
Fisio
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@RE INVENTAF IS IOA N Á L I S E D E M A R C H APDF
F A S E D E B A L A N Ç O
 A fase de balanço possui 3 subdivisões que são chamadas de: balanço inicial, balanço
médio e balanço terminal. Essas etapas estão representadas na Figura 17.
Figura 17. Subdivisões da fase de balanço. Figura modificada. Disponível em: http://www.portalsecad.com.br/programas/PROFISIO-
NEURO/ciclo4/volume1/epub/OEBPS/Images/Reabilitacao_Figura3.png
B A L A N Ç O I N I C I A L
 Ocorre entre 60 a 73% do ciclo da marcha. É o momento em que os artelhos do membro
de referência perdem o contato com o solo. Tem como objetivos aumentar a distância entre o
pé e o chão e avançar com o membro de referência sem que exista compensações.
Figura 17. Balanço inicial.Figura modificada.
Balanço inicial Balanço terminal
Balanço médio
Quadril: O movimento de flexão, que foi iniciado na fase de pré-balanço se mantem por meio
da ativação do músculo ilíaco.
REINVENTA
Fisio
Joelho: A flexão de joelho iniciada na fase de pré-balanço se mantém. O reto anterior realiza
contração excêntrica para controlar o movimento.
Tornozelo: O movimento do tornozelo, em toda a fase de balanço, é essencial para a
projeção do membro. No balanço inicial, os dorsiflexores, especialmente o tibial anterior,
realizam contração concêntrica gerando a dorsiflexão.
 P á g . 1 4
@RE INVENTAF IS IOA N Á L I S E D E M A R C H APDF
B A L A N Ç O M É D I O
 Momento que o membro de referência chega a linha média. Representa cerca de 73% a
87% do ciclo da marcha. Os principais objetivos dessa etapa são continuar com o avanço do
membro.
Como o membro de referência encontra-se suspenso, a força de reação ao solo
torna-se nula em todo o balanço. Isso possibilita que a pelve se rebaixe e o quadril
abduza, facilitando o movimento de balanço do membro. 
Figura 18. Balanço médio.
Figura modificada.
Quadril: A flexão de quadril se torna máxima (35º). 
Joelho: No início do balanço médio o joelho atinge aproximadamente 70º de flexão, após
isso, esse segmento começa a estender novamente de forma passiva, em virtude do peso do
segmento.
Tornozelo: Os dorsiflexores do tornozelo apresentam ação muscular mínima, apesar disso, a
dorsiflexão continua a ocorrer, atingindo a posição neutra ao final dessa etapa (90º).
REINVENTA
Fisio
@RE INVENTAF IS IOA N Á L I S E D E M A R C H APDF
 P á g . 1 5
B A L A N Ç O T E R M I N A L
 Compreende o intervalo entre 87 a 100% do ciclo da marcha. Essa etapa começa com a
perna na posição vertical, em relação ao solo, e finaliza quando o pé de referência toca o
chão. Os objetivos dessa etapa são avançar completamente com o membro de referência,
concluindo um ciclo de marcha, e preparar o segmento para receber novas cargas.
Figura 19. Balanço terminal.
Figura modificada.
O balanço terminal é o último evento do ciclo da marcha. Após seu fim um novo ciclo
se inicia e as todas as fases se repetem.
Quadril: Continua em flexão máxima (35º). Os extensores de quadril, principalmente o glúteo
máximo e isquiotibiais, realizam uma contração vigorosa para estabilizar esse movimento
durante o contato inicial.
Joelho: O quadríceps trabalha concentricamente para produzir a extensão máxima de joelho
e, também, para gerar estabilidade nos joelhos durante o contato inicial. Os isquiotibiais
produzem uma contração excêntrica para impedir a hiperextensão do joelho.
Tornozelo: Os dorsiflexores se contraem concentricamente para manter a posição neutra do
tornozelo (90º).
A N O T A Ç Õ E S
REINVENTA
Fisio
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@RE INVENTAF IS IOA N Á L I S E D E M A R C H APDF
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BLUMETTI, F. C.; FUJINO, M. H.; MORAIS FILHO, M. C.; NEVES, D. L. Marcha normal e
patológica. In: HEBERT, S. K.; BARROS FILHO, T. E. P.; XAVIER, R.; PARDINI JÚNIOR, A. G.
Ortopedia e traumatologia: Princípios e Prática. 5. ed: Artmed, 2016. p. 2-17.
KENDALL, K. D.; PATEL, C.; WILEY, J. P.; POHL, M. B.; EMERY, C. A.; FERBER, R. Steps toward
the validation of the Trendelenburg test: the effect of experimentally reduced hip abductor
muscle function on frontal plane mechanics. Clinical Journal of Sport Medicine, v. 23, p. 45-
51, 2013.
MORAIS FILHO, M. C.; REIS, R. A; KAWAMURA, C. M. Avaliação do padrão de movimento dos
joelhos e tornozelos durante a maturação da marcha normal. Acta Ortopédica Brasileira, São
Paulo, v. 18, n. 1, p. 23-25, 2010.
OATIS, C. A. Características da marcha normal e fatores que a influenciam. OATIS, C. A.
Cinesiologia: A mecâninca e a patomecâninca do movimento humano. 2. ed. Barueri: Manole,
2014. p. 894-916.
PERRY, J. Gait analysis: normal and pathological function. 2 ed: SLACK Incorporated, 2010.
SANGLARD, R. C. F.; HENRIQUES, G. R. P.; RIBEIRO, A. S. B.; CORRÊA, A. L.; PEREIRA, J. S.
Alterações dos parâmetros da marcha em função das queixas de instabilidade postural e
quedas em idosos. Colégio Brasileiro de Atividade Física, Saúde e Esporte, Rio de Janeiro, v.
3, n. 3, p. 149-156, 2004.
REINVENTA
Fisio
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