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Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabenfer Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabenfer Pré natal Baixo risco Captação precoce de gestantes para inicio oportuno do pré natal essencial para o diagnostico precoce de alterações e realizações de intervenções adequadas sobre condições que tornam vulneráveis a saúde da gestante e da criança. Assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável, sem impacto para a saúde materna, inclusive abordando aspectos psicossociais e as atividades educativas e preventivas. 10 passos para o pré natal de qualidade 1°: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação (captação precoce); 2°: Garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal; 3°: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em termo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré-natal. 4°: Promover a escuta ativa da gestante e de seus(suas) acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado biológico: "rodas de gestantes". 5°: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-natal, quando necessário. 6°: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso a informações) antes, durante e depois da gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)". 7°: Garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja necessário. 8°: Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração do "Plano de Parto". 9°: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à luz (vinculação). 10°: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal. * Direitos da gestante e do bebê A Política Nacional de Humanização toma o acolhimento como postura prática nas ações de atenção e gestão das unidades de saúde, o que favorece a construção de uma relação de confiança e compromisso dos usuários com as equipes e os serviços, contribuindo para a promoção da cultura de solidariedade e para a legitimação do sistema público de saúde. O diálogo franco; Escuta aberta; Acolhimento. Minimamente 6 (seis) consultas de pré-natal e continuidade no atendimento, no acompanhamento e na avaliação do impacto destas ações sobre a saúde materna e perinatal. Sinais de presunção • Atraso menstrual; • Manifestações clínicas (náuseas, vômitos, tonturas, salivação excessiva, mudança de apetite, aumento da frequência urinária e sonolência); • Modificações anatômicas (aumento do volume das mamas, hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar, cianose vaginal e cervical, aumento do volume abdominal). Sinais de probabilidade • Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume; • Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização (pode-se observar pulsação da artéria vaginal nos fundos de sacos laterais); • Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono dia após a fertilização. Sinais de certeza • Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar a partir de 12 semanas e pelo Pinard a partir de 20 semanas; • Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas); • Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal com apenas 4 a 5 semanas gestacionais e a atividade cardíaca é a primeira manifestação do embrião com 6 semanas gestacionais. Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabenfer Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabenfer Papel do enfermeiro na consulta de pré-natal Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação e da vacinação; Realizar o cadastramento da gestante no Sis Pre Natal e fornecer o Cartão da Gestante devidamente preenchido (o cartão deve ser verificado e atualizado a cada consulta); Realizar a consulta de pré-natal de gestação de baixo risco intercalada com a presença do (a) médico (a); Solicitar exames complementares de acordo com o protocolo local de pré-natal; Realizar testes rápidos; . Prescrever medicamentos padronizados para o programa de pré-natal (sulfato ferroso e ácido fólico, além de medicamentos padronizados para tratamento das DST, conforme protocolo da abordagem sindrômica); Orientar a vacinação das gestantes (contra tétano, hepatite B e coqueluche);. Identificar as gestantes com algum sinal de alarme e/ou identificadas como de alto risco e encaminhá- las para consulta médica. Caso seja classificada como de alto risco e houver dificuldade para agendar a consulta médica (ou demora significativa para este atendimento), a gestante deve ser encaminhada diretamente ao serviço de referência; Realizar exame clínico das mamas e coleta para exame citopatológico do colo do útero; Desenvolver atividades educativas, individuais e em grupos (grupos ou atividades de sala de espera); Orientar as gestantes e a equipe quanto aos fatores de risco e à vulnerabilidade; Orientar as gestantes sobre a periodicidade das consultas e realizar busca ativa das gestantes faltosas; Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal, acompanhar o processo de aleitamento e orientar a mulher e seu companheiro sobre o planejamento familiar. Exames 1ª consulta ou 1º trimestre Hemograma Tipagem sanguínea e fator Rh Coombs indireto (se for Rh negativo) Glicemia em jejum Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL/RPR Teste rápido diagnóstico anti-HIV Anti-HIV Toxoplasmose IgM e IgG Sorologia para hepatite B (HbsAg) Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU, EQU) Ultrassonografia obstétrica Citopatológico de colo de útero (se for necessário) Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica) Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica) 2º trimestre Teste de tolerância para glicose com 75g, se a glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver fator de risco (realize este exame preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana) Coombs indireto (se for Rh negativo) 3º trimestre Hemograma Glicemia em jejum Coombs indireto (se for Rh negativo) VDRL Anti-HIV Sorologia para hepatite B (HbsAg) Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for reagente Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU) Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37 semanas de gestação Calendário/Cronograma Até 28ª semana – mensalmente; Da 28ª até a 36ª semana – quinzenalmente; Da 36ª até a 41ª semana – semanalmente. Com acompanhamento intercalado entre médico e enfermeiro Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabenfer Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabenfer Queixas mais comuns na gestação Náuseas, vômitos e tonturas Pirose (azia) Sialorreia (salivação excessiva) Fraquezas e desmaios Dor abdominal, cólicas, flatulência e constipação intestinal Hemorróidas Corrimento vaginal Queixas urinárias Falta de ar e dificuldades para respirar Mastalgia (dor nas mamas) Sialorreia Lombalgia (dor lombar) Cefaléia (dor de cabeça) Sangramento nas gengivas Varizes Câimbras Cloasma gravídico (manchas escuras no rosto) Estrias Consulta de enfermagem Tem como objetivo propiciar condições para a promoção da saúde da gestante e a melhoria na sua qualidade de vida, mediante uma abordagem contextualizada e participativa. O profissional enfermeiro pode acompanhar inteiramente o pré-natal de baixo risco na rede básica de saúde, de acordo com o Ministério de Saúde e conforme garantido pela Lei do Exercício Profissional, regulamentada pelo Decreto nº 94.406/87. O enfermeiro deve fazer uso de uma escuta qualificada, a fim de proporcionar a criação de vínculo e exercer o papel educativo. Os enfermeiros e os enfermeiros obstetras estão habilitados para atender ao pré-natal, aos partos normais sem distócia e ao puerpério em hospitais, centros de parto normal, unidades de saúde ou em domicílio. Caso haja alguma intercorrência durante a gestação, os referidos profissionais devem encaminhar a gestante para o médico continuar a assistência. Solicitação de exames complementares, a realização de testes rápidos e a prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública (como o pré-natal) e em rotina aprovada pela instituição de saúde. Classificação de risco gestacional Características individuais e às condições sociodemográficas desfavoráveis: • Idade menor do que 15 e maior do que 35 anos; • Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse; • Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez, principalmente em se tratando de adolescente; Ministério da Saúde | Secretaria de Atenção à Saúde | Departamento de Atenção Básica • Situação conjugal insegura; • Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo regular); • Condições ambientais desfavoráveis; • Altura menor do que 1,45m; • IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade. Fatores relacionados à história reprodutiva anterior: • Recém-nascido com restrição de crescimento, pré- termo ou malformado; • Macrossomia fetal; • Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas; • Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos; • Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos); • Cirurgia uterina anterior; • Três ou mais cesarianas. Fatores relacionados à gravidez atual: • Ganho ponderal inadequado; • Infecção urinária; • Anemia. Uma vez encaminhada para acompanhamento em um serviço de referência especializado em pré-natal de alto risco, é importante que a gestante não perca o vínculo com a sua equipe de atenção básica onde iniciou o seu acompanhamento de pré-natal. É importante também que a equipe seja informada a respeito da evolução da gravidez e dos tratamentos administrados à gestante Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabenfer Gabrielle D Ornelas de Sousa @gabenfer por meio da contrarreferência, assim como são importantes a busca ativa e o acompanhamento das gestantes em sua área de abrangência, por meio da visita domiciliar mensal do ACS. Escrita obstétrica G – nº de gestações P – nº de partos A – nº de abortos Idade gestacional Ultimo dia da DUM (primeiro dia da menstruação), e a quantidade de dias ate o dia da contagem, pega o resultado e divide por 7 para saber em semanas DPP (data provável do parto) Calcula-se a data provável do parto levando-se em consideração a duração média da gestação normal (280 dias ou 40 semanas, a partir da DUM) Regra de naegel Dia + 7 Mês - 3 Ano + 1 Referencia: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_pre_ natal_baixo_risco.pdf
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