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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS DE LARANJEIRAS DO SUL PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DIENE DE BARROS FERREIRA KARINA LEITE EDMILSON JOSE KLEINERT DISCIPLINA DE TÓPICOS ESPECIAIS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS I LARANJEIRAS DO SUL – PARANÁ – BRASIL 2019 DIENE DE BARROS FERREIRA KARINA LEITE EDMILSON JOSE KLEINERT RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA DETERMINAÇÃO DE UMIDADE E CINZAS Relatório de aula prática realizada na Universidade Federal da Fronteira Sul, campus de Laranjeiras do Sul, como parte das exigências para obtenção de nota na disciplina de Tópicos especiais em ciência e tecnologia de alimentos I no Mestrado de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Professorara: Vânia Zanella Pinto LARANJEIRAS DO SUL – PARANÁ – BRASIL 2019 EXPERIMENTO EM LABORATÓRIO: DETERMINAÇÃO DE UMIDADE E CINZAS INTRODUÇÃO A determinação de umidade é uma das medidas mais importantes e utilizadas na análise de alimentos, está relacionada com a estabilidade, qualidade e composição. Sendo capaz de afetar a estocagem, as embalagem e o processamento dos alimentos. Na estocagem uma alta umidade pode deteriorar mais rapidamente o alimento, por exemplo um grão com umidade é propicio para o crescimento de fungos, acarretando o desenvolver de toxinas como a aflatoxina. A deterioração pode também ocorrer em embalagens se os alimentos apresentarem umidade excessiva. Já no processamento a umidade interfere na qualidade de um produto final, por exemplo, a umidade do trigo interfere na fabricação de pão e outros produtos de padaria (CECCHI, 2003). A água pode estar presente nos limentos de três formas diferentes: Água livre, está presente nos espaços intergranulares e entre os poros do material, somente a água livre é efetivamente medida em métodos para determinação de umidade. A Água absorvida, está presente na superfície de macromoléculas como amido, pectina, celulose e proteínas por forças de Van der Waals e pontes de hidrogênio. A Água ligada, está quimicamente ligada com outras substâncias e não é eliminada na maioria dos métodos de determinação de umidade (CECCHI, 2003). A determinação da umidade dos alimentos, de acordo com o Instituto Adolfo Lutz (2008) é através da secagem em estufa um método prático, muito fácil de implantar e que necessita de pouca experiência do analista, além de requerer equipamentos e materiais de baixo custo. Por outro lado, existem muitas variáveis que afetam o alcance de bons resultados utilizando essa metodologia, como: a umidade relativa externa à estufa, o material que compõe o recipiente de secagem (cápsula), podem existir locais no interior da estufa com grandes diferenças de temperatura, a temperatura utilizada (105ºC) favorece a ocorrência de reações químicas entre os componentes da amostra e na referida temperatura, outros compostos voláteis (além da água) também são evaporados, interferindo na obtenção do resultado correto (BOLZAN, 2013). A cinza de um alimentos é o resíduo inorgânico que permanece após a queima da matéria orgânica, que será toda transformada em CO2, H2O e NO2. A cinza é constituída principalmente em grande quantidade de Potássio, Sódio, Cálcio e Magnésio, sendo em pequenas quantidade de alumínio, ferro, cobre, manganês e zinco. Sendo que as cinzas não apresentam a mesma composição que a matéria mineral presente originalmente no alimento, pois pode haver perdas por volatilização. A determinação de cinzas pode ser utilizada para identificar a autenticidade de um alimento, natureza e distribuição de constituintes minerais de vegetais e ainda como parâmetro útil para avaliar o valor nutricional de muitos alimentos (CECCHI, 2003). Com isso, o objetivo desta aula prática foi determinar a umidade e cinzas de diferentes tipos de amostras, para que além de aprender os procedimentos da análise, também possa verificar a qualidade das diferentes amostras. MATERIAL E MÉTODOS As amostras utilizadas foram, farinha de trigo, feijão, milho, soja e biscoito, fornecidas pelo laboratório de análise de alimentos da Universidade Federal da Fronteira Sul – Campus Laranjeiras do Sul. Já previamente preparadas, fragmentadas por trituração, homogeneizadas e armazenadas a frio em sacos de plásticos, com identificação Inicialmente os cadinhos foram aquecidos na estuda e posteriormente colocados na dessecadora para esfriar até temperatura ambiente. Foi anotado o peso dos cadinhos de cerâmica e capsulas de alumínio. Em seguida pesou- se as amostras em triplicata, para a determinação de cinzas e para a determinação da porcentagem de humidade, cada amostra foi pesada aproximadamente entre 2g à 3g. As cinzas foram determinas na amostra após completa carbonização por incineração na mufla a 550-570°C até incineração total. Retirados da mufla acondicionados no dessecador, após alcançarem temperatura ambiente, fez-se a pesagem cadinho mais amostra, os valores obtidos foram anotados e então realizados os cálculos de porcentagem de cinzas, obtidas pela Equação 1: Cinzas % = peso das cinas peso da amostra × 100 (1) Para a determinação de matéria seca e humidade os cadinhos foram colocados em estufa à temperatura de 105 °C por 12 horas. Depois de arrefecidas à temperatura ambiente em dessecador, foram submetidas a nova pesagem até peso constante. A porcentagem de humidade foi obtida pela Equação 2 e a porcentagem de matéria pela Equação 3: Umidade% = (capsula+amostra)−(Capsula +amostra seca ) Massa amostra humida × 100 (2) 𝑀𝑎𝑡é𝑟𝑖𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎 % = (𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑎+𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜 )−( 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑐𝑎𝑑𝑖𝑛ℎ𝑜) 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑎𝑚𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎 ℎ𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎 × 100 (3) RESULTADOS E DISCUSSÃO É possível observar que como as amostras são variadas a uma grande variação nos teores de umidades e cinzas entre eles, não podendo relacionar entre as amostras, também é possível verificar alguns coeficientes de variação elevados, mostrando que houve algum problema na execução da análise. UMIDADE SD %CV CINZAS SD %CV Farinha de trigo 9,2356 0,0634 0,686914 0,4331 0,1031 23,81526 Feijão 11,0486 0,2676 2,422399 3,9182 0,1986 5,068988 Milho 11,1079 0,0489 0,440628 1,0299 0,2738 26,58848 soja 7,7286 0,1435 1,857389 5,1480 0,1091 2,119234 Biscoito 6,3510 0,1343 2,114741 3,0471 0,0335 1,100497 Tabela com os valores de umidade e teor de cinzas em % onde Sd= desvio padrão e %CV = coeficiente de variância. É possível observar na tala que a Farinha de trigo tem o menor teor de cinzas dentre as amostras analisadas, possivelmente pelo fato de a regulamentação definir que farinhas do tipo 1 devem apresentar teor de cinzas abaixo de 0,8% em base seca (MAPA,2005). Outro ponto a se verificar é o teor de cinzas para farinha e para milho terem tido coeficiente de variância elevado, podendo alguma das suas replicatas estarem contaminadas, ou mesmo por seus valores serem os menores ter uma maior propensão a erros devido a metodologia utilizada e devendo talvez realizar uma metodologia mais sensível para essas duas amostras. Para a análise de umidade todos os valores de coeficiente de variância foram pequenos, mostrando que a metodologia é adequada para essa análise. REFERÊNCIAS BOLZAN, R. C. Bromatologia. Universidade Federal de Santa Maria. Frederico Westphalen – Rio Grande do Sul. Rede e-Tec Brasil. 81 p. 2013. CECCHI, H.M. Fundamentos teóricos e práticos em análise de alimentos. Campinas: 2ª Ed. Da Unicamp, 2003. INSTITUTO ADOLFO LUTZ, Métodos físico-químicos para análise de alimentos, 5° ed. São Paulo, Institut o Adolfo Lutz, 2008 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. INSTRUÇÃO NORMATIVA 8/2005: REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADEE QUALIDADE DA FARINHA DE TRIGO. Brasilia: MinistÉrio da Agricultura, PecuÁria e Abastecimento, 2005. Disponível em: <http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=vi sualizarAtoPortalMapa&chave=803790937>. Acesso em: 28 de Março de 2019.
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