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PATOLOGIA BENIGNA DO CORPO DO ÚTERO LEIOMIOMAS SAÚDE DA MULHER CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO • Tumor benigno, formado por fibras musculares lisas • Podem ser classificados de acordo com a sua localização no útero o Corporais ▪ Subserosos ▪ Intramurais ▪ Submucosos o Cervicais o Mioma parido ▪ Situação mais rara, na qual há o desprendimento de um mioma submucoso pediculado, que se exterioriza pelo colo do útero • Também, em sua classificação, os miomas podem ser subdivididos em tipos o Tipo 0: lesões submucosas pediculadas, totalmente intracavitárias o Tipo 1: lesões submucosas com componente intramural, com menos de 50% de penetração no miométrio o Tipo 2: lesões submucosas, com componente intramural, com mais de 50% de penetração miométrio o Tipo 3: lesões totalmente intramurais, mas atingem o endométrio o Tipo 4: lesões intramurais, completamente envoltas pelo miométrio o Tipo 5: miomas subserosos que têm mais de 50% de componente intramural o Tipo 6: menos de 50% de componente intramural o Tipo 7: miomas subserosos pediculados • Ainda, os miomas podem sofrer degenerações o Hialina o Gordurosa o Hemorrágica o Cística o Necrobiose asséptica e calcificação • Volume o Pequeno, médio e grande • Útero o Cervicais, ístmicos, corpóreos • Camada uterina o Submucosos, intramurais e subserosos EPIDEMIOLOGIA • Maior incidência entre 35 e 50 anos • Regressão dos miomas após a menopausa • Maior risco em negras • Maior incidência em nulíparas (sem filhos) • Maioria das portadoras é assintomática • Maior incidência em portadores de síndromes hiperestrogênicas o Por isso, o uso de anticoncepcional combinado reduz o risco da evolução do mioma ETIOPATOGENIA E FISIOPATOLOGIA • Mutações somáticas no miométrio levam à perda de controle do crescimento celular • Nódulos em um mesmo útero, têm origem monoclonal independente e comportamento biológico distinto • São tumores hormônio dependentes, nos quais o estradiol e progesterona promovem seu crescimento durante a menacme (período entre a primeira e última menstruação da mulher) • Há uma maior expressão de receptores de estradiol e progesterona no tecido tumoral • Estradiol → estimula a produção de componentes da matriz extracelular o Estradiol (17beta-hidroxidesidrogenase) • Progesterona → aumenta a atividade mitótica e inibe a apoptose o Diminui os receptores estrogênicos e ativa a 17 beta • GH • Alguns fatores de crescimento são expressos de forma aumentada no leiomioma o EGF → fator de crescimento epidermoide o VEGF → fator de crescimento endotelial epidermoide QUADRO CLÍNICO • Aprox. metade das pacientes são assintomáticas • Quando sintomáticos o Sangramento uterino anormal o Dismenorreia secundária o Sintomas compressivos, gerados pelo aumento do útero o Dor pélvica acíclica o Dispareunia o Sintomas urinários o Sintomas gastrointestinais o Infertilidade o Abortamento • Miomas submucoso o Responsáveis por quadro de sangramento uterino anormal → metrorragia • Miomas subserosos o A maioria não gera sintomas o Quando volumosos, podem cursas com dor pélvica e sintomas de compressão extrínseca ▪ Lombossacralgia ▪ Aumento da freq.. urinária ▪ Nocturia ▪ Retenção ou incontinência urinaria • Miomas intramurais o Pode cursar com aumento da intensidade e/ou duração do fluxo menstrual DIAGNÓSTICO • Exame físico o A palpação de tumor no hipogástrio, bocelado, de consistência fibroelástica e com alguma mobilidade laterolateral pode ser observada mediante massas volumosas ULTRASSONOGRAFIA • Transvaginal ou transabdominal, são os exames de imagem mais utilizados no estudo dos miomas • Tratamento clinico ou mesmo para indicação e programação de tratamento cirúrgico definitivo, com histeroscopia • O USG endovaginal tem melhor acurácia para os miomas intramurais e submucosos • Miomas subserosos → melhor observados com associação de via transabdominal HISTEROSCOPIA • Introdução de uma ótica fina pelo canal cervical, para avaliação da cavidade uterina → visão direta dos miomas submucosos • Miomas submucosos o G0: totalmente intracavitário o G1: maior ou igual a 50% intracavitário o G2: <50% intracavitário o Correspondem aos tipos 0, 1 e 2 da FIGO • Excelente avaliação endocavitária e dos nódulos submucosos, porem não permite a avaliação completa do eventual componente intramural e da distância entre o nódulo e a serosa (manto miometrial externo) RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA • Em 60% dos casos, os miomas possuem extensa hialinização, apresentando-se com baixo sinal em T2 e intensidade de sinal semelhante ou mais baixa que o miométrio nas sequências LAPAROSCOPIA • Intervenção cirúrgica minimamente invasiva, muito utilizada em cirurgias ginecológicas e urológicas • Na extremidade que é introduzida no corpo, uma minicâmera que transmite imagens em alta resolução para monitores de vídeo e que podem ser gravadas para estudos posteriores (videolaparoscopia) TRATAMENTO TRATAMENTO CLÍNICO • Indicado para controle do sangramento e da dor pélvica, como tto. Inicial ou mesmo a longo prazo • Tratamento medicamentoso o Não hormonal → anti-inflamatórios não hormonais (AINHs), que auxiliam no controle do sangramento menstrual; antifibrinolíticos, inibindo a fibrinólise na superfície endometrial o Hormonais → anticoncepcionais combinados e os progestagênios isolados ▪ Análogos do GnRH, levam À redução dos esteroides sexuais circulantes e podem causar amenorreia e reduzir temporariamente o volume dos nódulos e do útero em até 50%. TRATAMENTO CIRÚRGICO • Divido em conservador ou definitivo • Miomectomia – conservador • Histerectomia – definitivo HISTERECTOMIA • Costuma ser acompanhado da remoção das tubas • Nas cirurgias abertas, a histerectomia subtotal → menor tempo cirúrgico, menos sangramento intra- operatório, menor incidência de febre no pós- operatório e alta precoce. Contudo, há uma dificuldade técnica para a retirada do colo • A histerectomia pode ser realizada por via vaginal ou abdominal, por técnica laparotômica, laparoscópica, lapararoscopica robótico-assitida ou com associação de vias e técnicas MIOMECTOMIA • Exérese cirúrgica dos miomas com manutenção do útero, preservando a função menstrual e possibilitando =, muitas vezes, uma gravidez futura • Miomectomia histeroscópica → tto. Para o leiomioma submucoso • Miomectomia vaginal → reservada para a exérese de leiomioma parido, pela torção do seu pedículo, assim como a retirada de nódulos cervicais intravaginais • Laparotomia e laparoscopia → vias de acesso para o tto. dos miomas subseroras e/ou intramurais • Embolização das artérias uterinas • Técnica radiointervencionista endovascular • Oclusão da irrigação sanguínea para os miomas, por meio da injeção de micropartículas, que tem como objetivo a obstrução do fluxo sanguíneo arterial no leito tumoral, levando à necrose e redução volumétrica dos tumores EMBOLIZAÇÃO DAS ARTÉRIAS UTERINAS patologia benigna do corpo do útero leiomiomas Saúde da mulher Conceito e classificação Epidemiologia Etiopatogenia e fisiopatologia Quadro clínico Diagnóstico Ultrassonografia Histeroscopia Ressonância nuclear magnética Laparoscopia Tratamento Tratamento clínico Tratamento cirúrgico Histerectomia Miomectomia Embolização das artérias uterinas
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