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Samantha Lopes – OMF II Motilidade Cavidade Oral: • Dentição → processamento do alimento. • A mastigação é fundamental para a absorção e digestão do alimento, por meio da degradação em moléculas menores. • Reflexo da mastigação → a presença do bolo alimentar na cavidade oral causa a inibição reflexiva dos músculos da mastigação (a mandíbula abaixa). Há um reflexo de estriamento muscular, levando a contração (a mandíbula levanta). Esse reflexo auxilia o processo de mastigação. • A mastigação aumenta a superfície de contato, aumenta a eficiência enzimática, melhora a digestão e a absorção de fibras. Além disso, o bolo alimentar é deslocado com maior facilidade. Deglutição: • Processo relativamente rápido. • A faríngea tem dupla função: respiratória e deglutição. • Necessita de um controle para que o bolo alimentar não entre na traqueia. • Estágio voluntário: ✓ O alimento triturado é comprimido e empurrado. ✓ A deglutição torna-se automática, mas possui um comando para que aconteça de forma específica. • Estágio faríngeo: ✓ O contato do bolo alimentar irá estimular as áreas receptoras epiteliais de deglutição, sendo percebido mecanicamente. ✓ O tronco encefálico recebe estímulo dessas áreas e realiza contrações musculares faríngeas automáticas. ✓ A região do palato mole se movimenta e evita o refluxo. ✓ As cordas vocais, quando lesadas, podem causar danos a deglutição. ✓ Há o relaxamento do esfíncter esofágico para a passagem do bolo alimentar. Após a passagem do alimento, ele se fecha e evita a entrada de ar no esôfago. • Estágio Esofágico: ✓ Estrutura condutora do bolo alimentar até o estômago. ✓ Peristalses esofágicas → inicia-se na faringe e segue no esôfago por meio de uma onda complementar para que o bolo alimentar possa chegar ao estômago. ✓ Com a chegada do bolo alimentar, antes de ser processado, o estômago e o duodeno relaxam, pois o processo de contração é lento. ✓ Esse relaxamento receptivo ocorre no esfíncter esofágico inferior. ✓ Após a passagem, o esfíncter naturalmente se fecha para evitar refluxo, pois o estômago é altamente ácido. ✓ Acalasia → peristaltismo esofágico (esfíncter) é defeituoso, ou seja, não se relaxa completamente. O esfíncter se mantém contraído, dificultando a entrada do bolo alimentar. Dinâmica motora: • Estômago: ✓ Responsável pelo armazenamento. ✓ Movimentos de mistura com secreções gástricas. Essa movimentação aumenta o contato entre o alimento e o quimo. ✓ Além disso, o estômago transfere o quimo para o intestino delgado. ✓ O estômago pode se distender de 1,5L até 4,5L de capacidade. ✓ Reflexo vagovagal: mensagem de distensão para comportar mais alimento (redução do tônus muscular estomacal → deixa o corpo mais receptivo ao alimento). ✓ Contrações de mistura e de propulsão → glândulas gástricas (que libera secreções) e ondas peristálticas de mistura que com os anéis constritivos empurram o quimo para o piloro, havendo uma retropropulsão, auxiliando na mistura. ✓ O esvaziamento do estômago ocorre por meio Piloro (esfíncter pilórico) → abertura diminuta permite a passagem de água e pequenas quantidades de quimo. Essa ação permite que ocorra o Samantha Lopes – OMF II “body packing”, comum no tráfico, pois consiste na ingestão de drogas que irão ser regurgitados para fora do corpo com o vômito. É um processo perigoso, pois quando absorvidos e presentes na corrente sanguínea, podem ser letais. ✓ Esse esvaziamento possui fatores excitatórios e inibitórios. Os excitatórios ocorrem com um alto volume alimentar e secreção de gastrina, estimulando a secreção e o esvaziamento gástrico. Já, os inibitórios, como os duodenais, ocorrem com um aumento da acidez no quimo, presente em alimentos que causam distensão ou irritação da mucosa duodenal. Além disso, uma quantidade exacerbada de lipídios tende a liberar o CCK, o qual bloqueia a gastrina e, consequentemente, a motilidade estomacal. Além disso, há a liberação de outros hormônios, como o secretina e o do peptídeo inibidor gástrico. • Intestino delgado: ✓ Contrações de mistura ou de segmentação → o quimo distende a parede intestinal. ✓ Consumo acidental de produtos de limpeza ou fármacos que rapidamente se difundem na corrente sanguínea, a motilidade é parada rapidamente com o uso de bloqueadores de acetilcolina que ativam a via parassimpática. ✓ Ondas peristálticas → realizam contrações que movimentam o alimento através do trato. ✓ Reflexo gastroentérico → distensão estomacal reflete sob o intestino delgado, esse reflexo adianta o processo digestivo. ✓ As contrações propulsivas visam conduzir e espalhar o quimo pelo trato. ✓ Intensificadores das contrações propulsivas: CCK, gastrina, insulina e serotonina. ✓ Inibidores das contrações propulsivas: secretina e glucagon. ✓ A irritação da mucosa aumenta as ondas de contração para aumentar a movimentação do alimento, causando a diarreia. ✓ Válvula ileocecal: evitar refluxo do cólon para o íleo. ✓ O apêndice é funcional, mas não possui posição e construção histológica favorável, facilitando processos inflamatórios. ✓ Apendicite: inflamação “cecal” inibe o íleo. O esfíncter sofre espasmos e inibe o esvaziamento ileal. • Intestino Grosso: ✓ No cólon há uma absorção intensa de água e eletrólitos, além de ser responsável pela formação e pelo armazenamento de fezes. ✓ No cólon há movimentos de mistura (haustrações), revirando o quimo e as fezes para aumentar a eficiência da absorção. ✓ Além disso, no cólon há movimentos propulsivos (de massa). ✓ O processo da defecação, na região retal, está quase sempre vazio, com o esfíncter fraco, pois não há uma constância de fezes. Além disso, a angulação oferece resistência à defecação. O movimento de massa chega à região retal, a qual sofre estímulos para realizar a defecação. ✓ O esfíncter anal interno possui controle involuntário, naturalmente relaxa para que possa ocorrer a passagem das fezes. ✓ O esfíncter anal externo possui controle voluntário. ✓ Reflexo de defecação: Com a aproximação da peristalse ao ânus, o plexo mioentérico inibe a musculatura e o esfíncter anal interno relaxa. ✓ O reflexo é parassimpático, intensificando a peristalse e o reflexo de defecação, além de uma inspiração mais profunda, o fechamento da glote e uma leve contração abdominal. Cirurgia Bariátrica: • Gastroplastia: ✓ Restritivo: menos alimento, saciedade precoce → redução de peso com o passar do tempo. ✓ Diabsortivos: diminui a absorção no intestino delgado e reduz o tempo de trânsito, ou seja, o alimento passa menos tempo no intestino. ✓ Técnicas mistas: restritiva via desvio intestinal e diabsortiva. Samantha Lopes – OMF II • Banda bariátrica ajustável: ✓ Restritiva → absorção não é alterada. ✓ É menos comum. ✓ O anel restringe a quantidade de alimento que o paciente ingere. ✓ É utilizado um anel de silicone compressivo, o qual pode ser prejudicial ao paciente. ✓ O estômago pode se dilatar e o paciente pode voltar a engordar novamente. ✓ Não há alteração hormonal intensa. • Gastrectomia Vertical: ✓ Restritivo e metabólico. ✓ Alteração estomacal, parte é removido. ✓ O estômago passa a ser uma estrutura tubular. ✓ Diminui a absorção de alimentos no estômago. ✓ Menos elementos são liberados, como lipídios. ✓ Diminui a quantidade de hormônios que são liberados.• Duodenal Switch: ✓ Gastrectomia Vertical + Desvio Intestinal. ✓ Remoção de cerca de 60% do estômago. ✓ O processo de absorção será diminuído, além da quantidade alimentar ser restrita. ✓ A absorção de alguns alimentos será diminuída pelo fato de encontrar glândulas na fase final. ✓ Grande perda de peso. ✓ Restringe a absorção de nutrientes importantes → déficit nutricional em alimentação desregrada. • Bypass gástrico: ✓ Há o grampeamento estomacal → diminui ingesta. ✓ Há um desvio para conectar o jejuno ao estômago, pois o jejuno libera substâncias importantes que facilitam a absorção. ✓ Há outra parte do estômago que não foi grampeada continua conectada ao duodeno para liberarem substâncias para absorção de nutrientes importantes. ✓ Todas as secreções entram em contato com o quimo. ✓ Melhor padrão de absorção, em relação as outras técnicas. • Síndrome de Intestino Curto: ✓ Diminuição da capacidade absortiva por ressecção (corte), o jejuno fica reduzido. ✓ Pode ter diarreia por desidratação, deficiência nutricional por não conseguir absorver os alimentos direitos. ✓ Aos poucos o íleo passa a realizar as funções do jejuno, desenvolvendo vilosidades, com o auxílio da microbiota → diminui a absorção de vitaminas e lipídios (uso de complexo vitamínico por toda a vida). • Síndrome dumping: ✓ Esvaziamento gástrico rápido e exposição súbita do intestino delgado aos nutrientes (carboidratos e lipídios). ✓ Liberação de bradicinina, serotonina e enteroglucagon. ✓ O paciente pode ter cefaleia, taquicardia, sudorese, náuseas, fraqueza, diarreia, vasomotores e gastrointestinais, dentre outros.
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