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DIGESTÃO DOS NUTRIENTES 2

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TÂMARA MELO - MEDICINA 
 
Os macronutrientes são divididos em carboidratos proteínas e nos lipídios. 
 
As proteínas são estruturas moleculares formadas por aminoácidos. Dessa forma, podemos dividir os 
aminoácidos em ácidos, básicos e neutros. Além disso, De uma maneira geral costumamos classificar os 
Aminoácidos em essenciais e não essenciais. 
 Os essenciais são aqueles encontrados na dieta, os quais não podemos sintetizar nem re-sintetizar 
no nosso corpo e por isso precisam ser ingeridos. 
 Os não essenciais são aqueles que o nosso corpo é capaz de produzir. 
Ainda não se conhece enzimas capazes de iniciar a digestão de proteínas na boca. sendo assim, as 
literaturas concordam que a digestão desses nutrientes se iniciam na fase gástrica – estômago. 
 O próprio AC.GÁSTRICO, só por ser ácido, é capaz de fazer uma quebra na estrutura da proteína, 
a transformando em um peptídeo longo. 
 No estômago também temos a PEPSINA produzida pelas células principais na forma de pró-enzima 
chamada de pepsinogênio que, pela ação do ácido, se ativa. 
o A pepsina não é capaz de fazer uma grande digestão no estômago em razão de possuir 
fatores limitadores, sendo alguns deles: 
▪ Só é capaz de agir em aminoácidos neutros, tendo predileção pelos de cadeia alifática 
ou aromática, que são aminoácidos que não estão em grandes quantidades em certas 
proteínas. 
▪ A pepsina é uma endopeptidase, ou seja, ela só quebrará ligações internas, não sendo 
capaz de quebrar ligações terminais, o que torna muito difícil a liberação de 
aminoácidos nesse local. Sendo assim, o que serão de fato liberados, são os 
peptídeos. 
Obs: Alguns autores consideram a pepsina dispensável para a vida humana. Primeiro pelo fato dela não 
conseguir fazer a liberação de aminoácidos e segundo pela existência de outras enzimas que possuem a 
mesma função de quebra de ligações internas entre aminoácidos neutros. 
 Contudo, os peptídeos por ela liberados quando chegam ao duodeno são responsáveis por sinalizar 
a liberação de CCK (que por sua vez estimula a secreção pancreática e biliar) conferindo importância 
a digestão feita por essa enzima. 
 
Quando o conteúdo do estômago passar para o duodeno duas substâncias serão liberadas por ele. 
TÂMARA MELO - MEDICINA 
 
 A primeira é a SECRETINA liberada pelas células S, pela presença do ácido, e que estimula a 
secreção de bicarbonato pelo pâncreas para a neutralização do quimo. 
 Além disso, Quando os peptídeos e os ac.graxos chegarem eles irão estimular as células I para que 
produzam CCK que, através da circulação sanguínea, estimularão o pâncreas a produzir bicarbonato 
e as enzimas pancreáticas. 
Como já tínhamos falado as proteases são produzidas na forma de pró-enzima inativa, isso ocorre para que 
elas não acabem destruindo as própria células que compõem o orgão. Sendo elas: 
 Pró enzimas produzidas pelas células acinares e que constituem o suco pancreático: tripsinogênio, 
quimiotripsinogênio, pró-elastase, pró-carboxipeptidadeA e pró-caroxipeptidase B. 
 Enterocinase: Ao chegarem no duodeno, na borda em escova dos enterócitos, existe uma enzima 
chamada de ENTEROCINASE, ela vai ser responsável por converter o tripsinogênio em tripsina. uma 
vez que esse tripsinogênio é ativado ele vai ativar outros pepsinogênios e outras enzimas 
o Então para que tudo funcione, quem tem que se manter inativado, até o momento da digestão, 
é o pepsinogênio, pois é ele que vai ativar todas as outras enzimas. E é por isso também que 
no suco pancreático nós temos inibidores de tripsina. 
O número de enzimas é grande quando comparado a digestão de carboidratos e de lipídios, em razão de 
termos cerca de 20 aminoácidos diferentes o que naturalmente demanda a ação de mais compostos 
enzimáticos. 
 
Assim, a tripsina, quimotripsina e as elastases são endopeptidases - só quebram ligações internas nos seus 
respectivos aminoácidos. Enquanto que, as carboxipeptidases são exópeptidases, quebrando ligações 
terminais. Portanto, os peptídeos provenientes do quimo primeiramente vão sofrer a ação das 
endopeptidases, para depois, sofrer ação das exopeptidases. 
 
A tripsina quebra ligações entre aminoácidos básicos enquanto que a quimiotripsina e a elastase quebram 
ligações entre aminoácidos neutros, essas duas enzimas possuem a mesma função da pepsina. Contudo, 
se atente que tanto a tripsina, quanto a quimiotripsina, quanto a elastase são endopeptidases não nos dando 
aminoácidos livres. 
 Para isso, as carboxipeptidases A e B vão quebrar ligações terminais de aminoácidos neutros e 
básicos, respectivamente. 
No suco pancreático não temos enzimas que quebram ligações de aminoácidos ácidos então por isso ainda 
teremos peptídeos pequenos. A digestão deles vai ocorrer na borda em escova. 
TÂMARA MELO - MEDICINA 
 
 Na borda em escova teremos uma série de peptidases 
responsáveis pela quebra desses aminoácidos como a amino-
oligopeptidases, aminopeptidases, dipeptil-peptidases. AINDA 
ASSIM, alguns aminoácidos são resistentes a digestão dessas 
enzimas, principalmente se tiverem prolina ou glicina em sua 
composição. 
 Nesse caso nós teremos um transportador de peptídeos 
que colocarão di e tri-peptídeos para dentro do enterócito, onde 
sua digestão será finalizada pela ação de peptidases 
citoplasmáticas (as prolidases, dipeptidases e tripeptidases). 
 O nosso corpo inclusive tem predileção por esses di e tripeptídeos quando comparados com 
aminoácidos livres. Isso ocorre por vários motivos: 
 Para se absorver o aminoácido livre eu vou precisar de um transportador para cada diferente 
aminoácido o que é inviável já que nosso corpo possui transportadores pouco específicos e com 
afinidade maior por alguns. Além disso, o gasto enérgico para transportar cada um seria muito 
grande. Além disso, se houver um problema com determinado transportador você garante a absorção 
desse aminoácido na forma de di ou tri-peptídeo. 
 
Temos transportadores capazes de colocar o aa para dentro da célula absortiva, depende unicamente do 
gradiente de concentração desse nutriente para que haja sua absorção e temos transportadores ativos 
secundários que utilizam o gradiente do sódio para colocar os aa para dentro da célula absortivas. 
Um transportador que é específico e importante de se saber é o transportador pepT1 que transporta o di ou 
tri-peptídeo, esse transporte é acoplado a prótons de H+. 
 Como isso ocorre? Na membrana basolateral a bomba de sódio e potássio coloca sódio para fora da 
célula que por sua vez entra pelo transportador NHE situado na membrana apical através de um 
transporte ativo secundário que também coloca o H+ para fora da célula. O H+ então será recolocado 
para dentro da célula pelo cotransporte de peptídeos realizado pelo transportador pepT1. 
 Alguns medicamentos podem usar o pepT1 para serem absorvidos juntamente com esses peptídeos, 
por isso eles levam o nome de peptídeomimeticam, pois simulam peptídeos. 
As enzimas são encontradas em maior número no duodeno e jejuno proximal sendo a absorção finalizada 
até o jejuno distal. Lembre-se que, temos um limite de absorção por dieta, apesar de muitas vezes 
garantirmos muitas vezes a digestão.

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