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TREINAMENTO-DESPORTIVO-APLICADO-AOS-ESPORTES-COLETIVOS

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1 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 CONCEITOS ............................................................................................... 5 
3 EFEITOS FISIOLÓGICOS DO TREINAMENTO FÍSICO ............................ 7 
3.1 Fisiologia da contração muscular ......................................................... 7 
3.2 Janela de adaptação neural ................................................................. 9 
3.3 Adaptações fisiológicas ........................................................................ 9 
3.4 Adaptações Cardiorrespiratórias ........................................................ 10 
3.5 Adaptações Músculo-ósseo-articulares .............................................. 11 
3.6 Alterações no sistema anaeróbio ....................................................... 11 
3.7 Intensidade dos exercícios ................................................................. 11 
4 RESPOSTA NEUROADAPTATIVAS AO EXERCÍCIO ............................. 12 
5 FIBRAS MUSCULARES ........................................................................... 13 
5.1 Fibra Tipo I ......................................................................................... 14 
5.2 Fibra Muscular do Tipo II .................................................................... 14 
5.3 Diferenças entre as fibras do tipo I e tipo II ........................................ 15 
6 ATIVIDADE FÍSICA X EXERCÍCIO FÍSICO .............................................. 15 
7 PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENRO DESPORTIVO ............................. 16 
7.1 Ciclos da periodização ....................................................................... 17 
7.2 Tipos de periodização nos treinos ...................................................... 19 
8 TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA ......................................................... 20 
8.1 Benefícios do treinamento muscular .................................................. 21 
9 TREINAMENTO APLICADO AOS ESPORTES COLETIVOS .................. 22 
9.1 Benefícios dos Esportes Coletivos ..................................................... 24 
9.2 Principais esportes coletivos .............................................................. 24 
 
3 
 
 
 
 
10 TREINAMENTO FÍSICO PARA GRUPOS ESPECIAIS ......................... 27 
11 LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS .................................................. 29 
11.1 Lesões mais comuns ...................................................................... 30 
11.2 Principais causas de lesões provocadas por treinamento .............. 31 
11.3 Orientação de primeiros socorros ................................................... 31 
11.4 Imobilização .................................................................................... 32 
11.5 Tratamento das lesões musculoesqueléticas .................................. 32 
11.6 Reabilitação .................................................................................... 33 
12 CONCLUSÃO ........................................................................................ 33 
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 34 
14 BIBLIOGRAFIAS SUGERIDAS ............................................................. 39 
 
 
 
4 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão 
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
2 CONCEITOS 
 
Fonte: atlasdocorpohumano.com 
Força muscular: Segundo KENNEY, et al (2013), citado por JUNIOR (2018), 
força muscular é a capacidade que o indivíduo tem de poder levantar ou suportar em 
algum movimento ou exercício, realizando uma contração dos músculos que estão 
sendo utilizados. “[…] a capacidade (ou força) é definida como o peso máximo que o 
indivíduo pode levantar de uma só vez. Isso é conhecido como 1 repetição máxima, 
ou 1 RM.” 
Alongamento: É um exercício natural destinado a relaxar os músculos antes e 
depois de uma atividade física mais intensa. De fácil execução e não competitivo, ele 
dá maior elasticidade aos músculos, tornando os movimentos mais fáceis e soltos. 
Flexibilidade: Os pesquisadores FOSS e KETEYIAN (2000), citam que a 
flexibilidade é dividida em dois tipos, flexibilidade estática e dinâmica, a estática é a 
amplitude do movimento ao redor de uma articulação e pode ser medida com um 
instrumento denominado flexímetro. A dinâmica define-se como a oposição ou a 
resistência de uma articulação ao movimento, são forças que se opõem ao movimento 
por meio de qualquer amplitude, e não apenas a amplitude em si. Porém BARBANTI 
(2003), defende a ideia que a flexibilidade é a capacidade de realizar movimentos em 
certas articulações com amplitude de movimento adequada. 
 
6 
 
 
 
 
Ciclo alongamento e encurtamento (CEA): Os músculos do nosso organismo 
são formados por fibras musculares, com tendões nas extremidades. Os treinamentos 
provocam uma intensa contração no músculo, ou seja, primeiro há um alongamento e 
em seguida um encurtamento. 
Exercícios de alongamento comumente são realizados com o objetivo de 
melhorar ou manter a flexibilidade e amplitude articular, assim como diminuir 
os riscos de lesões e possivelmente melhorar o desempenho atlético 
(ABDLAH, 2010, apud JUNIOR, 2018). 
Resistência a fadiga: Resistência a fadiga é a capacidade de um material 
suportar a estes carregamentos cíclicos com um mínimo de redução na resistência 
nominal por um maior número de ciclos. 
Resistência muscular: É a capacidade de um músculo ou grupo de músculos 
para exercer repetidamente a força contra a resistência. 
Potência aeróbia: De acordo com FRANCHINI (2002) A potência anaeróbia 
pode ser definida como o máximo de energia liberada por unidade de tempo. 
Potência anaeróbia: Anaeróbico é um adjetivo relacionado com a anaerobiose 
(a vida que se leva num âmbito que carece de oxigênio). Entende-se por exercício 
anaeróbico toda a atividade física de curta duração, mas de grande intensidade, 
durante a qual o metabolismo dos músculos não recorrer ao oxigênio na troca de 
energia. Com isto em mente, podemos indicar que a potência anaeróbica é 
o poder do ser humano em executar uma atividade. 
Potência muscular: Caracterizada como a taxa de realização de trabalho em 
determinado período, mais especificamente, o produto da força pela velocidade. 
Capacidade cardiorrespiratória: É definida como a capacidade de realizar 
exercício dinâmico de intensidade moderada a alta, com grande grupo muscular, por 
longos períodos. A realização de tal exercício depende do estado funcional dos 
sistemas respiratório, cardiovascular e músculo esquelético. 
Diabetes: De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o diabetes é 
uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar 
adequadamente a insulina que produz. 
Doença cardiovascular: É um termo genérico quedesigna todas as alterações 
patológicas que afetam o coração e/ou os vasos sanguíneos. No termo inclui-se a 
https://conceitos.com/alongamento/
https://conceito.de/troca
https://conceito.de/mente
https://conceito.de/poder
https://conceito.de/ser
 
7 
 
 
 
 
doença cardíaca coronária (doença que afeta os vasos sanguíneos que irrigam o 
coração), a hipertensão e a arteriosclerose. Um dos mais importantes fatores de risco 
de doença cardiovascular é a hipertensão (tensão arterial elevada). 
Capacidade de jogo: As ações técnicas e táticas, empregadas de maneira 
racional durante o jogo, de modo que venha a resolver as situações e os problemas 
existentes no jogo, que estão em mudança permanente. 
3 EFEITOS FISIOLÓGICOS DO TREINAMENTO FÍSICO 
 
Fonte: trabalhosparaescola.com.br 
3.1 Fisiologia da contração muscular 
Antes que ocorra o ato da contração muscular, um comando motor neural, 
vindo do encéfalo, viaja por axônios e motoneurônios, levando a informação nervosa 
do sistema motor para os músculos específicos (até a fibra muscular). (Este fato 
ocorre em qualquer músculo). No músculo temos as fibras musculares, onde estão 
presentes os sarcômeros (que são as menores unidades contráteis musculares), 
formados por actina e miosina. Encontramos também fibras e células musculares e 
dentro das fibras musculares as miofibrilas. 
 
8 
 
 
 
 
As miofibrilas compõe unidades contráteis do músculo, que são os sarcômeros. 
Quando o músculo alonga, o sarcômero se alonga, quando o músculo se contrai, o 
sarcômero se contrai. A fibra muscular é a responsável pelo ato motor, mas quem 
envia o comando é o sistema nervoso (SNC), através dos motoneurônios. 
A terminação nervosa libera acetilcolina que nada mais é que uma substância 
química, que transmite o ato do comando motor para a célula muscular, através de 
abertura de canais na fibra muscular, onde o sódio (também uma substância química) 
entra através de uma fenda na membrana, fazendo com que a polaridade da célula 
mude, produzindo assim a contração muscular. A informação transmitida pelo 
motoneurônios até a célula, é chamada de transmissão eletroquímica. Ou seja, haverá 
uma carga elétrica negativa dentro da célula (no neurônio em repouso) e do lado de 
fora positiva. 
Existem canais de abertura para o sódio que irá ingressar para dentro deste 
neurônio invertendo o valor intracelular e extracelular, gerando um impulso nervoso, 
(comando nervoso) que irá ser produzido e conduzido pelo axônio- neurônio até as 
extremidades do axônio neurônio, onde estão as fibras musculares. Esta é uma forma 
de transmissão do comando nervoso. 
Em resumo: Quando o neurônio motor está finalizado, com sua placa motora 
terminal, em contato com a fibra muscular, ele irá então transmitir esta informação 
nervosa para a fibra muscular através da liberação de acetilcolina, que abre os canais 
de cálcio pela parede da membrana da fibra muscular. Estes canais sendo abertos, 
ocorre o ingresso de sódio para o interior da fibra muscular e através do retículo 
sarcoplasmático, esta inversão da carga centrada do sódio, se perpetuará e se 
deslocará por toda fibra muscular. Ao se deslocar pela fibra muscular liberará Ca+, 
que será fundamental pelo mecanismo de contração muscular. 
Observação: A falta ou deficiência do organismo em produzir os elementos 
químicos (cálcio e sódio) podem levar a fadiga muscular. 
Importante ressaltar que, no músculo esquelético, a entrada de Ca2+ oriundo 
do meio extracelular parece não ser fundamental para a contração muscular, 
diferente do que ocorre no músculo cardíaco. (TIDBALL, 2005, apud LIMA, 
2017). 
 
9 
 
 
 
 
3.2 Janela de adaptação neural 
Na medula espinha, temos um ramo nervoso e deste ramo um axônio de 
neurônio motor (motoneurônio), que se ramifica em quatro partes que irão inervar ou 
levar comando motor para quatro fibras musculares. Quando temos quatro fibras 
sendo inervadas por um neurônio motor (por exemplo), temos o que chamamos de 
unidade motora. 
A partir destas informações podemos entender como funciona a janela de 
adaptação neural. Ou seja, uma vez o SNC aprende a recrutar cada vez mais 
unidades motoras em um determinado exercício, maior será o recrutamento de fibras 
musculares, levando assim ao aumento da força muscular. 
A janela de adaptação neural ocorre cerca de três a quatro meses de 
treinamento. Este tempo irá depender do organismo de cada indivíduo. O SNC 
durante o treinamento em iniciantes também irá ser treinado para recrutar cada vez 
mais fibras musculares, para ganho de força muscular, devido a sincronização dos 
treinos, lembrando que o volume muscular continua o mesmo. 
Quando esta janela se fechar, o indivíduo conseguirá obter hipertrofia muscular, 
pois a partir deste ponto o grupamento muscular terá força o suficiente para tal. 
3.3 Adaptações fisiológicas 
Segundo GUYTON e HALL (2008), mesmo com uma dieta rica em carboidratos 
e das grandes reservas de glicogênio muscular para o desempenho atlético máximo, 
não significa que apenas os carboidratos sejam utilizados pelo músculo para fins 
energéticos, significa apenas que os carboidratos são utilizados preferencialmente. 
O exercício físico é capaz de proporcionar efeitos positivos de modo agudo, 
ou seja, alterações durante ou em algumas horas após o esforço realizado. 
Dentre elas, destacam-se diminuição da frequência cardíaca de repouso, 
hipotensão arterial, diminuição da glicemia, melhora no perfil lipídico e bem-
estar psicológico (BIELEMANN et al, 2014, apud CABYSTANY, 2018). 
Adaptações Metabólicas: Aumento da capacidade do sistema oxidativo das 
células musculares, especialmente das de contração lenta. 
 
10 
 
 
 
 
 Redução da produção de lactato durante a realização de esforços físicos a 
uma dada intensidade. 
 Potencialização da utilização dos ácidos graxos livres (AGL) como substrato 
energético na realização dos esforços físicos a uma determinada intensidade, 
permitindo poupar o glicogênio muscular. 
 Aumento da atividade metabólica geral, tanto durante a realização dos 
esforços físicos quanto em condições de repouso. 
 Aumento da sensibilidade à insulina a aceleração do metabolismo das 
lipoproteínas no plasma, reduzindo os níveis de triglicerídeos e, em menor grau, do 
colesterol ligado às lipoproteínas de baixa e de muito baixa densidade. 
 Eliminação do excesso de reserva adiposa, além do favorecimento de 
distribuição de gordura corporal que venha a favorecer a um padrão mais saudável. 
3.4 Adaptações Cardiorrespiratórias 
Melhora o rendimento do coração ao produzir as necessidades energéticas do 
miocárdio mediante a redução da frequência cardíaca e da pressão sanguínea. 
 Incrementa o débito cardíaco à custa de maior volume sistólico e de diminuição 
da frequência cardíaca. 
Aumenta a diferença arteriovenosas de oxigênio, como resultado da 
distribuição mais eficiente do fluxo sanguíneo para os tecidos ativos e da maior 
capacidade desses tecidos em extrair e utilizar o oxigênio. 
 Eleva a taxa total de hemoglobina e beneficia a dinâmica circulatória, o que 
facilita a capacidade de fornecimento de oxigênio aos tecidos. 
 Favorece o retorno venoso e evita o represamento do sangue nas 
extremidades do corpo. 
 Aumenta a ventilação pulmonar mediante ganho no volume-minuto e na 
redução da frequência respiratória. 
 
11 
 
 
 
 
3.5 Adaptações Músculo-ósseo-articulares 
Aumenta o número e a densidade dos capilares sanguíneos dos músculos 
esqueléticos, oferecendo ainda maior incremento em seus diâmetros durante a 
realização dos esforços físicos. Eleva o conteúdo de mioglobina dos músculos 
esqueléticos e aumenta a quantidade de oxigênio dentro da célula, o que facilita a 
difusão do oxigênio para as mitocôndrias. 
 Melhora a estrutura e as funções dos ligamentos, dos tendões e das 
articulações. 
3.6 Alterações no sistema anaeróbio 
Aumentos nos níveis dos substratos anaeróbios em repouso;Aumentos na quantidade e na atividade das enzimas-chave que controlam a 
fase anaeróbia do fracionamento da glicose; 
 Aumentos na capacidade para suportar os níveis de ácido láctico sanguíneo 
durante o exercício máximo (explosivo) após treinamento anaeróbio. Devido aos 
maiores níveis de glicogênio e das enzimas glicolíticas. 
A depressão é uma doença psíquica que, além de afetar o emocional do 
indivíduo, afeta também o seu funcionamento fisiológico. (MATTOS, 2004, 
apud PODOLAN, 2018). 
3.7 Intensidade dos exercícios 
A intensidade dos exercícios irá depender da avaliação realizada anteriormente 
pelo educador físico. Porém a monitorização poderá ser realizada através da 
utilização da mensuração da frequência cardíaca. 
O consumo máximo de O2 significa fisiologia do exercício, o máximo de 
oxigênio que as células de uma pessoa são capazes de captar, transportar e utilizar 
durante um exercício de intensidade máxima. 
 O tradicional critério de avaliação da capacidade cardiorrespiratória é a medida 
direta do consumo máximo de O2, mas podemos medi-lo indiretamente, e os 
 
12 
 
 
 
 
resultados são consistentes. Para a avaliação da capacidade cardiorrespiratória os 
valores de VO2 máx. são expressos com relação ao peso corporal ml (kg.min-1) ou 
(ml/kg/min.). 
O VO2max pode ser utilizado de forma absoluta e relativa. As fórmulas 
utilizadas nos protocolos dos testes apresentam ambos os resultados, e podemos 
transformá-los. 
Exemplo: Peso = 80 kg VO2max = 35 ml (kg. Min) –1 
Qual o valor relativo? 
 VO2máx min –1 = Peso kg x VO2max ml (kg. Min) -1 
1000 
VO2máx = 80 x 35 = 2800 = 2,8 l.min-1 
1000 1000. 
4 RESPOSTA NEUROADAPTATIVAS AO EXERCÍCIO 
 
Fonte: academiaexito.com.br 
O exercício físico promove uma série de adaptações favoráveis à aquisição de 
um funcionamento cada vez mais aperfeiçoado por parte do músculo esquelético. Este 
aprimoramento funcional, por sua vez, pode ser visualizado por meio da avaliação das 
respostas neurofisiológicas. 
 
13 
 
 
 
 
As respostas adaptativas neurofisiológicas caracterizam- se principalmente, 
pelo aprimoramento da relação entre os estímulos provenientes do sistema nervoso 
central e o recrutamento de unidades funcionais de movimento, as unidades motoras. 
O aumento da força promovida predominantemente pelo treinamento com pesos é a 
principal resposta neurofisiológica que ocorre como adaptação ao exercício, estando 
diretamente relacionada à aquisição de uma maior coordenação intramuscular e 
intermuscular. 
As adaptações morfológicas e neurofisiológicas frente às específicas respostas 
que o músculo esquelético apresenta diante de certos tipos de atividade, pouco se 
relata na literatura quais são as adaptações neurofisiológicas provocadas pelo 
treinamento com exercícios de caráter aeróbio. No entanto, esse percalço pode estar 
relacionado ao fato de o referido treinamento não proporcionar significativos 
incrementos de força e potência muscular, que são consideradas as principais 
respostas a serem evidenciadas com a realização do exercício físico. As adaptações 
neurofisiológicas promovidas por atividades como corridas de média e longa distância, 
são expressas por um maior grau de aperfeiçoamento na coordenação intermuscular, 
que, por consequência, acarreta elevados níveis de economia de movimento e 
esforço. 
5 FIBRAS MUSCULARES 
 
Fonte: musculacaoefitness.com.br 
 
14 
 
 
 
 
5.1 Fibra Tipo I 
As fibras do tipo I, ou lentas oxidativas, possuem coloração vermelho-escuro, 
devido à grande vascularização e alto conteúdo de mioglobina e citocromos. Rica em 
mitocôndrias, além de possuir um diâmetro menor. Estão presentes em músculos 
como os multifidos, abdominais e dorso- flexores. 
Este tipo de fibra muscular, encurta-se com relativa lentidão e geram energia 
predominantemente através do metabolismo aeróbico. São mais resistentes à fadiga 
e bem apropriadas para o exercício aeróbio prolongado e que exijam maior 
resistência, como corrida em distância, ciclismo ou natação. 
Exercícios de equilíbrio treinam este tipo de fibra, bem como o apoio unipodal. 
Durante um período contínuo e prolongado de treinamento aeróbio, ocorrem 
modificações quanto ao perfil das fibras musculares. As fibras de contração 
lenta (tipo I) do músculo quadríceps femoral tornam-se 7% a 22% maiores 
que as de contração rápida (tipo IIb). A proporção de fibras musculares do 
tipo I aumenta com o treinamento de endurance crônico (ANDERSEN, et al, 
2000, apud OLAERTE, 2017). 
5.2 Fibra Muscular do Tipo II 
Também chamadas de fibras fásicas. Nas fibras deste tipo, a energia é gerada 
através de processos anaeróbicos para contrações rápidas e vigorosas. São rotuladas 
como fibras de grande velocidade de encurtamento e altas propriedades. Importantes 
contribuintes para o sucesso na execução de manobras que exijam contração 
muscular rápida e forte, como correr em velocidade ou saltar. 
 Possuem um número reduzido de mitocôndrias, uma capacidade limitada de 
metabolismo aeróbio e poucos capilares. Esses fatores contribuem para que essas 
fibras possuam baixa resistência à fadiga, se comparadas com as fibras do tipo I. No 
entanto, são ricas em enzimas glicolíticas, que proporcionam uma grande capacidade 
anaeróbia, requerida em atividades que necessitam de uma fonte de energia rápida. 
Podem ser subdivididas em dois tipos: 
Tipo IIA: fibra que possui características intermediárias (aeróbias e anaeróbias); 
Tipo IIB: fibra que possui maior potencial anaeróbio do que aeróbio. 
 
15 
 
 
 
 
5.3 Diferenças entre as fibras do tipo I e tipo II 
Após elencar todas características da fibra muscular tipo 1 e da fibra muscular 
tipo 2, achei interessante apontar as diferenças entre elas. Então aqui vou citar 
algumas diferenças entre as fibras de contração rápida e as fibras de contração lenta: 
Fibras de contração rápida são 2x maiores que fibras de contração lenta, por 
isso a potência máxima de contração que ela pode ser alcançada continua sendo 2x 
maior do que as fibras de contração lentas. 
Fibras de contração rápida são fibras organizadas para potência e velocidade 
que necessitam de potência elevada. 
Fibras de contração lenta são fibras organizadas para resistência, para gerar 
energia aeróbica. 
Fibras de contração lenta possuem mais mitocôndrias, e também mioglobinas 
que vão se combinar com o oxigênio na fibra, aumentando a difusão do mesmo. 
Fibras de contração lenta permitem uma força de contração prolongado por 
muitos minutos ou horas. 
6 ATIVIDADE FÍSICA X EXERCÍCIO FÍSICO 
 
Fonte: emagrecendocomdicas.com 
 
16 
 
 
 
 
A atividade física envolve qualquer movimento corporal causado por uma 
contração muscular que resulta num gasto de energia. 
GUISELINI (2004), acrescenta que a atividade física é qualquer movimento 
corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, sendo, portanto, voluntário, e 
resultando em gasto energético maior do que os níveis de repouso, tendo 
comportamento biopsicossocial, como exemplo: jogos, lutas, danças, esportes, entre 
outros. Caracterizada também, por atividades físicas de lazer, deslocamento, 
domésticas e no trabalho. 
Para (BARBANTI, et al (2002), atividade física refere-se a qualquer movimento 
corporal produzido pela musculatura esquelética em que resulta um aumento 
substancial de gasto energético basal. 
Exercício físico por sua vez, é uma sequência sistematizada de movimentos, 
que são executados de maneira planejada, repetitiva e deve ser realizado sempre com 
o auxílio de um profissional capacitado, pois somente ele poderá determinar a 
intensidade ideal, a duração, as cargas e o objetivo de acordo com o perfil e o estado 
físico da pessoa. Um dos principais objetivos do exercício físico, é aumentar o nível 
de condicionamento físico de quem o pratica. 
7 PERIODIZAÇÃO DO TREINAMENRO DESPORTIVO 
 
Fonte: cfnobrasil.com.br 
 
17 
 
 
 
 
A periodização é a divisão da preparaçãodo atleta em elementos estruturais 
(ciclos, períodos, fases, etapas, estágios) que se diferenciam um do outro 
qualitativamente e quantitativamente em conformidade com as leis e 
princípios existentes de estabelecimento da maestria esportiva (PLATONOV, 
2013, apud JUNIOR, 2018). 
A periodização do treinamento é definitivamente um dos principais ramos 
dentro do complexo sistema do Treinamento Desportivo atual e, hoje, é uma das 
principais condições para obter um resultado esportivo em qualquer esporte. A 
Periodização oferece um quadro planejado e sistemático das variações dos 
parâmetros do treinamento, culminando em adaptações fisiológicas que incidem com 
os objetivos do treinamento (GAMBLE, 2006). 
O crescente avanço científico principalmente nas áreas das ciências 
fisiológicas e nos demais ramos que norteiam o conhecimento acerca do sistema do 
treinamento desportivo provocou grandes mudanças no esporte nos últimos anos. 
A preparação de atletas de esportes coletivos difere muito daquela executada 
em modalidades individuais. 
O nosso corpo se adapta a todos estímulos que recebe e essa condição é a 
responsável pela nossa sobrevivência, desde os períodos pré-históricos, já que 
nossos antepassados foram submetidos a diversas situações em que, caso não se 
adaptassem, não sobreviveriam. 
Com a musculação, acontece a mesma coisa, pois se não trocamos o treino 
periodicamente, seus resultados estagnam e seu corpo tende a entrar no 
chamado efeito platô. 
Reconhecido como o pai da periodização, Matveiev, com base nos sistemas 
de preparação dos atletas soviéticos, atualizou e aprofundou os 
conhecimentos desenvolvidos anteriormente, estruturando os fundamentos 
teóricos de um sistema de treino que se tornou hegemônico (ISSURIN, 2010, 
apud PASCHOALINO, 2011). 
7.1 Ciclos da periodização 
É de suma importância entender como funcionam os ciclos ao longo de um 
período determinado. Basicamente eles estão divididos em macrociclo, mesociclo e 
microciclo. 
https://news.gympass.com/efeito-plato-como-evitar/
 
18 
 
 
 
 
Macrociclo: Podemos dizer que o macrociclo abrange o objetivo principal do 
atleta, ou seja, aquilo que ele quer alcançar ao longo do treinamento. Um exemplo 
simples é um time de futebol que deseja conquistar o campeonato nacional. Para 
alcançar esse objetivo, ele deve fazer um planejamento (macrociclo) com duração de 
aproximadamente um ano. 
Geralmente, o macrociclo é dividido em três fases: preparatória, competitiva e 
transitória. Dentro de cada uma delas existem períodos de treinamento menores 
(mesociclos). Além disso, dentro dos mesociclos há os microciclos. A união de cada 
um dos estágios é o que vai garantir um treinamento eficiente — indispensável para 
chegar aos resultados. 
O treinamento físico e psicológico deve ser desenvolvido simultaneamente, 
levando em conta que sua periodização deve ser bem elaborada, pois assim, 
há maiores chances de se otimizar resultados nestes componentes em sua 
unidade de treino. Enfatizando os componentes citados anteriormente, o 
atleta irá desempenhar melhorias na aprendizagem, manutenção e 
aperfeiçoamento psicofísico (BECKER, et al 2002, apud DE SOUZA, 2017). 
 Mesociclo: Enquanto o macrociclo dura aproximadamente um ano, o 
mesociclo tem um intervalo de cerca de duas a seis semanas. Basicamente, essa fase 
é dividida da seguinte forma: preparatório geral; preparatório especial; preparação 
competitiva; treinamento pré-competitivo imediato; transitório. 
Cada uma das etapas é organizada de acordo com objetivos predefinidos. Por 
exemplo, na preparação geral, o educador físico deve dar prioridade aos treinos que 
aumentam as habilidades gerais e motoras. 
Já no preparatório especial, pode-se desenvolver técnicas mais especializadas. 
Durante a preparação competitiva, por sua vez, a manutenção do condicionamento, a 
prevenção de lesões e o aprimoramento tático são essenciais. 
Microciclo: O microciclo é a menor unidade da periodização. A duração pode 
ser de uma a quatro semanas, sendo que a união de todos os microciclos é o que dá 
origem aos mesociclos. A característica deste ciclo é que seus objetivos são de curto 
prazo. Para isso, o educador físico deverá ajustar a intensidade e a quantidade de 
treinos de acordo com a capacidade e evolução individual de cada atleta. 
 
19 
 
 
 
 
Dessa forma, é necessário realizar sessões de treinamento (microciclos) que 
visam melhorias físicas específicas, além do aperfeiçoamento de técnicas e táticas 
importantes. 
Entre as principais diferenças entre estes três tipos de ciclos, citamos: o 
macrociclo é o objetivo principal, (aquele definido junto ao educador físico antes de 
iniciar as atividades); os mesociclos são os períodos de treinamento que visam um 
resultado mais específico (ganho de resistência aeróbica, por exemplo). 
7.2 Tipos de periodização nos treinos 
Modelo clássico: Esse modelo foi proposto na década de 50 pelo russo 
Matveev e ainda é bastante usado. Ele é baseado em três fases: preparatório, 
competitivo e de transição. 
Na fase de preparação, o atleta busca sua melhor forma física com um 
treinamento mais geral, focada em ganhos de força, resistência e agilidade, e do treino 
específico, em que são trabalhadas características do esporte escolhido. Na fase 
competitiva, o atleta aumenta a intensidade e volume dos treinos e atinge seu auge, 
buscando a estabilização para a competição. Já na transição, existe um período 
de recuperação em que o atleta diminui a intensidade e a quantidade dos treinos. 
Modelo modular: Nesse modelo, a ênfase maior é no treino específico voltado 
para o objetivo do aluno, seja esporte ou resultados na academia. Aqui, ele trabalha 
pontos fundamentais para um bom desempenho no esporte, entretanto, deixa de 
trabalhar outras habilidades, como força e agilidade, por exemplo. 
Modelo pendular: O modelo pendular foi proposto por Arosiev e Kalinin, em 
1971, como uma adaptação ao de Matveev. No entanto, nesse tipo, não existe divisão 
em três fases, mas, sim, em diversos microciclos. Com isso, no ciclo definido, o atleta 
reveza entre preparação geral e específica, o que garante uma boa condição o ano 
todo. 
Quando termina o macrociclo, ocorre um aumento no volume dos treinos 
específicos enquanto o treinamento geral diminui. Apesar das diversas habilidades 
técnicas serem trabalhadas, há o risco de estabilização dos resultados. 
https://news.gympass.com/recuperacao-pos-treino-dicas-infaliveis/
 
20 
 
 
 
 
Modelo de periodização em blocos: Esse tipo de divisão dos treinos foi 
pensado como uma visão crítica ao modelo clássico. No modelo de periodização por 
blocos, além das habilidades gerais, são estimuladas a técnica e a tática do atleta. No 
entanto, não há blocos isolados, eles trabalham as habilidades paralelamente a 
outras. Apesar de ser uma proposta ampla, corre-se o risco de o atleta não conseguir 
desenvolver satisfatoriamente todas as competências. 
Modelo ondulatório: Nesse último modelo, são utilizadas diversas formas de 
estímulos. Há alteração na carga e na intensidade constantemente, afetando 
diretamente o tipo de exercício. O modelo ondulatório é bastante utilizado em treinos 
de musculação, pois o atleta apresenta ganhos de forma rápida. 
8 TREINAMENTO DE RESISTÊNCIA 
 
Fonte: topgim.com.br 
O treino de resistência serve como preliminar e preparação para os exercícios 
de fato, como o surf. Esses treinos são importantes, pois aumentam a sua energia e 
a sua resistência na hora de praticar qualquer esporte, trazendo mais vitalidade para 
dar o seu máximo e aproveitar ainda mais as ondas por muito mais tempo. 
Os treinos de resistência ajudam o esportista a melhorar seu desempenho nas 
atividades, além de proporcionar um desgaste menor durante a prática de exercícios. 
 
21 
 
 
 
 
Sem essa preparação, o atleta se sentirá cansado mais cedo e não terá um bom 
aproveitamento, e é por isso que esses treinos sãotão importantes. 
O treinamento com baixo número de repetições e alta carga aumenta o 
desenvolvimento de força, ao passo que o treinamento com grande número de 
repetições e baixa carga otimiza o desenvolvimento da resistência. 
Grandes grupos musculares devem ser estressados antes dos pequenos 
grupos; exercícios multiarticulares, antes dos uniarticulares e esforços de alta 
intensidade, antes dos de baixa intensidade. 
Períodos de repouso de dois a três minutos ou mais devem ser incorporados 
entre cargas para praticantes novatos e intermediários; para praticantes avançados, 
1 ou 2 minutos são suficientes. 
O treinamento de força tem se tornado popular, visto que promove 
importantes benefícios para a aptidão musculoesquelética, tais como o 
aumento da massa muscular, dos níveis de força e da densidade mineral 
óssea. Essas adaptações melhoram a capacidade funcional e a qualidade de 
vida dos praticantes e, por isso, o treinamento de força tem sido recomendado 
para diferentes grupos populacionais. (ZANANELA, 2012, apud CORREIA, 
2014). 
8.1 Benefícios do treinamento muscular 
 A musculação aumenta a massa muscular (hipertrofia muscular), libera 
endorfina (hormônio, que possui efeito analgésico, aumenta a sensação de bem-estar 
e diminui o quadro álgico), além da liberação de neurotransmissores responsáveis 
pelo relaxamento. Os benefícios do treino de musculação consistente incluem: 
Hipertonia; aumento da força muscular, e um aumento da força do tendão, dos 
ossos e dos ligamentos; melhora a saúde psicológica, através do aumento da 
confiança e da autoestima; aumento da força, do volume muscular, da densidade 
mineral óssea, melhora da aparência, controle de peso em longo prazo, mudanças 
positivas na função cardiovascular, maior grau do consumo máximo de oxigênio, 
redução da frequência cardíaca durante o repouso e durante um trabalho submáximo, 
controle da pressão arterial e melhora da flexibilidade. Estes benefícios do 
treinamento com pesos são ainda mais evidentes em idosos, sendo iguais ou maiores 
 
22 
 
 
 
 
que os obtidos pelos jovens, mostrando a importância do treinamento de força 
aplicado para esta população. 
JUNIOR (2018), relata que a flexibilidade e a força são importantes 
componentes em programas de treinamento físico, voltados para atletas que buscam 
o máximo desempenho esportivo e também, para promover ou manter a saúde e 
qualidade de vida. 
O treinamento com pesos ou treinamento de força muscular passou por uma 
grande evolução nos últimos 50 anos, antes praticado por uma pequena parte 
da sociedade, hoje tornou- se popular entre toda a população devido aos seus 
benefícios em relação ao fitness e à saúde (FLECK, 2003, apud JUNIOR, 
2018). 
9 TREINAMENTO APLICADO AOS ESPORTES COLETIVOS 
 
Fonte: criciúma.com.br 
Os jogos esportivos coletivos são modalidades que apresentam elementos 
comuns, geralmente uma bola, movimentada com as mãos, pés ou bastões/raquetes; 
um terreno, onde acontece o jogo; uma meta, a ser atacada ou defendida; 
companheiros de equipe, que juntos cooperam buscando alcançar os objetivos do 
jogo; adversários, a serem superados; e regras a se respeitar. Um dos principais 
objetivos do treinamento em grupos é a integração das pessoas, espírito em grupo e 
entretenimento, tornando o ambiente e a atividade física mais dinâmico e divertido. 
 
23 
 
 
 
 
Esportes Coletivos são jogos oficializados, praticados por duas ou mais 
pessoas em oposição à equipe adversária. Eles podem ser realizados em seus 
diferentes ambientes como o campo, gelo, quadra, areia, entre outros. 
Além de atividade física com o objetivo de recreação, o esporte passou a ser 
um instrumento de desenvolvimento social. O esporte também é tratado de maneira 
educativa e pode influenciar de forma positiva o indivíduo e suas interações coletivas. 
Além da disciplina física e manutenção do corpo, melhora a mente de quem os 
pratica e promove qualidade de vida das pessoas. 
É necessário desenvolver no praticante as capacidades cognitivas de 
percepção, antecipação e tomada de decisão. A capacidade de tomar decisões de 
forma rápida e precisa é uma das diferenças de nível entre jogadores. 
O planejamento de treinamento é uma ordem de métodos científicos que 
propicia o desenvolvimento do atleta, almejando o mais alto nível de 
performance, aproximando os atletas de situações condizente ao jogo. 
(OAKS, 2013, apud DE SOUZA, 2017). 
As atividades utilizadas no processo de iniciação deverão possibilitar ao 
praticante interpretar a situação de jogo, a qual está inserido e, desta forma, 
conseguirá reunir informações para chegar a melhor solução. Quanto mais 
informações o instrutor transmitir, melhor entendimento do grupo. 
Para a prática de qualquer modalidade esportiva coletiva, onde há ações de 
intervenção externa (adversários, regras, tempos limitados para ações, etc.), as ações 
táticas são tão importantes como a qualidade técnica nas resoluções de problemas 
enfrentados durante o jogo. Sendo as ações técnicas e táticas os alicerces para que 
o jogo se desenvolva racionalmente, somente com a combinação destas ações nas 
atividades é que poderemos desenvolver e aprimorar no grupo a capacidade de jogo 
e inteiração. 
A abordagem de ensino-aprendizagem dos jogos esportivos coletivos deverá 
ser a partir de uma inter-relação das ações técnicas e das ações táticas, de modo a 
serem desenvolvidas globalmente no aluno, isto quer dizer que a capacidade motora 
e a capacidade cognitiva devem ser trabalhadas em conjunto, para que o aluno 
desenvolva a "Capacidade de Jogo". As ações técnicas dependerão da capacidade 
 
24 
 
 
 
 
motora (ritmo, coordenação e equilíbrio) do aprendiz, e as ações táticas da 
capacidade cognitiva (percepção, antecipação e tomada de decisão). 
No treinamento resistido, outras capacidades físicas são desenvolvidas, 
como a potência muscular, que pode ser definida como “a aplicação funcional 
tanto da força como da velocidade no movimento, sendo componente chave 
da maioria dos desempenhos atléticos” (KENNEY, et al, 2013, apud JUNIOR, 
2018). 
Os esportes coletivos desenvolvem o espírito de grupo e a vontade de vencer. 
Quem pratica consegue melhoras físicas, como músculos fortalecidos e 
emagrecimento garantido. Outra vantagem é aliviar o estresse acumulado durante a 
semana de trabalho. 
9.1 Benefícios dos Esportes Coletivos 
Praticados tanto de forma competitiva como atividade recreativa e de lazer, os 
esportes coletivos têm como um dos objetivos principais a dinâmica de equipe, 
agilidade, coordenação, além da organização técnica e estratégica do jogo. 
Os benefícios do esporte coletivo são muitos e vão desde o bem-estar à 
comunicação entre os esportistas. Além disso, o exercício regular contínuo para quem 
compete diminui muito o risco de doenças graves, especialmente doenças 
cardiovasculares crônicas, melhora o raciocínio, a disposição física, colabora para o 
aumento da autoestima, bem como outras atribuições fundamentais para o indivíduo. 
9.2 Principais esportes coletivos 
Peteca: Não tão conhecido como esporte, a peteca também é uma modalidade 
coletiva e tem origem indígena. Este jogo possui semelhanças com o voleibol, pois é 
realizado em um campo dividido por uma rede. Os jogos podem ser com um jogador 
ou de duplas. A altura da rede é de acordo com a idade e o sexo dos participantes. A 
duração de um jogo de peteca é variável: são 3 sets com 16 minutos cronometrados. 
Contudo, caso a equipe que estiver competindo consiga atingir 25 pontos antes desse 
tempo, é declarado final do set. 
 
25 
 
 
 
 
As regras básicas consistem no jogador se posicionar atrás da linha de fundo 
e arremessar a peteca, fazendo com que ela atravesse a rede e chegue ao campo da 
equipe adversária. Ao receber a peteca, a equipe pode fazer apenas um movimento 
para retornar ao campo rival. Se não conseguir com um toque, o árbitro declara ponto 
da equipe adversária.Caso a peteca atravesse a linha de fundo ou as linhas laterais 
ao ser mandada para o campo adversário, é declarado ponto da equipe adversária. 
Voleibol: Pode ser praticado em ginásio ou na praia. O vôlei é um dos esportes 
coletivos mais indicados para as mulheres. O exercício conta com pulos, corridas 
rápidas e o trabalho muscular de tríceps, costas, abdômen, antebraço e pernas. Para 
ter sucesso nas partidas, a prática de musculação para fortalecer o corpo pode ser 
indicada. 
As regras básicas desse desporto são as seguintes: a arbitragem deve possuir 
dois juízes, um anotador e quatro fiscais de linha; o jogo se inicia quando uma equipe 
saca a bola e o time adversário a recebe, tendo o direito de dar três toques na bola 
antes de arremessá-la de volta; o jogador que saca a bola tem oito segundos após o 
apito do árbitro. Só é permitida uma tentativa de saque; as partidas de vôlei são 
disputadas em cinco sets. Ganha quem vencer três sets de 25 pontos cada (o objetivo 
é impedir que a bola encoste no chão dentro da parte delimitada da quadra). 
O voleibol é um esporte de alta complexidade que demanda grande aptidão 
física, técnica e tática, referindo exigir muita habilidade e precisão no 
desempenho de seus fundamentos, onde a performance técnica-tática dos 
fundamentos na situação de jogo determina a conquista de uma vitória 
(PORATH et al., 2016, apud DE ANGELIS, 2019). 
Futebol: Considerado um dos esportes coletivos mais assistidos e mais 
praticados no mundo todo, consiste na competição entre dois times, compostos por 
11 jogadores cada um, e um árbitro na função e execução de aplicação das regras, 
que são: o jogo é realizado em campo retangular e possui um gol em cada lado; cada 
partida tem 90 minutos, dividida em dois tempos de 45 minutos cada; o jogo é 
monitorado por um árbitro; não é permitido o uso das mãos para as manobras com a 
bola. Podem ser usados os pés, pernas, tronco e a cabeça; o vencedor da partida é 
aquele que conseguir fazer o maior número de gols. 
 
26 
 
 
 
 
Basquete: Além do futebol, o basquete também é considerado um dos 
esportes coletivos mais conhecidos do mundo. Tem mais de 31 milhões de fãs 
declarados. Tem por objetivo passar a bola por dentro de um cesto que é colocado 
nas terminações da quadra, pode ser em um ginásio ou ao ar livre; os jogadores 
correm na quadra de forma que driblem os adversários para acertar o cesto; o jogador 
pode executar um passe, que é atirar a bola em direção a seu companheiro de time. 
Handebol: O handebol trabalha os músculos da região do bíceps, do 
antebraço, do tríceps, dos glúteos e das pernas. Assim como todo esporte coletivo, a 
atividade desenvolve o espírito de equipe, garantindo que os atletas tenham atitudes 
pensadas para o grupo. Com benefícios como a melhora da circulação sanguínea e 
da condição cardiorrespiratória, o jogador de handebol pode gastar até 750kcal, pois 
a prática envolve caminhadas, corridas, saltos e mudanças de direção constantes. 
Corrida de rua: Praticada em grupos, possui como objetivo motivar os atletas 
para juntos, alcançarem suas metas. Dependendo do seu ritmo, o gasto calórico 
durante pode chegar a 900kcal em uma hora. O esporte tem um grande valor e é uma 
ferramenta extraordinária em todas as fases da vida, ainda mais nas etapas iniciais, 
quando começamos a forjar a personalidade. 
As etapas da infância e adolescência são cruciais, são os momentos em que 
as pessoas são mais vulneráveis e moldáveis. Então, o que acontece nessas fases 
marcará positivamente ou negativamente o desenvolvimento das pessoas e 
influenciará a sua formação. 
Em muitos casos, o cenário esportivo é aquele lugar onde a pessoa começa a 
trabalhar em um objetivo comum, sacrificando em favor de seus interesses pessoais. 
https://melhorcomsaude.com.br/qual-o-melhor-esporte-para-voce-de-acordo-com-sua-personalidade/
 
27 
 
 
 
 
10 TREINAMENTO FÍSICO PARA GRUPOS ESPECIAIS 
 
Fonte: educacaofisica.com.br 
O esporte é comumente associado aos profissionais de alto rendimento, como 
jogadores de futebol e atletas olímpicos. Porém, um bom treinamento desportivo traz 
diversos benefícios para qualquer indivíduo, que impactam diretamente a qualidade 
de vida e de trabalho de cada um. 
O treinamento é considerado uma atividade física de longa duração, 
graduada de forma progressiva e individualizada, e tem como objetivo 
superar as tarefas mais exigentes do que as habituais, além de ser um 
processo ativo, complexo, regular e orientado (BOMPA, 2002, apud NUNES, 
2017). 
Entre os principais objetivos do treinamento desportivo para os idosos o 
desenvolvimento ósseo e a prevenção da osteoporose estão entre os mais 
importantes, bem como a melhora do desenvolvimento motor, neurológico e psíquico. 
Desenvolvimento ósseo e prevenção de osteoporose: A prática de esportes 
aumenta os níveis de cálcio no organismo, que influenciam diretamente a fortificação 
e consolidação dos ossos. 
A osteoporose é uma doença que atinge mais de 10 milhões de brasileiros e 
deve ser prevenida desde a infância, com a prática de exercícios (principalmente nas 
 
28 
 
 
 
 
mulheres, que tendem a ter um pico menor) e ingestão de cálcio nas quantidades 
necessárias. 
Prevenção de quedas e lesões: Quando realizado de maneira correta, o 
treinamento desportivo ajuda na prevenção de quedas e lesões, devido fortalecimento 
da musculatura dos membros inferiores, treinamento de equilíbrio e coordenação 
motora. 
Desenvolvimento neurológico: Aumento da concentração e coordenação de 
pensamentos. Melhora nos quadros de depressão. 
A atividade física pode influenciar de duas maneiras na depressão: com valor 
preventivo (é utilizada como proteção contra o desenvolvimento de sintomas 
depressivos) e como "tratamento", através dos mecanismos psicológicos e/ou 
biológicos. Entre os fatores psicológicos a atividade intervém na distração dos 
estímulos estressores, maior controle sobre seu corpo e sua vida e a 
interação social -proporcionada pelo convívio com outras pessoas. Já os 
fatores biológicos estão relacionados ao efeito da endorfina (OLIVEIRA, 
2014, apud PODOLAN, 2018). 
Prevenção de doenças cardiovasculares: A prática frequente de atividade 
física, fortalece o músculo cardíaco, normaliza a pressão arterial, reduz a frequência 
cardíaca, aumenta o HDL e diminui as taxas de colesterol ruim no sangue, problema 
associado ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares. 
Desenvolvimento motor: De acordo com OLIVEIRA (2006), o 
desenvolvimento motor é o processo de mudanças no comportamento motor que 
envolve tanto a maturação do sistema nervoso central, quanto a interação com o 
ambiente e os estímulos dados durante o desenvolvimento do indivíduo. O 
desenvolvimento motor, abrange o aprendizado motor. 
A aprendizagem motora refere-se a mudanças em processos internos que 
determinam a capacidade de um indivíduo para produzir uma tarefa motora, o nível 
de aprendizagem motora de um indivíduo aumenta com a prática. 
Atém dos benefícios citados acima, a prática de atividade física em grupos, 
melhora o humor (devido a liberação de serotonina); aumenta a concentração; reduz 
o estresse, depressão e a confiança em si mesmo e nos outros a sua volta (pois em 
contato com outras pessoas, principalmente na mesma faixa etária, o indivíduo 
aumenta sua disposição); melhora a qualidade do sono. 
 
29 
 
 
 
 
11 LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS 
 
Fonte: rsaude.com.br 
Lesões musculoesqueléticas, são afecções que podem afetar os músculos, as 
articulações, os tendões. Ocorrem habitualmente nas regiões: dorso-lombar, cervical, 
ombros e membros superiores, e joelhos. 
As atividades esportivas dos jovens e crianças têm se tornado cada vez mais 
populares. Porém, para evitar o surgimento de lesões é preciso observar alguns 
critérios, como a adaptação da habilidade do atleta à sua idade e desenvolvimento, a 
prevenção de riscos, e considerar sob um enfoquepsicológico a relação entre o 
esporte desejado e habilidades para praticá-lo. No entanto, o prazer e os benefícios 
proporcionados pela prática esportiva devem ser sempre enfatizados. 
Fatores de risco: Aplicação de força, (por exemplo, levantar, transportar, puxar, 
empurrar, utilização de ferramentas); Movimentos repetitivos; Posturas forçadas ou 
estáticas, por exemplo, mãos acima do nível dos ombros ou posição sentada ou de 
pé durante muito tempo; Compressão localizada exercida por ferramentas ou 
superfícies; Vibrações; Frio ou calor excessivos; Iluminação deficiente susceptível, por 
exemplo, de causar um acidente; Elevados níveis de ruído, susceptíveis de causar 
tensão física. 
 
30 
 
 
 
 
11.1 Lesões mais comuns 
Entorse: é um movimento anormal de uma articulação, além do que os 
ligamentos podem suportar, resultando em lesões dos ligamentos. É o acidente mais 
frequente no meio esportivo que afeta, sobretudo joelhos e tornozelos. 
Contusão: é um trauma ou uma batida, em qualquer parte do corpo, que 
provoca uma compressão violenta. Pode comprometer a função dos músculos ou 
tendões, além de causar inflamação local. 
Luxação: É o deslocamento anormal das superfícies de contato da articulação 
com os ossos. Às vezes, mais grave do que uma fratura. Normalmente, de forma leiga, 
esse diagnóstico é apontado como algo simples. 
Distensão ou estiramento: ocorre quando as fibras musculares se alongam 
além do seu comprimento normal. O músculo distende-se e provoca dor e em alguns 
casos incapacidade de se moverem. 
Câimbra: é a contração involuntária e dolorosa do músculo. Pode ser 
provocada por acúmulo de ácido lático ou alteração no metabolismo de alguns 
elementos químicos fisiológicos do organismo (como: potássio, cálcio), entre outras 
causas. 
Tendinite: é a inflamação do tendão, como consequência da repetição 
excessiva de movimentos. Muito comum aos atletas que estressam demais alguma 
articulação. 
Bursite: é a inflamação da bolsa sinovial, uma estrutura cheia de líquido que 
se localiza entre um tendão e a pele ou entre um tendão e o osso, com função de 
amortecimento, e auxílio no deslizamento dos tecidos e sua nutrição. causa mais 
comum de bursite é a repetição de movimentos em determinadas articulações ou 
posições que possam causar danos às bursas, provocando dor e em alguns casos, a 
inflamação pode comprometer a amplitude do movimento. 
Fratura: é a perda da continuidade de um osso, que pode apresentar desvio 
ou não. No esporte, os atletas costumam ter fraturas causadas por estresse, ou seja, 
decorrentes do excesso de atividades. 
 
31 
 
 
 
 
Trauma por impacto: Os traumatismos por impacto causados por esportes 
podem resultar em hematomas, concussões e fraturas. Este tipo de lesão envolve 
geralmente colisões de grande impacto com outros atletas ou objetos. 
11.2 Principais causas de lesões provocadas por treinamento 
Treinos exagerados podem resultar em lesões. Pode ser resultado de 
exercícios de curta duração e alta intensidade ou por exercícios de longa duração e 
baixa intensidade. A prevenção para essas lesões é evitar grandes aumentos no 
volume (número de dias por semana) ou na intensidade do treinamento (por exemplo, 
levantar peso, aumentar a distância da corrida). 
O uso de calçados inadequados: com a tecnologia atual pode-se contar com 
calçados específicos para cada modalidade esportiva. Os pés são o ponto de apoio 
que permitem ao indivíduo adotar as posturas adequadas às várias atividades físicas. 
Superfície de treinamento: evitar correr em superfícies muito duras, como 
asfalto e concreto, tanto em aclives como em declives. Hoje, nas Artes Marciais, já se 
tem o piso emborrachado que já traz muito conforto e alívio aos impactos sofridos pelo 
corpo. 
Outros cuidados: Estudar rigorosamente a sessão programada; analisar os 
riscos de cada exercício; avaliar clínica, física e psicologicamente os atletas; fazer um 
treinamento específico para cada modalidade. atletas “de fim de semana” são mais 
propensos a traumas graves; alongar antes e depois de qualquer atividade física; 
manter sempre o equilíbrio muscular, ou seja, a força; conhecer bem as regras do 
esporte que será praticado. 
11.3 Orientação de primeiros socorros 
Os primeiros socorros são os atendimentos prestados às vítimas de qualquer 
acidente ou mal súbito antes da chegada do médico, da ambulância ou de 
qualquer profissional qualificado da área de saúde (PASTERNAK, 2006, apud 
DA SILVA, 2019). 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/concuss%C3%A3o-relacionada-a-esportes
 
32 
 
 
 
 
Primeiro passo, observar a estrutura lesada. A mesma deverá ficar em repouso 
imediatamente, respeitando-se a dor do atleta. 
Gelo: aplicar gelo na região lesada, durante quinze minutos, a cada duas horas. 
Compressão: a compressão da região afetada controla o edema (inchaço) e o 
hematoma. 
Elevação do membro afetado: é importante para evitar a reação inflamatória, 
pois favorece o retorno do sangue venoso, diminuindo a formação de edemas e 
hematomas. 
Em caso de fratura, o indivíduo deverá ser encaminhado para o pronto socorro 
o mais breve possível. Mas caso o socorro médico não possa ser imediato, segue 
abaixo algumas dicas e recomendações sobre como proceder nos primeiros socorros. 
11.4 Imobilização 
Entre os procedimentos iniciais devem-se remover as roupas da vítima, que 
podem atrapalhar a correta imobilização. 
Se a lesão for aberta, deve-se tratar o sangramento, estancando o sangue e 
realizando um curativo compressivo no local. 
11.5 Tratamento das lesões musculoesqueléticas 
Os objetivos da terapêutica são, essencialmente, aliviar a dor e reduzir a 
incapacidade. Para isso a abordagem deve ser multidisciplinar, isto é, ter em conta 
aspectos preventivos, a reabilitação através de fisioterapia e administração de 
fármacos que permitam uma recuperação mais rápida do doente. As lesões de origem 
musculoesquelética (músculos e articulações), principalmente traumáticas ou de início 
súbito, têm melhor prognóstico quando a intervenção ocorre na fase aguda, 
especialmente as lesões musculares (roturas) e ligamentares (entorses). 
https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/fisioterapia
 
33 
 
 
 
 
11.6 Reabilitação 
Após a lesão inicial ter sido tratada, a área deverá ser reabilitada, antes da 
retomada das atividades esportivas. A duração da fisioterapia depende da gravidade 
e complexidade da lesão. Nestas sessões poderão ser usados recursos 
termofototerapêuticos, para a melhora do quadro álgico, edema, entre outros, bem 
como alongamento e fortalecimento da musculatura para prevenção de novas lesões. 
Ao se lesionar, o atleta vivencia a etapa de negação: compreende sua 
situação, mas não aceita, em seguida, na fase de raiva, sente-se frustrado 
por estar em tal condição. Em alguns casos é comum formular promessas 
para se recuperar mais rápido – esta é a fase de negociação. O estágio de 
depressão é marcado por sentimentos de desesperança, incertezas, e, 
posteriormente, a fase de aceitação, aonde o indivíduo está apto a aderir aos 
tratamentos. (SIMONETTI, et al, 2011, apud PODOLAN, 2019). 
12 CONCLUSÃO 
O treinamento desportivo é o conjunto de atividades físicas realizadas por um 
longo período de tempo, de forma progressiva, que tem como função desenvolver as 
capacidades humanas, fisiológicas e psicológicas de um indivíduo. São exercícios 
planejados de forma individualizada e sistemática para a evolução de um atleta. 
É altamente recomendado que um profissional de educação física seja o 
responsável por planejar o treinamento, para atender a todas as especificidades de 
cada pessoa. Mesmo em equipes com muitos atletas, o tratamento deve ser 
individualizado, pois cada organismo tem uma resposta diferente aos estímulos. 
Ainda que os quesitos técnicos sejam mais explorados, é importante destacar 
que os treinamentosdevem abraçar outras áreas, como a psicologia e a nutrição. Um 
bom desenvolvimento mental é essencial para alcançar os objetivos dos treinos, da 
mesma forma que a alimentação pode ser uma aliada ou vilã nos resultados, 
dependendo de sua utilização. 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
 
13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ABDLAH, J.A., Exercícios de alongamento: anatomia e fisiologia. 3ª edição. São 
Paulo: Editora Manole, 2010. 
ANDERSEN, J.L., SCHJERLING, P., SALTIN, B., Músculo, genes e desempenho 
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Edição. Campinas, SP: Autores Associados, chancela editorial CBCE, 2005. – 217 p. 
BARBANTI, V.J., AMADIO, A.C., BENTO, J.O., MARQUES, A.T., Esporte e atividade 
física: interação entre rendimento e qualidade de vida. 1ª edição. Barueri, SP: 
Editora Manole, 2002. 
BARBANTI, V.J., Dicionário de educação física e esporte. São Paulo: Manole, 
2003. 
BECKER, B., SAMULSKI, D., Manual de treinamento psicológico para o esporte. 
Novo Hamburgo, 2002. 
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