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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE FARMÁCIA Vitor Luan Farias Cruz Potencial Químico - Propriedades Coligativas Trabalho Científico Cuité 2020 Vitor Luan Farias Cruz Potencial Químico - Propriedades Coligativas Trabalho Científico apresentado ao curso Farmácia, como parte da composição da nota da disciplina de Fundamentos de Físico-Química Professor(a): Claudia Patricia Fernandes dos Santos Disciplina: Fundamentos de Físico- Química Cuité 2020 Resumo O Potencial Químico se refere à propensão que uma substancia de sofrer uma variação no sistema, ou seja, é o fluxo entre as fases. A Lei de Raoult e a Lei de Henry foram contribuições impotantíssimas para a definição, entendimento e aplicação do po- tencial químico. As Propriedades Coligativas são um produto do Potencial, abrangendo uma variedade de fenônemos físicos. Palavras-chave: Potencial Químico, Lei de Raoult, Lei de Henry, Propriedades Coligativas. Sumário Resumo ..................................................................................................................... 3 1 Potencial Químico (µ) ........................................................................................... 5 2 Lei de Raoult ........................................................................................................ 5 3 Lei de Henry ......................................................................................................... 5 4 Propriedades Coligativas ..................................................................................... 6 4.1 Tonoscopia ........................................................................................................ 7 4.2 Ebulioscopia ...................................................................................................... 7 4.3 Crioscopia ......................................................................................................... 7 4.4 Osmometria ....................................................................................................... 8 4.4.1 Pressão Osmótica ......................................................................................... 8 4.4.2 Equação da Pressão Osmótica..................................................................... 8 5 Estudo de Caso – Propriedades Coligativas ....................................................... 8 6 Referencias......................................................................................................... 11 1 POTENCIAL QUÍMICO (µ) Em uma mistura a energia livre do sistema tem contribuição de cada um dos componentes para poder variar, em função de um dos componentes e de diversas maneiras. O potencial vem a ser a derivação do G total em certa composição, ou seja, em Substância Pura - Energia de Gibbs Molar e Misturas - Parcial Molar. Vale ressaltar que grandezas molares são sempre positivas e grandezas parciais pode variar entre positivas, neutras (= 0) e negativas. O potencial químico, se refere a tendência que uma substancia de sofrer uma variação no sistema, ou seja, é o fluxo entre as fases. Esse fluxo da “matéria” ocorre do sentido maior → menor. 2 LEI DE RAOULT Descreve como varia a pressão de vapor de um líquido com a dissolução de um soluto. Pressão de Vapor é a pressão do vapor quando em equilíbrio com seu líquido. Na ocorrência de dissolução na fase líquida: a pressão de vapor do liquido na solução (Pa) se relaciona com a pressão de vapor do liquido puro (Pa◦) pela seguinte equação em certas soluções. A Lei de Raoult – A adição de soluto diminui a pressão de vapor. Pa = Xa Pa◦ Aplicando-se a Lei de Raoult: μ = μ◦ + RT ln Xa (Solução Ideal) A equação mostra o potencial químico do líquido “a” na solução “μa” sendo igual ao potencial químico do “a” puro (μa◦) que se tem o termo “ln Xa” negativo. A redução do potencial faz com que o equilíbrio seja atingido com menos substância no estado gasoso. Diminuição pressão de vapor = adição de soluto. A Lei de Raoult também se aplica a solutos voláteis → pressão parcial de vapor. 3 LEI DE HENRY Quando dois líquidos voláteis formam uma solução ideal, a pressão parcial de ambos segue a Lei de Raoult. Entretanto há diversos casos em que ocorre “desvios” desse comportamento, que, na maioria das vezes, ocorrem das diferenças na energia de interação entre as moléculas. Um exemplo de casos em que ocorria esses “desvios” estava no estudo da Solubilidade dos Gases em Água, como demonstrado por William Henry. Para Henry, soluções diluídas de gases em água a pressão parcial de vapor apresentava os “desvios”. Ele percebeu que, em alguns casos, a pressão de vapor apresentava comportamento linear, mas com a presença de uma constante de proporcionalidade, chamada de Constante de Henry (K). pB = xB KB* Esta equação é conhecida como Equação de Henry – E tem por objetivo de descrever a solubilidade de gases em líquidos, além de encontrar soluções de líquidos voláteis. Quando em soluções diluídas o solvente segue a Lei de Raoult e o soluto a Lei de Henry tem-se uma solução diluída ideal. 4 PROPRIEDADES COLIGATIVAS A presença de soluto em uma solução altera as propriedades físicas do solvente (redução do potencial químico), diminuindo sua temperatura de congelamento, elevando sua temperatura de ebulição ou até mesmo alterando a sua pressão de vapor. Essas variações ocorrem, na maioria das vezes, em soluções que sofrem influencia da quantidade de moléculas do soluto, mas sem que sua natureza interfira. A esses fatores dar-se o nome de Propriedades Coligativas. Figura 1 - Gráfico das Propriedades Coligativas (Crioscopia e Ebulioscopia). Fonte: ATKINS (2012) A seguir será abordado algumas das propriedades coligativas relativas a tonoscopia, ebulioscopia, crioscopia e a osmometria. 4.1 Tonoscopia A adição de soluto não volátil em um solvente (puro) diminui a pressão de vapor do solvente. Existe uma tendência da pressão vapor, em um liquido puro, a um aumento da entropia, entretanto, na presença de um soluto existe uma recompensação da entropia, reduzido à formação do gás, ou seja, a redução da pressão de vapor. 4.2 Ebulioscopia A adição de soluto não volátil em solvente (puro) aumenta a temperatura de ebulição do solvente. Esta propriedade é relacionada com a diminuição da pressão de vapor, o que, consequentemente, gera o aumento da temperatura de ebulição. Como fator determinante das propriedades coligativas, a diminuição do potencial químico promove o equilíbrio do liquido-vapor em maiores temperaturas. 4.3 Crioscopia A adição de soluto não volátil em solvente (puro) diminui a temperatura de congelamento do solvente. Da mesma forma como as outras propriedades, com a diminuição do potencial químico, ouve alterações físicas do solvente, neste caso, a redução da temperatura de congelamento. Com o acréscimo do soluto e para que ocorra o equilíbrio sólido-liquido, a temperatura para a solidificação teve que diminuir. E correlativo ao aumento da temperatura de ebulição, a inclusão do soluto inferiu em uma maior desordem (entropia) e consequentemente é preciso alcançar uma temperatura mais baixa para que se possa congelar. 4.4 Osmometria O fluxo do solvente ocorre do menos concentrado para o mais concentrado em uma mesma solução, onde se tem uma membrana semipermeável (ao solvente, mas não ao soluto) com concentrações distintas. Mais especificamente, a osmose é a passagem do solvente puro para uma solução. 4.4.1 Pressão Osmótica É a pressão que deve ser aplicada sobre a solução para impedir a passagem do solvente através da membrana semipermeável. 4.4.2 Equação da Pressão Osmótica π = M x R xT 5 ESTUDO DE CASO – PROPRIEDADES COLIGATIVAS Para a realização do estudo de caso, foi utilizado o artigo “DETERMINAÇÃO DA MASSA MOLAR POR CRIOSCOPIA: TERC-BUTANOL, UM SOLVENTE EXTREMAMENTE ADEQUADO”, onde se é o utilizado o Terc-butanol como solvente. “O sistema utilizado para as medidas de ponto de congelamento está ilustrado na Figura 1. No béquer A coloca-se em torno de 200 mL de água a aproximadamente 28 ºC. No centro desse béquer coloca-se o tubo externo B (vazio) e no centro deste o tubo interno C, ambos fixados em suporte universal por garras. Através de pipeta volumétrica de 5 mL adiciona-se o terc-butanol ao tubo interno C. Introduz-se o termômetro -de escala interna (com precisão de ± 0,5 K)- no tubo C já contendo o terc-butanol, sem deixar o bulbo encostar nas paredes de vidro (opcionalmente prenda o termômetro a uma rolha -com um orifício adicional do lado). Com agitação vertical, promovida por um fio (arame) de cobre (ou outro material inerte ao meio) faz-se as leituras de temperatura, introduzindo água esfriada (abaixo de 25 °C) no béquer. A presença de um espaço livre, na realidade de ar, entre os tubos torna a taxa de decréscimo de temperatura menor, ficando mais fácil o controle da mesma10,11. Mede-se o ponto de congelamento do terc-butanol. Após a leitura retira-se o tubo interno C e promove-se um aquecimento do mesmo com as mãos (ao redor de 1 a 2 ºC) para provocar a fusão do solvente. Esse procedimento deve ser repetido até a obtenção de valores reprodutíveis da temperatura de congelamento. A seguir, adicionando-se o soluto com pipeta graduada de 0,2 mL ao terc-butanol no tubo C, repete-se todo o ciclo de medida. Para efetuar medidas com um outro soluto, deve-se lavar o sistema com água em abundância e secar cuidadosamente. Neste caso o uso de um pouco de acetona é recomendado no processo de secagem. Verifique a limpeza do fio de cobre e que, durante a agitação, não ocorra queda de resíduos da rolha devido ao atrito com o fio; neste caso recomenda-se adaptar um pequeno tubo de vidro na rolha, inserindo o fio de cobre por dentro deste, dessa forma melhorando-se o sistema de agitação. Para cada um dos solutos foram efetuadas 6 medidas”. (DOS SANTOS et al. 2002). Figura 1 - Sistema utilizado na determinação do ponto de congelamento. A: béquer de 400 mL, B: tubo de vidro largo, C: tubo de ensaio, D: agitador (fio de cobre) e E: termômetro. Fonte: DOS SANTOS et al. (2002) “Os valores experimentais de abaixamentos crioscópicos obtidos com o uso de terc-butanol como solvente de oito solutos com diferentes volumes adicionados, são apresentados na Tabela 1. Os resultados mostram que, para o menor volume de soluto empregado, 80 mL, a depressão da temperatura de congelamento do terc- butanol puro para a solução é da ordem de 2 K, sendo esta suficientemente grande para se medir com razoável precisão através de termômetros simples.” (DOS SANTOS et al. 2002). Tabela 1 - Variação de temperatura de congelamento para diversos volumes de composto adicionado em 5,00 mL de terc-butanol. O desvio padrão médio nas medidas de temperatura foi em torno de ± 0,2 K. Fonte: DOS SANTOS et al. (2002) 6 REFERENCIAS ATKINS, P.W.; Físico-Química, 9a. ed., LTC - Livros Técnicos Editora LTDA.: Brasil, 2012. DOS SANTOS, Anderson R.; VIDOTTI, Eliane C.; SILVA, Expedito L.; MAIONCHI, Florângela; HIOKA, Noboru. DETERMINAÇÃO DA MASSA MOLAR POR CRIOSCOPIA: TERC-BUTANOL, UM SOLVENTE EXTREMAMENTE ADEQUADO. Química Nova. v. 25 n. 5 p. 846-847 Set./Out. 2002. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422002000500022>. Acesso em: 26 nov. 2020 http://dx.doi.org/10.1590/S0100-40422002000500022 Potencial Químico - Propriedades Coligativas Potencial Químico - Propriedades Coligativas Resumo 1 Potencial Químico (µ) 2 Lei de Raoult 3 Lei de Henry 4 Propriedades Coligativas 4.1 Tonoscopia 4.2 Ebulioscopia 4.3 Crioscopia 4.4 Osmometria 4.4.1 Pressão Osmótica 5 Estudo de Caso – Propriedades Coligativas 6 Referencias
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