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MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA Histologia do Sistema Digestório • Trato digestivo (cavidade oral, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso) • Glândulas associadas: salivares, fígado e pâncreas; • Função de obter as moléculas necessárias para a manutenção, o crescimento e as demais necessidades energéticas do organismo a partir dos alimentos ingeridos • Absorção dos nutrientes: intestino delgado → depois de os alimentos serem degradados • Intestino grosso: reabsorção de água e absorção de sais minerais e vitaminas • O fígado faz o processo de triagem dos alimentos que chegam EMBRIOLOGIA • O intestino é formado pela mesma camada dos folhetos embrionários (ectoderme, endoderme e mesoderme) • Membrana orofaríngea – região onde se desenvolve a boca. Entra em contato com a mesoderme, que desenvolve o sistema digestório. Todo o tubo em formação (da boca até o ânus) possui a mesma origem embrionária. Por conta disso, as características histológicas são semelhantes • A região da boca e a do tubo digestório possuem epitélio estratificado. ESTRUTURA GERAL • Tubo oco composto por um lúmen, ou luz • Mucosa Epitélio de revestimento: por onde passa o lúmen. Lâmina própria: possui vasos linfáticos que servem para proteção. Muscular da mucosa (é mais delgada do que a própria camada muscular. Controla o tamanho do lúmen, fazendo com que o alimento tenha mais ou menos contato com o epitélio de revestimento) • Submucosa: camada de divisão onde se encontra vasos sanguíneos, linfáticos e nervosos • Muscular (movimentos peristálticos). Possui duas direções de feixes. Uma para promover a constrição do bolo alimentar e outra para empurrar ao longo do tubo Circular interna Longitudinal externa • Serosa ou Adventícia (a serosa fica só na parte do esôfago, antes de entrar na camada peritoneal, passando a ser adventícia) MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Nódulos linfoides: presentes no intestino grosso e no esôfago (combate imunológico na presença de infecções) CAVIDADE ORAL • É formada pela ectoderme • Vestíbulo é o espaço entre os lábios, bochechas e dentes • Cavidade oral fica por trás dos dentes e é delimitada pelos palatos duro e mole, a língua e o assoalho da boca e a entrada da orofaringe posteriormente • Os dentes possuem histologia similar a dos ossos • Tecido epitelial pavimentoso estratificado: Queratinizado: palato duro e gengiva. Não queratinizado: palato mole, lábios, bochechas e assoalho da boca. Tecido epitelial queratinizado do palato duro • Lâmina própria: Camada espessa contendo papilas (as mesmas encontradas na pele, não são as gustativas) Tecido conjuntivo frouxo Vasos sanguíneos Nervos LÍNGUA • Órgão responsável por parte da digestão • A língua é uma massa de músculo estriado esquelético revestida por uma camada mucosa • O tecido muscular da língua é revestido, principalmente, por tecido epitelial estratificado queratinizado • Lâmina própria = tecido conjuntivo frouxo • Feixes de fibras musculares separadas por tecido conjuntivo frouxo. Esses feixes proporcionam a movimentação da língua em várias direções • Superfície ventral (inferior) da língua é lisa enquanto a superfície dorsal é irregular (papilas) • O tecido epitelial possui as papilas, que são elevações do epitélio oral e lâmina própria que assumem diversas formas e funções Ep = tecido epitelial / CT = tecido conjuntivo frouxo / M = camada muscular MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA PAPILAS FILIFORMES • São as mais abundantes • Epitélio de revestimento estratificado queratinizado • Não contêm botões gustativos • Formato cônico alongado • Função de fricção/atrito entre o alimento e a língua • No meio do tecido epitelial da papila, há tecido conjuntivo (lâmina própria), é a projeção tridimensional do tecido PAPILAS FUNGIFORMES • Lembra a estrutura de cogumelo • Base estreita e uma superfície mais dilatada e lisa • Contêm poucos botões gustativos • Distribuídas entre as papilas filiformes PAPILAS FOLIADAS • Pouco desenvolvida em humanos adultos (comum em gatos, por exemplo) • Contém muitos botões gustativos • Formam rugas paralelas separadas por sulcos PAPILAS CIRCUNVALADAS • Estruturas circulares grandes • As superfícies achatadas se estendem acima das outras papilas • Distribuídas na porção posterior da língua; • Botões gustativos impregnados no tecido epitelial (estratificado queratinizado) • Numerosas glândulas serosas (glândulas de Von Ebner) → produção de muco para limpeza dos botões gustativos e promoção da sensação de sabor maior MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA OBS: Não existe uma região da língua onde existe uma maior sensação de determinado tipo de sabor BOTÕES GUSTATIVOS • Aparecem como corpos ovais que se estendem através do epitélio • Responsáveis pela percepção dos sabores • Está submerso no tecido epitelial • O poro gustativo é onde a molécula do alimento entra • Células de suporte: dão suporte para as células gustativas • Células gustativas: sentem o sabor e eventualmente morrem. Precisam ser substituídas por células novas • Células basais: células tronco (90%), repõem as células gustativas e as de suporte • Fibras nervosas aferentes: mandam mensagem para o SNC, dando uma resposta de sabor (doce, salgado, amargo, etc.) • Nas microvilosidades, há proteínas com conformação do tipo chave-fechadura, onde a molécula se liga ao alimento para dar a sensação do sabor NF = fibra nervosa / TP = poro gustativo / SC = células de suporte / NSC = células sensitivas / BC = célula basal ESÔFAGO • Tubo muscular com função de transportar o alimento da boca para o estômago • Não tem propriedade de fazer a digestão • Revestido por um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado • Lâmina própria: Células musculares lisas longitudinais Vasos, nervos, nódulos linfáticos Glândula esofágica da cárdia – secretora de muco (próximo ao estômago) MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Submucosa: Tecido conjuntivo denso Rico em vasos sanguíneos e linfáticos Plexo de Meissner (fibras nervosas) Glândulas esofágicas: secretam muco • Muscular externa: “Músculo estriado no primeiro terço do esôfago” → No movimento da deglutição, há um controle do movimento peristáltico. Por isso, parte do esôfago possui células musculares estriadas Circular (interna) Longitudinal (externa) • Adventícia: Rica em tecido adiposo Na primeira parte do esôfago Tecido conjuntivo • Serosa: Dentro da cavidade peritoneal StM = muscular estriado / SM = muscular liso • No meio do esôfago, há mistura de músculo estriado e músculo liso. Do final do esôfago até o fim do tubo digestivo, há somente músculo liso • A camada da mucosa possui o tecido epitelial, que repousa sobre uma lâmina própria, e também possui a muscular da mucosa. A camada mais inferior da imagem, a muscular, é que faz os movimentos peristálticos MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Na camada muscular, há dois feixes de direcionamento, o mais interno, mais próximo do lúmen, é circular a ele, o mais externo é perpendicular a ele. Um faz o movimento de fechar o lúmen e o outro faz o movimento de empurrar o alimento ao longo do esôfago ESTÔMAGO • Segmento dilatado do trato digestivo • Responsável por parte da digestão dos alimentos Produção do quimo. • Dividido em quatro porções: Cárdia Fundo Corpo Piloro (antro) • Mucosa Formada por epitélio glandular simples (única camada), cuja unidade secretora é tubular e ramificada e desemboca na superfície, em uma área denominada fosseta gástrica. • Lâmina própria Detecido conjuntivo frouxo Células musculares lisas Células linfoides • Muscular da mucosa Circular e longitudinal Separa a mucosa da submucosa OBS: O tipo de glândula que vai secretar o material necessário para a produção do ácido clorídrico, depende da região do estômago onde a glândula está CÁRDIA • Transição entre o esôfago e estômago • Glândulas da cárdia Mucosa com glândulas tubulares simples e ramificadas Principal secreção: lisozimas (enzimas que eliminam bactérias) Poucas células secretoras de H+ e Cl – (não produz o HCl em si, pois é só quando ele se misturar com o líquido do estômago) FUNDO E CORPO • Glândulas tubulares (vão produzir a maior parte do material que vai ser utilizado no processo de digestão) • 3 a 7 abrem uma fosseta; MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA Istmo Células mucosas em diferenciação Repopulação das células Colo Produtoras de H+ e Cl- Células parietais (produzem os íons, que chegam ao lúmen do estomago, e em contato com a água geram o HCl) Base Células zigomáticas: secretoras de proteínas (que vão degradar outras proteínas) e lipases (degradam os lipídios) Suas células pdroduzem um muco responsável pela lubrificação Célula enteroendócrinas: hormônios PILORO • Porção final do estômago onde o pH já não é tão ácido • Glândulas pilóricas: fossetas mais longas • Secretam muco e lisozima • Células G: são produtoras de um hormônio (gastrina) que estimula a produção de HCl pelas células parietais • Submucosa Tecido conjuntivo denso Tecido adiposo Vasos sanguíneos • Muscular externa Células musculares lisas “Várias orientações” • Serosa OBS: Várias orientações: Quando acontece uma dilatação do estômago, as fibras musculares precisam dilatar na mesma direção INTESTINO DELGADO • Sítio terminal da digestão dos alimentos; • Absorção dos nutrientes • Secreção endócrina • Aproximadamente 5m • Duodeno, Jejuno e Íleo • Mucosa • Vilosidades intestinais (vilos) Projeções do epitélio e lâmina própria (0,5 – 1,5 mm). • Epitélio cilíndrico simples MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Enterócitos Células absortivas • Células caliciformes Mucina – glicoproteínas • Células de Paneth Secretoras de lisozima • Células enteroendócrinas Produtoras de hormônios • Enterócitos Células colunares com núcleo basal Possuem microvilosidades na base “Orla em escova” Junção de oclusão – unem as células, fazem com que o material do lado do lúmen do intestino não consiga atravessar entre uma célula e outra e, eventualmente, entrar na circulação sanguínea • Lâmina própria Tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos e linfáticos, fibras nervosas e fibras musculares lisas Preenche o centro das vilosidades • Muscular da mucosa Células musculares lisas • Submucosa Tecido conjuntivo denso; Tecido adiposo Glândulas da submucosa (duodeno) • Muscular externa (muscular lisa) Circular (interna) Longitudinal (externa) MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA OBS: O Sars-CoV-2 tem a capacidade de afetar os enterócitos do intestino delgado INTESTINO GROSSO • É constituído por: Ceco Cólon ascendente Cólon transverso Cólon descendente Cólon sigmoide Reto Ânus • Criptas longas • Rico em células caliciformes • Tecido linfoide associado ao trato gastrointestinal (GALT) • Reabsorção de água e eletrólitos • Mucosa Células epiteliais colunares (sem microvilosidades); • Lâmina própria Tecido conjuntivo frouxo Vasos linfáticos Tecido linfoide associado ao trato gastrointestinal (GALT) • Muscular externa (muscular lisa) Circular (interna) → aperta o lúmen Longitudinal (externa) → empurram o bolo alimentar • Serosa GLÂNDULAS SALIVARES • Responsáveis por parte da digestão e produção de muco • São glândulas exócrinas (três pares): Parótida: grande e localizada mais para trás da mandíbula Submandibular (submaxilar): abaixo da mandíbula Sublingual: abaixo da língua MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Revestidas por uma cápsula: Tecido conjuntivo rico em fibras colágenas Projeta septos para a glândula formando lóbulos • Há dois tipos de células secretoras: serosas e mucosas Em laranja: túbulo mucoso Células serosas: secretoras de proteínas (enzimas que ajudam na digestão de lipídeos e carboidratos) Células piramidais Microvilos pequenos e irregulares Lâmina basal Ácinos: conjunto de células serosas produtoras de muco Em volta do ácino seroso há células mioepiteliais (fazem uma pequena contração que possibilita que o conteúdo dos ácinos chegue aos ductos intercalares) • Células mucosas do túbulo mucoso: secretoras de muco Células cuboides ou colunares Secretam mucina Organizam-se em túbulos • Célula não secretora: Células mioepiteliais Junto à lâmina basal Desmossomos entre si e células secretoras DUCTOS SALIVARES • Ductos intercalares Células epiteliais cuboides • Ductos estriados Junção de vários ductos intercalares Invaginações da membrana plasmática basal • Ductos interlobulares ou excretores Junção dos ductos estriados Localizados nos septos Epitélio cuboide estriado: porção inicial Epitélio colunar estriado: porção distal. GLÂDULA SALIVAR PARÓTIDA • Porção secretora exclusiva de células serosas • Secretoras de proteínas Amilases – hidrólise de carboidratos MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Tecido conjuntivo rico em plasmócitos e linfócitos Plasmócitos sintetizam IgA GLÂNDULA SALIVAR Submandibular • Porção secretora tem tanto células serosas quanto mucosas 90% das terminações secretoras são serosas e 10% são mucosas • Células secretoras de lisozimas Atividade antibacteriana GLÂNDULA SALIVAR SUBLINGUAL • Células serosas e mucosas Predominam as células mucosas • Células secretoras de lisozimas PÂNCREAS • Glândula mista. • EXÓCRINA: enzimas digestivas. Células secretoras arranjadas em ácinos Não possuem ductos estriados Células centroacinosas: porção dos ductos intercalares Células acinosas • ENDÓCRINAS: Hormônios. Células epiteliais (ilhotas de Langherans → podem ser vistas no meio do tecido do pâncreas) Envolta por capsula delgada de tecido conjuntivo → enviam septos para o interior do órgão Secreção de proteinases: ➢ Tripsinogênio 1, 2 e 3, quimiotripsinogênio, pré-elastase 1 e 2, proteinase E, pre- carboxipeptidase. ➢ Amilase, lipase, fosfolipase, nucleases. FÍGADO • Local de processamento e armazenamento dos nutrientes absorvidos no trato digestivo • Produz a bile • Envolto por cápsula de tecido conjuntivo (projeta septos para dentro do tecido formando os lóbulos) MARÍLIA ARAÚJO – P2 MEDICINA • Lóbulo hepático Componente estrutural principal (hepatócito) Sinusoides contém macrófagos (células de Kupffer) Células de Ito – células armazenam vitamina A • Os lipídios chegam pela artéria hepática e os outros macronutrientes pela veia porta. O ramos delas se unem para que cheguem no hepatócito, que vai absorver todos os nutrientes HEPATÓCITOS • Produzem a bile • Células poliédricas com 6 ou mais superfícies • Possuem fibras reticulares para dar sustentação • Superfície do hepatócito faz contato com a parede do capilar sinusoide • Dois hepatócitos delimitam o canalículo biliar Formado por membrana plasmática dos hepatócitos Ductos biliares (canais de Hering) – células cuboides CV = veia centrolobular / BD = ducto biliar / HA = artéria hepática / PV = veia porta VESÍCULA BILIAR • Órgão oco aderido à superfície inferior do fígado • Pode armazenar de 30-50 mL de bile• Mucosa Epitélio colunar simples. Lâmina própria. • Musculo liso (possibilita a secreção da bile • Tecido conjuntivo • Serosa
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