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Aula 01 - Histórico e Correlações A Bioquímica é uma área da Biologia e da Química que estuda as estruturas, a organização e as transformações moleculares que ocorrem na célula - estuda os processos químicos que ocorrem em todos os organismos vivos. Sendo assim, é um ramo multidisciplinar, pois abrange diversas áreas como: farmacologia, biotecnologia, fisiologia, patologias, etc. ● Farmacologia Ex¹. Correlação Fármaco - Receptor. Os fármacos interagem com os receptores (macromoléculas-alvo especializadas) presentes na superfície ou no interior da célula. Fármaco: atua como um sinal. Receptor: atua como detector de sinal O receptor encontra-se inativo até interagir com o fármaco. Ao interagir com o fármaco, o sítio ativo (área do receptor capaz de receber a parte de uma molécula externa) se molda às estrutura dos receptores no momento da interação ativando o receptor ---> estímulo = efeito biológico. OBS: se o receptor não se moldasse, o fármaco ficaria folgado (se soltaria) e não surtiria um efeito biológico. O efeito chave-fechadura não convém, porque o receptor se molda. Modelo correto: Chave-Induzida. ● Fisiologia Ex¹. Estrutura GABAa (receptor) --> GABA (Proteína neurotransmissora) = SONO. Ex². Metabolismo: Bebida alcoólica: o etanol é tóxico para o organismo. Sendo assim, ele é transformado em outra molécula para ser secretado pelos rins. OBS: moléculas hidrossolúveis secretam suas substâncias através do suor, saliva, urina, lágrimas (baixo teor). ● Patologias Ex¹. Depressão: baixa concentração de serotonina (neurotransmissor produzido a partir de um aminoácido: TRIPTOFANO) ➔ Paciente com depressão tem pouca serotonina, e a pouca que tem é recapitulada para se ligar ao receptor. FÁRMACO: bloqueador de recapitulação. Ex². Resistência à insulina. _________________________________________________________________________ __ Aula 02 - Biomoléculas ➔ São denominadas Macromoléculas. ➔ Todas as moléculas que fazem parte da constituição dos seres vivos. ➔ Dentro dos organismos existem moléculas inorgânicas associadas às moléculas orgânicas. ● Moléculas Orgânicas x Moléculas Inorgânicas ➔ Apresentam estruturas grandes. ➔ Apresentam estruturas pequenas. ➢ Aminoácidos e proteínas são exemplos de moléculas orgânicas ➢ Carbono C é um complemento das moléculas orgânicas (porém, existem exceções com componentes inorgânicos, ex: H2O e CO). ● Composição Química das células: Biomoléculas orgânicas: ➔ Unidades Monoméricas (U.M) são as partes menores das estruturas que formam as Biomoléculas. “Biomolécula= parede/U.M= tijolo”. ● Solubilidade e ÁGUA: ➢ A afinidade com água de uma biomolécula irá depender da sua composição. ➢ Quanto mais hidroxila OH se tem, mais polarizada uma molécula fica e consequentemente menos solúvel em água. ➢ H2O -> cada hidrogênio tem um elétron, mas como o O é eletronegativo, ele atrai os elétrons para si. ➢ Moléculas de água conseguem equilibrar as cargas. ➢ Toda substância que tem afinidade = (Polares dissolvem subs. Polares) OBS: O GLICEROL (solúvel em água) puro não é um lipídio, mas faz parte da estrutura de um lipídio - TRIACILGLICEROL (insolúvel em água). Q.1 Explique por que a água não remove gorduras comuns como as presentes no óleo de soja e como os detergentes atuam nesta remoção: Porque os dois têm características físico químicas opostas, ou seja, um é apolar (óleo de soja) e o outro é polar (água). Logo, precisa-se de um outro componente (detergente) que é uma molécula anfótera (apresenta uma estrutura apolar e polar), que irá ter afinidade com os dois ao mesmo tempo formando micelas, assim a parte hidrofóbica irá envolver o lipídio, e a parte hidrofílica irá ficar em volta se relacionando com a água e removendo. ➔ A estrutura de um aminoácido possui como regra: 1. Hidrogênio 2. Ácido carboxílico 3. Agrupamento Amina 4. Radical ligado ao carbono alfa ➢ As regiões variáveis são chamadas de rádicas -> cada aminoácido tem um radical variável ➢ Cada proteína tem sua sequência de aminoácidos particular. MUTAÇÕES SILENCIOSAS: Podem ocorrer, mas não geram doenças... Mesmo com a mutação de aminoácidos, a proteína continua funcionando. Obs: Em casos particulares, pode gerar doença, como no caso da Anemia falciforme que é causada pela mutação de um aminoácido da hemoglobina. ➢ Enzimas proteolíticas: têm a função de separar os aminoácidos. Obs²: Não absorvemos uma proteína inteira, e sim os aminoácidos separados. ________________________________________________________________ AULA 03 - SISTEMA TAMPÃO Solução-Tampão: ➔ Corresponde à uma mistura que tem a capacidade de evitar que o pH da solução sofra grandes variações. (controla variações externas). ➔ Tem o objetivo de resistir a variações no pH resultantes de pequenas adições de ácido ou base. ➔ São importantes para os sistemas químicos e biológicos. ➔ Geralmente é formado por um ácido ou base fraca + sal. ➢ O sal é uma substância essencial para que o tampão se equilibre - Todo sal se dissocia muito bem em meio aquoso (aq). ➔ O sistema tampão tem limites, ou seja, a adição de ácidos e bases para testar a eficácia tem limite. Se adicionar pequenas quantidades de ácidos e bases (resiste) – grandes quantidades (não resiste) = quando chega ao limite não tampona. ➔ pH sanguíneo: 7.35 – 7.45 (SAUDÁVEL) – Limite mínimo 6.85 – 7.45 + 0,05 (chance de sobrevivência), caso caia para 6.35 = morte. ➔ Alimentos em geral provocam alterações de pH. ➔ Conjunto: rins, pulmões, sistema tampão – trabalham em conjunto evitando que o pH varie. Ex¹. Ao ingerir um copo de Coca cola (ácido), o sistema tampão tem a capacidade de controlar esta acidez na entrada dele no sangue. ★ Como saber se uma molécula é um ácido? 1) Observa o antes e o depois na dissociação. 2) Observa a equação - Se no resultado final a molécula não apresentar o H + significa que ela doou, ou seja, é um ácido. ➢ Base: tende a receber prótons. ➢ Ácido: tenda a doar prótons. ➔ Durante a dissociação ÁCIDO dá origem a uma base conjugada e a BASE dá origem a um ácido conjugado. ➔ Ácidos fracos se dissociam pouco em água (meio aquoso). ➔ Ácidos fortes (ex: HCL) se dissociam muito em água (meio aquoso). OBS: pH = potencial de hidrogênio (avalia a quantidade de prótons, e quanto mais prótons tem, mais ácido a solução fica). Exemplos: NO SLIDE. __________________________________________________________________ Aula 4 - SISTEMA TAMPÃO NO CORPO HUMANO ➔ pH X Homeostasia ➢ Equilíbrio entre a entrada ou produção de íons de hidrogênio e a livre remoção desses íons do organismo. ➢ O organismo dispõe de mecanismos para manter [H+], e consequentemente o pH sanguíneo dentro da normalidade, ou seja, manter a homeostasia. ➢ Nosso organismo tem em todos os locais a existência de prótons, dentro ou fora da célula. ★ Substâncias ácidas possuem uma alta concentração de íon H+ ★ Substâncias básicas possuem uma baixa concentração ‘’ ★ Substâncias ácidas têm a tendência de doar prótons enquanto substâncias alcalinas têm a capacidade de se ligar à prótons. ★ O valor numérico do pH é inversamente proporcional à quantidade de íons H+ ➔ Tampões Biológicos ➢ Plasma: bicarbonato HCO3 (de maior porcentagem no organismo) e hemoglobina ➢ Intracelular: fosfatos e proteínas. ➢ Fluído extracelular: Bicarbonato e fosfato. ➢ Mecanismos Químicos: ❖ Substâncias Químicas que encontram-se dissolvidas no plasma, líquido intersticial ou líquido intracelular. ❖ Agem como bases ou ácidos, neutralizando a entrada de qualquer ácido ou básico oriundos do metabolismo, medicamentos ou distúrbios metabólicos. ➢ Mecanismos Fisiológicos: ❖ Representados pelos pulmões e rins. ❖ Eliminam substâncias indesejáveis ou em excesso (ácidas ou básicas). ❖ Também podem reservar substâncias, dependendo da necessidade momentânea do indivíduo. ★ O mecanismo dos rins é lento, porém, é o único que consegue colocar para fora. ➔ Defesas contra a [] de H+ ➢ É controlada por três sistemas primários: sistema químico, Centro respiratório e rins. 1. Sistema Químico detampões ácidos-básicos dos líquidos corporais: ➢ Se combinam com ácidos ou bases, impedindo alterações excessivas. 2. Centro respiratório: ➢ Regula a remoção de CO2 e H2CO3 do líquido extracelular (LEC). ★ 1 e 2 Apresentam resposta rápida, pois, não eliminam íons H + (somente impedem sua alteração excessiva. 3. Rins: ➢ Excreta urina ácida ou alcalina. ➢ Reajusta a [] de H+ para do LEC para a normalidade, durante a acidose ou alcalose. ★ 3 apresenta resposta lenta, porém, elimina o excesso de H + do LEC. ➔ Acidose respiratória ➢ Ocorre devido a uma hipoventilação pulmonar (pouca respiração) que leva ao acúmulo de CO2 e uma queda de pH (acidose). ➢ ➢ Possíveis causas da hipoventilação: ❖ Obstrução do trato respiratório ❖ Pneumonia ❖ Enfisema ❖ Doenças ❖ Drogas que deprimem o centro respiratório ❖ Inalação de CO2 em excesso. ★ Excesso de CO2, provoca automaticamente o deslocamento (do quê? HCO3 - BICARBONATO), aumenta a [] de HCO3 e H+, causando assim um outro problema ~ Excesso de [h+] ~ -> Ph cai. ★ Resposta compensatória: Rim aumenta a retenção de HCO3 e excreta íons H+. ➔ Alcalose respiratória ➢ Ocorre uma hiperventilação pulmonar. ➢ Aumento de pH e diminuição de CO2. ➢ Possíveis causas da hipoventilação: ❖ Ansiedade ❖ Dor intensa ou estresse ❖ Diminuição da pressão atmosférica ★ Queda de CO2, ocorre o deslocamento do bicarbonato para a esquerda para poder recompensar e irá se gastar prótons para compensar esse deslocamento (entra em alcalose) – rins retêm prótons que são ácidos e jogam fora base. OBS: HCO3: BICARBONATO (tampão biológico) H2CO3: ácido carboxílico ➔ Acidose metabólica ➢ Os pulmões não estão envolvidos na patologia, ou seja, ajudam a resolver o problema. ➢ Caracterizada pela queda no pH e na concentração de HCO3-. ➢ Possíveis causas: ❖ Aumento de prótons H+ ou perda de bicarbonato. ● Aumento de pH: acúmulo de ácido lático ou corpos cetônicos, exercícios exagerados, jejum prolongado e diabetes. ● Perda de HCO3-: falha renal na retenção de HCO3- ou na excreção H+ ou perda de bicarbonato devido a uma diarreia severa. ➢ Resposta compensatória: ❖ Pulmão: hiperventilação = diminui a PCO2. ❖ Rim: reabsorção de HCO3 e excreção de íons H+ ★ bicarbonato (HCO3) tem característica básica pq tem a capacidade de capturar um próton. ★ Ocorre o deslocamento em produção de CO2 (outro problema), o excesso de prótons vão ser consumidos para formar ácido carbônico. ★ O problema é solucionado pelos pulmões. Alcalose metabólica ➢ Caracterizada pela alta elevação no pH e na concentração de HCO3 ➢ Possíveis causas: ❖ Ingestão excessiva de álcalis (exemplo: bicarbonato de sódio como antiácido ou perda de ácido pelo organismo (ocorre no vômito prolongado). ➢ Resposta compensatória: pulmão reduz a taxa de pCO2 ★ CO2 e água formam ácido carbônico para formar bicarbonato e próton (ácido carbônico devolve a concentração de prótons), problema secundário: baixa concentração de CO2 e pulmão hipoventila para restabelecer a concentração de CO2 . __________________________________________________________________ Aula 5 - Proteínas e Enzimas ➢ Enzimas podem sofrer desnaturação com alteração de pH, o que pode fazer com que ela pare de funcionar. ➢ Enzimas são proteínas catalisadoras (aceleram processos de reação) que não sofrem alterações nas rações ➢ As proteínas são moléculas mais abundantes e com maior diversidade de funções nos sistemas vivos ➢ Praticamente todos os processos vitais dependem desta classe de moléculas ➢ Para cada substrato nós temos uma enzima específica (e não se substitui) ➔ Aminoácidos (AA’S) ➢ Estrutura: ➢ As enzimas possuem um radical (grupo R) específico para cada proteína ➢ Em pH fisiológico, o grupo carboxila encontra-se dissociado formando íon carboxilato (-COO- ) e o grupo amino encontra-se protonado (-NH3+) - isso acontece com todos os aminoácidos ➢ Dos 20 aminoácidos presentes no corpo humano, há aminoácidos que possuem radicais apolares, ácidos, básicos, polares, etc. ➢ As enzimas auxiliam na conversão de aminoácidos ➢ Aminoácidos podem ser utilizados em conversões ➢ Tipos de aminoácidos: ❖ AA’s Essenciais: são aminoácidos obtidos pela alimentação. ex: BCAA ❖ AA’s Naturais: são aminoácidos sintetizados pelo organismo. ➢ Existe conversão de AA’s em produtos especializados. ex: neurotransmissores ➢ Tirosina é um aminoácido do grupo dos naturais e se convertem em Norepinefrina e epinefrina ➢ A desregulação de um neurotransmissor pode ser responsável por patologias ➢ Neurotransmissores precisam existir em homeostasia ex2: Glicina - É o único aminoácido que seu radical é apenas o H - Pode ser convertida em creatinina - As enzimas auxiliam na conversão de aminoácidos ➔ Ligação peptídica ➢ Toda ligação peptídica é formada entre o carbono de um ácido carboxílico de um aminoácido com o nitrogênio da amina do aminoácido seguinte. ➢ Para ser uma proteína é necessário cerca de 50 aminoácidos (U.M) ➢ Ligação covalente (forte) ➢ Os aminoácidos são unidos covalentemente por ligações peptídicas, que podem ser hidrolisadas por enzimas específicas ou exposição a um ácido ou base forte em temperatura elevada. ➢ As ligações são curtas, rígidas e planas e normalmente trans. ➢ Nas extremidades dos aminoácido se tem a amina protonada e o grupo carboxílico ionizado ★ O que pode romper as Ligações Peptídicas? ● Enzimas peptídicas (peptidases) ● Ácidos ou bases fortes em alta temperatura ➢ Se muda a sequência dos aminoácidos, a proteína muda ➢ Mesmo que a sequência esteja certa, se ela estiver aberta não funciona. Elas precisam se enovelar (estar na sua estrutura tridimensional) para funcionar. ➢ Os aminoácidos que ficam para a área externa tem características polar e os que ficam por dentro tem características apolares ➢ os radicais definem o formato da proteína ➢ Para saber a posição do aminoácido é necessário que ele esteja na estrutura primária (aberta) ➢ Se ocorrer uma mutação em um aminoácido a estrutura pode comprometer o formato e a estrutura na proteína, e se muda o formato pode mudar o sítio ativo, mudando a sua função ➢ O pH tem a função de manter os aminoácidos funcionantes ________________________________________________________________________ AULA 6 - ESTRUTURA PROTEICA ➢ As proteínas são macromoléculas resultantes da condensação de aminoácidos e se ligam através de ligações peptídicas. → Peptídeos são formados através da união de dois ou mais aminoácidos. ➢ Só existem ligações peptídicas fortes e covalentes nas proteínas. ➢ As estruturas das proteínas são formadas pela α-hélice, folhas-β e as regiões GAP (regiões de alça). ➢ As proteínas podem se apresentar em três estruturas diferentes, sendo elas: Estrutura primária, estrutura secundária, estrutura terciária ou estrutura quaternária. ➢ Grupo prostético: parte não aminoácida de uma proteína conjugada. Exemplo: glicoproteínas possuem grupos de açúcares, lipoproteínas possuem lipídeos, etc. ★ Nas regiões GAP também há a presença de aminoácidos. ★ Na estrutura da proteína pode-se repetir aminoácidos em sequência ★ Reações de hidrólise provocam o rompimento das ligações peptídicas. - ❖ Estrutura primária: ● É mantida por ligações peptídicas ● Determina como uma proteína irá se dobrar na sua estrutura tridimensional única. ● Determina a função da proteína de acordo com a sequência de aminoácidos → Estes aminoácidos são mantidos através de ligações peptídicas. ★ Proteínas com funções diferentes apresentam sequências de aminoácidos diferentes.(PAG 126 LEHNINGER) ❖ Estrutura Secundária: ● Formação de arranjos regulares e estudo dos fragmentos (cada volta de uma α-hélice contém 3,6 resíduos de aminoácidos) ● Importância: manter o formato de hélice (se for rompida, ela se desfaz - se a proteína perde o seu formato ela perde a sua função) ● Pontilhados representam ligações de hidrogênio… ou seja, “existe um aminoácido que faz uma ligação com o aminoácido com o aminoácido em outras localidades na estrutura” ● Folhas betas também são mantidas por váriasligações de hidrogênio. ● Pela quantidade de O e N presentes nos aminoácidos ● Pontes de sulfeto mantém a estrutura de forma mais forte (não é muito comum) e quando ela rompe significa que as de H já foram rompidas ● Interações por íons metálicos ● Atrações eletrostáticas ★ TODAS essas interações acima vão configurar a estrutura tridimencional das proteínas ★ Cada volta completa de uma α-hélice contém quase quatro aminoácidos ❖ Estrutura Terciária: ● Sequência inteira em seu estado final ● Tem 100% dos aminoácidos ● Proteína está funcionando ● Proteína monomérica: possui uma única fita ● Heme: grupo prostético -> qualquer estrutura dentro da proteína que não se tem um aminoácido ● HEMEPROTEÍNA ★ Só proteínas transportadoras de oxigênio serão grupo heme ★ Anel porfirínico ❖ Estrutura Quaternária: ● União de subunidades (sequências) ● São poucas proteínas que vão até a quartenária ● Apresenta 4 sequências estruturais de proteínas. Ex: hemoglobina ● O ferro do anel porfirínico transporta o oxigênio ★ Quem tem anemia falciforme tem valina na posição 6 no lugar do ácido glutâmico ● Apresenta mais de uma sequência ➔ Enovelamento das proteínas ● As cadeias laterais dos AA’s determinam o enovelamento das proteínas. ● Todas essas forças são usadas para a manutenção da conformação (importante para a função). ● A sequência de AA’s formam uma estrutura tridimensional única. ● As cadeias de AA’s de voltam-se para o meio aquoso e fazem contato (pontes de H) com as moléculas de água no meio ● Aminoácidos apolares voltados para o interior da molécula ➔ Mudanças na forma formadas por uma complexação: ➢ Algumas proteínas têm função receptora (tem um sítio ativo) e esses receptores estão vazios e às vezes tem algum ligante acoplado a esse receptor. ➢ Se não existisse isso (uma seleção) qualquer molécula se encaixaria e viraria uma bagunça. ex: dopamina não se encaixa no receptor de adrenalina. ➢ A chegada do ligante e se encaixa (complexação), o receptor (proteína) tem uma leve maleabilidade e se adapta ao ligante (neurotransmissor, medicamento). ---> ajuste induzido. ➢ Ele se molda para prender o ligante. ➢ Quando o ligante deixa de se ligar, o sítio ativo volta a sua forma normal ➔ FUNÇÃO PROTEICA ➢ Para cada função diferente, as proteínas apresentam sequências de aminoácidos diferentes. 1) Função Defesa: Anticorpos 2) Contração Muscular: Actina e Miosina - proteínas fibrosas 3) Função estrutural (sustentação e elasticidade); proteínas fibrosas: colágeno e elastina 4) Receptor farmacológico 5) Transportadora; hemoglobina 6) Proteínas de membranas com diferentes funções ________________________________________________________________________ AULA 7 - ESTRUTURAS ENZIMÁTICAS ➢ Enzimas são proteínas especializadas ➢ São úteis para realizar as reações e para minimizar o gasto de energia. ➢ A enzima muda a forma da sua estrutura a partir do momento em que se liga ao substrato ➢ Gera um produto ➢ Enzimas possuem sítio ativo (este sítio ativo é ligeiramente moldável) ➢ O sítio ativo é seletivo, não é qualquer molécula que se encaixa, apesar de ser maleável ➢ Faz a conversão de substrato em produto ➢ Enzimas são reutilizáveis (depois de fazer o seu processo, ela volta ao seu estado normal) ➢ As enzimas fazem a catálise (aceleramento da reação) de uma forma muito rápida ➢ Concentrações de substratos vão se formando em produtos à medida que o tempo passa ★ Sem enzimas é necessário muita energia para que os reagentes se transformem em produtos, com a presença de enzimas não é necessário uma quantidade muito grande de energia. ➔Cinética enzimática ➢ Corresponde à capacidade da enzima fazer a catálise ➢ Precisa estar na sua forma tridimensional perfeita ➢ Precisa estar no seu pH ótimo ➢ Em determinados pH não há uma atuação de enzimas específicas ➢ Existem valores de pH ótimos para o funcionamento da enzima ★ Com base se vai saindo do pH ótimo, começa a decair a atividade enzimática, e consequentemente a velocidade da reação ➔ DESNATURAÇÃO ENZIMÁTICA ➢ Calor ➢ Álcool ➢ Ácidos ou bases ➢ Agitação Mecânica ➢ Solventes Orgânicos ➢ Radiação Ultravioleta ➢ Íons de metais pesados, chumbo e mercúrio ➔ Classes de enzimas ➢ Todas fazem catálise em situações diferentes ➢ A numeração é importante para as classes 1. Enzimas oxidorredutases: catalisam reações de oxirredução 2. Transferases: catalisam a transferência de grupos contendo C, N ou P. 3. Hidrolases: catalisam a quebra de ligações pela adição de água. ★ não é a água que quebra e sim a enzima 4. Liases: catalisam a quebra de ligações C-C, C-S e certas ligações C-n 5. Isomerases: catalisam racemização de isômeros óticos (quando tem o mesmo formato, mas a estrutura mudou) 6. Ligases: catalisam a formação de ligação entre carbono e O, S N, acoplada à hidrólise de fosfatos de alta energia (precisam da liberação de ATP) ➔ Inibição enzimática ➢ O cyp450 inativa substâncias (drogas) - objetivo: transforma em outra substância para que os rins possam excretar ● Mecanismo de defesa com toda e qualquer molécula estranha ● Se não existissem cyps acumularia todos os medicamentos que já tomamos ● cyp tem a função de inativar a droga ➢ Biotransformação: transforma a molécula da droga sob ação das cyps se transforma em uma outra molécula ★ Medicamentos são o mais hidrossolúvel possível para poder passar por várias membranas _________________________________________________________________________ _ Revisão ➔Aminoácidos ➢ Todos os aminoácidos possuem características estruturais em comum ➢ Constituem as proteínas ➢ Existem 20 tipos e diferem-se em AA’ essenciais e AA’ naturais ➢ Apresentam um grupo carboxila e um grupo amino ligados mesmo átomo de carbono (carbono α) e diferem-se uns aos outros na sua cadeia lateral (grupo-R) - variam em estrutura, tamanho e carga elétrica e influenciam a solubilidade dos aminoácidos em água. ➢ Podem agir como ácidos e bases ➢ Substâncias com a natureza dupla (ácido - base) são anfotéricas e frequentemente chamados e anfólitos ➢ Podem se converter em produtos especializados ➔Peptídeos e proteínas ➢ São polímeros de aminoácidos ❖Peptídeos ➢ São cadeias de aminoácidos ➢ Duas moléculas de aminoácidos podem se unir covalentemente por meio de uma ligação amida substituída, denominada LIGAÇÃO PEPTÍDICA, a fim de produzir um dipeptídeo. ❖ Ligação peptídica ➢ exemplo comum de uma reação de condensação ➢ Os aminoácidos são unidos covalentemente por ligações peptídicas, que podem ser hidrolisadas por enzimas específicas ou exposição a um ácido ou base forte em temperatura elevada. ➢ Ligação formada pela remoção de elementos de água (desidratação do grupo a-carboxila de um aminoácido e do grupo a-amino do outro. ➢ Dois aminoácidos se ligam através de ligações peptídicas formando um dipeptídeo, três formando um tripeptídeo, quatro formando um tetrapeptídeo, cinco formando um pentapeptídeo e assim por diante. ➢ Alguns aminoácidos se ligando: Oligopeptídeo ➢ Muitos aminoácidos se ligando: Polipeptídeo ➢ A unidade de um aminoácido é chamada de resíduo ( a parte restante após a perda dos elementos de água ) ➢ Uma proteína é formada por milhares de resíduos de aminoácidos. ➢ As partes que ficaram livres são chamadas de aminoterminal (extremidade com o grupo a-amino livre) e carboxiterminal (extremidade com o grupo carboxila livre) ➔Estruturas proteicas 1) Estrutura primária: corresponde à descrição de todas as ligações covalentes (principalmente peptídicas e de sulfeto) ligando resíduos de aminoácidos em uma cadeia polipeptídica ➢ É informativa ➢ Cada proteína irá apresentar um número e uma sequência de aminoácidos distintos. ➢ Determina como a proteína irá se dobrar em seu estado tridimensional único. ➢ O conhecimento da sequência de aminoácidos de uma proteína pode trazer importantes informações, como: ideias sobre sua estrutura tridimensional, função e localização celular. ➢ Determina a função da proteína (sua função depende da sua sequência) 2) Estrutura Secundária: refere-se a qualquersegmento de uma cadeia polipeptídica e descreve um arranjo espacial de seus átomos na cadeia principal, sem considerar a posição de suas cadeias laterais ou sua relação com outros segmentos. ➢ tipos comuns: alfa hélice e folha beta. ● Alfa hélice: estrutura helicoidal onde o esqueleto polipeptídico é firmemente enrolado em torno de um eixo imaginário desenhado longitudinalmente no centro da hélice, e os grupos R dos resíduos de aminoácidos se projetam para fora do esqueleto helicoidal. - Cada volta de uma hélice é formada por 3,6 resíduos de aminoácidos. - A posição de um resíduo de aminoácido em relação a seus vizinhos também é importante. Pois, as interações entre as cadeias laterais dos aminoácidos podem estabilizar ou desestabilizar a estrutura alfa- helicoidal. - Aminoácidos carregados positivamente costumam ser encontrados a três resíduos de distância dos aminoácidos carregados negativamente, possibilitando a formação de pares iônicos. - Restrições que influenciam a estabilidade de uma alfa hélice: 1) Tendência intrínseca de um resíduo de aminoácido 2) Interações entre os grupos R, especialmente aqueles espaçados por três (ou quatro) aminoácidos 3) Os volumes de grupos R adjacentes 4) A ocorrência de resíduos Pro e Gly 5) Interações entre os resíduos de aminoácidos das extremidades do segmento helicoidal e o dipolo elétrico inerente da alfa hélice. - A tendência de um determinado segmento de uma cadeia polipeptídica formar uma alfa hélice depende da identidade e da sequência de resíduos de aminoácidos. ● As conformações beta organizam as cadeias polipeptídicas em forma de folha 2) Estrutura terciária e quaternária das proteínas: ➢ O arranjo tridimensional total de todos os átomos de uma proteína é chamado de estrutura terciária. 3) Algumas proteínas contêm duas ou mais cadeias polipeptídicas distintas, ou subunidades protéicas que podem ser idênticas ou diferentes. O arranjo dessas subunidades em complexo tridimensionais constitui a estrutura quaternária. Proteínas Fibrosas: cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas. ( um único tipo de estrutura secundária e estrutura terciária relativamente simples) - garante suporte, forma e proteção externa aos vertebrados. São insolúveis em água (aminoácidos hidrofóbicos no interior e na superfície). ex: queratina e colágeno. Proteínas Globulares: cadeias polipeptídicas dobradas em formas esféricas ou globulares. (contém diversos tipos de estruturas secundárias) - enzimas e proteínas regulatórias. ➢ A perda da estrutura de uma proteína resulta na perda da sua função (desnaturação proteíca). ➢ A maioria das proteínas podem ser desnaturadas através do calor que tem efeitos nas interações fracas da proteína ( principalmente ligações de hidrogênio) ➔ Função proteica ❖ A função de muitas proteínas envolvem a ligação reversível com outras moléculas que passam a ser chamadas de ligantes. (isso permite que o organismo responda rapidamente às mudanças ambientais e condições metabólicas. ❖ O ligante interage com uma parte da proteína chamado sítio ativo que é complementar ao ligante em seu tamanho, forma, carga, caráter hidrofóbico ou hidrofílico. ❖ Essa interação é específica - a proteína seleciona interagindo somente com uma ou algumas moléculas específicas. ❖ Uma proteína pode ter sítios de ligação diferentes para vários ligantes. ❖ As enzimas se ligam a outras moléculas e as transformam quimicamente, ou seja, catalisam as reações. ➢ As moléculas em que as enzimas realizam os seus efeitos são chamadas de substratos ao invés de ligantes, o sítio de ligação é chamado de sítio ativo ❖ Hemoglobina e Mioglobina (GLOBINA - PROTEÍNAS DE LIGAÇÃO AO OXIGÊNIO). Hemoglobina: transporte de oxigênio na corrente sanguínea. Mioglobina: está presente de forma abundante nos músculos de mamíferos marinhos, pois possuem a função de armazenamento de oxigênio em mergulhos prolongados. ❖ Proteína transportadoras de Oxigênio: ➢ O ferro (que possui a capacidade de transportar o oxigênio) é incorporado a um grupo prostético chamado HEME ligado a uma proteína. - GP corresponde a um composto associado permanentemente a uma proteína e que contribui para a sua função. ➔ENZIMAS ❖ Todas proteínas são enzimas (com exceção do grupo de moléculas de RNA catalíticas). ❖ A atividade catalítica depende da integridade das conformações nativas. ❖ Se uma enzima for desnaturada ou dissociada a sua capacidade catalítica é perdida. ❖ As estruturas (primária, secundária…) são essenciais para a atividade catalítica.
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