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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE PEDREIRAS – MA
MARIANA, brasileira, solteira, funcionária pública, portadora do CPF de nº 895.589.698-96 e do registro geral de nº XXX, com endereço de correio eletrônico: mari123@gmail.com, residente e domiciliada na Rua XXX, nº XX, Barra do Corda-MA, relativamente incapaz, representada por sua curadora, Alexia Pereira da Silva, brasileira, portadora do CPF de nº 895.896.396-99, sem endereço eletrônico, residente e domiciliada na Rua das Flores, 895, Centro, Barra do Corda-MA, vem à presença de Vossa Excelência, por meio da sua advogada, OAB XXX, endereço profissional XXX (Procuração Anexa) infra assinado, ajuizar
AÇÃO DE RECISÃO CONTRATUAL
em face de FERNANDO, solteiro, comerciante, inscrito sobre o CPF nº 896.896.325-63, com endereço eletrônico e residencial desconhecidos, pelas razões de fato e de direito adiante expostas:
DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA
A autora atualmente é servidora pública, contudo seus rendimentos são quase que exclusivamente para custear seus gastos com medicamentos devido à idade avançada. Ademais, sua situação econômica foi drasticamente agravada em razão do inadimplemento do réu acerca dos aluguéis. Como prova, junta em anexo ao presente pedido todos os comprovantes (Doc.2).
O direito da autora encontra amparo tanto na Constituição Federal de 1988, em seu art. 5°, LVVIV que destaca o dever estatal de prestar assistência gratuita, como também no código de processo civil, in verbis:
 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;
Art. 98 Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
Para comprovar o direito ao benefício a autora junta declaração de hipossuficiência e comprovante de renda (Doc.3), os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das custas judiciais sem comprometer sua subsistência, conforme clara a redação do art. 99 do Código de Processo Civil de 2015.
Por tais razões, com fulcro nos artigos acima citados, requer seja deferida a gratuidade de justiça à autora.
DA TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA
A autora é pessoa idosa (conforme faz prova documento pessoal em anexo), razão pelo qual faz jus a prioridade da tramitação da presente demanda, nos termos do art. 71 do Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741/2013 e nos termos do artigo 1.048, inciso I, do Código de Processo Civil.
DOS FATOS
A autora da ação, no dia 15/11/2019 celebrou um contrato (em anexo Doc. com o número da locação residencial) com o réu que tinha por duração 1 (um) ano, onde o réu obrigava-se a pagar mensalmente, até o quinto dia útil do mês, o valor de R$1.200 (mil e duzentos reais).
No escopo do contrato, mais especificamente na cláusula IV, ficou estipulado que o imóvel seria destinado exclusivamente para fins residenciais, então quebrando-se esse acordo ficava estipulada uma multa de 10% do valor de 05 (cinco) aluguéis.
Chegou ao conhecimento da autora através de testemunhas da cidade que o réu havia transformado a casa numa oficina mecânica, com atendimento diário de 8h às 18h, sob gerência de um amigo, conhecido por Francisco, estando aquele morando, inclusive, na cidade de Teresina-PI e não mais frequentando o imóvel ora locado, além de não pagar o aluguel desde maio de 2020.
A autora enviou várias correspondências (Doc. Anexo) comunicando a violação das normas contratuais e Fernando, até a presente data, se nega a pagar o valor devido.
A autora deseja que os pagamentos sejam feitos em relação aos valores atrasados, mais as multas devidas, bem como o despejo do réu e a rescisão contratual.
Apesar de ter sobre sua posse os dados pessoais de Fernando, a autora não dispõe do endereço onde ele se encontra residindo atualmente.
Por fim, a autora tomou conhecimento que as contas de energia e água, que encontram em seu nome, estão atrasadas a mais de 03 (três) meses, conforme avisos de cobrança em seu poder (Doc. Anexo).
Diante todo o exposto e exaustivas tentativas de resolução amigável, a autora não teve outra saída senão socorrer-se ao poder judiciário.
DO DIREITO
I. DA QUEBRA DE CLÁUSULA CONTRATUAL
O contrato foi de clara redação, estabelecendo-se na cláusula IV que o imóvel seria destinado exclusivamente para fins residenciais, in verbis:
CLÁUSULA IV – O imóvel será destinado, exclusivamente, para fins residenciais, sob pena de rescisão contratual e multa de 10% do valor de 5 (cinco) aluguéis.
A finalidade de tais cláusulas são simples: estabelecer as regras de uso do imóvel de acordo com a estrutura, condições locais e de vizinhança.
Logo que a autora tomou conhecimento dos fatos, o réu foi notificado, mas não se obteve êxito na comunicação.
Sem qualquer sinal de atendimento ao pedido, a autora foi obrigada a buscar a presente medida judicial, que se faz nos seguintes termos.
II. DO DESPEJO
Conforme leciona Arnaldo Rizzardo:
“a retomada do imóvel para todas as espécies de locação, de imóveis residenciais ou não residenciais, sejam quais forem os motivos determinantes, processa-se por meio da ação de despejo, de rito ordinário, mas com as modificações inseridas em vários dispositivos da lei em exame.” (RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 16 ed. Editora Forense, 2017. Versão Kindle, p 59533)
A ação se fundamenta no amparo legal previsto no Art. 9º da Lei 8.245/91:
Art. 9º A locação também poderá ser desfeita:
(...)
II – em decorrência da prática de infração legal ou contratual;
III. DA RESCISÃO CONTRATUAL
No presente caso, o réu descumpriu claramente a cláusula que previa, obrigando a rescisão do contrato de locação.
A existência desta cláusula tem por finalidade a garantia de regras de uso do imóvel de acordo com a estrutura, condições locais e de vizinhança.
Portanto, resta legítimo o presente pedido com a imediata desocupação do imóvel, conforme precedentes sobre o tema:
PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE DESPEJO POR DESCUMRPIMENTO CONTRATUAL. ART. 47, I, LEI Nº 8.245/1991. APELO QUE APONTA ILEGALIDADE POR FUNGIBILIDADE DA AÇÃO. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA IRRELEVÂNCIA DO NOME DA AÇÃO. CAUSA DE PEDIR E PEDIDO PELO DESPEJO POR DESCUMPRIMENTO DE CLÁUSULA CONTRATUAL. CONSTATADO DESCUMPRIMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. INEXISTÊNCIA. PROCEDÊNCIA DO DESPEÇO. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. Pelo princípio da irrelevância do nome da ação, aliado aos brocardos juria novit curia e da mihi factum dabo tibi jus, o julgador não está vinculado ao título atribuído à demanda, devendo pautar-se pela argumentação tecida pelo autor e pela defesa apresentada pelo réu. 2. Ainda que tenha sido atribuída nomenclatura de ação de despejo por denúncia vazia, se a pretensão se revela por denúncia cheia, inclusive em julgamento extra ou ultra petita sentença que acolhe tal pedido. 3. Inexistência de cerceamento de defesa, quando à parte é possibilitada a produção de provas e esta se mantém inerte. 4. Ademais quando a matéria controvertida nos autos é exclusivamente de direito ou, sendo de direito e de fato, a causa estiver madura para julgamento de mérito, pode o juiz, mediante criteriosa avaliação dos elementos probatórios carreados, julgar antecipadamente a lide, consoante autoriza o inciso I do art. 330 do CPC 2015. Recurso não provido. (TJPE, Apelação Cível 00015896-13.2015.8.17.0001, Relator(a): Bartolomeu Bueno, 2ª Câmara Extraordinária Cível, Julgado em 17/07/2019, publicado em 29/07/2019, #35130861)
Trata-se de descumprimento contratual que confere ao autor o direito de resolver o contrato, conforme leciona a doutrina:
“Verificando o inadimplemento, não apenas a resolução oferece-se ao credor. Esta, sem dúvida, constitui a viacomum e normal para recompor a sua posição, que é retornar à situação anterior, ou que existia antes do contrato. Ninguém aceita que perdure um contrato se ele está descumprido. Ingressa-se com o pedido para resolver, ou desfazer negócio, de modo a conseguir a restituição do bem que foi entregue antes.” (RIZZARDO, Arnaldo. Contratos. 16 ed. Editora Forense, 2017. Versão Kindle, p 7620)
O Código Civil reforça este direito ao dispor:
Art. 475. A parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.
De acordo com a jurisprudência apresentada e os artigos aqui explanados, a resolução do contrato e consequente despejo é medida que se impõe.
DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
1. Citação do réu por edital, visto que não há presença de endereço residencial;
2. Dispensa da audiência de conciliação e mediação;
3. Que seja concedida a justiça gratuita;
4. Que o processo corra em tramitação prioritária;
5. Que o réu seja obrigado a pagar a multa de 10% sob 5 (cinco) aluguéis;
6. Que o réu seja obrigado a pagar as contas de água e energia vencidas;
7. Que o contrato seja rescindido
VALOR DA CAUSA
Dar-se-á o valor da causa em: R$25.000 (vinte e cinco mil reais).
Termos em que pede deferimento.
Teresina 17 de março de 2021
NOME DA ADVOGADA
OAB XXX

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