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Julgue o item a seguir: O postulado da função social do contrato (CC, art. 421), consectário lógico dos princípios constitucionais da solidariedade (CF, art 3.º, 1) e da justiça social {CF, aít. 170), constitui uma cláusula geral, a impor a revisão do princípio da relatividade dos efeitos dos contratos em relação a terceiros. ( ) Certo ( ) Errado (X) Certo De acordo com o art. 421 do Código Civil, “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato”. Julgue o item a seguir: Segundo o princípio da relatividade dos contratos, os efeitos deste só se produzem em relação às partes, não afetando terceiros, exceto em algumas situações previstas em lei, como nas estipulações em favor de terceiro. ( ) Certo ( ) Errado (X) Certo Correto, entretanto, possui limitações inseridas na própria legislação (vide arts. 436 e ss, CC), são exceções ao princípio: • Estipulação em favor de terceiros; • Promessa de fato de terceiro; • Consumidor por equiparação; • Tutela externa do crédito / Teoria do terceiro cúmplice pela aplicação da função social; Julgue o item a seguir: O instituto da onerosidade excessiva, positivado no novo Código Civil, pode ser verificado nos contratos de execução continuada ou diferida e sempre terá como consequência a revisão contratual. ( ) Certo ( ) Errado (X) Errado Conforme o art. 478, do Código Civil, “Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data da citação” Portanto, em função da onerosidade excessiva, com desequilíbrio do contrato, o caminho natural é a resolução e não a revisão do contrato. Nesse contexto é o Enunciado 176, do CJF: "Em atenção ao princípio da conservação dos negócios jurídicos, o art. 478 do Código Civil de 2002 deverá conduzir, sempre que possível, à revisão judicial dos contratos e não à resolução contratual''. Julgue o item a seguir: A boa-fé objetiva deve ser observada pelas partes na fase de negociações preliminares e após a execução do contrato, apenas quando tal exigência decorrer da natureza do contrato. ( ) Certo ( ) Errado (X) Errado Em que pese a redação do art. 422 mencione apenas a “conclusão do contrato”, a boa-fé objetiva incide tanto na conclusão do contrato, como sentes ou após sua execução. Ademais, não importa a natureza do contrato para que a cláusula de boa-fé tenha incidência, pois sua aplicabilidade é geral, para todos os contratos. Sobre os efeitos da boa-fé objetiva. é INCORRETO afirmar que: a) servem de limite ao exercício de direitos subjetivos. b) resultam na proibição do comportamento contraditório. c) qualificam a posse, protegendo o possuidor em relação aos frutos já percebidos. d) servem como critério para interpretação dos negócios jurídicos. e) reforçam o dever de informar das partes na relação obrigacional. A letra “c” está incorreta! A boa-fé objetiva é inovação do CC de 2002, e constitui- se como modelo jurídico de comportamento, fundado na honestidade, na retidão, na lealdade e na consideração para com os interesses do outro contratante. Portanto, a boa-fé objetiva não se confunde com a subjetiva ou psicológica, sendo esta que qualifica a posse, e não a primeira (arts. 1.214 a 1.216, do CC). A respeito do direito contratual e os principias que regem a matéria, afirma-se corretamente que a) a aplicação do instituto da supressio é vedada no direito brasileiro, sobrepondo-se o princípio dasegurança jurídica. b) o credor tem o dever de evitar o agravamento do prejuízo que lhe causou o devedor. c) o adimplemento incompleto, mas significativo, das obrigações contratuais por uma das partes, não impede que a parte contrária resolva o contrato, com fundamento em descumprimento contratual. d) nos contratos paritários, em relação diversa da relação de consumo, não se admite a declaração judicial de abusividade de cláusula contratual. e) o dirigismo contratual é vedado pela legislação brasileira, como forma de preservação ao princípio da liberdade contratual. A letra “b” está correta! Conforme o Enunciado nº 169, aprovado na III Jornada de direito Civil, “o princípio da boa-fé objetiva deve levar o credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo". Trata-se do que a doutrina chama de duty mitigate the loss. Julgue o item a seguir: A prestação imperfeita, mas significativa de adimplemento substancial da obrigação, por parte do devedor, autoriza a composição de indenização, mas não a resolução do contrato. ( ) Certo ( ) Errado (X) Certo Conforme o Enunciado nº 361, “O adimplemento substancial decorre dos princípios gerais contratuais, de modo a fazer preponderar a função social do contrato e o princípio da boa-fé objetiva, balizando a aplicação do art. 475". Em caso de mora, ou de prestação imperfeita, mas significativa de adimplemento substancial da obrigação, que ocorre quando o devedor satisfaz quase por inteiro ou muito próximo do fim a prestação pela qual se obrigou, autoriza-se a composição de indenização, preservando-se o direito de crédito, mas não a resolução do contrato. A exceptio non adimpleti contractus pode ser aplicada: a) Apenas nos contratos unilaterais. b) Apenas nos contratos bilaterais. c) Nos contratos unilaterais e bilaterais. d) Somente nos contratos escritos. e) Todas as alternativas anteriores estão incorretas. A alternativa correta é a letra “b”! Da Exceção de Contrato não Cumprido Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro. Quanto ao vício redibitório é INCORRETO afirmar: a) O alienante responderá pelo vício, mesmo provando que o desconhecia. b) O doador, mesmo em se tratando de doação pura, irá responder pelo vício redibitório. c) O vício ou defeito na coisa recebida devem ser ocultos. d) O adquirente pode rejeitar a coisa ou reclamar o abatimento do preço. Quanto ao vício redibitório é INCORRETO afirmar: b) O doador, mesmo em se tratando de doação pura, irá responder pelo vício redibitório. Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas. Quanto aos vícios redibitórios, é CORRETO afirmar que só dão direito: a) à ação redibitória ou à estimatória, se houver conhecimento do vício pelo alienante. b) à pretensão indenizatória por perdas e danos, se houver conhecimento do vício pelo alienante. c) à opção pela ação estimatória, se forem vícios de fácil percepção. d) à ação redibitória, se forem vícios de fácil percepção. Quanto aos vícios redibitórios, é CORRETO afirmar que só dão direito: b) à pretensão indenizatória por perdas e danos, se houver conhecimento do vício pelo alienante. Art. 443. Se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato. A respeito dos vícios redibitórios, analise as assertivas e assinale a resposta correta: I. a coisa recebida em virtude de contrato comutativo ou doação onerosa pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. II. se o alienante conhecia o vício ou defeito da coisa, restituirá somente o valor recebido pelo negócio e as despesas do contrato. III. a responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do adquirente, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da entrega da coisa. IV. O prazo decadencial para o ajuizamento da ação redibitória ou da ação quanti minoris é de quinze dias, no caso de bens móveis, e de um ano, no casode bens imóveis, contado da entrega efetiva. a) apenas uma assertiva está correta; b) apenas duas assertivas estão corretas; c) apenas três assertivas estão corretas; d) todas as assertivas estão corretas; e) todas as assertivas estão erradas; A respeito dos vícios redibitórios, analise as assertivas e assinale a resposta correta: I. a coisa recebida em virtude de contrato comutativo ou doação onerosa pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. III. a responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do adquirente, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da entrega da coisa. b) apenas duas assertivas estão corretas; Art. 444. A responsabilidade do alienante subsiste ainda que a coisa pereça em poder do alienatário, se perecer por vício oculto, já existente ao tempo da tradição. Sobre os vícios redibitórios, assinale a alternativa CORRETA. a) O adquirente que já estava na posse do bem decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel. e de um ano se for imóvel. b) no caso de bens móveis, quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, se ele aparecer em até 180 dias, terá o comprador mais 30 dias para requerer a redibição ou abatimento no preço. c) somente existe o direito de obter a redibição se a coisa foi adquirida em razão de contrato comutativo, não se aplicando aos casos em que a aquisição decorreu de doação, mesmo onerosa. d) O prazo para postular a redibição ou abatimento no preço, quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, somente começa a correr a partir do aparecimento do vício, o que pode ocorrer a qualquer tempo. Sobre os vícios redibitórios, assinale a alternativa CORRETA. b) no caso de bens móveis, quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, se ele aparecer em até 180 dias, terá o comprador mais 30 dias para requerer a redibição ou abatimento no preço. Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à metade. § 1º Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis. Ocorrendo a evicção, a) embora existente cláusula que exclua a garantia contra ela, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele in‐formado, não o assumiu. b) somente as benfeitorias necessárias serão pagas, pelo alienante ao evicto, excluindo‐se sempre as voluptuárias e úteis. c) o evicto terá direito a receber sempre o dobro do valor pago pelo bem que perdeu. d) considerar‐se‐á nula a cláusula que reforçou a garantia em prejuízo do alienante. Ocorrendo a evicção, a) embora existente cláusula que exclua a garantia contra ela, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele in‐formado, não o assumiu. Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. No referente à evicção, assinale a alternativa INCORRETA: a) O evicto tem direito a obter, do alienante, o valor das benfeitorias necessárias ou úteis que não lhes foram abonadas. b) Mesmo que não considerável a evicção parcial, é facultado ao evicto optar pela rescisão do contrato. c) a responsabilidade pela evicção não se aplica às coisas adquiridas a título gratuito. d) a aquisição do bem em hasta pública não é excludente da evicção. e) se não considerável a evicção parcial somente terá o evicto direito à indenização. No referente à evicção, assinale a alternativa INCORRETA: b) Mesmo que não considerável a evicção parcial, é facultado ao evicto optar pela rescisão do contrato. Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a rescisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido. Se não for considerável, caberá somente direito a indenização. A respeito das obrigações e contratos, julgue o item a seguir: Levado o contrato preliminar a registro no cartório competente, se o estipulante não lhe der execução, a outra parte não poderá considerá-lo desfeito e pleitear perdas e danos, em caso de prejuízo, sem, antes, requerer a execução específica. ( ) Certo ( ) Errado (X) Errado Consoante o art. 465 do CC, se o estipulante não der execução ao contrato preliminar, poderá a outra parte considerá-lo desfeito, e pedir perdas e danos. Trata-se de uma opção subsidiária, pois a primeira opção legal é a tutela específica para cumprimento do contrato preliminar, que consiste na emissão de uma declaração de vontade por parte do contratante autorizando o ingresso das partes no contrato definitivo, salvo se opuser a natureza da obrigação, por ser personalíssima, ou se o próprio credor desejar a conversão da coisa devida no seu equivalente pecuniário (CC, art. 464). Com relação à extinção dos contratos, assinale a alternativa INCORRETA: a) O distrato formaliza-se peta mesma forma exigida pelo contrato; b) A resilição unilateral de um contrato pode se operar independentemente de denúncia notificada à outra parte, mas somente nas hipóteses em que a lei expressamente permita tal forma de extinção dos contratos; c) Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato; d) A cláusula resolutiva tácita reclama interpelação judicial; Resposta: b) A resilição unilateral de um contrato pode se operar independentemente de denúncia notificada à outra parte, mas somente nas hipóteses em que a lei expressamente permita tal forma de extinção dos contratos; Com relação ao contrato, assinale a opção CORRETA. a) A resilição consiste na extinção do contrato por circunstância superveniente à sua formação, como, por exemplo, o inadimplemento absoluto. b) A resolução constitui a extinção do contrato por simples renúncia da parte. c) A rescisão tem origem em defeito contemporâneo à formação do contrato, e a presença do vício torna o contrato anulável ou nulo. d) O distrato constitui espécie de resolução contratual. Resposta: c) A rescisão tem origem em defeito contemporâneo à formação do contrato, e a presença do vício torna o contrato anulável ou nulo. A rigor, o termo “rescisão” deve ser empregado nas hipóteses de dissolução de determinados contratos, como aqueles em que ocorreu lesão ou que foram celebrados em estado de perigo, defeitos estes que tornam apenas anulável o negócio jurídico.
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