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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE DEPARTAMENTO PESSOAL E RELAÇÕES TRABALHISTAS Resenha Crítica de Caso Trabalho da disciplina: REMUNERAÇÃO ESTRATÉGICA Tutor: Profº. MARCELO CAMACHO SILVA São Paulo 2 A Política de Recompensa e Promoção Influencia a Motivação do Trabalhador Referência: IBEPES- INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS SOCIAIS Revista Eletrônica de Ciência Administrativa – RECADM- http://www.periodicosibepes.org.br/recadm/ e-ISSN:1677-7387 - doi: 10.21529/RECADM O trabalho aborda dados estudados em uma indústria farmacêutica brasileira ao qual traz resultados sobre a influência da política de recompensa e promoção da motivação do trabalhador. Traz várias abordagens sobre o tema, sob a ótica de vários estudiosos no assunto, e nos deixa parâmetros para abordar o tema em outros tipos de empresa utilizando dados estudados durante a pesquisa. http://www.periodicosibepes.org.br/index.php/recadm/ 3 Estudos sobre motivação têm se mostrado de grande interesse, haja vista a quantidade de discussões na literatura sobre o tema (dentre elas, a afirmação de Jenkins, Mitra, Gupta e Shaw (1998)). Podemos ir um pouco antes disso, na década de 50 o Dr. Abraham Harold Maslow, apresentou ao mundo a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas ou a Pirâmide de Maslow. Para o Dr. Maslow, satisfazer estas cinco etapas das necessidades humanas, motivaria o indivíduo, sendo que estão divididas em duas etapas: as necessidades primárias e as necessidades secundárias (apud VERGARA, 2000, p. 44), conforme imagem abaixo. De acordo com a teoria e estudo do Dr. Maslow, começamos todos na pirâmide nas necessidades fisiológicas, também conhecidas como necessidades básicas/ primárias: manter-se vivo, alimentar-se, vestir-se, procriar, descansar, e etc. O indivíduo quando satisfaz um nível na pirâmide, mesmo que não seja por completo em suas necessidades, se assim escolher, ele poderá subir de nível. Em estudos consultados há um fato curioso na Pirâmide de Maslow, os quatro primeiros níveis para ser satisfeitos independem apenas da vontade do indivíduo, 4 sendo o mesmo refém de aspectos extrínsecos, ou seja, está vulnerável ao ambiente externo. Nota-se que nem sempre a motivação intrínseca, a do individuo, o levará ao ponto desejado. Nas organizações percebemos que há muitos fatos ligados exatamente a isso, começando pelos processos seletivos: exageradas solicitações para participar muitas vezes de vagas sem muitas chances de crescimento e/ou desenvolvimento (levando em consideração aqui, experiência profissional, escolaridade, idade e sexo, pois são exigências impostas por muitas vagas). Planos de cargos e salários mal estruturados internamente (levando o profissional a estagnação salarial, falta de nivelamento por competência, falta de oportunidades reais de desafios na carreira). Falta de treinamentos para melhorar a mão de obra, salários e benefícios pouco competitivos ou mal estruturados (em muitas empresas ainda não conhecem esse tipo de ferramenta ou não injetam dinheiro por medo de perder talentos). Lideres e gerentes mal preparados ou com pouco conhecimento comportamental (em pesquisas atuais 8 em cada 10 funcionários pedem demissões de seus líderes e não das empresas). O fator motivação intrínseco leva o indivíduo até a empresa, motiva-o a acordar, pegar a condução (muitas vezes, reside longe do local do trabalho), respeitar as normas e procedimentos impostos pela organização, seguir padrões impostos para que o mesmo seja recompensado mensalmente com o seu salário. O fator motivação extrínseco vai depender muito das políticas adotadas pela empresa, pelo nível de amadurecimento/ comportamento do líder/ gerente do indivíduo, dos fatores financeiros da empresa no momento das avaliações, do mercado econômico no geral e no ambiente externo em relação a organização. É um tema muito complexo e atualmente estamos precisando de mais estudiosos nesse assunto, não desmerecendo a nossa base de conhecimento que realmente foi pautada em muitos estudos e observações no ser humano, do século passado. É fascinante ter todas essas referências, porém atualmente, pergunto-me com frequência: ”Será que não mudamos nossos comportamentos? Será que os estudos que fazemos nos dias atuais, estão realmente condizentes com os seres humanos dessa nova atualidade?” 5 De acordo com os dados representados na análise os quesitos que compunham a motivação extrínseca demonstraram expressividade na pesquisa tendo esse mesmo quesito sido avaliado em pesquisa anterior. (Herpen (2007) em empresa holandesa). Quando falamos de fatores motivacionais intrínsecos de pessoas, devemos analisar vários vieses conscientes e inconscientes, meio ao qual está inserido, formação, maturidade profissional, inteligência emocional e autoconhecimento. As empresas precisam saber explorar melhor esses profissionais motivados e manter essa competência ativa, a fim de melhorar os resultados organizacionais, digamos que a motivação é igual a um cliente bem atendido, consegue trazer mais um amigo e com custo para a organização, já a desmotivação é igual a um cliente mal atendido, contamina no mínimo mais 10. 6 A política de recompensa e promoção deve ser exposta com muito cuidado e clareza, inclusive precisa ter a certeza de que a pessoa que está recebendo a informação está recebendo-a corretamente. Acredito que o profissional, precisa se sentir parte do negócio, não apenas nos estilos de recompensas ofertados, mas ele precisa entender o propósito de seu trabalho, encontrar a importância no que faz, só assim, poderá instintivamente recuperar a motivação intrínseca na atividade que exerce. O item apresentado no artigo trouxe dados estatísticos a fim de corroborar os estudiosos no assunto, deixou aberto para que mais segmentos fizesse o mesmo estudo e colaborou com uma indagação interna minha: “Será que estamos tomando como” base os comportamentos corretos nesse novo século, haja vista, que todas as nossas referências nesse quesito, estão pautadas em estudos com pessoas do século passado, com comportamentos, referências e estilos de vida bem diferentes dos atuais?
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