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Intoxicação por Substâncias Tóxicas

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Larissa Fernandes Cavalcante dos Santos –Medicina Unime 2 semestre 
 
 
Intoxicação é o contato com uma substância que produz toxicidade. 
Os sintomas variam, mas certas síndromes comuns podem sugerir tipos 
particulares de intoxicações. O diagnóstico inicialmente é clínico, mas 
para algumas intoxicações, exames de urina e sangue podem auxiliar. 
1. O que é a intoxicação? 
A intoxicação é o conjunto de sinais e sintomas que surgem pela exposição 
a substâncias químicas tóxicas para o organismo, como remédios em doses 
excessivas, picadas de animais venenosos, metais pesados, como chumbo e 
mercúrio, ou exposição a inseticidas e agrotóxicos. 
Uma intoxicação é uma forma de envenenamento, e, por isso, pode provocar 
reações locais, como vermelhidão e dor na pele, ou mais generalizadas, como 
vômitos, febre, suor intenso, convulsões, coma e, até, risco de morte. Assim, na 
presença de sinais e sintomas que possam levar a suspeitar deste problema, é 
muito importante ir ao pronto-socorro rapidamente, para que o tratamento seja 
feito, com lavagem gástrica, uso de remédios ou antídotos, prescritos pelo médico. 
2. Como ocorre a intoxicação? 
 
Bom, para começar a intoxicação pode ocorrer de duas formas, podendo ser: 
 Intoxicação exógena: acontece quando a substância intoxicante está no 
ambiente, capaz de contaminar através da ingestão, contato com a pele ou 
inalação pelo ar. As mais comuns são o uso de medicamentos em doses 
elevadas, como antidepressivos, analgésicos, anticonvulsivantes ou 
ansiolíticos, uso de drogas ilícitas, picada de animais venenosos, como cobra 
ou escorpião, consumo de álcool em excesso ou inalação de produtos 
químicos, por exemplo; 
 Intoxicação endógena: é causada pelo acúmulo de substâncias maléficas 
que o próprio organismo produz, como a ureia, mas que costumam ser 
eliminadas através da ação do fígado e filtragem pelos rins, e podem ser 
acumuladas quando estes órgãos apresentam uma insuficiência. 
 
3. Fatores importantes para a intoxicação: 
Tempo de exposição: Quanto maior for o tempo em que a pessoa fixou exposta mais 
provável seão as possibilidades destes produto causar danos a sua saúde. 
Concentração do agente: Quanto maior for a concentração do agente queimico, 
maior será o efeito danoso a saúde. 
Toxicidade: algumas substancias são mais tóxicas que outras, se comparadas a uma 
mesma concentração 
Intoxicação 
Larissa Fernandes Cavalcante dos Santos –Medicina Unime 2 semestre 
 
Natureza de substancias químicas: se é um gás, um liquido, um vapor etc. Isto tem 
relação com a forma deste agrotóxico no organismo. 
Susceptibilidade individual: algumas pessoas são mais sensíveis do que outras a 
determinadas substancias. 
 
4. Por quais vias podemos nos contaminar? 
 
Por inalação: podemos absorver uma substancia química nociva pela respiração 
Pela pele: certas substancias podem penetrar no organismo, através da pele, 
mesmo que o contato seja breve, mesmo sem escoriações ou ferimentos. 
Por ingestão: podemos inferir substancias químicas, nocivas acidentalmente 
quando nos alimentos em locais contaminados ou através das mãos, por hábitos 
inadequados de higiene. 
 A inalação é a via mais rápida de entrada de substâncias para o interior do 
nosso corpo e a mais comum. Já com relação a absorção cutânea, podemos 
dizer que existem duas formas das substâncias tóxicas agirem. A primeira é 
como tóxico localizado, onde o produto em contato com a pele, age na sua 
superfície provocando uma irritação primária e localizada E a segunda 
forma, é como tóxico generalizado, quando a substância tóxica reage com 
as proteínas da pele ou mesmo penetra através dela, atinge o sangue e é 
ditribuídas para o nosso organismo, podendo atingir vários órgãos. Apesar 
da pele e a gordura atuarem como uma barreira protetora do corpo, 
algumas substâncias como ácido cianídrico, mercúrio e alguns defensívos 
agrícolas, têm a capacidade de penetrar através da pele. 
 
 
5. Quais principais sintomas? 
 Batimentos cardíacos acelerados ou lentificados; 
 Aumento ou queda da pressão arterial; 
 Aumento ou diminuição do diâmetro das pupilas; 
 Suor intenso; 
 Vermelhidão ou ferimentos na pele; 
 Alterações visuais, como borramento, turvação ou escurecimento; 
 Falta de ar; 
 Vômitos; 
 Diarreia; 
 Dor abdominal; 
 Sonolência; 
 Alucinação e delírio; 
 Retenção ou incontinência urinária e fecal; 
 Lentificação e dificuldade para realizar movimentos. 
Larissa Fernandes Cavalcante dos Santos –Medicina Unime 2 semestre 
 
6. Quais as fases da intoxicação? 
Fase de exposição: É a fase em que a superfície externa ou interna do organismo 
entra em contato com o toxicante. Importante considerar nesta fase a via de 
introdução, a frequência e a duração da exposição, as propriedades físico-
químicas, assim como a dose ou a concentração do xenobiótico e a 
susceptibilidade individual; 
Fase de toxicocinética: Inclui todos os processos envolvidos na relação entre a 
disponibilidade química e a concentração do fármaco nos diferentes tecidos do 
organismo. Intervêm nesta fase a absorção, a distribuição, o armazenamento, a 
biotransformação e a excreção das substâncias químicas. As propriedades físico-
químicas dos toxicantes determinam o grau de acesso aos órgãos-alvos, assim 
como a velocidade de sua eliminação do organismo; 
 
Fase de toxicodinâmica: Compreende a interação das moléculas do toxicante e 
os sítios de ação, específicos ou não, dos órgãos e, consequentemente, o 
aparecimento de desequilíbrio homeostático; 
 
Fase clínica: É a fase em que há evidências de sinais e sintomas, ou ainda, 
alterações patológicas detectáveis mediante provas diagnósticas, caracterizando 
os efeitos nocivos provocados pela interação do toxicante com o organismo. 
 
7. Toxicocinetica 
A toxicocinética é “o movimento do elemento tóxico dentro do organismo”. Ela é 
dividida em 4 fases principais: 
 
 Absorção é um fator limitante à toxicocinética e à toxicodinâmica, pois sem ela, 
não existe tóxico para fazer a distribuição, metabolização e excreção, e muito 
menos para a fase farmacodinâmica. O principal detalhe é que, para haver a 
absorção o tóxico, é necessário que ele seja a lipossolúvel. Portanto, quanto mais 
lipossolúvel, melhor e maior a absorção. E claro, o tamanho da molécula também 
influi, pois, moléculas grandes também são impedidas ou tem dificuldade em 
serem absorvidas. 
Distribuição é caracterizado pelo processo em que a substância tóxica absorvida 
se desloca do local da absorção para outras áreas do organismo. Uma vez na 
corrente sanguínea, o agente tóxico estará disponível para ser transportado pelo 
organismo para diferentes destinos. Esses destinos podem ser, por exemplo, o 
local de ação, onde provocará o efeito tóxico; ou os locais de armazenamento 
como fígado, rim, cérebro, ossos e afins, ou órgãos, que vão promover a sua 
Larissa Fernandes Cavalcante dos Santos –Medicina Unime 2 semestre 
 
metabolização ou biotransformação. Essa distribuição é realizada pelas proteínas 
presentes no plasma, especialmente a albumina, que pode ser um fator 
determinante para a ação dos elementos tóxicos no organismo. Pois, os agentes 
ligados à albumina, ou qualquer outra proteína plasmática ou tecidual, não têm 
capacidade de ir para a fase toxicodinâmica. Diferente da fração livre, que pode 
promover dose dependente, a ação tóxica sobre o organismo do trabalhador. 
Metabolização, também chamada de biotransformação, é responsável por toda a 
alteração na estrutura química do tóxico que ocorre no organismo. O grande 
objetivo da biotransformação dos agentes tóxicos é fazer com que eles se 
tornem mais hidrossolúveis para serem excretados. Cabe lembrarmos que, 
além de tornar o composto mais hidrossolúvel, a biotransformação também é 
responsável por reduzir a possibilidade de uma substância desencadear uma 
resposta tóxica, diminuira quantidade do agente tóxico no tecido e amortizar, de 
forma significativa, o tempo de permanência desse elemento tóxico no organismo 
do trabalhador. No entanto, temos que estar atentos, pois algumas vezes durante 
o processo de metabolização, pode ocorrer a ativação ou a bioativação dos 
compostos tóxicos. Quando isso ocorre, o metabólito gerado tem atividade igual ou 
maior que seu percussor. O principal órgão envolvido na metabolização é o fígado, 
mas eventualmente os agentes tóxicos podem ser metabolizados pelo intestino, 
rins, pulmões, pele, testículos, placenta, entre outros. 
Excreção é o processo pelo qual a substância, agora hidrossolúvel, é expulsa do 
organismo. A principal via de excreção, especialmente dos elementos tóxicos, é a 
via urinária. Claro que outros locais como a pele e os pulmões também são 
responsáveis pela excreção de elementos, mas ainda assim, a via urinária constitui 
a principal e mais importante via. 
8. Toxicodinâmica 
A toxicodinâmica é o estudo do mecanismo de ação toxicológica sobre as funções 
bioquímicas e fisiológicas dos seres vivos. O agente tóxico pode agir de uma forma 
geral sobre o organismo todo, em um determinado tecido, sobre um órgão 
específico, ou isoladamente em uma célula ou uma molécula. Seu estudo também 
é importante por fornecer uma base racional para a interpretação toxicológica 
(sinais e sintomas no organismo). E, obviamente, para estimar a possibilidade de 
um agente químico causar um efeito nocivo, ajudando a desenvolver 
procedimentos que visem combatê-lo. Os mecanismos de toxicidade são muitos, 
por isso, deve-se levar em consideração que muitas vezes podemos estar em 
frente a mais de um mecanismo responsável pela toxicidade de um agente, ou que 
eles podem ocorrer ao mesmo tempo ou até mesmo sequencialmente. Deve-se 
levar em consideração que muitas vezes encontramos mais de um agente tóxico 
no ambiente de trabalho. Eles podem interagir entre si e levar tanto a um aumento 
da toxicidade, quanto a uma redução da toxicidade. O aumento da toxicidade 
geralmente está relacionado a interações do tipo adição, sinergismo e 
potencialização. Já a de redução da toxicidade está relacionada a interações do 
tipo antagonismo. 
 Efeito aditivo (adição): o efeito final é igual à soma dos efeitos de cada agente 
tóxico envolvido. 
Larissa Fernandes Cavalcante dos Santos –Medicina Unime 2 semestre 
 
 
 
Efeito sinérgico (sinergismo): o efeito final é maior do que a soma dos efeitos de 
cada agente tóxico em separado. 
Potencialização: o efeito final de um agente tóxico é aumentado quando em 
combinação com outro agente. 
Antagonismo: o efeito final de um agente tóxico é reduzido, inativado ou 
eliminado quando se combina com outro agente. 
9. Períodos da intoxicação: 
Fase subclínica: Quando ainda não há sintomas 
Fase Clinica: Quando os sintomas surgem 
Além disso, a intoxicação pode ser aguda, quando causa sinais e sintomas após 
um único contato com a substância, ou crônica, quando seus sinais são sentidos 
após acúmulo da substância no organismo, consumidos por muito tempo, como 
acontece nas intoxicações por medicamentos como Digoxina e Amplictil, por 
exemplo, ou por metais, como chumbo e mercúrio. 
 
10. Principais causadores de intoxicação: 
 
 
11. O que fazer em casos de intoxicação? 
Larissa Fernandes Cavalcante dos Santos –Medicina Unime 2 semestre 
 
Para leigos: 
1. Ligar imediatamente para o SAMU 192, para pedir socorro e, em seguida 
para o Centro de Informações Antiveneno (CIAVE), através do número 0800 
284 4343, para receber uma orientação dos profissionais enquanto o socorro 
médico chega; 
2. Afastar o agente tóxico, lavando com água caso esteja em contato com a 
pele, ou mudando de ambiente caso seja inalatório; 
3. Manter a vítima deitada em posição lateral, caso perca a consciência; 
4. Procurar informações sobre a substância que provocou à intoxicação, 
caso possível, como checando caixa de remédios, recipientes de produtos ou 
a presença de animais peçonhentos próximo, para ajudar na informação à 
equipe médica. 
Deve-se evitar dar líquidos para beber ou provocar vômitos, principalmente se a 
substância ingerida for desconhecida, ácida ou corrosiva, pois isso pode piorar os 
efeitos da substância no trato digestivo 
 
12. Equipe de saúde 
 
O tratamento para intoxicação varia de acordo com a sua causa e com o estado 
clínico da pessoa, podendo ser iniciado já na ambulância ou ao chegar no pronto-
socorro, pela equipe médica, e envolve: 
 Avaliação dos sinais vitais, como pressão, batimentos cardíacos e 
oxigenação do sangue, e estabilização, com hidratação ou uso de oxigênio, 
por exemplo, se necessário; 
 Identificar as causas da intoxicação, através da análise da história clínica, 
sintomas e exame físico da vítima; 
 Fazer a descontaminação, que tem como objetivo diminuir a exposição do 
organismo à substância tóxica, através de medidas como lavagem gástrica, 
com irrigação de soro fisiológico através de uma sonda nasogástrica, 
administração de carvão ativado no trato digestivo para facilitar a absorção do 
agente tóxico, ou lavagem intestinal, com laxativos, como manitol; 
 Usar um antídoto, se houver, que pode ser específico para cada tipo de 
substância 
Os mais ultilizados são: 
 
 
Larissa Fernandes Cavalcante dos Santos –Medicina Unime 2 semestre 
 
13. Como evitar a intoxicação? 
a) guarde as embalagens de produtos potencialmente tóxicos logo após a 
utilização 
b) guarde fora do seu alcance todos os produtos potencialmente tóxicos, 
por exemplo medicamentos, bebidas alcoólicas, produtos de limpeza, 
pesticidas 
c) mantenha os produtos nas embalagens originais, não utilizando 
embalagens vazias para guardar outros produtos 
d) não dê embalagens vazias para brincar 
e) explique o risco de tomar medicamentos e o perigo de provar ou mexer 
em produtos perigosos 
f) não aplique raticidas ou outros pesticidas em locais acessíveis 
g) não coloque produtos de uso doméstico junto de alimentos 
h) não tenha plantas tóxicas em casa ou no jardim (cuidado com as bagas) 
i) se tiver de tomar medicação durante a noite, não tome nem dê 
medicamentos às escuras 
j) não apanhe nem cozinhe cogumelos do campo se não souber distingui-
los com exatidão 
k) leia as instruções de aplicação dos pesticidas com cuidado e utilize os 
produtos de acordo com as regras de segurança referidas na 
embalagem 
l) feche as embalagens e guarde os produtos imediatamente após o uso 
m) mantenha as instalações de gás em bom estado e, se possível, com 
dispositivos de segurança 
n) não tenha instalações de gás na casa de banho

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